Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NA CADEIA PRODUTIVA
DOS ALIMENTOS
1ª Edição
Indaial - 2021
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
F124s
ISBN 978-65-5646-217-2
ISBN Digital 978-65-5646-218-9
CDD 610
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO
CONTEMPORÂNEA.......................................................................... 7
CAPÍTULO 2
SEGURANÇA ALIMENTAR............................................................. 81
CAPÍTULO 3
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL
DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS.................................. 157
APRESENTAÇÃO
O presente livro discutirá e apresentará os principais aspectos relacionados
à segurança e qualidade na cadeia produtiva de alimentos. No contexto de
um sistema alimentar globalizado, não somente consideraremos a dimensão
higiênico-sanitária da qualidade, mas também a extrapolaremos. Nesse sentido,
outras dimensões da qualidade serão discutidas e contempladas, tais como o
impacto de toda a cadeia produtiva na qualidade nutricional e na sustentabilidade
dos alimentos produzidos e disponibilizados ao consumo.
Bons estudos!
8
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Este capítulo está dividido em duas seções principais. A primeira seção
Características do processo produtivo de alimentos de origem animal e impactos
no sistema alimentar, segurança alimentar e nutricional e soberania alimentar
contextualizará o cenário produtivo de alimentos na alimentação contemporânea.
Serão apresentadas as influências da globalização no modelo de produção
atual, com enfoque no modelo de produção brasileiro. Serão apresentados os
impactos do sistema produtivo predominante (industrializado/globalizado) para o
sistema alimentar, saúde, segurança alimentar e nutricional, soberania alimentar
e ambiente. Essa discussão será o cerne deste capítulo e é de fundamental
importância para refletir sobre o papel do profissional inserido na cadeia produtiva
de alimentos, buscando uma visão mais ampliada e holística de todo o processo
produtivo e, consequentemente, atuar como um diferencial no mercado de
trabalho frente às necessidades emergentes da atualidade.
2 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO
PRODUTIVO DE ALIMENTOS DE
ORIGEM ANIMAL E IMPACTOS NO
SISTEMA ALIMENTAR, SEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL E
SOBERANIA ALIMENTAR
O modelo de produção adotado (convencional, orgânico, agroecológico;
de produção animal intensiva ou extensiva; transgenia); o processamento
(quantidade de etapas de processamento, grau de processamento, equipamentos
utilizados etc.); a logística de distribuição (distância percorrida pelo produto); as
9
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
Recapitulando:
10
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
11
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
12
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
13
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
14
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
15
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
Sobre a transgenia:
Atualmente, existem mais de 200 variedades GM (geneticamente
modificada) diferentes aprovadas para consumo humano e animal
em muitos países. A maioria das modificações foi realizada por
motivações agronômicas, ou seja, com o intuito de tornar a planta
mais resistente a pragas e tolerante a agrotóxicos. Apesar disso,
existem algumas modificações genéticas que foram realizadas
por outros motivos. No entanto, deve ficar claro que todas as
modificações genéticas realizadas e utilizadas no Brasil e a maioria
no mundo são por motivações agronômicas, ou seja, para tornar as
plantas mais resistentes a insetos, pragas, fungos etc.
16
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
17
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
18
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
19
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
20
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
21
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
22
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
24
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
Os principais países com esse tipo de cultivo são Estados Unidos, Brasil
e Argentina. Esses países, juntos, foram responsáveis por 82% da produção e
81% das exportações do grão de soja em 2014. A China consiste no principal
importador, seguido da União Europeia (11% das importações). O Brasil, além de
estar entre os maiores exportadores de soja também apresenta um crescimento
no consumo de carne (HEINRICH BÖLL FOUNDATION, 2015). Ademais, é
importante ressaltar que, para além desses grupos que compõem as estatísticas
para aumento ou redução no consumo de carne, há alguns países/indivíduos em
situação de fome que não têm acesso (físico e financeiro) a alimentos frescos,
saudáveis e de qualidade, não tendo a possibilidade de escolher entre dietas com
e sem carne.
