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UNIVERSIDADE DE BELAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E ECONÓMICAS


CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

ABORDAGEM ESTRUTURALISTA COM BASE NA


TEORIA BUROCRÁTICA

LUANDA, 2021/2022
UNIVERSIDADE DE BELAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E ECONÓMICAS
CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

ABORDAGEM ESTRUTURALISTA COM BASE NA


TEORIA BUROCRÁTICA

Elaborado por: Cleidiomara Pedro


Ndilokelua Francisco
Edson Cabaça
Esperança Floriano
Joaquim Horário
Julieta Adriano
João Mateus
Vivaldo
Orientado por: Sandro Magalhães

Trabalho a ser apresentado à Faculdade de


Ciências Sociais da Universidade de Belas
Como requisito para avaliação na Cadeira
de Psicossociologia das Organizações

LUANDA, 2021/2022
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO..................................................................................................................1
Capitulo 1. (teoria estruturalista)..................................................................................................1
Capitulo 2. (teoria burocrática da administração).........................................................................1
1.1.1 Delimitação do Tema......................................................................................................1
1.1.2 Justificação do tema........................................................................................................1
O tema foi de sugestão vinda da parte do professor e, o seguinte tema é de extrema
importância pelo facto dele estar ligado ao estudo aprofundado na Cadeira de
Psicossociologia das Organizações, e por ser um tema muito abordada em sede de
máteria da Teoria Estruturalista e Burocrática.....................................................................1
1.2 Formulação do problema........................................................................................................1
1.3 Objectivos..............................................................................................................................1
1.3.1 Gerais :............................................................................................................................1
1.3.2 Específicos :.............................................................................................................1
 METODOLOGIA..............................................................................................................2
II. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA.................................................................................3
CAPITULO 1...............................................................................................................................3
TEORIA ESTRUTURALISTA....................................................................................................3
ORIGEM DA TEORIA ESTRUTURALISTA............................................................................3
IDÉIAS CENTRAIS....................................................................................................................4
HOMEM ORGANIZACIONAL..................................................................................................5
REENGENHARIA......................................................................................................................5
APRECIAÇÃO CRÍTICA...........................................................................................................6
CONTRIBUIÇÕES AO ESTRUTURALISMO...........................................................................6
Contribuições de Etizioni.............................................................................................................6
Contribuições de Selznick............................................................................................................7
Contribuições de Talcott Parsos...................................................................................................8
CAPITULO 2...............................................................................................................................8
TEORIA BUROCRÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO.................................................................8
CONCLUSÃO..........................................................................................................................10
FONTES BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................11
I. INTRODUÇÃO
O presente trabalho de investigação científica tem como objecto o estudo sobre a
abordagem estruturalista com base na teoria burocrática. Ao longo deste estudo, temos
como objectivos a realização de um enquadramento teórico relactivamente ao estudo
voltado a cadeira de Psicossociologia das Organizações (quanto a temática da Teoria
Estruturalista e Burocrática). O trabalho em questão, está divido em dois (2) capítulos
onde de forma sintectica destacamos:
CAPITULO 1. (TEORIA ESTRUTURALISTA)
CAPITULO 2. (TEORIA BUROCRÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO)

1.1.1 Delimitação do tema


O presente trabalho, delimita-se sobre o estudo feito dentro da realidade
estruturais das organizações de Angola.

1.1.2 Justificação do tema

O tema foi de sugestão vinda da parte do professor e, o seguinte tema é de


extrema importância pelo facto dele estar ligado ao estudo aprofundado na Cadeira de
Psicossociologia das Organizações, e por ser um tema muito abordada em sede de
máteria da Teoria Estruturalista e Burocrática.

1.2 Formulação do problema


O que é a teoria estruturalista e burocrática das organizações ? Qual é a origem
das mesmas? Será que o estudo das mesmas é tão importante e vantagioso?

