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ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NA

CIRURGIA BARIÁTRICA
CIRURGIA BARIÁTRICA

• ALTERNATIVA CIRÚRGICA PARA O TRATAMENTO DA OBESIDADE E DAS DOENÇAS


ASSOCIADAS AO EXCESSO DE GORDURA CORPORAL;

• BRASIL É O SEGUNDO PAÍS COM MAIOR NÚMERO DE CIRURGIAS BARIÁTRICAS


DO MUNDO. PERDE SOMENTE PARA OS EUA;

• BRASIL HOJE: MAIS DE 51% DA POPULAÇÃO COM SOBREPESO E OBESIDADE,


SENDO 18% OBESOS. ESTIMA-SE EM 4.500.000 O NÚMERO DE BRASILEIROS COM
INDICAÇÃO PARA CIRURGIA BARIÁTRICA (DATASUS – VIGITEL 2016)

• CERCA DE 90 A 95 MIL CIRURGIAS SÃO REALIZADAS POR ANO, NO BRASIL.


CIRURGIA BARIÁTRICA
CIRURGIA BARIÁTRICA
• Perfil do paciente que realiza Cirurgia Bariátrica:

Dispneia e cansaço
Ronco
Risco cardiovascular
Diabetes
HAS
Lesões de ossos e articulações
Artrite degenerativa
Varizes
Apneia do sono
Cancer (ovario, mama, utero, prostata, vesicula biliar e colon)

Instituto Nacional de Saúde dos EUA - 1985


CIRURGIA BARIÁTRICA
• Perfil do paciente que realiza Cirurgia Bariátrica:

Sociais
Limitação das atividades pessoais, inclusive
Fatores Emocionais:
higiene;
• Depressão;
Dificuldade para encontrar roupas;
• Isolamento;
Limitação de acesso a assentos, catracas,
• Neurose;
poltronas, portas;
• Sentimento de culpa;
Restrição a atividades físicas;
• Suicídio.
Problemas no âmbito sexual.
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS

Balão intragástrico – Terapia Auxiliar

Restritivos: Gastrectomia Vertical ou Sleeve gástrico e Banda Gástrica.

Desabsortivos: Técnica de Scopinaro Ou Derivação Biliopancreática – não


são mais realizadas, por serem muito prejudiciais.

Mistos: Bypass gástrico em Y de roux e Derivação Biliopancreática com


Gastrectomia Parcial (Duodenal Switch).
Balão Intragástrico

✓Procedimento não cirúrgico, reconhecido como


terapia auxiliar para a obesidade;

✓É implantado no estômago via endoscopia e


posteriormente expandido pela injeção de solução
fisiológica - líquido azul de metileno, que, em caso
de vazamento ou rompimento, será expelido pela
urina.

✓Adquire forma esférica, sendo desenhado para


flutuar livremente dentro do estômago, o que
permite, durante a sua colocação, um ajuste
volumétrico adequado para cada paciente.
Balão Intragástrico

✓O paciente fica com o balão por um período médio


de seis meses, visando o controle do peso corporal
pela diminuição da capacidade gástrica e maior
saciedade.

✓ É indicado para pacientes diagnosticados com


sobrepeso ou, em casos selecionados, para o pré-
operatório de pacientes com superobesidade (IMC
acima de 50Kg/m²) que irão realizar posteriormente
a cirurgia bariátrica.
Balão Intragástrico – Contra-indicações

✓ Absolutas
- hérnia hiatal volumosa;
- anomalias da faringe e do esôfago;
- varizes de esôfago;
- Gravidez;
- distúrbios psiquiátricos.

✓ Relativas
- Esofagite;
- Doença ulcerosa;
- Lesão aguda da mucosa gástrica.
CIRURGIA BARIÁTRICA
• CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO CIRÚRGICA:

1) Painel da Conferencia de Desenvolvimento de Consenso do Instituto


Nacional dos EUA, 1991.
IMC >40 kg/m2
IMC >35 kg/m2 co-comorbidades, com tratamentos prévios, sem sucesso.

-Resistência a tratamento clínico;


-Risco de cirurgia aceitável;
-Capacidade do paciente de compreender as implicações da operação.
CIRURGIA BARIÁTRICA

A cirurgia está contra-indicada em


pacientes que tem alta propensão a não
seguir as instruções pós-operatórias e o
acompanhamento médico, bem como
naquelas situações médicas que possam
representar risco adicional não justificável
para o paciente.
CIRURGIA BARIÁTRICA – CONTRA-INDICAÇÕES

• Depressão endógena, alcoólatras e usuários de drogas;

• Instabilidade emocional e/ou psicológica; doenças


psiquiátricas graves;

• Cirrose hepática, algumas doenças renais e disfunções


hormonais.

