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QUÍMICA ORGÂNICA

Química Orgânica

A Química Orgânica é o ramo da Química que estuda a composição e as propriedades dos compostos
que apresentam o carbono como principal elemento químico de sua constituição. A origem da Química
Orgânica data do final do século XVIII, quando os químicos começaram a se dedicar ao estudo das
substâncias presentes nos seres vivos. Veja o que a Química Orgânica estuda mais especificamente:

Funções orgânicas

a) Hidrocarbonetos

São as substâncias orgânicas que apresentam apenas os elementos carbono e hidrogênio em sua
composição, como:

• Alcanos

• Alcenos

• Alcinos

• Alcadienos

• Ciclanos

• Ciclenos

• Aromáticos

b) Compostos orgânicos oxigenados

São as substâncias orgânicas que apresentam o elemento oxigênio em sua composição, como:

• Álcoois

• Fenóis

• Enóis

• Aldeídos

• Cetonas

• Ácidos carboxílicos

• Sais de ácidos carboxílicos

• Anidridos

• Éteres

• Ésteres

c) Compostos orgânicos nitrogenados

São as substâncias orgânicas que apresentam o elemento nitrogênio em sua composição, como:

• Aminas

• Amidas

• Nitrocompostos

• Nitrilos

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• Isonitrilos

• Sais de amônio quaternário

d) Compostos orgânicos sulfurados

São as substâncias orgânicas que apresentam o elemento enxofre em sua composição, como:

• Tiocompostos

• Ácidos sulfônicos

e) Compostos organoclorados

São as substâncias orgânicas que apresentam um ou mais halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo) em
sua composição, como:

• Haletos orgânicos

• Cloretos de ácido

• Compostos de Grignard

• Organometálicos

Isomeria

A isomeria é um fenômeno estudado pela Química Orgânica em que duas ou mais substâncias quími-
cas diferentes apresentam a mesma fórmula molecular, mas fórmulas estruturais e comportamentos
físicos e químicos diferentes.

Os tipos de isomeria existentes são:

a) Isomeria plana

Isomeria que envolve o estudo das propriedades dos compostos orgânicos mediante a análise de suas
fórmulas estruturais planas. Entre seus tipos principais, temos:

• Isomeria plana de cadeia

• Isomeria plana de posição

• Isomeria plana de tautomeria

• Isomeria plana de função

• Isomeria plana de compensação

b) Isomeria geométrica

É um tipo de estereoisomeria que estuda a posição (em planos diferentes) dos ligantes em uma estru-
tura orgânica. Os tipos de isomeria geométrica são:

• Isomeria geométrica cis-trans

• Isomeria geométrica E-Z

c) Isomeria óptica

É um tipo de estereoisomeria que estuda o comportamento de uma molécula orgânica quando ela é
submetida a um feixe de luz polarizada. Assuntos importantes que envolvem esse tipo de isomeria são:

• Compostos quirais

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• Carbono quiral ou assimétrico

• Isômeros ativos

Reações orgânicas

Reações orgânicas são fenômenos químicos nos quais uma ou mais substâncias orgânicas podem ser
originadas a partir da utilização de uma ou mais substâncias orgânicas como reagentes.

Vários são os tipos de reações orgânicas, a saber:

• Reação de adição

• Reações de substituição

• Reações de eliminação

• Reações de oxidação

• Reações de esterificação

• Reações de combustão

• Reações de diferenciação

Polímeros

Polímeros são macromoléculas formadas a partir da união de diversas moléculas menores e podem ter
origem natural ou sintética. Entre os polímeros naturais, temos como destaque os carboidratos e as
proteínas. Já com relação aos sintéticos, temos como destaque os polímeros de adição e os de con-
densação.

Além desses assuntos, vários outros aspectos sobre os polímeros são fundamentais, como:

• Utilização dos polímeros sintéticos;

• Vulcanização da borracha;

• Polímeros termoplásticos e termofixos.