1.3 Objectivos
1.3.1 Gerais :
 O estudo sobre a Teoria Estruturalista e Burocrática.
1.3.2 Específicos :
 Conceituar a teoria estruturalista;
 Tratar sobre a origem da teoria estruturalista;
 Abordar sobre a apreciação crítica;
 Descrever as idéias centrais;
 Destacar as contribuições ao estruturalismo;
 Falar sobre a teoria burocrática da administração.
 METODOLOGIA
Metodologia utilizada: Para a concretização do presente trabalho, foi utilizado
o método teórico, este que parte em função das análises, sínteses, indução, dedução e
outros;
Tipo de pesquisa: O tipo de pesquisa usada foi a pesquisa bibliográfica, esta
que é feita a partir de em um conjunto de obras derivadas sobre determinado assunto,
escritas por vários autores em épocas diversas.
II. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
CAPITULO 1.
TEORIA ESTRUTURALISTA
A teoria estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um
desdobramento de autores voltados a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as
teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas. Os autores
estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu ambiente externo,
que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela
interdependência entre as organizações.
A Teoria Estruturalista, assim como a Teoria da Burocracia, faz parte também da
abordagem estruturalista. O enfoque da teoria estruturalista é na estrutura e ambiente,
assim, de acordo com Chiavenato (2003), essa teoria trouxe uma importante ruptura
com relação as anteriores. Ela mostra a organização como sendo um sistema aberto que
se relaciona com o ambiente e com outras organizações. A Teoria Estruturalista baseia-
se no conceito de estrutura, que é um todo composto por partes que se inter-relacionam.
Portanto, o todo é maior do que a simples soma das partes. O que significa que os
sistemas organizacionais não são a mera justaposição das partes.
De acordo com Chiavenato (2003), esta teoria caracteriza-se por sua múltipla
abordagem, englobando em sua análise a organização formal e informal, recompensas
materiais e sociais e entre outros, reconhecem os conflitos organizacionais, ditos como
inevitáveis. Por fim, os estruturalistas fazem uma análise comparativa entre as
organizações, propondo tipologias, como, a de Etzione (1980), na qual ele se baseia no
conceito de obediência, e a de Blau e Scott (1970), que se baseia no conceito de
beneficiário principal.

ORIGEM DA TEORIA ESTRUTURALISTA


A Teoria Estruturalista foi criada a partir de um desdobramento da Teoria da
Administração e como contrapartida da reviravolta na Administração, causada pelos
princípios sociais e filósofos da Teoria das Relações Humanas.
Ao final da década de 1950, as Teorias Clássica e Relações Humanas criaram
situações sem saída que a Teoria da Burocracia não deu conta de resolver, e a Teoria
Estruturalista foi criada na tentativa de suprir essa carência de soluções
na Administração. (Chiavenato, 2003).
A Teoria Estruturalista teve como origem os seguintes factos:
o A oposição surgida entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas –
incompatíveis entre si - tornou necessária uma posição mais ampla e
compreensiva que integrasse os aspectos considerados por uma e omitidos pela
outra e vice-versa. A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese delas,
inspirando-se na abordagem de Max Weber.
o A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social complexa
na qual interagem grupos sociais" que compartilham alguns dos objetivos da
organização (como a viabilidade econômica da organização), mas podem se
opor a outros (como a maneira de distribuir os lucros). Seu maior diálogo foi
com a Teoria das Relações Humanas.
o A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo
das organizações. O estruturalismo influenciou a Filosofia, a Psicologia (com a
Gestalt), a Antropologia (com Claude Lévi-Strauss), a Matemática (com N.
Bourbaki), a Linguística, chegando até a teoria das organizações• com
Thompson, Etzioni e Blau. Na teoria administrativa, o estruturalismo se
concentra nas organizações sociais.
o Novo conceito de estrutura. O conceito de estrutura é antigo. Heráclito; nos
primórdios da história da Filosofia, concebia o "logos" como uma unidade
estrutural que domina o fluxo ininterrupto do devir e o torna inteligível.
É a estrutura que permite reconhecer o mesmo rio, embora suas águas jamais
sejam as mesmas devido à contínua mudança das coisas. Estrutura é o conjunto formal
de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança, seja na
diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um
dos seus elementos ou relações. A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes
áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais em alguns campos de actividade
permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos.
O estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes na
constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de o todo ser
maior do que a soma das partes são as características do estruturalismo.