25
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
26
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
nem saudável e nem sustentável. Mais do que isso, o modo de consumo global
de alimentos e seu impacto sobre as doenças crônicas não transmissíveis requer
soluções globais com foco no sistema alimentar (IAASTD, 2009; HAWKES;
POPKIN, 2015). Modificações na dieta, mesmo que em nível individual, podem
ter grande potencial para influenciar a demanda por alimentos de modo a reduzir
o impacto negativo sobre o sistema alimentar global (RILEY; BUTTRISS, 2011;
USA, 2015), bem como atuar na valorização de alimentos regionais, associados à
cultura e sociobiodiversidade de um local, reaproximando a produção ao consumo
de alimentos.
FONTE: A autora
Para refletir!
28
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
29
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
4. Vamos imaginar que você atua como gestor responsável pela política de
compras de um supermercado (subsistema de comercialização), principalmente
do setor responsável pela aquisição de produtos de origem animal. Quanto você
conhece sobre a rastreabilidade dos produtos adquiridos? Você sabe se a carne
adquirida é proveniente de fazendas que utilizam mão de obra escrava? Sabe se
a propriedade já teve o seu nome vinculado à lista suja de trabalho escravo? Sabe
o desmatamento envolvido para a criação e expansão da propriedade? Qual o
impacto ambiental dos processos utilizados na propriedade? Qual a alimentação
do animal? Como é o espaço de confinamento do animal? Como é o abate do
animal? Quanto de stress o animal sofreu nesse processo? Quais as condições
higiênico-sanitárias do ambiente? Esses seriam alguns questionamentos que
poderiam ser feitos pensando na aquisição de produto de qualidade considerando
suas diversas dimensões. Você pode tentar pensar em outros aspectos que
poderiam ser considerados com base no que está sendo apresentado no capítulo.
30
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
31
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
32
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
33
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
34
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
35
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
Desse modo, o sistema produtivo atual não pode ser considerado social
e economicamente justo, tanto pela exploração da mão obra e dependência
do pequeno agricultor às empresas detentoras de tecnologias, quanto pela
desvalorização do produtor e produto (PLOEG, 2008). Ao analisarmos o conceito de
soberania alimentar é possível perceber que a produção de sementes transgênicas
infringe a autonomia dos povos quanto à determinação do que e como produzir. A
tecnologia de produção das sementes geneticamente modificadas é um monopólio
de poucas empresas transnacionais detentoras da patente dessas sementes. Os
agricultores, ao adquirirem essas sementes, precisam pagar royalties à empresa
que desenvolveu a semente e ficam proibidos de utilizá-las em safras seguintes,
bem como vender ou compartilhar com outros agricultores. Isso os obriga, de certa
forma, a adquirir as sementes anualmente, tornando-se cada vez mais dependentes
dessas empresas. Essa dependência também se dá pelo fato de que as empresas
36
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
37
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
38
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
Outros alimentos e bebidas que estão entre os mais consumidos pela população e
podem conter ingredientes transgênicos:
Cerveja: cervejas que não são puro malte podem ter adição de milho.
Salgados fritos e assados: podem conter proteína de soja e amido de milho (exemplo
de salgados recheados com salsicha e/ou recheio “engrossado” com amido), óleo/
gordura vegetal de soja.
Pão de queijo: amido de milho e gordura vegetal.
Salgadinhos industrializados: óleo vegetal, amido de milho, maltodextrina, xarope de
milho, fibra de milho, fermento químico, lecitina de soja.
Sanduíche pronto para aquecer: gordura vegetal, farinha de soja, proteína de soja,
maltodextrina, amido de milho, xarope de milho, lecitina de soja, proteína de milho,
óleo de soja.
Chocolate: gordura vegetal, xarope de glicose, lecitina de soja, amido de milho,
extrato de soja.
Pizza: óleo de soja, amido de milho.
39
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
40
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
41
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
Samsel e Seneff EUA Artigo Glifosato foi apontado como o fator causal mais
importante na doença celíaca, devido a seus efeitos
(2013a) de revisão
no desequilíbrio de bactérias intestinais. Também
inibe enzimas do citocromo P450, envolvidas na
desintoxicação de toxinas ambientais. As deficiências
de ferro, cobalto, molibdênio, cobre e outros metais
associados com a doença celíaca foram atribuídas à
capacidade do glifosato de quelar estes elementos. O
glifosato também implicou deficiências em triptofano,
tirosina, metionina e selenometionina associadas à
doença celíaca.