Ligações Químicas nas Moléculas Orgânicas

A polaridade depende da eletronegatividade dos átomos envolvidos na ligação, ou seja, da capacidade


que o átomo tem de atrair para si o par de elétrons que ele compartilha com outro átomo em uma
ligação covalente.

No caso das moléculas orgânicas, todas as ligações entre seus átomos são covalentes, por isso, pre-
cisamos analisar a diferença de eletronegatividade entre os átomos das ligações para determinar se as
moléculas são polares ou apolares.

Os compostos orgânicos são aqueles de origem vegetal e animal e que também podem ser sintetizados
em laboratório. Eles possuem como principal constituinte o carbono. Visto que o carbono é tetravalente
(realiza quatro ligações covalentes), ele pode ligar-se de diferentes maneiras com diferentes átomos.

O carbono pode até mesmo se ligar com outros átomos de carbono, formando cadeias carbônicas.
Nesse tipo de ligação, não há diferença de eletronegatividade, afinal de contas, são dois átomos de
carbono ligados entre si. Assim, essas ligações são apolares, independente se as ligações são simples,
duplas ou triplas:

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A maioria dos compostos orgânicos possui também ligações entre átomos de carbono e átomos de
hidrogênio. A diferença de eletronegatividade entre esses elementos é muito pequena, por isso esse
tipo de ligação também é considerado apolar.

Portanto, temos o seguinte: no caso de hidrocarbonetos (compostos formados somente por átomos de
carbono e hidrogênio), quer sejam alcanos, alcenos ou alcinos, esses compostos orgânicos serãoapo-
lares.

Alguns exemplos são dados a seguir:

Exemplos de moléculas apolares

No entanto, o carbono também se liga com outros átomos, como o oxigênio, o nitrogênio, o enxofre e
os halogênios, que são elementos mais eletronegativos que o carbono e que o hidrogênio. Desse
modo, sempre que a molécula orgânica possuir algum elemento químico que não seja o carbono e o
hidrogênio, temos um composto polar.

Isso inclui os compostos pertencentes às demais funções orgânicas, tais como os álcoois, os aldeídos,
os ácidos carboxílicos, as cetonas, os éteres, os fenóis, os ésteres, as aminas, as amidas, os tiocom-
postos, os haletos orgânicos, entre outros.

Veja alguns exemplos a seguir:

Bases da Estereoisomeria

A isomeria espacial ou estereoisomeria ocorre quando temos dois compostos com mesma fórmula
molecular, mas que se diferenciam pelo arranjo espacial de seus átomos. Não é possível ver a diferença
entre esses isômeros somente analisando a fórmula estrutural plana, porque eles possuem o mesmo
tipo de cadeia carbônica, o mesmo grupo funcional, a mesma insaturação e o mesmo substituinte ou
heteroátomo.

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Esses isômeros, chamados de estereoisômeros, podem ser diastereoisômeros ou enantiômeros. A iso-


meria espacial do tipo geométrica, também chamada de cis-trans, ocorre com os diastereoisômeros,
que são isômeros que não são a imagem especular um do outro.

A isomeria geométrica ocorre especialmente em compostos de cadeia aberta que possuem ligação
dupla entre pelo menos dois átomos de carbono, sendo que cada átomo de carbono da dupla possui
os seus grupos ligados diferentes entre si.

Vejamos um exemplo para entender como esse tipo de isomeria espacial ocorre: Considere os dois
isômeros formados pelo but-2-eno:

Temos que:

• Cis: Os grupos ligantes iguais ficam do mesmo lado do plano espacial;

• Trans: Os grupos ligantes iguais ficam de lados opostos do plano espacial.

A dupla ligação entre os carbonos é rígida, ou seja, não é passível de sofrer rotação e de ser a mesma
molécula, mas sim corresponde a compostos diferentes. É por isso que a isomeria geométrica não
ocorre em compostos de cadeia aberta que sejam saturados, isto é, que possuam somente ligações
simples entre os carbonos, tendo em vista que essas ligações podem sofrer rotação e serem, na ver-
dade, somente um composto orgânico.

