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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Planificação de ensino (aulas de língua portuguesa)

Delfim Paulo Chico, 708215216

Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Práticas Pedagógicas II
2º Ano, Turma: L
Tutor: Mavuto Teblo

Maputo, Agosto de 2022


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nacional e
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Referências edição em citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e bibliográficas
bibliografia
Índice

1. Introdução……………………………………………………………………………...4
1.1. Objectivos……………………………………………………………………………..4
1.2. Metodologias………………………………………………………………………….4
2. Planificação e plano de aula – conceito………………………………………………..5
3. Os elementos do plano de aula…………………………………………………………6
3.1. Cabeçalho e Identificação……………………………………………………………..6
3.2. Objectivos……………………………………………………………………………..7
3.3. Conteúdo e Conceito…………………………………………………………………..7
3.4. Estratégias e Metodologias……………………………………………………………8
3.5. Avaliação……………………………………………………………………………...8
4. As particularidades de um plano de aula de Português………………………………..9
5. Planificação de uma situação de aprendizagem……………………………………....11
5.1. Assistência de aulas………………………………………………………………….11
5.2. As funções do professor no contexto de ensino de língua portuguesa………………11
5.3.Reflexão critica da aula……………………………………………………………….13
6. Conclusão……………………………………………………………………………..14
7. Referências Bibliográficas……………………………………………………………15

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1. Introdução
O presente trabalho surge no âmbito de uma pesquisa de campo orientada na disciplina de
Práticas Pedagógicas II. Ele visa essencialmente abordar o seguinte tema: Planificação de
ensino (aulas de língua portuguesa).

Sendo a educação uma actividade intencional, a planificação da mesma é imprescindível para


o alcance dos objectivos previstos (UCM-CED, 2015, p.20)

O plano de aula é a operacionalização dos conteúdos previstos, em linhas gerais, nos


Programas de Ensino, daí que seja indispensável a sua consulta durante a planificação de
aulas.

1.1. Objectivos
Geral

- Desenvolver competências para planificar uma situação de aprendizagem;

Específicos

- Definir o conceito de planificação e plano de aula;

- Identificar os elementos do plano de aula;

- Descrever as particularidades de plano de aula de português;

- Planificar uma situação de aprendizagem;

- Descrever as actividades de leccionação da aula assistida;

- Reflectir criticamente sobre os resultados obtidos na aprendizagem;

1.2. Metodologias
Para o alcance dos objetivos traçados e já apresentados, recorreu-se à consultas de vária
ordem que visavam no aprimoramento do tema em estudo, obras estas citadas ao longo do
trabalho e posteriormente referenciadas, assim como à assistência de aulas na Escola Primária
Completa da Manhiça-Sede.

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Planificação de ensino (aulas de língua portuguesa)

2. Planificação e plano de aula – conceito

A planificação (ou o planeamento) refere-se à ação e ao efeito de planificar ou planear, isto é,


organizar-se ou organizar algo. Implica definir um ou vários objetivos, juntamente com as
ações requeridas para que esses objetivos possam ser alcançados (Anónimo, 2011).

A Planificação é o processo através do qual uma entidade/instituição/pessoa faz a preparação,


previsão e organização do desenvolvimento das suas actividades, em conformidade com as
normas e procedimentos que orientam a área a planificar, estabelecendo, para o efeito, as
respectivas metas e os prazos.

Na definição de Zabalza (1994) “em termos gerais, a planificação trata-se de converter uma
ideia ou um propósito num curso de acção” (p.2). O mesmo autor considera a planificação
“uma competência imperativa que deve ser desenvolvida por todos os professores,
independentemente do nível de ensino que estiver a atuar” (Alvarenga, 2011, cit. Santos,
2015). No mesmo prisma, Carvalho (2009, cit. Santos, 2015) declara que “no caso do trabalho
docente, a planificação inclui-se num dos aspetos mais importantes do ensino, porque
determina em grande parte o conteúdo e a forma do que é ensinado nas escolas”. Desta forma,
no caso prático da didática da música, planificar consiste em planear uma série de etapas que
visam levar os alunos a atingir os objetivos definidos. Será sobre os elementos constituintes
da planificação que se irá orientar agora a análise.