Samsel e Seneff EUA Artigo Glifosato teve efeito na inibição do citocromo P450,
com função de desintoxicação de xenobióticos,
(2013b) de revisão
aumentando os efeitos nocivos de resíduos químicos
de origem alimentar e toxinas ambientais. Esteve
associado à inflamação de sistemas celulares
em todo o corpo, interrupção da biossíntese de
aminoácidos aromáticos por bactérias intestinais,
implicando o surgimento de doenças associadas à
dieta ocidental, como obesidade, diabetes, desordens
gastrointestinais, doença cardíaca, depressão,
autismo, infertilidade, câncer e Alzheimer.
Mesnage, Ernay França Experimental Glifosato esteve associado à perturbação do sistema
e in vitro endócrino das células hepáticas, embrionárias e
placentárias.
Séralini (2013)
Cavalli et al. Brasil Experimental Glifosato esteve associado à disfunção endócrina e
in vivo perturbação das funções reprodutivas masculinas,
(2013)
induzindo estresse oxidativo e causando morte
celular mediada por cálcio em testículo de ratos,
comprometendo a fertilidade masculina.
Séralini et al. França Experimental Alterações metabólicas em ratos alimentados
in vivo com milho GM NK603, com ou sem aplicação do
(2012; 2014)
herbicida Roundup®. Os autores avaliaram mais de
100 parâmetros ao longo de 2 anos em 200 ratos e
encontraram uma mortalidade mais alta e frequente
em ratos que consumiram o milho com aplicação de
herbicida. Também foi observado o desenvolvimento
de tumores mamários e problemas hipofisários e
renais nas ratas fêmeas e deficiências crônicas
hepato-renais nos machos.
Koller et al. Áustria Experimental Glifosato provocou efeitos citotóxicos e genotóxicos
(2012) in vivo em células do epitélio bucal e danos ao DNA de
trabalhadores expostos.
Clair et al (2012) França Experimental Em concentrações baixas-disfunção endócrina e
in vivo diminuição de 35% da testosterona e em elevada
concentração provocou toxicidade testicular aguda em
ratos, induzindo apoptose nas células germinais.
FONTE: Adaptado de Cortese (2018a)
42
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
3. Políticas de crédito
43
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
somente para a saúde, como também para o ambiente (WHO, 2012; 2015; FAO,
2013). Os reflexos do sistema produtivo atual de alimentos para o ambiente já
foram previamente abordados neste capítulo. No item 2.1 foi apresentado um
panorama em relação às características predominantes no sistema produtivo
de alimentos para que você pudesse identificar alguns aspectos do sistema
produtivo e alimentos sob os quais se faz necessárias intervenções, considerando
as demandas atuais e futuras em termos de saúde (item 2.2) e ambiente (item
2.3). Assim, esta seção retomará e trará alguns dados relacionados aos impactos
para a sustentabilidade, principalmente ambiental, sabendo, no entanto, que a
sustentabilidade perpassa por questões sociais, econômicas, políticas, culturais
etc.
45
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
FONTE: A autora
46
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
47
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
3 DIMENSÕES DA QUALIDADE NA
CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
O termo qualidade em alimentos possui diferentes conceituações, muitas
vezes dependente da etapa da cadeia produtiva a que se refere, área de
48
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
49
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
50
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
51
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
ao consumo de alimentos com origem conhecida, seja devido à busca por uma
alimentação mais saudável ou então por uma questão de consciência ambiental
e retorno da cultura local. Nestes casos, a qualidade do alimento sob todos os
seus aspectos é de grande importância. Os alimentos regionais são apontados
como mais saudáveis, tradicionais e autênticos (ILBERY; KNEASEAF, 1998;
PESTEIL, 2006; PIENIAK et al., 2009; ZUIN; ZUIN, 2009). Fabri et al. (2015)
ressaltam os aspectos simbólicos vinculados à produção e consumo de alimentos
e preparações regionais importantes para promover dietas saudáveis.