IDÉIAS CENTRAIS
As idéias centrais do Estruturalismo, são:
Homem Organizacional – é aquele que desempenha papéis em diferentes
organizações. Este homem tem por características a flexibilidade, a tolerância à
frustrações, capacidade de adiar a necessidade de recompensas e o permanente desejo
de realização. O Homem organizacional desempenha vários papéis, dependendo do
grupo e da organização em que está inserido.
Conflitos vistos como inevitáveis – Na visão dos estruturalistas não existe
harmonia entre os interesses dos patrões e empregados e nem essa harmonia deve ser
preservada pela administração. Para eles , os conflitos, por mais que não sejam
desejáveis, são elementos geradores de mudanças e do desenvolvimento das
organizações, e por isso, devem ser considerados.
Utilização de incentivos e recompensas mistos – os estruturalistas não deram
apenas ênfase aos incentivos monetários, como os clássicos, ou apenas aos incentivos e
recompensas psicológicas, como os neoclássicos. Para eles ambos os incentivos e
recompensas, monetária e psicológica, deveriam ser considerados, pois o homem
organizacional busca tanto a estabilidade econômica, quanto a sua realização pessoal.

HOMEM ORGANIZACIONAL
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o "Homo economicus 1" e a Teoria das
Relações Humanas "o homem social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem
organizacional", a pessoa que desempenha diferentes papéis em várias organizações. Na
sociedade de organizações, moderna e industrializada, avulta a figura do homem
organizacional que participa de várias organizações. O homem moderno, ou seja, o
homem organizacional, para ser bem-sucedido em todas as organizações, precisa ter as
seguintes características de personalidade:
• Flexibilidade, em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna
e da diversidade de papéis desempenhados nas organizações.
• Tolerância às frustrações para evitar o desgaste emocional decorrente do
conflito entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é
feita através de normas racionais, escritas e exaustivas.
• Capacidade de adiar as recompensas e poder de compensar o trabalho rotineiro
na organização em detrimento de preferências pessoais.
• Permanente desejo de realização para garantir cooperação e conformidade com
as normas organizacionais para obter recompensas sociais e materiais.
As organizações sociais são consequências da necessidade que as pessoas têm de
relacionar-se e juntar-se com outras a fim de poder realizar seus objetivos. Dentro da
organização social, as pessoas ocupam certos papéis. Papel significa um conjunto de
comportamentos solicitados a uma pessoa; é a expectativa de desempenho por parte do
grupo social e consequente internalização dos valores e normas que o grupo, explícita
ou implicitamente, prescreve o indivíduo. O papel prescrito para o indivíduo é reforçado
pela sua própria motivação em desempenhá-lo eficazmente. Cada pessoa pertence a
vários grupos e organizações, e desempenha diversos papéis, ocupa muitas posições e
suporta grande número de normas e regras diferentes.

REENGENHARIA
Segundo Ferreira, Pereira e Reis (2002), reengenharia é uma reestruturação
radical da empres a por meio de um conjunto de processos que tem como finalidade
o rápido ajuste às condições do mercado. A reengenharia é realizada de uma só vez,
apresenta resultados em longo prazo e é um processo de alto risco.
Segundo Abreu (1994, apud Ferreira, Pereira e Reis, 2002), a reengenharia
apresenta quatro fases:
1. Estratégia: É a fase em que ocorre a elaboração do planejamento estratégico.
2. Ativação: É a fase em que há a ênfase nos ganhos de desempenho.
3. Melhoria: É a fase em que há a agregação de novos valores.
4. Redefinição: Neste último, há a criação de novas unidades de negócios.
Ferreira, A.; Pereira, I.; Reis, C. (2002) afirma que, por ser uma reestruturação
radical, a reengenharia traz diversas mudanças. Os colaboradores passam a trabalhar em

1
«Homo economicus». Wikipédia, a enciclopédia livre. 15 de abril de 2019
equipes de processo em vez de departamentos de função. Essa mudança tem como
consequência o fortalecimento do espírito de equipe e uma maior autonomia dos
funcionários que passam a ser instruídos em vez de supervisionados. Além disso, a
habilidade passa a ser o principal critério de promoção, substituindo o desempenho.