Elaborar um plano de aulas é construir um guião de orientação para o desenvolvimento do


conteúdo de uma aula ou um conjunto de aulas. A aula é caracterizada, principalmente, pela
relação de interdependência das actividades de ensino e de aprendizagem de forma lógica e
sistemática

Segundo LIBÂNEO (1994, p.241) Plano de aula é um retalhamento de plano de ensino. As


unidades e subunidades que foram previstas em linhas gerais são aqui especificadas e
sistematizadas, para uma situação real. O mesmo autor defende ainda que, “o planejamento
escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos de
organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação
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no decorrer do processo de ensino”. Portanto, o planejamento de aula é um instrumento
essencial para o professor definir as estratégias pedagógicas, conforme o objetivo a ser
alcançado, criteriosamente adequado para as diferentes turmas, com flexibilidade suficiente,
caso necessite de alterações.

3. Os elementos do plano de aula

O Plano de Aula é constituído estruturalmente por: Identificação, Objetivos, Conteúdos,


Metodologias, Recursos e Avaliação.

3.1. CABEÇALHO E IDENTIFICAÇÃO

Identificação da escola;

Nome do professor;

Unidade temática;

Tema da aula;

Tempo previsto;

Data de realização da aula;

Disciplina;

Objectivos da aula (geral e específicos);

Conteúdos (em forma de tópicos);

Actividades (do professor e do aluno);

Métodos de ensino previstos;

Recursos didácticos disponíveis;

Formas de avaliação previstas (em alguns modelos de plano não consta

esse elemento).

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3.2. OBJETIVOS

Segundo Grigull (2008), objetivo é o que se espera que a turma aprenda em determinadas
condições de ensino. O autor denota que é a partir do objetivo que são definidos e orientados
os conteúdos que devem ser trabalhados e os processos didáticos que são necessários para que
o objetivo seja atingido.

Para Roldão (2003), os objetivos, quando atingidos, refletem o que o aluno sabe, em termos
de conhecimentos, atitudes e procedimentos resultantes da aprendizagem dos conteúdos. A
mesma autora defende que se devem definir os objetivos da aprendizagem de forma a ajustá-
los às competências visadas e não como um simples desdobramento dos conteúdos
programáticos, sem a devida finalização.

Ainda de acordo com Roldão (2003), orientam-se os objetivos de aprendizagem de modo a


conferir-lhes utilidade, ou seja a evidenciar que competências (gerais e/ou específicas,
transversais e/ou disciplinares) se pretende construir a partir desses objetivos.

É preciso definir primeiro os objetivos de ensino e aprendizagem para depois selecionar e


organizar os conteúdos (Grigull, 2008, p. 1).

3.3. Conteúdo e Conceito

Para Grigull (2008) conteúdo é um conjunto de valores, conhecimentos, habilidades e atitudes


que o professor deve ensinar para garantir o desenvolvimento e a socialização do aluno.
Segundo este autor, o conteúdo pode ser classificado como conceitual (que envolve a
abordagem de conceitos, fatos e princípios), procedimental (saber fazer) e atitudinal (saber
ser). Na mesma linha de pensamento, de acordo com Grigull (2008) conceito é a definição de
um determinado termo.

De acordo com Roldão (2003), orientam-se os conteúdos para se expressarem as


competências. À luz desta afirmação, elaborámos o seguinte exemplo: se os conteúdos
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incluírem regras de postura, o aluno é competente, conhecendo e sabendo utilizar as
respetivas regras de postura.

3.4. Estratégias e Metodologias

Anónimo (2013) considera que a atividade docente é caracterizada pelo desafio permanente
em estabelecer relações interpessoais com os educandos, procurando que as metodologias e as
estratégias utilizadas cumpram os objetivos propostos. Neste sentido, este autor sugere que o
modo como o docente planeia as suas atividades na sala de aula é determinante para que haja
um maior ou menor interesse por parte dos participantes, facilitando, ou não, o decorrer da
aula.

