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Medicina de Emergência
Nossa residência
Definida como o preenchimento do espaço subaracnóideo por sangue, mais comumente proveniente da Novidades do site
ruptura de um aneurisma cerebral
Outros
80% das HSA não traumáticas são secundárias a aneurisma e das HSA não aneurismáticas podemos ter:
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HSA perimesencefálica
É mais comum em mulheres na quinta ou sexta década de vida e está associada a hipertensão,
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tabagismo, abuso de álcool e uso de drogas simpaticomiméticas (e.g. cocaína) Angina refratária Angioplastia primária
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30/11/23, 11:56 Hemorragia Subaracnoide não traumática: diagnóstico e manejoMedicina de Emergência
Síndrome de Ehler-Danlos (tipo IV) sistêmica Emergência FA Fibrinolítico
FMUSP Heraldo
Diagnóstico da Hemorragia Subaracnoide possolo de souza
A cefaleia é o principal achado da HSA e pode ser sintoma isolado em 40% dos casos
Hospital das clínicas
IAM Infarto inferior Infarto sem supra de
80% dos pacientes descrevem como a pior cefaleia da vida
ST Insuficiência cardíaca Intubação traqueal
Thunderclap headache: (às vezes traduzido como cefaleia em trovoadas) Tem início súbito e atinge Julio Marchini Lucas
a máxima intensidade em poucos segundos oliveira marino Manole
A cefaleia sentinela (cefaleia que precede a ruptura do aneurisma em uma a duas semanas) é Medicina de
Medicina
Supradesnivelamento de ST Síndrome
Ticagrelor Trombolítico
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A tomografia sem contraste é o exame de escolha para o paciente que chega ao pronto socorro com
cefaleia súbita e de forte intensidade, chegando a ter sensibilidade próxima a 100% nos primeiros 3 dias
Se realizada nas primeiras 6 horas após o início da dor, é suficiente para excluir o diagnóstico de HSA (Stroke
2016 Mar;47(3):750)
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Após 12 horas do episódio já é possível perceber xantocromia e essa é suficiente para o diagnóstico
Não há necessidade de realizar punção lombar se a TC for negativa para HSA e tiver sido realizada
nas primeiras 6 horas de dor
Caso o paciente apresente HSA identificável na TC ou líquor sugestivo ou duvidoso, deve-se proceder a
angiotomografia para pesquisa da causa da hemorragia
Existem 4 escalas clínicas validadas para determinar gravidade dos pacientes com HSA:
Hunt and Hess Scale (H&H) – Leva em consideração a intensidade da inflamação meníngea, do
déficit neurológico e o nível de consciência
National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) – Quantifica o déficit neurológico numa escala
que vai de 0 a 42
Prevenção do ressangramento
Tratamento medicamentoso
O controle pressórico deve ser feito com droga titulável (e.g. nitroprussiato)
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Para isso leva-se em consideração o risco de isquemia, ressangramento relacionado a pico
hipertensivo e manutenção da pressão de perfusão cerebral (recomendação I, evidência A)
Não existe consenso para meta pressórica no aneurisma não tratado, porém manter a PAS < 160
mmHg é uma meta razoável
Nimodipino oral deve ser ofertado para todos os pacientes na dose de 60mg 4/4h, tendo sido
demonstrada redução de mortalidade e de dependência (recomendação I, evidência A)
Não deve ser dado por via parenteral (relacionado a aumento da mortalidade)
Tratamento cirúrgico
A abordagem endovascular deve ser considerada para pacientes que possam ser submetidos a
ambos os procedimentos, porém a decisão deve ser multidisciplinar e baseada na experiência
da equipe
Ácido Tranexâmico pode ser uma opção nas primeiras 72h, em pacientes que não foram submetidos a
correção do aneurisma, a fim de reduzir o risco de ressangramento precoce
Pacientes comatosos devem ser mantidos com eletroencefalograma contínuo, para pesquisa de
estado de mal epiléptico não convulsivo
Recomenda-se fazer profilaxia para TEV com métodos mecânicos até que o aneurisma seja tratado
Durante a internação, deve-se realizar exame neurológico sumário a cada 1 a 4 horas, como também
manter aferição contínua dos sinais vitais
O vasoespasmo ocorre devido ao contato da oxihemoglobina com a parede externa do vaso e 66% dos
pacientes apresentam vasoespasmo angiográfico (sintomático ou não)
A isquemia cerebral tardia está associada a vasoespasmo em somente 50% dos casos
Ao mesmo tempo que existem pacientes com vasoespasmo grave de grandes artérias que não se tornam
sintomáticos, existem pacientes com vasoespasmo leve que desenvolvem não só isquemia como infarto
cerebral
Não existe, hoje em dia, nenhum método efetivo para prevenção de vasoespasmo
O doppler deve ser realizado diariamente ou a cada 2 dias, a depender do risco do paciente
O tratamento deve se basear no manejo da isquemia cerebral tardia e não existe indicação de tratamento
do vasoespasmo não sintomático
Isquemia cerebral tardia se manifesta como piora, surgimento de novos déficits neurológicos e/ou
redução do nível de consciência
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Não induzir hipertensão se o paciente já estiver com PA elevada ou o status cardiovascular não
permitir. Nesse caso deve-se preferir tratamento endovascular
As drogas vasoativas que podem ser usadas são noradrenalina, dopamina e fenilefrina
Vasodilatadores arteriais para lesões não acessíveis (bloqueadores do canal de cálcio ou óxido
nítrico)
Outras complicações
Crises epilépticas são relatadas em 26% dos pacientes, sendo 20% delas não convulsivas e ocorrem mais
comumente nas primeiras 24 horas
Ressangramento ocorre em até 14% dos casos nas primeiras 24 horas, tendo maior risco nas primeiras
12 horas
Hidrocefalia pode ocorrer em 15 a 87% dos pacientes e deve ser tratada com DVE ou drenagem lombar, a
depender do cenário clínico
Até 46% dos pacientes que sobrevivem apresentam déficit cognitivo a longo prazo, com prejuízo a
funcionalidade e qualidade de vida
A hiperglicemia durante a apresentação e internação tem relação com déficit cognitivo a longo prazo
O screening e manejo dos aneurismas não rotos não é o objetivo dessa discussão
Referências
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30/11/23, 11:56 Hemorragia Subaracnoide não traumática: diagnóstico e manejoMedicina de Emergência
Guidelines for the management of aneurysmal subarachnoid hemorrhage: a guideline for healthcare
professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2012
Jun;43(6):1711-37
Caren G. Solomon, M.D., M.P.H, Michael T. Lawton, M.D., and G. Edward Vates, M.D., Ph.D Subarachnoid
Hemorrhage N Engl J Med 2017; 377:257-266 July 20, 2017
Suarez JI, Tarr RW, Selman WR. Aneurysmal subarachnoid hemorrhage. N Engl J Med. 2006 Jan
26;354(4):387-96, commentary can be found in N Engl J Med 2006 Apr 20;354(16):1755
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