• Crianças, adolescentes e gestantes (*exceto em situações


médicas especiais);
CIRURGIA BARIÁTRICA – CONTRA-INDICAÇÕES

• Hérnia hiatal volumosa, varizes esofágicas, doenças


imunológicas ou inflamatórias do trato digestivo superior que
venham a predispor o individuo a sangramento digestivo ou
outras condições de risco;

• Doença cardio-pulmonar severa e descompensada;


Tipos de procedimentos cirúrgicos
Restritivos, disabsortivos e mistos

Restritivo: Sleeve Gástrico ou Gastrectomia Vertical

✓ Remoção da grande curvatura do estomago, deixando o novo reservatório com


formato tubular e alongado de volume entre 80 e 120 ml. É realizada a ressecção
do fundo do estômago, onde estão localizadas as células produtoras do
hormônio Grelina que estimula a fome;
✓ Não há desvio intestinal. Essa intervenção provoca uma perda de peso
significativa e possui boa eficácia sobre o controle da HAS e DLP;
✓ Por se tratar da técnica cirúrgica mais recentemente desenvolvida, ainda não
dispomos de resultados da operação a longo prazo;
✓ É um procedimento irreversível.
Sleeve Gástrico – Gastrectomia Vertical
Sleeve Gástrico – Gastrectomia Vertical
✓ Indicações:

Pacientes obesos, sendo muito eficaz para pacientes super obesos, ou seja, aqueles
que possuem índice de massa corporal maior que 50 kg/m e para os que se
alimentam de grande quantidade de comida a cada refeição.
É um procedimento simples, sem anastomoses.

✓ Contraindicação específica para esta técnica cirúrgica:


Pacientes portadores de doença do refluxo gastresofágico – DRGE.

✓ Embora haja a crença popular de que não há necessidade de reposição de


vitaminas, essa não é a conduta correta, pois assim como o bypass gástrico, a
gastrectomia vertical possui suas indicações precisas e o cuidados necessários no
período após a cirurgia.
CIRURGIA BARIÁTRICA - BYPASS GÁSTRICO

Estudado desde a década de 60, o bypass gástrico é a técnica


bariátrica mais praticada no Brasil, correspondendo a 75% das
cirurgias realizadas, devido a sua segurança e, principalmente,
sua eficácia.
CIRURGIA BARIÁTRICA - BYPASS GÁSTRICO

➢ Procedimento misto: grampeamento de


parte do estômago e desvio do intestino
inicial.
➢ Aumento de hormônios que dão saciedade
e diminuem a fome.
➢ Menor ingestão de alimentos e maior
saciedade leva ao emagrecimento, além de
atuar no controle de comorbidades, como
DM e HAS.

➢ Perda de 40% a 45% do peso inicial.


Qualquer que seja a técnica
cirúrgica utilizada devemos
lembrar que esta e só uma
restrição física e que por, si só,
não promove a mudança real e
efetiva nos hábitos alimentares e
comportamentais do paciente.
ACOMPANHAMENTO MULTIPROFISSIONAL

-Médicos: cirurgião, endocrinologista,


nutrólogo, psiquiatra, cardiologista,
pneumologista.
-Nutricionista
- Educador físico
-Fisioterapeuta
-Enfermeiro
-Psicólogo
-Assistente social, odontologista,
fonoaudiólogo.
REUNIÕES E CONSULTAS PRÉ-OPERATÓRIAS

-Explicação da cirurgia ao paciente;


-Alternativas clínicas ou cirúrgicas;
-Riscos;
-Resultados;
-Benefícios esperados;
-Exames e importância do acompanhamento a longo prazo;
-Consequências a longo prazo;
-Esclarecimento da necessidade de mudança de comportamento;
-Responsabilidades esperadas dos pacientes.
ATENDIMENTO PRÉ-OPERATÓRIO

CONHECER O PERFIL DO PACIENTE


ASPECTOS FÍSICOS
MENTAIS
EMOCIONAIS

VISÃO INTEGRADA
ATENDIMENTO PRÉ-OPERATÓRIO

▪AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA ▪HISTÓRICO FAMILIAR


Peso, altura, IMC; Antecedentes
Circunferência abdominal. Genética
• Pressão arterial
• Bioimpedância
• (%GC; MM; MG; RCQ);
ATENDIMENTO PRÉ-OPERATÓRIO

▪HISTÓRICO DA OBESIDADE: desde a infância?