Para Petrucci e Batiston (2006, cit. Anónimo, 2013), a palavra estratégia encontra-se
estreitamente vinculada ao ensino. Sugerem que ensinar requer que o docente fomente o
interesse e a autonomia do aluno para que este se dedique e procure atingir o principal
objetivo educacional de uma forma espontânea. Desta forma, o professor deverá promover a
curiosidade, a segurança e a criatividade dos alunos.

Segundo Anónimo (2013), as estratégias de ensino são os meios utilizados pelos docentes na
articulação do processo de ensino, de acordo com cada atividade e os resultados esperados.
Anastasiou e Alves (2004, cit. Anónimo, 2013) acrescentam que as estratégias visam à
consecução de objetivos e, consequentemente, estes deverão ser explícitos.

3.5. Avaliação

O conceito de avaliação é representado como a atribuição de valor para com determinado ato
desenvolvido por determinado indivíduo (Santos, 2011). Para Luckesi (2000, cit. Frias e
Takahashi, 2002) a avaliação é "um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista
uma tomada de decisão".

Segundo afirma Stefanello (2010), é através da avaliação que se torna possível analisar os
resultados obtidos pelos alunos.

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Na opinião de Libâneo (1994, cit. Frias e Takahashi, 2002), a avaliação é tida como “um
componente do processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos
resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e, daí,
orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas seguintes” (p. 157). O
mesmo autor (ibid. 1994, cit. Frias e Takahashi, 2002) acrescenta que a avaliação da
aprendizagem como processo deve procurar a inclusão dos educandos. Neste sentido, o
professor, ao avaliar o aluno, deve levantar dados, analisá-los e sintetizá-los de forma
objetiva, possibilitando, desta forma, o diagnóstico dos fatores que interferem no resultado da
aprendizagem.

4. As particularidades de um plano de aula de Português

As metodologias de ensino de uma L2 devem proporcionar a aquisição e o desenvolvimento


das habilidades linguísticas dos aprendentes não falantes da língua-alvo. Assim, o professor
ao planificar uma aula de Português, deve ter em conta os seguintes princípios:

- O aluno tem uma tendência natural para se comunicar em qualquer língua;

- O aluno aprende a comunicar comunicando-se.

- O primeiro modo de comunicação linguística é através da oralidade e só depois vem a


escrita;

- O aluno deve compreender primeiro o que os outros dizem e depois falar;

- O aluno deve compreender o que lê e depois escrever;

- O aluno aprende melhor uma língua quando é encorajado a tomar a iniciativa para
comunicar;

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- O aluno aprende melhor uma língua quando comunica em diferentes situações e aborda
diferentes temas;

- O aluno deve estar informado, desde o início, sobre os objectivos da aprendizagem da língua
portuguesa.

No que diz respeito ao ensino gramatical por exemplo, é fundamental planejar as aulas de
Língua Portuguesa de maneira a contribuir para a compreensão funcional e discursiva da
gramática. Para que o trabalho com a gramática aconteça de forma funcional e
contextualizada, o foco do ensino deve centrar-se no textos, cabendo ao professor propor
atividades de uso e reflexão sobre a língua, tendo em vista a sua dimensão pragmática,
semântica e gramatical. O ensino, assim concebido, rompe com as imposições de organização
clássica de conteúdos da gramática tradicional, dando lugar aos aspectos que precisam ser
tematizados em função das necessidades apresentadas pelos alunos nas atividades de
produção, leitura e escuta de textos.

A reflexão sobre os factos linguísticos deve se dar tanto em textos impressos como em textos
de alunos, para que eles possam perceber as particularidades da língua oral e escrita, além dos
elementos que caracterizam os diferentes gêneros textuais. Como se pode perceber, o trabalho
com a língua vai além do estudo sistemático da gramática, permeando os conteúdos no âmbito
da textualidade e do discurso.