APRECIAÇÃO CRÍTICA
Segundo Ferreira, A.; Reis, C.; Pereira, I. (2002), as críticas feitas ao
Estruturalismo normalmente são respostas às críticas formuladas pelos próprios
estruturalistas em relação a outras teorias, principalmente à Teoria das Relações
Humanas. Dentre as críticas recebidas, destacam-se as seguintes:
Ampliação da abordagem: A Teoria Estruturalista ampliou o campo de visão da
administração que antes se limitava ao indivíduo, na Teoria Clássica, e ao grupo, na
Teoria das Relações Humanas, e que agora abrange também a estrutura da organização,
considerando-a um sistema social que requer atenção em si mesmo.
Ampliação do estudo para outros campos: A Teoria Estruturalista alargou
também o campo de pesquisa da administração, incluindo organizações não- industriais
e sem fins lucrativos em seus estudos.
Convergência de várias teorias: Na visão de Chiavenato (2003), nota-se, no
Estruturalismo, uma tentativa de integração em ampliação nos conceitos das teorias que
o antecederam, a saber: A Teoria Clássica, a Teoria das Relações Humanas e a Teoria
da Burocracia.
Dupla tendência teórica: Ainda para Chiavenato (2003), alguns dos autores
estruturalistas enfatizavam somente a estrutura e os aspectos que integravam a
organização, onde a mesma é o objeto da análise. Outros autores se atêm aos aspectos
como conflitos e divisões na organização.
Diante da fragilidade e da insuficiência da Teoria Clássica e a de Relações
Humanas, estas criando um empecilho que a própria Teoria da Burocracia não
conseguiu transpor, os estruturalistas procuram ter em vista a estrutura formal, porém,
integrando a uma abordagem mais humanística. Consideramos, portanto, que ela é uma
síntese da Teoria Clássica (formal) e da Teoria das Relações Humanas (informal),
tentando integrar as duas, numa perspectiva crítica, Darkson Silva 2014.

CONTRIBUIÇÕES AO ESTRUTURALISMO
Contribuições de Etizioni
Etzioni, insatisfeito com as descobertas ocorridas na abordagem de relações
humanas, consideradas por ele insuficientes para o entendimento das relações entre o
homem e a organização, desenvolveu um trabalho em que obteve uma classificação das
organizações considerando suas diferentes tipologias e utilizando como base para isso a
análise comparativa do controle e da autoridade. Obteve desse trabalho a classificação
das organizações em três diferentes categorias:
- Organizações especializadas — com atividades de alto nível de
especialização de seu pessoal, tendo como fator predominante a autoridade técnica.
- Organizações não especializadas — aquelas envolvidas com atividades de
produção de bens. Onde há possibilidade de definir objetivos específicos e controle de
metas.
- Organizações de serviços — o próprio nome já define a sua atividade. A
característica diferenciadora dessas organizações é que as pessoas não são vinculadas à
sua organização, tendo uma atividade temporária definida pela Tarefa Específica de
Assessoria ou pesquisa. A vinculação dá-se por contrato.
Segundo Etzioni, existem ainda três tipos de organizações: coercitivas, utilitária
e normativa, que podem ser melhor visualizadas no quadro abaixo:

Tipo de contrato Exemplos


Tipos de
Forma de controle Tipo de poder psicológico
organização

Penitenciárias,
Campos de
Coercitivo Alienatório
concentração,-
Coercitivas Força Física ( baseado em (obediência
Hospitais
punições) mecânica)
penitenciários.

Manipulativo Empresas
Calculista
( baseando-se em industriais e de
Utilitárias Recompensa ( obediência
recompensa) negócios
interesseira)

Igrejas,
sindicatos,
partidos
Normativo Moral políticos,
Normativas Comprometimento ( baseado em ( disciplina universidades,
crenças) interior) organizações de
voluntários.

Adaptado de MAXIMIANO: 2000 (94 e 96)