Rotação da ligação simples do 1,2-dicloroetano

Em compostos que possuem ligações triplas entre os carbonos, a isomeria geométrica também não
ocorre, porque tais átomos só podem realizar mais uma ligação, visto que já possuem três.

Além disso, os dois grupos ligantes de cada carbono da insaturação devem ser diferentes, pois, con-
forme os exemplos abaixo mostram, se houver só um grupo diferenciado, a isomeria geométrica não
ocorre:

Exemplos em que a isomeria geométrica não ocorre:

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Os isômeros geométricos possuem diferentes propriedades químicas e físicas. Por exemplo, o ácido
butenodioico possui dois isômeros (cis e trans), mostrados abaixo:

Conformações Cis-Trans Do Ácido Maleico E Do Fumárico

Veja que o ácido maleico é o isômero cis porque os dois grupos hidroxila (OH) estão no mesmo plano.
Em razão dessa conformação, esse ácido é capaz de sofrer desidratação intramolecular e é um com-
posto tóxico.

Já o ácido fumárico possui os dois grupos hidroxila (OH) em planos opostos, não sendo capaz de fazê-
los interagir e, em razão do impedimento espacial, ele não sofre desidratação intramolecular. Além
disso, o ácido fumárico não é tóxico, mas é natural ao corpo humano e é usado em tratamentos de
pele, tais como tratamentos contra acne. Ele está presente na planta fumária (Fumaria officinalis) mos-
trada no início do texto.

A isomeria geométrica (cis-trans) também ocorre em compostos de cadeia fechada, desde que existam
no ciclo dois átomos de carbono com dois grupos diferentes, como mostrado a seguir:

Características Moleculares de álcoois, Cetonas, Aldeídos e ácidos Carboxílicos

Álcoois

Os álcoois (função álcool) são compostos que apresentam como grupo funcional a hidroxila (‒OH), li-
gados a carbonos saturados, em sua estrutura. Podem possuir insaturações, cadeias cíclicas e ramifi-
cações. Em geral são solúveis em água e até onze carbonos são líquidos.

Os álcoois podem ser considerados ácidos fracos pois, como o oxigênio é muito eletronegativo, atrai
os elétrons da ligação para si e deixa o hidrogênio com caráter ácido. Isto faz com que os álcoois sejam
capazes de realizar diversas reações.

Fórmula geral dos álcoois: R‒OH

Os álcoois podem ser classificados de acordo com o número de grupos hidroxilas presentes na estru-
tura:

• Uma hidroxila: monoálcool

• Duas hidroxilas: diálcool

• Mais de três hidroxilas: poliálcool

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Exemplos:

Monoálcool Diálcool

Triálcool

Uma outra forma de classificar os álcoois, é de acordo com o tipo de carbono ligado à hidroxila:

• Carbono primário: álcool primário

• Carbono secundário: álcool secundário

• Carbono terciário: álcool terciário

Exemplos:

Álcool primário Álcool secundário

Álcool terciário

Cetonas

As cetonas (função cetona) são compostos que apresentam o grupamento carbonila (C=O) no meio da
cadeia, ou seja, em um carbono secundário. São formadas pela oxidação de álcoois secundários, onde

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um átomo de hidrogênio (ligado ao oxigênio) é retirado e o átomo de oxigênio passa a fazer uma liga-
ção dupla com o carbono da cadeia. As cadeias desta classe de compostos podem ser tanto abertas
quanto fechadas (aromáticas ou não).

Cadeias pequenas (até dez átomos e carbono) levam a cetonas no estado líquido, menos densas que
a água, de cheiro agradável e que, em geral, são parcialmente solúveis – exceção para a propanona
que é totalmente solúvel. Cadeias com mais de dez carbonos levam a cetonas sólidas e insolúveis em
água.