É necessário destacar ainda que, ao encaminhar o ensino de Língua Portuguesa é fundamental


que o professor atente para os seguintes aspectos:

− os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar, pois um


ensino produtivo não nega o saber construído na sua prática social;

− o nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, em função das possibilidades de


compreensão dos alunos nos diferentes momentos do processo de ensino-aprendizagem;

− ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos, conforme autonomia


linguística adquirida pelos alunos na realização das práticas discursivas. Por exemplo, pode-se
trabalhar o uso do artigo, de um pronome ou de qualquer outro elemento linguístico, em
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determinado texto, e em qualquer série, desde que de forma adequada à compreensão do
aluno e tendo em vista a necessidade desse entendimento para a compreensão do texto.

5. Planificação de uma situação de aprendizagem

Após a disponibilização do presente trabalho da disciplina de Práticas Pedagógicas II na


plataforma, e depois de lido, percebi que me era encubada a missão de planificar uma situação
de aprendizagem. Foi neste contexto que escolhi para concretizar esta actividade, a Escola
Primária Completa da Manhiça-Sede, localizada na Vila do distrito com o mesmo nome.

Foi assim que, dirigi-me até à Escola Primária Completa da Manhiça-Sede, onde fui bem
recebido pelos membros da direção da escola assim como pelos professores e os demais
funcionários daquela instituição de ensino. Apresentei a minha intenção, daí me foram abertas
as portas.

5.1. Assistência de aulas

Tendo em conta que o presente trabalho da disciplina de Práticas Pedagógicas II, nos foi
orientado durante o período de interrupção das aulas do ensino geral a nível nacional, o que
me impossibilitou de poder assistir uma aula normal com os alunos na sala de aulas.
Entretanto, coincidentemente , na escola onde eu havia escalado para fazer a assistência de
aulas, decorria uma jornada de simulação de aulas por parte dos professores daquela
instituição de ensino, neste caso, a Escola Primária Completa da Manhiça-Sede. Foi nestas
circunstâncias que pude assistir a simulação de uma aula da disciplina de Língua Portuguesa,
6ª classe, como tema: Família de palavras e campo lexical, que se encontra na Unidade
Temática: A Sociedade.

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5.2. As funções do professor no contexto de ensino de língua portuguesa

Pensar no ensino de Língua Portuguesa não se restringe, portanto, em apresentar uma lista de
conteúdos gramaticais a serem transmitidos. Antes implica reconhecer o caráter social,
histórico, dinâmico e temporal do conhecimento e da sua produção. Analisando
profundamente essa questão, ARROYO (2004, p. 219) nos chama a atenção afirmando que:

Preparar uma aula não é preparar um cardápio, menos ainda requentar


pratos ou enlatados a serem repassados a alunos atentos ou desatentos,
com fome ou sem fome do conhecimento. Quando reconhecemos o
caráter histórico, inacabado, do conhecimento, nos resultam
desencontradas essas concepções tão fechadas do conhecimento,
pratos prontos apetecíveis e assimiláveis para qualquer mente
“normal” desde que sejam repassados com didáticas apropriadas.

Segundo PROENCA (1992, p.177), Aula é um processo vivo e dinâmico onde um complexo
drama de interacção humana e diversidade de interesse determinam a actuação do professor e
dos alunos.

A aula do professor Osório tinha a duração de 45 minutos, neste caso, era uma aula normal. O
tipo de aula, era inicial.

No primeiro momento da aula (Função Didáctica, Introdução e Motivação), o professor


começou saudando à turma e fazendo o controle das presenças, e os alunos responderam a
saudação do professor assim como à chamada. De seguida, o professor anunciou o tema da
aula: família de palavras e campo lexical e escreveu-o no quadro. Os alunos copiaram o tema
para os seus cadernos.

No segundo momento da aula (Função Didáctica, Mediação e Assimilação), o professor