Contribuições de Selznick
Outro estruturalista importante foi o sociólogo Philip Selznick, que, partindo do
conceito de que organização é um sistema de atividades ou forças conscientemente
coordenadas, entre duas ou mais pessoas, conclui que a organização formal constitui a
expressão estrutural da ação racional. Para esse autor, a análise estrutural da
funcionalidade da organização é necessária para permitir conhecer as necessidades
básicas que fazem com que esse sistema formal seja adaptável às influências do
ambiente. Essa adaptabilidade deve ser feita sem, contudo, afetar a manutenção da
integridade e continuidade do sistema. Para essa manutenção ser possível o autor
caracteriza alguns imperativos a serem considerados em qualquer processo de mudança:
· A segurança da organização como um todo em relação às forças no seu
ambiente.
·A estabilidade das linhas de autoridade e comunicação.
·A estabilidade das relações informais entre indivíduos e grupos.
· A estabilidade do programa de trabalho e das fontes de origem.
· Homogeneidade de perspectiva com relação aos objetivos e papel da
organização.
O conflito de interesses entre as necessidades organizacionais e as individuais
requer atitude cooperativa, sendo isso impossível em uma abordagem weberiana.
Contribuições de Talcott Parsos
Talcott Parsos, sociólogo, descreve a finalidade da organização em termos
macroeconômicos. No seu entender, a organização é o último dos quatro fatores de
produção. A finalidade da organização, segundo ele, refere-se à: ... função de combinar
os fatores de produção, de modo a facilitar a obtenção efetiva do objetivo da
organização, nos seus aspectos econômicos ou relativos ao consumo de fatores.
Na visão de Parsons, a organização é significativa em uma perspectiva a longo
prazo e está envolvida em processo de mudança estrutural na sociedade, ou seja, dentro
de uma conotação de empreendedora.
A organização no sentido microeconômico é um fator em essencial e todo
funcionamento empresarial. Necessariamente, ela é uma parte central dos estágios
básicos de qualquer atividade. Pelo estudo do nível micro da organização é possível
fazer mudanças e ajustamentos necessários nas suas atividades, complementando, assim
, sua finalidade macroeconômica.

CAPITULO 2.
TEORIA BUROCRÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO
Para se entender a Teoria Burocrática da Administração é preciso, primeiro,
entender o que é burocracia. Não estamos falando do conceito popular de burocracia,
que se refere à uma estrutura emperrada, geralmente encontrada em instituições
públicas. Aqui, apresentamos outro conceito: o da burocracia como solução para que as
organizações evitem arbitrariedades. Estamos nos referindo ao termo cunhado pelo
sociólogo, cientista político e economista Max Weber (1864-1920).

Weber define a burocracia como a estruturação formal da organização,


permitindo, dessa forma, organizar as atividades humanas para a realização de objetivos
comuns no longo prazo. Essa definição de Weber foi fundamental para outros
estudiosos fora da área da administração interpretassem melhor as organizações.

Para Weber, a ideia de burocracia está intrinsecamente ligada ao conceito de


autoridade. Segundo ele, existem três formas de autoridade:

I. Autoridade tradicional: baseada em tradições e costumes e práticas passadas


de uma cultura. Pode ser encontrada nas figuras dos patriarcas e anciões,
principalmente das sociedades antigas, apesar de ainda hoje existirem. Nesse
caso, a legitimidade da autoridade é assegurada pelas tradições religiosas,
crenças e costumes sociais. Acredita-se que ela é sagrada.
II. Autoridade carismática: baseada nas características físicas e/ou de
personalidade do líder em questão. Os seguidores reverenciam seus feitos, sua
história e qualidades pessoais. A autoridade carismática tem como desvantagens
o fato de poder ser passageira, uma vez que se segura no reconhecimento por
parte do grupo e por não deixar sucessores certos.
III. Autoridade racional-legal: é aquela garantida por regras e normas oriundas de
um regulamento que é, por sua vez, reconhecido e aceito pelo grupo. Aqui,
deve-se seguir os comandos da pessoa que ocupa o cargo, independente de quem
seja. A autoridade está no cargo e não na pessoa que o exerce.

Weber acreditava que a autoridade racional-legal era a mais adequada para o


ambiente corporativo, uma vez que não é personalista como as outras duas formas.
Através desse modelo de autoridade surgiria, conforme Weber, o tipo de organização à
qual ele deu o nome de Burocrática. Essa organização apresentaria os seguintes
princípios essenciais:

i. Divisão de funções e tarefas feita de forma racional, sustentando-se


rigorosamente em regras e normas específicas com o objetivo de permitir a
execução das atividades necessárias para se alcançar os objetivos da
organização;
ii. Hierarquia definida por regras explícitas. Os direitos e deveres de cada cargo,
bem como o exercício da autoridade (racional-legal) e seus limites sustentam-se
legalmente;
iii. A contratação de funcionários é realizada baseando-se em regras previamente
estabelecidas, visando garantir igualdade formal. Somente um indivíduo com
preparo técnico adequado segundo quesitos pré-estabelecidos poderia se juntar
ao quadro funcional da empresa;
iv. Equiparação salarial para o exercício de posições e funções semelhantes;
v. Avanços na carreira são regulados por normas e critérios objetivos. O
favoritismo e as relações pessoais não são levados em consideração;
vi. Separação total entre função e as características pessoais da pessoa que a exerce;
vii. Regras e normas que ditam os direitos e deveres devem ser seguidas por todos,
conforme o cargo e a função.