Local
Corante (amaranto, Tsuda et al. Camundongos Genotoxidade.
vermelho allura e (2001)
nova coccina)
Japão
Corante (amarelo Amin e Ratos albinos Aumento nos níveis de ureia,
tartrazina e creatinina, proteína total, albumina
Haimed
carmosina) no sore, dentre outros parâmetros.
Elsttar (2010)
Egito
52
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
Grécia
Corante (amarelo Gao et al. (2011) Camundongo Efeito adverso na memória e
tartazina) aprendizagem, com dano cerebral.
China Ratos albinos
Schernhammer et Humanos Risco de linfoma de Hodgkin e
al. (2012) mieloma.
EUA
Pase et al. (2017) Humanos Aumento do risco de acidente
Edulcorantes vascular cerebral e demência
EUA
(aspartame) Bergstrom, Cum- Ratos albinos Diminuição da liberação de
mings e Skaggs dopamina.
(2007)
EUA
Glutamato Quines et al. Ratos winstar Maior sensibilidade para
Monossódico (2014) desenvolver comportamentos de
ansiedade e depressão.
Brasil
Shi et al. (2013) Humanos Distúrbios do sono.
China
Shi et al. (2012) Humanos Diminuição da hemoglobina
(anemia).
China
Collison et al. Camundongo Quando combinado com a gordura
(2009) trans, o glutamato monossódico
aumentou a gordura abdominal e
Arábia Saudita
casos de dislipidemia.
Ortiz et al. (2006) Ratos winstar Toxicidade no fígado e rim.
México
Mix de corantes arti- McCann et al. Humanos Comportamentos hiperativos.
ficiais e benzoato de (2007) (crianças)
sódio
Reino Unido
FONTE: Adaptado de Kanematsu (2017)
53
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
54
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
FONTE: A autora
55
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
56
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
57
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
58
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
É importante que, ao final deste capítulo, você tenha compreendido as
principais características do sistema produtivo atual de alimentos que impactam
a saúde, ambiente e sociedade como um todo. Para tal, alguns conceitos
apresentados são de extrema relevância, dentre eles, os conceitos de segurança
alimentar e nutricional, soberania alimentar e qualidade.
REFERÊNCIAS
ABERC – Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas. Manual
ABERC de práticas de elaboração e serviço de refeições para coletividades.
9. ed. São Paulo: ABERC, 2009. 274 p.
60
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
AZADI, H.; HO, P. Genetically modified and organic crops in developing countries:
a review of options for food security. Biotechnology Advances, New York, v.
28, p. 160-168, 2010.
61
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
62
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
63
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
BRUNNER, E. J. et al. Fish, human health and marine ecosystem health: policies
in collision. International Journal of Epidemiology, v. 38, n. 1, p. 93-100, 2009.
64
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
BUTTEL, F. H.; MCMICHALE, P. The supply chain. In: LANG, T.; BARLING, D.;
CARAHER, M.; MCMICHALE, P. Food policy: integrating health, environment
and society. Oxford: Oxford University Press, 2009. p. 336.
65
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
gov.br/consea/eventos/plenarias/exposicoes-de-motivos/2014/e-m-no-002-2014/
view. Acesso em: 22 mar. 2020.
66
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations. Steady increase
in incidents of low levels of GM crops in traded food and feed. Rome, 2014b.
Disponível em: http://www.fao.org/news/story/en/item/216311/icode/. Acesso em:
22 abr. 2020.
67
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
FIESP/ITAL. Brasil Food Trends 2020. São Paulo: Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo, Instituto de Tecnologia de Alimentos. 2010.
GAO, Y. et al. Effect of Food Azo Dye Tartrazine on Learning and Memory
Functions in Mice and Rats, and the Possible Mechanisms Involved. Journal of
Food Science, v. 76, n. 6, p. 125-129, 2011.
HARVIE, J.; MIKKELSEN, L.; SHAK, L. A New Health Care Prevention Agenda:
Sustainable Food Procurement and Agricultural Policy. Journal of Hunger &
Environmental Nutrition, v. 4, n. 3-4, p. 409-29, 2009.