Industrialmente, muitos dos óleos essenciais extraídos de flores e frutos e usados na produção de per-
fumes são compostos cetônicos. Elas também são usadas na extração de gorduras de sementescomo
o girassol e o amendoim. Cetonas também podem ser usadas para extrair cocaína das folhas de coca,
o que torna seu uso restrito e fiscalizado por órgãos da polícia federal.

As cetonas com pelo menos um hidrogênio α (hidrogênio ligado no carbono vizinho ao grupo carbonila)
encontram-se em um equilíbrio dinâmico com um isômero denominado enol. Esse equilíbrio é conhe-
cido como tautomeria ceto-enólica.

Grupo Funcional

Aldeídos

Os aldeídos são compostos que apresentam o grupamento carbonila (C=O) na extremidade da cadeia,
ou seja, o carbono da carbonila é primário. O odor dos aldeídos que têm baixo peso molecular é irri-
tante, porém, à medida que o número de carbonos aumenta, torna-se mais agradável. Se apresentam
sob a forma gasosa, líquida ou sólida e os aldeídos de cadeias pequenas são solúveis em água devido
as ligações hidrogênio que fazem, ganhando apolaridade conforme a cadeia de carbonos aumenta. Um
fato interessante sobre os aldeídos é que as suas moléculas não realizam ligação hidrogênio entre si,
atraindo-se por forças de dipolo permanente.

Carbonila, o grupo funcional dos aldeídos.

Devido a hibridização do carbono vicinal ser sp2, essa ligação tem caráter polar – o carbono está com
caráter positivo: eletrofílico – que é responsável pela grande reatividade desta classe de compostos.
Em geral, devido ao tamanho do grupo hidrogênio frente ao grupo alquila, o maior espaço torna mais
fácil atacar carbonila de aldeídos e, em reações de adição nucleofílica, os aldeídos reagem mais rapi-
damente que as cetonas. O formaldeído por possuir hidrogênio dos dois lados é o aldeído mais reativo
de todos.

Os aldeídos com pelo menos um hidrogênio α (hidrogênio ligado no carbono vizinho ao grupo carbonila)
encontram-se em um equilíbrio dinâmico com um isômero denominado enol. Esse equilíbrio é conhe-
cido como tautomeria aldo-enólica.

Ácidos Carboxíicos

Os ácidos carboxílicos são compostos que possuem o grupamento carboxila (carbonila + hidroxila) na
extremidade da cadeia. Em geral são mais fracos que os ácidos inorgânicos e mais fortes que ou-
tros compostos orgânicos. São os compostos que dão origem aos ácidos graxos (ácidos com mais de
10 carbonos) e lipídios e são os responsáveis pelo suor característicos de cada ser humano.

O ácido carboxílico mais antigo que se em registro histórico é o ácido acético (CH3COOH). Ele é o
ácido que origina o vinagre, que é uma solução aquosa entre 4% a 7% de ácido acético (1 litro de
vinagre tem de 40g até 70g de ácido acético) e é formado pela fermentação aeróbica – na presença

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de oxigênio ‒ de várias bebidas alcoólicas por ação de bactérias do gênero Acetobacter (fermentação
acética), normalmente já presentes em frutos, sucos, vinhos. Em geral, bebidas alcoólicas que conte-
nham menos que 7% de álcool “azedam” em contato com o ar, ou seja, sofrem fermentação alcoólica.

Não é apenas o ácido acético que é produzido através de fermentação. Alguns outros ácidos são o
resultado da ação de micro-organismos na decomposição de alimentos. O ácido butírico (ácido buta-
nóico) é encontrado em manteiga rançosa.

Ácidos carboxílicos são compostos polares que possuem pontos de fusão e ebulição maior que o de ál-
coois devido a carbonila presente em suas estruturas que resulta em ligações hidrogênio dímeras. Até
quatro carbonos são solúveis em água e a partir de cinco carbonos adquirem aparência viscosa e co-
meçam a se tornar pouco solúveis.

