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Ginástica laboral

A ginástica laboral é a prática de exercícios corporais realizada por


trabalhadores a fim de prevenir acidentes de trabalho e melhorar as
condições de saúde.

O alongamento é o principal exercício realizado na ginástica laboral.


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Ginástica laboral é a prática corporal realizada em ambiente de


trabalho em prol do bem-estar dos trabalhadores. Entre os objetivos
da ginástica laboral estão a prevenção de acidentes de trabalho,
combate às doenças ocupacionais, tais como a ansiedade e o
estresse, e aumento das capacidades funcionais dos colaboradores.

São tipos de ginástica laboral: preventiva, preparatória, corretiva e de


relaxamento. Os exercícios orientados durante essa prática devem ser
supervisionados por um profissional de Educação Física.
A redução de dores corporais decorrentes da má postura, a melhora
da qualidade de vida no trabalho e o alívio do estresse acumulado são
alguns benefícios proporcionados pela prática da ginástica laboral.

Leia também: Hidroginástica — uma atividade corporal realizada em


um ambiente aquático

Tópicos deste artigo


1 - Resumo sobre ginástica laboral
2 - Tipos de ginástica laboral
→ Ginástica laboral preparatória
→ Ginástica laboral compensatória
→ Ginástica laboral de relaxamento
→ Ginástica laboral corretiva
3 - Benefícios da ginástica laboral
4 - Exercícios de ginástica laboral
5 - História da ginástica laboral

Resumo sobre ginástica laboral


● A ginástica laboral se divide em: preparatória, compensatória, de
relaxamento e corretiva.
● A ginástica laboral contribui para uma melhor qualidade de vida
dos trabalhadores, atuando na prevenção de acidentes de
trabalho.
● O principal exercício realizado na ginástica laboral é o
alongamento. Entre os tipos de alongamento estão: dinâmico,
estático e passivo.
● O surgimento da ginástica laboral está associado à ginástica de
pausa, prática realizada em períodos de repouso por operários
europeus.
● A Rádio Taissô ou ginástica de rádio foi regulamentada em 1928
e começou a ser aplicada em empresas e escolas.
● Em 1969, o programa Ginástica Matinal foi uma das iniciativas
pioneiras de práticas corporais aplicadas aos trabalhadores no
Brasil.

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Tipos de ginástica laboral


Existem alguns tipos de ginástica laboral, e alguns deles são definidos
de acordo com o momento em que é realizada a prática — se antes,
durante ou após a jornada de trabalho. Entenda melhor a seguir.

Ginástica laboral preparatória

A ginástica laboral preparatória é realizada antes do expediente de


trabalho ou nas primeiras horas. A intenção é provocar uma
preparação corporal de grandes musculaturas dos colaboradores que
serão utilizadas ao longo das tarefas de trabalho.

A duração desse tipo de ginástica é de 15 minutos em média. As


ações realizadas na ginástica laboral preparatória proporcionam
melhor circulação sanguínea, bem como a melhora da oxigenação dos
músculos. Esses efeitos são fundamentais para uma jornada de
trabalho com mais qualidade.

Ginástica laboral compensatória

A ginástica laboral compensatória é feita durante o horário de trabalho


e pode ser realizada de 10 a 20 minutos. O objetivo é justamente
pausar as atividades de trabalho para poder compensar, por meio de
exercícios específicos, os esforços repetitivos e a postura inadequada.

Ginástica laboral de relaxamento

A ginástica laboral de relaxamento acontece após o expediente e pode


durar de 15 a 20 minutos. A intenção é alongar as musculaturas e
causar um alívio do estresse acumulado no corpo. Os exercícios
essencialmente se baseiam em alongamentos e evitam o acúmulo de
ácido lático, prevenindo possíveis lesões.

Ginástica laboral corretiva

A ginástica laboral corretiva é utilizada para reduzir os efeitos


negativos causados pelas atividades de trabalho. Sua prática deve ser
ajustada de acordo com a realidade do ambiente de trabalho, isto é,
observando quais ações os trabalhadores executam.
Por exemplo, uma pessoa que costuma levantar e carregar pesos do
chão. Esse trabalhador recruta a musculatura do bíceps braquial para
sustentar os objetos que são carregados e necessita de uma
musculatura que envolve a coluna vertebral (como é o caso do
quadrado lombar) fortalecida.