▪TRATAMENTOS PRÉVIOS PARA PERDA DE PESO: clínicos e cirúrgicos

▪DOENÇAS ASSOCIADAS
▪EXAMES BIOQUÍMICOS
▪USO DE MEDICAMENTOS
ATENDIMENTO PRÉ-OPERATÓRIO

ESTILO DE VIDA

▪Atividade física
▪Atividades de lazer
▪Disposição – ânimo
▪Emocional
▪Ocupação
(trabalho estressante?)
▪Qualidade do sono
ATENDIMENTO PRÉ-OPERATÓRIO

FUNÇÃO/SAÚDE INTESTINAL:

▪FREQUÊNCIA EVACUATÓRIA

▪USO DE ANTIBIÓTICOS, ANTI-


INFLAMATÓRIOS DURANTE A VIDA

▪MICROBIOMA INTESTINAL

EM ALGUNS CASOS É NECESSÁRIO


TRATAR O INTESTINO ANTES
ATENDIMENTO PRÉ-OPERATÓRIO

IDENTIFICAÇÃO DE
ANAMNESE ERROS ALIMENTARES
ALIMENTAR COMPULSÕES,
POSSÍVEIS DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
(desnutrição na obesidade!!!)
SINAIS E
SINTOMAS,
DIGESTÃO, DETECTAR A PRESENÇA DE ALERGIAS/
SAÚDE SENSIBILIDADES/
INTESTINAL INTOLERÂNCIAS ALIMENTARES
ATENDIMENTO PRÉ-OPERATÓRIO

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS

PRÉ-OPERATÓRIO: INÍCIO DA ADEQUAÇÃO DE HÁBITOS


mastigação, ingestão hídrica, fracionamento,
qualidade alimentar.
PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
EXPECTATIVAS
MEDO
DIETA
DESCOBERTAS
MUDANÇAS
SUPLEMENTAÇÃO

VIDA NOVA!!!
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

DIETA 1º MÊS

• IMPORTANTE PARA QUE A RECUPERAÇÃO SEJA A MELHOR


POSSÍVEL;

• GARANTE A CICATRIZAÇÃO ADEQUADA DOS PONTOS INTERNOS;

• REQUER DISCIPLINA E ORGANIZAÇÃO;

• DEVE SER MUITO BEM ESCLARECIDA ANTES DA CIRURGIA PARA


QUE O PACIENTE SE PREPARE.
- VOLUME DE LÍQUIDO POR REFEIÇÃO – VARIÁVEL (50
DIETA 1º MÊS a 200ml)
- NO GERAL EXISTE TOLERÂNCIA DE APROX. 200 ML
POR REFEIÇÃO DE 2 EM 2 HORAS
- INGERIR OS LÍQUIDOS SEMPRE LENTAMENTE!!!
- NÃO UTILIZAR AÇÚCAR!!!

1º AO 5º DIA: LÍQUIDA RESTRITA – COADOR DE PAPEL


LÍQUIDOS CLAROS SEM RESÍDUOS, ÁGUA DE COCO, SUCOS NATURAIS (EXCETOS
ÁCIDOS), CALDOS (ÁGUA DE COZIMENTO), CHÁS CLAROS SEM CAFEÍNA

6º AO 10º DIA: LÍQUIDA – PENEIRA FINA


TODOS OS LÍQUIDOS DO PERÍODO ANTERIOR
+
SOPA BATIDA E PENEIRADA, CALDO DE FEIJÃO E INTRODUÇÃO DE LEITE E IOGURTES
DESNATADOS LÍQUIDOS.
DIETA 1º MÊS

11º AO 15º (OU ATÉ 20º) DIA: LÍQUIDA COMPLETA SEM COAR
TODOS OS LÍQUIDOS DO PERÍODO ANTERIOR, PORÉM SEM PASSAR NA
PENEIRA. CALDOS MAIS CREMOSOS, ENCORPADOS, COM RESÍDUOS, PORÉM
BEM LIQUIDIFICADOS, SEM PEDAÇOS.