Grupo Funcional

Reações Químicas

As reações químicas são um dos pontos principais do estudo da Química. No Enem, elas estão sempre
presentes, e você pode encontrar uma questão que envolva direta ou indiretamente o assunto.

Por isso, é fundamental entender o que é uma reação química, quais são os tipos de reações e como
elas acontecem e aprender sobre o balanceamento das equações — que é a representação das rea-
ções químicas.

Exatamente pela importância desse assunto, o Stoodi preparou um artigo completinho sobre o tema.
Confira agora mesmo e refresque a memória, lembrando de tudo o que você estudou e tirando algumas
dúvidas!

O que são reações químicas?

Uma reação química, também chamada de fenômeno químico, é o processo que envolve a mudança
ou transformação da matéria, alterando sua constituição em nível molecular. Ou seja, não é apenas
uma mudança de estado — de sólido para líquido, de líquido para vapor — mas um rearranjo dos
átomos.

Nas reações, há dois tipos de substâncias principais:

os reagentes, que são os componentes originais que se misturam e reagem entre si;

os produtos, que é o que resulta da reação, depois das transformações.

Uma reação é representada da seguinte forma geral:

REAGENTES → PRODUTOS

Para que uma reação química aconteça, os reagentes precisam ter afinidade química. Por isso, nem
toda mistura de substâncias resulta em reação.

Além disso, há variação na entalpia, que é a quantidade de energia encontrada nas substâncias.
Quando os reagentes têm mais energia que os produtos, ela é liberada no processo e temos uma rea-
ção exotérmica. Porém, quando os produtos têm mais energia que os reagentes, chamamos a reação
endotérmica.

Velocidade das Reações Químicas

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Quando você mistura substâncias que reagem entre si, não deve esperar que tudo aconteça de imedi-
ato, como num passe de mágica. A transformação acontece aos poucos, pois é um processo em que
os reagentes têm as suas ligações enfraquecidas e são formadas novas ligações. Esse estado inter-
mediário dos componentes é chamado de complexo ativado.

A velocidade das reações químicas depende de vários fatores, por exemplo:

temperatura;

concentração;

pressão;

superfície de contato;

catalisador;

natureza dos reagentes;

luz.

Como calcular a velocidade de uma reação química?

O cálculo da velocidade das reações químicas é feito com base na concentração dos reagentes ou dos
produtos. A fórmula é a seguinte:

V = (CONCENTRAÇÃO FINAL – CONCENTRAÇÃO INICIAL) / (INTERVALO DE TEMPO)


m

Isso quando nos baseamos na concentração dos produtos, que aumenta com o tempo. Também pode
ser:

V = (CONCENTRAÇÃO INICIAL – CONCENTRAÇÃO FINAL) / (INTERVALO DE TEMPO)


m

Isso porque a concentração dos reagentes diminui com o tempo. Usando a ordem certa conforme o
caso, o resultado é sempre positivo.

Exemplos de Reações Químicas

Nem de longe a Química é uma ciência alheia à nossa realidade. Ela está acontecendo ao redor (e até
dentro) de nós, todos os dias, a todo momento. Quer ver?

Confira alguns exemplos de reações químicas muito comuns:

a fotossíntese, como citamos, é a síntese de compostos orgânicos realizada pelas plantas na presença
de luz, água e gás carbônico;

a queima da gasolina no motor do carro, fazendo com que o motor funcione e produzindo gás carbônico
e água;

a ferrugem, que é formada pela oxidação do ferro e pela redução do oxigênio;

o escurecimento de uma maçã cortada, pela oxidação da enzima chamada polifenol.

Equações de Reações Químicas

As reações são representadas por equações químicas. Você usa a estrutura que citamos (reagentes
gerando produtos) usando a fórmula química dos compostos. Veja alguns exemplos:

2H + O → 2H O
2 2 2

2Cu(NO ) → 2CuO+4NO +O
3 2 2 2

Tipos de Reações Químicas

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As reações químicas são classificadas de acordo com a interação dos componentes. Quando eles se
reúnem para formar um novo, ou quando um reagente se decompõe, formando mais de um produto,
temos tipos de reações diferentes. Veja abaixo os tipos de reações químicas!