Dessa forma, os exercícios da ginástica laboral corretiva serão


prescritos e orientados seguindo essas ações. A intenção, nesse caso,
é fortalecer os músculos envolvidos nesses movimentos. As
atividades da prática atuarão também na correção da má postura que
é adquirida por meio do trabalho.

Saiba mais: Boa postura — um aspecto essencial para uma boa


qualidade de vida

Benefícios da ginástica laboral


Confira a seguir quais são os benefícios da ginástica laboral:
Além dos benefícios da prática, há também os benefícios
proporcionados às empresas que aplicam programas de ginástica
corporal:

● oportunidade de maior integração entre os membros da equipe;


● aumento da produtividade;
● redução na quantidade de faltas dos colaboradores;
● diminuição dos acidentes de trabalho.

Exercícios de ginástica laboral


Na imagem, são apresentados vários exemplos de exercícios de alongamento que
podem ser executados em uma sessão de ginástica laboral.

Na ginástica laboral, podem ser realizados os seguintes exercícios:

● Alongamento passivo: é realizado com o auxílio de uma outra


pessoa, que aplicará determinada força para aumentar a
amplitude do movimento de quem está se alongando. É
essencial realizar movimentos suaves, sem rapidez, bem como
respeitar o limite de cada um. O processo de inspiração e
expiração são fundamentais nesse e em qualquer tipo de
alongamento.
● Alongamento ativo ou dinâmico: é desempenhado pela própria
pessoa que está se alongando. A prática consiste na maior
amplitude alcançada em movimentos que permitem
alongamento muscular. É necessário suavidade e ritmo tanto no
mover quanto no respirar.
● Alongamento estático: posição de alongamento de determinado
grupamento muscular até a percepção da resistência máxima
alcançada. É importante manter uma boa postura na execução.
Trabalhadores em prática de ginástica laboral. Eles estão realizando um
alongamento estático de membro inferior. [1]

Veja também: Ginástica de trampolim — um tipo de ginástica esportiva

História da ginástica laboral


A origem da ginástica laboral está associada à ginástica de pausa,
termo utilizado pela indústria nos momentos de repouso dos operários
europeus. A primeira vez que a ginástica de pausa foi registrada foi
em um manual editado em 1925, na Polônia.

Em 1928, no Japão, foi regulamentada a prática do Rádio Taissô, que


significa ginástica pelo rádio. A atividade foi inicialmente aplicada em
empresas e escolas e atualmente é transmitida na emissora oficial de
rádio japonesa. São comandos e orientações de exercícios
padronizados que mobilizam milhares de japoneses a se exercitarem
pela manhã.

A consolidação da ginástica laboral no Japão ocorreu nos anos 1960,


com a obrigatoriedade da prática do tipo compensatória visando a
prevenir acidentes de trabalho e aumentar a produtividade.
Os Estados Unidos começaram a utilizar a ginástica laboral no ano de
1968, a partir da criação da International Management Review. A
iniciativa se tornou uma das mais importantes avaliações sobre a
saúde do trabalhador.

No Brasil, um programa intitulado Ginástica Matinal começou a ser


realizado pela equipe técnica da Fundação Ishibrás em 1969.
Inspirado nos métodos sueco e francês, essa atividade era aplicada a
2.500 trabalhadores antes da jornada de trabalho. O objetivo era
possibilitar maior disposição e melhor aprimoramento físico dos
trabalhadores.

Em 1978, foi criada a primeira Associação de Rádio Taissô no Brasil.


Com isso, empresas de origem japonesa que estavam instaladas no
país adotaram a metodologia entre seus colaboradores.

A partir da década de 1990, a ginástica laboral da forma como é


popularmente conhecida passou a ser disseminada pelo país. O
período ficou marcado pela contratação de profissionais da Educação
Física na condução desse tipo de atividade.

A Associação Brasileira de Ginástica Laboral (ABGL) foi criada em


2007, com o objetivo de fomentar o debate sobre a promoção da
saúde no espaço de trabalho.

Crédito de imagem

[1] Joa Souza / Shutterstock

Por Lucas Afonso


Jornalista e profissional de Educação Física

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