HAWKES, C.; POPKIN, B. M. Can the sustainable development goals reduce the
burden of nutrition-related non-communicable diseases without truly addressing
major food system reforms? BMC Medicine, v. 13, n. 143, 2015.
69
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
ILBERY, B.; KNEAFSEY, M. Product and place: promoting quality products and
services in the lagging rural regions of the European Union. European Urban
and Regional Studies, v. 5, n. 4, p. 329-41, 1998.
KIM, K. H.; KABIR, E.; JAHAN, S. A. Exposure to pesticides and the associated
human health effects. The Science of the Total Environment, v. 575, p. 525-
535, 2017.
LANG, T. Sustainable diets and biodiversity: The challenge for policy, evidence
and behaviour change. In: BURLINGAME, B.; DERNINI, S. (Ed.). Sustainable
70
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
71
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
MORGAN, K.; SONNINO, R. The urban foodscape: world cities and the new food
equation. Cambridge Journal of Regions, Economy and Society, v. 3, n. 2, p.
209-224, 2010.
NG, M. et al. Global, regional, and national prevalence of overweight and obesity
in children and adults during 1980-2013: a systematic analysis for the Global
Burden of Disease Study 2013. The Lancet, v. 384, n. 9945, p. 766-781, 2014.
72
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
PASE, M. P. et al. Sugar- and artificially sweetened beverages and the risks of
incident stroke and dementia: a prospective cohort study. Stroke, v. 48, n. 10,
2017.
73
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
POPKIN, B. M.; ADAIR, L. S.; NG, S. W. Global nutrition transition and the
pandemic of obesity in developing countries. Nutrition Reviews, v. 70, n. 1, p.
3-21, 2011.
POPKIN, B. M. Agricultural policies, food and public health. EMBO Review, v. 12,
n. 1, p. 11-18, 2011.
74
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
75
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
SÉRALINI, G.-E. et al. Retracted: Long term toxicity of a Roundup herbicide and
a Roundup-tolerant genetically modified maize. Food and Chemical Toxicology,
v. 50, n. 11, p. 4221-4231, 2012.
SHAO, Q.; CHIN, K. V. Survey of American food trends and the growing obesity
epidemic. Nutrition Research and Practice, v. 5, n. 3, p .253-9, 2011.
76
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
271-282, 2005.
SOBAL, J.; KETTEL, K. L.; BISOGNI, C. A conceptual model of the food and
nutrition system. Soc sci med, n. 47, v. 7, p. 853-63, 1998.
77
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
WANG, D. D.; HU, F. B. Dietary Fat and Risk of Cardiovascular Disease: Recent
Controversies and Advances (Review). Annual Review of Nutrition, v. 37, n. 37,
p. 423-446, 2017.
WHO – World Health Organization. Guideline: Sugars intake for adults and
children. Geneva: WHO, 2015. 59 p.
WHO – World Health Organization. Global Action Plan for the Prevention and
Control of Noncommunicable Diseases 2013-2020. Geneva, Switzerland:
WHO, 2013. 55 p.
78
Capítulo 1 IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA
WHO – World Health Organization. Our Planet, Our Health, Our Future.
Human health and the Rio Conventions: biological diversity, climate change and
desertification. Genebra: WHO, 2012. 58 p.
WILLETT, W.; ROCKSTRÖM, J.; LOKEN, B. Food in the Anthropocene: the EAT-
Lancet Commission on healthy diets from sustainable food systems. Lancet, n.
393, v. 10170, p. 447-492, 2019.
ZDZIARSKI, I. M. et al. GM crops and the rat digestive tract: a critical review.
Environment International, v. 73, p. 423-33, 2014.
79
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
80
C APÍTULO 2
SEGURANÇA ALIMENTAR
82
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Este capítulo contém três seções visando contemplar o conteúdo proposto
sobre Segurança Alimentar. A primeira seção, Epidemiologia das principais
Doenças Transmitidas por Alimentos, contextualizará aspectos históricos e
contemporâneos em relação às principais doenças que são transmitidas pelos
alimentos, bem como os agentes etiológicos. Também serão apresentados
aspectos epidemiológicos dessas doenças, principalmente no Brasil. Ainda nessa
primeira seção serão apresentados conceitos teóricos considerados importantes
para a compreensão do capítulo como um todo. Estes serão retomados e
abordados ao logo do texto.