Reações de Síntese

Ocorrem quando dois ou mais reagentes dão origem a um único produto. Também podem ser chama-
das de reações de composição ou de adição. A fórmula geral de uma reação de síntese é:

A+B→C

A formação da água a partir do gás oxigênio e do gás hidrogênio é um exemplo de reação de síntese.
Veja outros:

2Mg + O → 2MgO 2

N + 3H → 2NH
2 2 3

Reações de Decomposição

São o oposto da reação de síntese. Na decomposição, também chamada de reação de análise, um


único reagente dá origem a mais de um produto. Elas obedecem à fórmula geral:

A→B+C

São exemplos de reações de decomposição:

2HgO → 2Hg + O 2

2KCIO → 2KCI + O 2

CaCO → CaO + CO
3 2

Reações de Simples Troca

Você pode conhecê-las também como reações de deslocamento ou reações de substituição. Esse tipo
de reação acontece quando você tem um elemento químico e um produto (ou sustância composta)
como reagentes, dando origem a outro elemento e outro produto. A equação geral é:

A + BC → AB + C

Veja alguns exemplos:

Zn + 2HCl → ZnCl + H 2 2

Na + HgI → NaI + Hg

Reações de dupla troca

A reação de dupla troca, ou reação de metátese, acontece entre dois reagentes compostos que geram
outros dois produtos igualmente compostos. Veja a equação que simboliza as reações de dupla troca:

AB + CD → AC + BD

Confira algumas reações desse tipo:

Na SO + BaCl → BaSO + 2NaCl


2 4 2 4

KNO + NaCl → KCl + NaNO


3 3

Reações Químicas Inorgânicas

As reações químicas inorgânicas são as transformações que envolvem produtos inorgânicos. Basica-
mente, todos os exemplos que demos são de reações inorgânicas. Vale relembrar que os compostos

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inorgânicos são as substâncias formadas por átomos e moléculas que não tenham cadeias carbôni-
cas em sua composição.

Reações Químicas Orgânicas

Já as reações químicas orgânicas produzem compostos baseados em cadeias carbônicas. Elas geral-
mente são usadas na produção de alimentos, remédios, cosméticos, etc. Há uma variedade muito
grande de reações orgânicas, que podem ser classificadas em três formas.

Reações de substituição:

halogenação;

nitração;

sulfonação;

alquilação;

acilação;

hidrólise alcalina.

Reações de adição:

hidrogenação;

halogenação;

hidro-halogenação;

hidratação.

Reação de eliminação:

um composto orgânico dá origem a outro composto orgânico e um inorgânico.

Leis das Reações Químicas

As reações químicas obedecem a regras — chamadas de Leis Ponderais e Leis Volumétricas — que
relacionam as massas dos componentes e dos produtos. Veja a seguir quais são elas!

Lei da conservação da massa (Lei de Lavoisier)

Ela diz que, em sistemas fechados, a massa total não se altera, desde o início até o fim da reação.
Sendo assim, a soma das massas dos reagentes é igual à dos produtos. A representação da Lei de
Lavoisier é a seguinte:

m(reagentes) → m(produtos)

Lei das Proporções Constantes (Lei de Proust)

Segundo a Lei de Proust, os reagentes e produtos de uma reação química na qual existem apenas
substâncias puras (e não misturas), obedecem à proporções constantes.

Seja qual for o método, a procedência ou o processo de preparo, a proporção dos elementos presentes
é sempre igual. É a Lei das proporções constantes que dá origem ao balanceamento químico.

Lei das Proporções Múltiplas (Lei De Dalton)

Quando dois reagentes formam duas ou mais substâncias compostas, a fixação da massa de um deles
faz a do outro variar em proporções inteiras e pequenas. Na prática, isso significa que a massa fixa de
um dos elementos pode se combinar com massas diferentes de outro, formando compostos distintos.

