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GESTÃO DE TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO

UNIDADE I - TI NAS ORGANIZAÇÕES -


ESTRATÉGIAS E CONCEITOS
Prof. Maria Teresa Marino
Bacharelado em Sistemas de Informação
Faculdades Integradas Campo-Grandenses

Maria Teresa Marino 1


PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA TI

• Empresas de sucesso
– melhoramento contínuo
– busca contínua por vantagens
• Vantagem competitiva exige dinamismo
– NÃO HÁ ESPAÇO PARA ACOMODAÇÃO
• Busca pelo POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO
DIFERENCIADO

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PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA TI

• POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO
– ultrapassa a fronteira do marketing e do produto
– envolve o posicionamento total de uma empresa
• produção
• distribuição
• logística
• serviços

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ANÁLISE DAS ATIVIDADES
EMPRESARIAIS - MODELOS DE PORTER
• O MODELO DAS FORÇAS COMPETITIVAS -
Michael Porter
– possibilita verificar o impacto da TI como instrumento
para o aumento da competitividade
– possibilita verificar a competitividade de uma empresa
dentro de um setor específico
– pressupõe a existência de CINCO forças

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MODELO DAS FORÇAS COMPETITIVAS

Fonte: FGV online

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MODELO DAS FORÇAS COMPETITIVAS
• FORÇA 1: Barreiras de entrada para novos concorrentes
– novos competidores causam diminuição nos lucros potenciais do
setor
– extremamente importantes para o mercado de TI quando
representa uma diversificação de atividades
• Exemplo de diversificação de atividades é o que a Microsoft fez ao entrar
no mercado de planilhas eletrônicas – desbancando a Lotus –, no de
processadores de texto – desbancando a WordPerfect – e no de
navegadores web – acabando com a Netscape.
– a ameaça dos novos competidores depende das BARREIRAS
DE ENTRADA existentes e da reação dos competidores já
existentes

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MODELO DAS FORÇAS COMPETITIVAS

• Fontes de barreiras de entrada


– economias de escala - produção de grande volumes
leva a custos unitários menores, uso de tecnologias mais
eficientes, poder de negociação com fornecedores
– custos de mudança - ocorrem quando clientes mudam
de fornecedores: treinamento, alterações nas
especificações dos produtos, etc.
• Exemplo: exigência da troca do seu número de celular
desestimulava a troca de operadora

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MODELO DAS FORÇAS COMPETITIVAS

• Fontes de barreiras de entrada


– necessidade de capital - dependendo do contexto, se
apresenta como uma barreira de entrada substancial
• mercado de telefonia móvel: exigência de altos investimentos
inibem a entrada de novos competidores
• mercado de desenvolvimento de software: barreiras de entrada
mínimas; conhecimento e um mínimo de equipamento
– vantagem de ser pioneiro - acesso a matérias primas,
tecnologias específicas, subsídios do governo, recursos
humanos específicos, etc.

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MODELO DAS FORÇAS COMPETITIVAS

• Fontes de barreiras de entrada


– acesso desigual aos canais de distribuição - caminho
que o produto percorre até chegar ao consumidor final
– políticas restritivas do governo - exigências de
licenças, barreiras ao capital externo ou o acesso à
matérias-primas
• exemplo: reserva de mercado de informática no Brasil - 1984 a
1991 - limitava a fabricação de equipamentos de TI para
empresas de capital inicial
– diferenciação do produto

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MODELO DAS FORÇAS COMPETITIVAS
• FORÇA 2: Poder de barganha dos fornecedores
– aumento de preços
• exemplo: a Microsoft eleva o custo do sistema operacional
contribuindo para a erosão da lucratividade no setor de
computadores pessoais - o aumento não pôde ser repassado ao
consumidor final por conta do ambiente competitivo
– limitação da qualidade ou quantidade dos produtos e/ou
serviços fornecidos

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MODELO DAS FORÇAS COMPETITIVAS
• FORÇA 3: Poder de barganha dos clientes
– força queda nos preços
– força maior qualidade nos produtos e/ou serviços
– demanda por mais serviços
– exemplo: a portabilidade numérica no mercado de
telefonia do Brasil aumenta o poder de barganha do
consumidor

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MODELO DAS FORÇAS COMPETITIVAS
• FORÇA 4: produtos e/ou serviços substitutos
– realizam a mesma função dos produtos similares, só que de forma
diferente
– limitam a lucratividade de um setor
• exemplo: queda na venda de câmeras fotográficas digitais por conta dos
aparelhos de celular - produto substituto
• e-mail como substituto para o fax
– forçam as empresas de determinados segmentos do mercado
buscar por novos nichos
• exemplo: a rede Blockbuster transformou suas lojas em Americanas
Express com uma pequena seção de locação para futuramente encerrar essa
atividade

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MODELO DAS FORÇAS COMPETITIVAS
• FORÇA 5: Rivalidade entre empresas concorrentes
– força descontos
• causam queda na lucratividade do setor
– força a criação de novos produtos
– intensifica a criação de campanhas de marketing

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O IMPACTO DA INTERNET NO MODELO
DAS FORÇAS COMPETITIVAS
• Redução nas barreiras de entrada
– facilitou a entrada de uma ‘multidão’ de novos competidores
– elimina ou facilita algumas barreiras de entrada como acesso
aos canais de distribuição e de instalações físicas
• Intensificação da rivalidade
– reduziu a diferença entre os competidores - ofertas difíceis de
serem mantidas proprietárias
– migrou a competição para o preço
– ampliou, geograficamente, o mercado - aumento no número
de competidores