Uma das críticas que se faz ao Modelo Burocrático é o enfoque baseado na


previsibilidade e estabilidade, sem levar em consideração as alterações no cenário
externo, a qualificação dos membros da organização e a tecnologia e seus avanços. A
Teoria Burocrática possui uma postura altamente técnica e mecanicista. Além disso, a
preocupação é apenas com a estrutura e seu conjunto de cargos e funções. O
comportamento pessoal das pessoas não é levado em consideração.

Sendo assim, podemos citar como vantagens do modelo, a consistência e a


eficiência. Já como desvantagens temos o excesso de rigidez e a lentidão na execução
dos processos.

CONCLUSÃO
Depois de um estudo e análise feita ao tema em questão, concluimos que: Uma
importante contribuição da Teoria Esruuralista foi o facto de que, pela primeira vez, a
empresa passou a ser visa como um ambiente abero, que sofre influência de fenômenos
externos. A organização precisa reavaliar constantemente seus objectivos para adptá-los
as alterações do ambiente externo e interno.
A Teoria Estruturalista, assim como a Teoria da Burocracia, faz parte também da
abordagem estruturalista. O enfoque da teoria estruturalista é na estrutura e ambiente,
assim, essa teoria trouxe uma importante ruptura com relação as anteriores. Ela mostra a
organização como sendo um sistema aberto que se relaciona com o ambiente e com
outras organizações. A Teoria Estruturalista baseia-se no conceito de estrutura, que é
um todo composto por partes que se inter-relacionam. Portanto, o todo é maior do que a
simples soma das partes. O que significa que os sistemas organizacionais não são a
mera justaposição das partes.
De acordo com Chiavenato (2003), esta teoria caracteriza-se por sua múltipla
abordagem, englobando em sua análise a organização formal e informal, recompensas
materiais e sociais e entre outros, reconhecem os conflitos organizacionais, ditos como
inevitáveis. Por fim, os estruturalistas fazem uma análise comparativa entre as
organizações, propondo tipologias, como, a de Etzione (1980), na qual ele se baseia no
conceito de obediência, e a de Blau e Scott (1970), que se baseia no conceito de
beneficiário principal.
Concluimos ainda que, uma das críticas que se faz ao Modelo Burocrático é o
enfoque baseado na previsibilidade e estabilidade, sem levar em consideração as
alterações no cenário externo, a qualificação dos membros da organização e a
tecnologia e seus avanços. A Teoria Burocrática possui uma postura altamente técnica e
mecanicista. Além disso, a preocupação é apenas com a estrutura e seu conjunto de
cargos e funções. O comportamento pessoal das pessoas não é levado em consideração.
Sendo assim, podemos citar como vantagens do modelo, a consistência e a
eficiência. Já como desvantagens temos o excesso de rigidez e a lentidão na execução
dos processos.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
 Chiavenato, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão
abrangente da moderna administração das organizações. Revisada e atualizada.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
 FERREIRA, A.; REIS, C.; PEREIRA, I.. Gestão empresarial: de Taylor aos
nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de empresas. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
 ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de; AMBONI, Nério. Teoria Geral da
Administração: Das origens às perspectivas contemporâneas. São Paulo. 2007.
 CERVANTES, Caravantes, R; PANNO, Cláudia C., KLOECKNER, Mônica C.
Administração: teoria e processos. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2005.
 MOTTA, Fernando Carlos Prestes; ISABELLA Gouveia de Vasconcelos. Teoria
Geral da Administração.3ª Ed. Ver. – São Paulo: Cengage Learning, 2015.
  Www.infoescola.com/administracao_/teoria-burocratica-da-administracao/

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