orientou a leitura silenciosa do texto e a cópia das palavras: máquina, varanda, vizinha e
grande. Os alunos leram o texto, identificaram e registaram as palavras no caderno individual.
De seguida, o professor orientou uma leitura oral e explicação do sentido das frases onde as
palavras destacadas ocorrem. Os alunos leram as frases identificadas, alguns descobriram e
explicaram o sentido das frases, à turma. Seguidamente, o professor orientou a descoberta de
palavras da mesma família. Os alunos, procuraram palavras que têm a mesma raiz que as
palavras registadas nos cadernos diários e partilham com toda a turma (de referir que a maior
parte dos alunos da turma não conseguiu encontrar as palavras da mesma família). Depois, o
professor orientou uma elaboração de frases usando as palavras descobertas pelos alunos,
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estes por sua vez, elaboraram individualmente duas frases com as palavras descobertas e
apresentaram-nas à turma. A seguir, o professor fez um resumo sobre a matéria, explicando o
que é família de palavras e como identificar palavras da mesma família, os alunos prestaram
atenção. Após isso, o professor registou os apontamentos no quadro em forma de resumo, e os
alunos copiaram os apontamentos para os seus cadernos.

Já no terceiro momento da aula (Função Didáctica, Domínio e Consolidação), o professor


orientou a realização de exercícios de aplicação, com base no conteúdo do quadro mural. Os
alunos realizaram os exercícios, individualmente.

No último momento da aula (Função Didáctica, Controlo e Avaliação), o professor fez a


correcção dos exercícios nos cadernos dos alunos. Os alunos fizeram a correcção dos
exercícios no quadro. Por fim, o professor marcou o T.P.C no quadro, e os alunos registaram
o T.P.C nos seus cadernos.

5.3. Reflexão critica da aula

O professor esteve bem na aula, atingiu boa parte dos objectivos traçados para a aula,
demostrou domínio do conteúdo lecionado, teve uma interação satisfatória com os alunos,
dava espaço para os alunos apresentarem suas opiniões e dúvidas, e ele por sua vez, ia
esclarecendo as mesmas na medida do possível. Soube gerir o tempo da aula. No que tange a
linguagem usada pelo professor durante a aula, constatei que era adequada ao nível do acesso
dos alunos.

Aspectos a melhorar

O professor devia ter criado uma motivação antes de ter anunciado o tema da aula, de modo a
despertar o interesse pela aprendizagem por parte dos alunos.

O professor devia ter optado mais pelo uso das metodologias participativas, de modo a
explorar mais os conhecimentos que os alunos já trazem consigo de casa.

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O professor devia ter optado mais pelo uso do método de Elaboração Conjunta, de modo a
criar um ambiente de interação activa entre, professor – aluno, aluno - professor, aluno –
aluno.

O professor devia ter elaborado material didáctico, com vista a levar o aluno do abstrato para
o concreto, e não se limitar apenas no uso do material básico de ensino (Quadro, giz, caderno
diário, livro do aluno, etc). Atendendo e considerando que, os alunos não têm que ler só os
textos dos seus livros escolares, o professor deve trazer textos de outras fontes de modo a
encorajar os alunos a lerem outros textos fora da escola.

6. Conclusão

Neste trabalho foi possível reconhecer a importância da elaboração de um a plano de ensino,


especificamente de Língua Portuguesa. Uma vez que, o plano de aula é a operacionalização
dos conteúdos previstos, em linhas gerais, nos Programas de Ensino, daí que seja
indispensável a sua consulta durante a planificação de aulas.

Para a elaboração de uma boa planificação é necessário prever, organizar, criar e reconstruir.

Não existe um modelo de plano padrão, o plano de aula é dinâmico e não estático. A
planificação pode ser alterada, se o professor identificar durante etapas de avaliação da aula
outras técnicas de ensino e que dêem melhores resultados com a sua turma. A prática mostra
que a planificação colectiva e participativa com os outros professores da escola e com os seus
próprios alunos pode dar resultados mais elevados.

O melhor professor de Português no ensino primário é aquele que gosta de ler, escrever e de
comunicar respeitosamente e com correcção com os seus alunos, sejam crianças ou adultos!

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7. Referências Bibliográficas

ARROYO, M. G. (2004). Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres.


Petrópolis, RJ: Vozes.

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Grigull, M. (2008). O que são Objetivo, Conteúdo e Conceito? Nova Escola. Edição 218.
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LIBÂNEO, J. C. (1994). Didáctica S/ed. São Paulo: Cartaz editora.

Roldão, M. C. (2003). Gestão do currículo e avaliação de competências. Lisboa: Editorial


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