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Veja um exemplo:

1C + ½ O2 → 1CO

1C + 1O → 1CO
2 2

Reações Químicas: Balanceamento

Como vimos na Lei de Proust, a quantidade de reagentes e produtos é sempre proporcional. Ou seja,
mesmo que um deles esteja presente em uma concentração muito alta, o que tem menos — chamado
de reagente limitante — é que define qual será a quantidade de produtos obtidos.

Balancear equações significa calcular quanto de cada componente existe na reação: quanto de cada
reagente está presente e qual a quantidade de produtos obtida. Isso é representado por coeficientes,
que são números registrados antes de cada componente.

Você pode fazer o balanceamento de equações usando diferentes métodos, que são:

método das tentativas;

método algébrico;

método redox;

método elétron-íon.

Tipos de Reações Químicas

Sempre que ocorre uma transformação na composição da matéria, em que uma ou mais substâncias
se transformam e dão origem a novas substâncias, falamos que ocorreu uma reação química.

Sempre que ocorre um fenômeno, isto é, uma transformação, mudança ou alguma alteração na com-
posição da matéria, dizemos que se trata de um fenômeno químico. Neste, uma ou mais substâncias
se transformam e dão origem a novas substâncias. Então falamos que ocorreu uma reação química.

Geralmente a reação é representada por uma equação química, que mostra quais são as substâncias
participantes no início da reação, e quais foram as formadas no final do processo. Esquematicamente
temos:

Reagentes → Produtos

As reações podem ser classificadas de várias formas. Abaixo identificamos as principais:

Reação de Síntese ou Adição: É aquela em que duas substâncias reagem originando um único produto.

A+B→C

Exemplo: Reação de formação do dióxido de carbono (gás carbônico), a partir de dois reagentes, o
carbono e o gás oxigênio.

C + O → CO
2 2

Reação de decomposição: É o inverso da de Síntese, uma única substância origina duas ou mais.

A→B+C

Exemplo: Nos airbags acionados, ocorre a rápida decomposição de um composto de sódio (NaN3(s)),
produzindo gás nitrogênio e sódio.

2 NaN 3 (s) →2N 2 (g) + 2 Na


(s)

Reações de dupla troca: duas substâncias compostas reagem originando outras duas.

AB +XY → AY + XB

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Exemplo: Reação entre sulfato de cobre e hidróxido de sódio resultando em precipitado azul de hidró-
xido de cobre.

CuSO + 2NaOH → Na SO + Cu(OH)


4 2 4 2

Reações de simples troca: Uma substância composta reage com uma simples e geram outras duas
substâncias compostas e simples.

A +XY → AY + X

Exemplo: Reação de ácido clorídrico com zinco liberando gás hidrogênio (efervescência).

Zn + 2HCl → ZnCl + H 2 2

Reações de Oxirredução: São as que envolvem perda (oxidação) ou ganho (redução) de elétrons.

Exemplo: Na fotossíntese, reação realizada pelas plantas clorofiladas, as moléculas de clorofila utilizam
energia solar para produzir gás oxigênio.

6 H O + 6 CO → 6 O + C H O
2 2 2 6 12 6

Nesta reação o oxigênio sofreu uma oxidação, pois seu Nox (número de oxidação – carga elétrica das
espécies químicas) aumentou, ou seja, ele perdeu elétrons. Já o hidrogênio reduziu, ou seja, ele ga-
nhou elétrons.

Reações com Óxidos: Óxidos são compostos binários, isto é, formados por dois elementos, sendo que
o oxigênio é o mais eletronegativo entre eles.

6.1- Óxido básico + Ácido → Sal + H O: O óxido básico apresenta caráter iônico, em que o metal terá
2

geralmente carga +1 e +2. Ao reagir com a água, origina bases. E ao reagir com ácidos, origina sal e
água.