15º OU 20º AO 30º DIA: PASTOSA


NÃO HÁ MAIS NECESSIDADE DE LIQUIDIFICAR AS REFEIÇÕES.
INTRODUÇÃO DE ARROZ PAPA, LEGUMES BEM COZIDOS E AMASSADOS,
PURÊS, CARNES MOÍDAS OU DESFIADAS, BEM COZIDAS COM CALDOS, PÃES
MACIOS, FRUTAS AMASSADAS OU RASPADAS, OVOS, QUEIJO BRANCO.

❑ IMPORTÂNCIA DA MASTIGAÇÃO E ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE!!!!!


DIETA 1º MÊS

EXISTEM VARIAÇÕES NAS FASES DA DIETA !!!!!!

A CONDUTA DIETÉTICA NESTE PRIMEIRO MÊS PODE VARIAR DE


ACORDO COM A TÉCNICA CIRÚRGICA. PODENDO TER UMA
EVOLUÇÃO MAIS LENTA (LÍQUIDA POR 30 DIAS).

ANTES DE DEFINIR OS PERÍODOS E FASES DA DIETA, DEVE HAVER


UM CONSENSO JUNTO À EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.

EVOLUÇÃO PARA DIETA NORMAL DEPENDE DA TOLERÂNCIA DO


PACIENTE À DIETA PASTOSA. AVALIAR ISSO NO PRIMEIRO RETORNO
PÓS-OPERATÓRIO
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

1º MÊS RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES:

✓HIDRATAÇÃO – CONSUMO DE ÁGUA CONSTANTE AO LONGO DO DIA, NOS


INTERVALOS ENTRE AS REFEIÇÕES.

✓OBSERVAR URINA!!!!

✓TODOS OS LÍQUIDOS DEVEM SER INGERIDOS LENTAMENTE,


AOS PEQUENOS GOLES.
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

1º MÊS ORIENTAÇÕES IMPORTANTES:

✓MASTIGAÇÃO EXAUSTIVA AO INICIAR A DIETA PASTOSA.

✓PERCEBER O LIMITE E NÃO EXEDER SUA TOLERÂNCIA PARA EVITAR VÔMITOS.

✓NÃO INGERIR LÍQUIDOS JUNTO COM AS REFEIÇÕES.

✓PORÇÕES PEQUENAS E FRACIONAMENTO.

✓USO DE TALHERES E PRATOS DE SOBREMESA.


ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO
INTERVENÇÃO NUTRICIONAL: ORIENTAÇÕES GERAIS:
✓ Variar na qualidade e adequar a quantidade (200 a 250 ml/refeição);
✓ Alimentar-se com calma e consciência;
✓ Ingerir de 2 a 3 litros de agua ao dia e em intervalos regulares; (água,
água de coco, chás de ervas, flores e frutas, ou sucos diluídos);
✓ Alimentar-se a cada 2 a 3 horas;
✓ Sucos de frutas naturais ( frutas ou polpas congeladas, legumes ou
folhas); Refeições Principais: utilizar alimentos de todos os grupos
alimentares.
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

RESTRIÇÕES
BEBIDAS CAFEINADAS
CAFÉ (3 MESES), CHÁ MATE, BEBIDAS ALCOÓLICAS
CHÁ PRETO, CHÁ VERDE, POR NO MÍNIMO 6
GUARANÁ RALADO MESES!!!
POR 1 MÊS

BEBIDAS GASEIFICADAS QUALQUER TIPO DE


REFRIGERANTES, ÁGUA COM GÁS AÇÚCAR E DOCES
POR NO MÍNIMO 3 MESES!!! POR 3 MESES
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

RESTRIÇÕES
CREMES, SORVETES,
FRITURAS, CARNES E GULOSEIMAS
REFEIÇÕES
GORDUROSAS

CARBOIDARTOS
SIMPLES
REFEIÇÕES PRONTAS
INDUSTRIALIZADAS, TEMPEROS
ALIMENTOS EMPACOTADOS, INDUSTRIALIZADOS,
SUCOS DE LATA, CAIXA OU PÓ CONDIMENTOS,
PIMENTAS
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

ESTÍMULO
PROTEÍNAS: CARNES FRUTAS, LEGUMES E
BRANCAS E VERMELHAS, VERDURAS COM MAIOR
OVOS, LEGUMINOSAS, VARIAÇÃO POSSÍVEL
DERIVADOS DE LEITE

