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ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NAS DOENÇAS

NEUROLÓGICAS E IMUNES

Artrite Reumatoide
Abordagem Nutricional

Prof. Letícia Brito


Nutricionista
Artrite reumatoide

DOENÇA AUTOIMUNE
INCAPACIDADE
FUNCIONAL
DOENÇA PROGRESSIVA
Inflamação crônica

+ frequente nas
mãos e punhos

2 a 3 vezes mais
frequente em
mulheres
Desenvolvimento em
indivíduos

Geneticamente
predispostos Células CD4+TH 1 e TH
17, linfócitos B
ativados, plasmócitos,
macrófagos e outras
células inflamatórias
são encontradas nas
FATORES DE RISCO: sinóvias.
Tabagismo, obesidade,
exposição ultravioleta,
alterações na microbiota
intestinal, boca e
pulmão, infecções
Critérios para diagnóstico

O paciente precisa preencher pelo menos 4 dos 7 critérios abaixo. Os critérios de 1 a 4 devem estar
presentes por, pelo menos, 6 semanas.
1. Rigidez matinal: na região articular ou periarticular, com duração de pelo menos 1 hora antes da
melhora máxima.

2. Artrite de três ou mais regiões articulares

3. Artrite das articulações das mãos

4. Artrite simétrica: envolvimento simultâneo da mesma área articular (como no item 2), em ambos os
lados do corpo (envolvimento bilateral de IFP, de MCF ou de MTF são aceitos sem absoluta simetria).

5. Nódulos reumatoides: nódulos subcutâneos, sobre proeminências ósseas ou superfícies extensoras,


ou em regiões periarticulares, observados por médico.

6. Fator reumatoide sérico: demonstração de quantidades anormais de fator reumatoide sérico por
qualquer método que tenha sido positivo em menos de 5% dos controles normais.
PREDISPOSIÇÃO PARA:

DOENÇA
Interação Droga x Nutriente
• Corticóides
• Anti-inflamatórios não estoroidais
DIETOTERAPIA RECOMENDADA
Tratamento dietoterápico

Redução da progressão
da doença e melhora da
capacidade funcional e
vitalidade.

A suplementação de ômega-3 é recomendada como coadjuvante para o tratamento da dor e rigidez


em pacientes com AR.
12 g de ômega-

W6/W3 > 4:1


W6/W3 > 6:1
• The recommended dosage for gamma-linolenic acid (GLA) is Recomendado para alívio potencial da dor, rigidez matinal e
1400 mg/day of GLA or 3000 mg of evening primrose oil. sensibilidade articular em pacientes com AR.
Vitamina C

Selênio

Zinco

Vitamina A

Vitamina E
Possíveis efeitos dos alimentos e nutrientes na AR
Evidências da restrição ao glúten
• A dieta sem glúten foi associada a benefícios em pacientes
com AR, embora as evidências existentes sejam inconclusivas.
• A dieta vegana sem glúten por 1 ano demonstrou reduzir
significativamente os níveis de anticorpos para β-lactoglobulina
e gliadina e a atividade da doença em pacientes com AR
• Em um estudo randomizado em 66 pacientes com AR, uma
dieta vegana sem glúten demonstrou alterações
potencialmente ateroprotetoras e antiinflamatórias, incluindo
diminuição dos níveis de LDL e oxLDL e aumento de anticorpos
ateroprotetores naturais.
CASOS CLÍNICOS
• Identificação: A. M. O
• Sexo: Feminino
• Idade: 42 anos
• Profissão: Vendedora em loja de roupas no centro
• História: Paciente veio encaminhada para a clínica de nutrição pelo reumatologista devido diagnóstico de artrite
reumatoide com progressão rápida. Paciente relata que o médico identificou muitos erros alimentares e excesso
de peso, por isso a encaminhou. Além disso, apresenta ganho de peso de aproximadamente 5 kg no último ano
(relaciona ao uso de corticoides ).
• Objetivo principal: perda de peso e melhora da dor.
• DA: HAS; Obesidade
• Medicamentos: Losartana – 50 mg/1x ao dia // Omeprazol quando sente azia // Prednisona (para AR).
• Dados socioeconômicos: casa própria, tem todos eletrodomésticos e saneamento. Reside com o marido e dois
filhos. A renda familiar é de aproximadamente 3.000,00 reais advinda dela e do esposo.
• Antecedentes familiares: Pai (HAS/DM); Mãe (HAS)
CASOS CLÍNICOS
• Anamnese: Paciente queixa de indisposição, dores articulares (mãos e joelhos), dor de cabeça e edema em
membros inferiores. Relata sono ruim em decorrência das dores. Queixa de má digestão e azia frequentes.
Queixa de distensão abdominal após consumo de pão. Além disso refere constipação intestinal (evacuação
presente 4x/sem), fezes do tipo 1 na escala de Bristol, com presença de restos alimentares. Relata fazer
caminhada de 2 a 3x/sem.
• Hábitos alimentares: Costuma realizar 4 refeições diárias (D/A/M/J). Consome queijo muçarela diariamente.
Prefere carne bovina e ovos. Esporadicamente consome peixe. Ingestão frequente de alface e tomate e as vezes
consome cenoura e chuchu. Raramente consome frutas, diz não gostar do sabor. Consome diariamente cereais
(arroz, pão francês) e leguminosas. Consome batata e mandioca. Prepara os alimentos com óleo de soja e utiliza
azeite as vezes. Para temperar utiliza temperos prontos (sazon, knorr). Não gosta de doces. Ingere
aproximadamente 8 copos americanos de água ao dia.
• Rotina: Acorda as 7h00min, toma café da manhã no serviço (bolacha água e sal ou pão francês puro, as vezes
pão com margarina e café preto com açúcar). Almoça no restaurante por kg ao lado do trabalho. À tarde
costuma levar um snack (salgadinho, biscoito Mabel) ou compra pão de queijo e refrigerante na lanchonete.
Frequentemente toma café durante a tarde (3 xícaras). Quando chega em casa (19h00) costuma fazer um lanche
(pão, presunto e queijo ou sanduíche natural ou patê de atum com bolacha ou omelete). Nega tabagismo e
etilismo. Nega alergias ou intolerâncias alimentares.
CASOS CLÍNICOS

Dados antropométricos
Peso habitual 70 kg
Peso Atual 95 kg
H 1,65
IMC
CC 105

Elabore um plano alimentar de acordo com as necessidades nutricionais do paciente.


Caso Clínico

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