Exemplos:

Na O + H O → 2NaOH
2 2

Na O + 2HNO →2NaNO + H O
2 3 3 2

6.2- Óxido ácido + Base → Sal + H O: O óxido ácido apresenta caráter covalente, e geralmente é for-
2

mado por ametais. Ao reagir com a água, origina ácidos. E ao reagir com bases, origina sal e água.

Exemplos:

SO + H O →H SO
2 2 2 3

SO + 2KOH →K SO + H O
2 2 3 2

6.3- Óxido básico + Óxido ácido → Sal: Neste caso, o cátion do óxido básico reage com o óxido ácido
formando um sal.

Classificação das Reações

As reações químicas (com presença de substâncias reagentes e resultantes) são classificadas de qua-
tro maneiras, a saber:

Reações de Síntese ou Adição (A+B → AB): corresponde a reação entre duas substâncias reagentes
gerando uma mais complexa, por exemplo: C + O → CO . 2 2

Reações de Análise ou de Decomposição (AB → A+B): corresponde a reação onde uma substância
reagente se divide em duas ou mais substâncias simples, por exemplo: 2HGO → 2HG + O . 2

Essa decomposição pode ocorrer de três maneiras: pirólise (decomposição do calor), fotólise (decom-
posição da luz) e eletrólise (decomposição da eletricidade).

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Reações de Deslocamento ou de Substituição ou de Simples Troca (AB+C → AC+B ou AB+C →


CB+A): corresponde a reação entre uma substância simples e outra composta, levando à transforma-
ção da substância composta em simples, por exemplo: Fe + 2HCL → H + FeCl . 2 2

Reações de Dupla-Troca ou de Dupla Substituição (AB+CD → AD+CB): correspondem as reações en-


tre duas substâncias compostas que permutam entre si os elementos químicos, gerando duas novas
substâncias compostas, por exemplo: NaCl + AgNO → AgCl + NaNO .
3 3

Quando Ocorre uma Reação Química?

Dependendo da condição de temperatura, concentração de substâncias e do contato entre elementos


químicos envolvidos, as reações químicas podem ocorrer de maneira rápida ou lenta

As reações gasosas, por exemplo, são rápidas. No entanto, as reações entre elementos líquidos e
sólidos são lentas.

Sendo assim, uma reação química ocorre quando duas ou mais substâncias entram em contato, as
quais reagem resultando uma nova substância. Para que ela ocorre, os reagentes presentes nas rea-
ções químicas devem ter afinidade química para reagirem.

Note que as reações químicas endotérmicas absorvem energia, posto que a energia química dos rea-
gentes é menor que a dos produtos.

As reações químicas exotérmicas, por sua vez, liberam energia, pois a energia química dos reagentes
é maior que a dos produtos.

As reações de oxirredução ocorrem entre metais (tendência para ceder elétrons) e não-metais (tendên-
cia para receber elétrons). Como exemplo podemos citar a oxidação(ferrugem) que surgem nos metais
com o passar do tempo.

Nesse sentido, vale lembrar que a maioria das reações químicas ocorrem entre substâncias de carate-
rísticas opostas. Por exemplo: substâncias de caráter oxidante e redutor ou as substâncias de caráter
ácido e básico.

Por sua vez, as reações que não são de oxirredução podem ocorrer de três maneiras e geralmente
são reações de dupla troca:

Quando um dos produtos for menos solúvel que os reagentes, por exemplo, entre o cloreto de sódio
(NaCl) e o nitrato de prata (AgNO ): NaCl + AgNO → AgCl + NaNO
3 3 3

Quando um dos produtos for mais volátil que os reagentes, por exemplo, entre o cloreto de sódio (NaCl)
e o ácido sulfúrico (H SO ): 2NaCl + H SO → Na SO + 2 HCl
2 4 2 4 2 4

Quando um dos produtos for menos ionizável que os reagentes, por exemplo, entre o ácido clorídrico
(HCl), composto ionizável, e o hidróxido de sódio (NaOH), composto iônico, o qual resulta num com-
posto iônico (sal) e um composto molecular (água): HCl + NaOH → NaCl + H O 2

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