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O IMPACTO DA INTERNET NO MODELO
DAS FORÇAS COMPETITIVAS
• Intensificação dos produtos e/ou serviços substitutos
– expandiu o mercado, tornando as indústrias mais
eficientes
– favorece a novas abordagens
• Redução no poder de negociação dos fornecedores
– mercados digitais favorecem um acesso igual às empresas
a todos os fornecedores, o que reduz a diferenciação
– por outro lado, favorecem a obtenção de novos clientes

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O IMPACTO DA INTERNET NO MODELO
DAS FORÇAS COMPETITIVAS
• Intensificação no poder de negociação dos clientes
– reduziu os custos de mudança
– eliminou canais de acesso
• paradoxo da internet
– benefícios
• informação largamente disponível
• redução nas dificuldades de compra, marketing e distribuição
• facilidade na realização de negócios
– ficou mais difícil lucrar

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MODELO DA CADEIA DE VALOR
• Representa uma série de processos inter-
relacionados com o objetivo de gerar valor
• Meta de uma empresa: crescimento da
rentabilidade de seus produtos
– compreender a sua cadeia de valor do projeto à
distribuição
– compreender como suas atividades de valor encaixam-
se nas cadeias de valor dos fornecedores e dos clientes

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MODELO DA CADEIA DE VALOR
• Cadeia de valor
– atividades primárias - responsáveis pela criação física
do produto e/ou serviço, venda e assistência pós venda
quando for o caso
 logística interna;
 operações;
 logística externa;
 marketing;
 vendas.

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MODELO DA CADEIA DE VALOR
• Cadeia de valor
– atividades secundárias (ou de apoio) - apoiam as
atividades primárias (insumos, tecnologia, recursos
humanos, etc.)
• aquisição;
• desenvolvimento de tecnologia;
• gerência de recursos humanos;
• infra-estrutura.
• A forma como cada atividade é executada determina
se a empresa tem custo alto ou baixo em relação à
concorrência

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IMPACTO DA INTERNET NO MODELO DA
CADEIA DE VALOR
• Possibilitou o aumento da eficácia operacional;
– Troca de informação em tempo real mais veloz e fácil;
– Melhoramentos ao longo de toda a cadeia de valor;
• Possibilitou a construção de sistemas integrados e
customizados
– Possibilitam os ajustes entre as atividades
• Ampliação das atividades físicas
– Nem sempre as atividades virtuais eliminam a
necessidade das atividades físicas

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TI: MEIO OU FIM
• TI, nos dias de hoje,
já não representa mais uma
vantagem competitiva
– Estabilização da tecnologia e a adoção da TI,
especialmente internet, tornaram a TI um recurso
onipresente dentro das organizações
– A internet passa a ser vista como uma concessionária
pública de informação

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TI: MEIO OU FIM

Fonte: fgv online

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TI: MEIO OU FIM
• internet como concessionária pública de
informação
– Onipresente – acesso disponível de qualquer lugar
– Confiável – o acesso à informação está sempre
disponível
– Acessível – custo de acesso à informação básica similar
ao de uma tv aberta

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INTERNET - WEB 2.0
• Representa uma série de novas tecnologias e
modelos de negócios emergentes (Tim O’Reilly)
• Pressupõe:
– Simplicidade do acesso
• Não há licenciamento ou venda, apenas uso;
• Não há versões especificas para diferentes plataformas
• Apenas um browser para acessar os serviços
– Colaboração dos usuários
• Exemplo: wikepedia, Amazon.com

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INTERNET - WEB 2.0
• Pressupõe:
– Fim do ciclo de lançamento de software
• Software melhorado progressivamente – muitas vezes fica anos
como uma versão Beta
– Uso em múltiplas plataformas
• Telefones, automóveis, ipod, etc;
• Aplicações de voz sobre IP – impacto no mercado de
telecomunicações – Skipe já detém cerca de 7% sobre o tráfego
internacional de telefonia

• Sustenta o modelo de negócios baseado em


publicidade online

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INTERNET - BitTorrent
• Protocolo de comunicação utilizado para
download, muitas vezes de forma ilegal - criado
pelo programador Bram Cohen
• Mais eficiente que o Napster e o kazaa
– Eficiência atrelada ao uso: quanto maior o uso do
arquivo, mais rápido é servido

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INTERNET – redes sociais
• Estão redefinindo a forma como as pessoas se
comunicam
• O MySpace – www.myspace.com – é uma rede social criada
como website para fãs de rock independente em Los Angeles, e
foi comprado pelo magnata da mídia Robert Murdoch por
US$580 milhões em 2006.
• No Brasil, o Orkut  – www.orkut.com – chega a influenciar a
mídia, e também as páginas policiais, já que também passou a
ser utilizado para fins criminosos.

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INTERNET – conclusão
• A arquitetura da internet, aliada a outros
progressos na arquitetura do software e nas
ferramentas de desenvolvimento, converteu a TI
em uma ferramenta bastante poderosa para a
elaboração de estratégias dentro de uma
organização

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REFERENCIAS
• VALLE, André Bittencourt do. Gestão da Tecnologia
da Informação. Fundação Getúlio Vargas, 2009.

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