GORDURAS BOAS: AZEITE,


ALIMENTAÇÃO COCO, OLEAGINOSAS,
NATURAL E ORGÂNICA ABACATE, CACAU
(OBS. TOLERÂNCIA)
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

ANAMNESE ALIMENTAR – CONSULTAS DE ACOMANHAMENTO

• Frequência alimentar;
• Qualidade e quantidade de alimentos;
• Tempo de mastigação;
• Tempo de duração das refeições;
• Ingestão hídrica;
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

SÍNDROME DE DUMPING

➢ Ocasionada pela passagem rápida do estômago para o intestino, de alimentos


com grandes concentrações de gordura e/ou açúcares, como resultado da
alteração anatômica do estômago.

➢ Ocorre após a ingestão de alimentos ricos em gordura ou em carboidratos


simples (doces, leite condensado, mel, chocolates, geleias e refrigerantes,
sorvetes);

➢ Os sintomas podem ser precoces (de 30 a 60 minutos após a refeição) ou


tardios (de 1 a 3 horas após a refeição).
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

SÍNDROME DE DUMPING
SINTOMAS MAIS COMUNS:
SENSAÇÃO DE DESMAIO
VONTADE DE SENTAR OU DEITAR
DISPNEIA, CANSAÇO FÍSICO, EXAUSTÃO
SONO, APATIA, VISÃO TURVA
PALPITAÇÃO, TAQUICARDIA, INQUIETAÇÃO,
AGITAÇÃO
TONTEIRA, VERTIGEM, CEFALÉIA
SUDORESE, PALIDEZ
NÁUSEA, DISTENSÃO ABDOMINAL, METEORISMO
ERUCTAÇÃO, VÔMITOS
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

INTOLERÂNCIAS ALIMENTARES
• VERIFICAR A ACEITAÇÃO/ TOLERÂNCIA DA DIETA

MAIS COMUNS:
ARROZ
PÃO
CARNE VERMELHA
LEITE – LACTOSE
AÇÚCAR
GORDURA
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

MUITO COMUM A SUBESTIMAÇÃO!!!!

PERGUNTAS-CHAVE:
Consumo de doces
Consumo de alimentos ultra processados
Consumo de refrigerantes e/ou sucos industrializados
Consumo de bebidas alcoólicas
Consumo de pães, massas
Preferências – salgado ou doce??
Consumo de líquidos junto com as refeições
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

QUEDA DE CABELO – ABORDAGEM NUTRICIONAL

VERIFICAR ALIMENTAÇÃO: CONSUMO PROTEICO, USO CORRETO DA


SUPLEMENTAÇÃO

ALIMENTAÇÃO POBRE EM NUTRIENTES

SAÚDE INTESTINAL
BYPASS
TÉCNICA MISTA
Estômago
ESTÔMAGO
excluso
Fator intrínseco: B12
HCL: redução de Fe³ a Fe²
Proteína
JEJUNO
PYY, GLP-1 e Zinco
DUODENO
Ferro, cálcio, tiamina,
magnésio, e ácido
fólico
ÍLEO
Vitaminas A, D, E e K e
vitamina B12
Consequências da cirurgia bariátrica que justificam a suplementação
nutricional
CONSEQUÊNCIAS DA IMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS
TÉCNICA CIRÚRGICA
- Restrição da - Menor ingestão de calorias e micronutrientes e menor
capacidade gástrica produção de HCL pelo estômago.

- Exclusão do estômago - Redução da superfície de contato para absorção, limitada


e duodeno do trânsito produção de fatores necessários para absorção de
alimentar nutrientes (ex. fator intrínseco e enzimas digestivas)

- Intolerância a - Exclusão da dieta de alimentos fontes de nutrientes


alimentos fundamentais para a saúde
(carnes, leite, folhosos) Bordalo et al., 2011.
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS

✓ Risco de baixa aceitação ou intolerância a alimentos proteicos,


principalmente carnes (vermelha e aves) – menos de 50% da necessidade.

✓ Mecanismos:

• diminuição da secreção de enzimas como pepsinogênio e pancreáticas;


• cirurgia bypass em “Y de Roux”: o tempo de contato entre o bolo alimentar
a pepsina, secretada no estomago, e reduzido, assim como a superfície de
absorção intestinal por conta da exclusão do duodeno.
Deficiência de Vitamina B12

Etiologia multifatorial:
- Falha na separação da vitamina B12 de alimentos proteicos – acloridria;
- Ausência do fator intrínseco. Não forma o complexo FI- B12;
- Ingestão inadequada de boas fontes: carnes;

✓ Riscos: alterações e danos neurológicos irreversíveis se a deficiência for


mantida por um longo período, anemia macrocítica, glossite.

✓ Suplementação INTRAMUSCULAR ( ↓ FI) OU SUBLINGUAL (PRESCRIÇÃO


MÉDICA)
Deficiência de Ác. Fólico – B9

✓ Menos comum que a deficiência de B12; Ocorre em aproximadamente


20% dos casos de bypass;

✓ Atenção para gestação: defeitos do tubo neural;

✓ Riscos: anemia macrocítica, neuropatias, fadiga, aftas, glossite.

✓ Deficiência de folato pode ser prevenida e prontamente corrigida com


suplementação (1 mg / dia).
Deficiência de Tiamina – B1

✓ A deficiência ocorre através da combinação de uma redução na produção


de ácido e restrição da ingestão de alimentos (carnes);

✓ Casos de deficiência clinicas foram associados a vômitos persistentes ou


Hiperêmese;

✓ A administração de 50-100mg de tiamina deve corrigir a deficiência;

✓ Para pacientes com hiperêmese, a administração via parenteral de tiamina


durante 6 semanas apos a cirurgia deve prevenir a deficiência.
Metabolismo ósseo: Deficiência de Cálcio e Vit. D

Causas
- A absorção de cálcio reduzida é secundária a exclusão do duodeno e
jejuno proximal, onde o cálcio é absorvido ao máximo;

- A absorção de vitamina D ocorre preferencialmente no jejuno e íleo;

- A relativa falta de cálcio estimula a produção de paratormônio que, por


sua vez, provoca aumento da produção de 1,25-hidroxivitamina D e
liberação de cálcio dos ossos;

- A longo prazo: desenvolvimento de osteoporose


Metabolismo ósseo: Deficiência de Cálcio e Vit. D

Monitoramento: cálcio, fósforo, paratormonio e 25-hidroxivitamina D;

Intervenções: Além da alta ingestão de cálcio pelas fontes alimentares, a


suplementação de cálcio (1,2-1,5g/dia) também é recomendada;

Biodisponibilidade da suplementação: O carbonato de cálcio não é


biodisponível na ausência do pH ácido do estômago, portanto recomenda-se
a utilização de citrato de cálcio.
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

SUPLEMENTAÇÃO
PROTOCOLO:
A PARTIR DO 2º MÊS:
COLÁGENO HIDROLISADO (BASE DE VERISOL) – EM MÉDIA 10g/ DIA
PROTEÍNA DO SORO DO LEITE (WHEY PROTEIN) ISOLADA – EM MÉDIA 30g/ DIA -
CALCULAR PELO PESO DO PACIENTE
ÔMEGA 3 – EPA + DHA

TRATAMENTO INTESTINAL:
GLUTAMINA
PROBIÓTICOS
PREBIÓTICOS (PRIORIZAR ALIMENTOS)
ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

SUPLEMENTAÇÃO
POLIVITAMÍNICO: MANIPULADO OU ESPECÍFICO PARA ATENDER NECESSIDADE
FERRO!!

ESPECÍFICO PARA SAÚDE ÓSSEA: CÁLCIO + MAGNÉSIO + VITAMINA D


(PRESCRIÇÃO MÉDICA)

VITAMINA B12 – INTRAMUSCULAR ( ↓ FI) OU SUBLINGUAL


(PRESCRIÇÃO MÉDICA)

EXAMES BIOQUÍMICOS PERIÓDICOS + SINAIS CLÍNICOS


ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO
ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL

• Importante para a manutenção de bons hábitos alimentares, controle da


perda de peso, monitorização do estado nutricional, prevenção da perda
de massa muscular e deficiências nutricionais.
• Avaliar a frequência necessária de acompanhamento caso a caso.

✓ DE 3 EM 3 MESES NO PRIMEIRO ANO DE PÓS-OPERATÓRIO.

✓ SEMESTRAL NO SEGUNDO ANO

✓ ANUALMENTE APÓS O SEGUNDO ANO


ATENDIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

TRABALHO DE CONSCIENTIZAÇÃO
Necessidade de mudanças permanentes no estilo de vida
e hábito alimentar

RESULTADOS A LONGO PRAZO!!!!!!


OBRIGADA!!!

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