83
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
84
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
85
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
86
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
Patógenos – Bactérias:
• Salmonella spp.
87
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
89
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
• Campylobacter
90
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
• Escherichia coli
• Listeria
• Vibrio cholerae
• Norovírus
91
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
Patógenos – Parasitas:
Existem parasitas que podem ser transmitidos por contato direto com
animais contaminados e por alimentos contaminados, como no caso dos vermes
Echinococcus spp ou Taenia solium. Outros como trematódeos, transmitidos
por peixes, são transmitidos apenas através dos alimentos. Parasitos como
Ascaris, Cryptosporidium, Entamoeba histolytica ou Giardia podem
contaminar os alimentos via água ou solo contaminados e, a partir dos alimentos
e/ou água, contaminar os indivíduos (WHO, 2020).
Patógenos – Príons:
92
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
uma doença que acomete o gado bovino e resulta da infecção por um agente
transmissível incomum, chamado príon. Esse príon provoca um distúrbio
neurológico progressivo nos animais afetados. O animal contaminado, se
consumido, pode transmitir a doença para os humanos e essa doença é
denominada de variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ). Assim, vDCJ
é uma Encefalopatia Espongiforme Transmissível Humana (EETH) transmitida
pelo consumo de carne de gado ou derivados contaminados com a Encefalopatia
Espongiforme Bovina (EEB). Indivíduos com vDCJ apresentam maior tendência
para manifestar sintomas psiquiátricos e mudanças de personalidade que os
pacientes com DCJ esporádica (WHO, 2020; BRASIL, 2020a).
Contaminação química:
• Metais pesados
93
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
94
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
95
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
No Brasil, o início da vigilância dos surtos de DTA foi 1999. Entre os anos de
2009 e 2018 foram notificados 6.903 surtos de DTA, totalizando 122.187 doentes
e 99 mortes. No entanto, sabe-se que grande parte dos casos de DTA não são
notificados no Brasil (OBS.: mais adiante, nesta mesma seção, você encontrará
mais informações sobre subnotificações de casos de DTA). O Gráfico 1, a seguir,
96
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
É importante ficar claro que as DTA são doenças classificadas como evitáveis,
sendo imprescindíveis intervenções com base em evidências para redução destas.
A prevenção requer investimento global e ação coordenada em vários setores, a
fim de construir sistemas nacionais de segurança alimentar fortes e resilientes. A
FAO e OMS apontam que é necessário um compromisso global para garantir a
segurança dos alimentos, a segurança alimentar e a nutrição da população, sem
o qual não será possível alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) (FAO/OMS, 2018).
Dos alimentos mais envolvidos com os surtos entre os anos de 2009 e 2018,
os alimentos mistos (cuja composição possui mais de um grupo alimentar) e a
água foram os principais incriminados. Nos anos de 2017 e 2018, ambos (água
e alimentos mistos) foram responsáveis por mais de 50% dos surtos (dados não
demonstrados no gráfico).
98
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
N = total de de surtos
FONTE: Adaptado de Brasil (2019)
100
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
101
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
3 ASPECTOS REGULATÓRIOS
PARA A CADEIA PRODUTIVA DE
ALIMENTOS E BOAS PRÁTICAS
AGRÍCOLAS
Conforme já definido no Capítulo 1 e apresentado neste capítulo, a garantia
da qualidade do ponto de vista higiênico-sanitário relaciona-se à oferta de
alimentos isentos de perigos, sejam eles de natureza física, químicas (como os
metais pesados, agrotóxicos), biológicos (vírus, bactérias, fungos). Nesse sentido,
esta seção tem como objetivo apresentar os cuidados necessários em diferentes
etapas da cadeia produtiva, principalmente no que se refere a regulamentações
que devem ser seguidas e/ou implementadas no processo produtivo de alimentos,
bem como apresentar algumas ferramentas de qualidade que auxiliam esse
processo.
102
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
comum em diferentes países, como por exemplo, aquelas que são aplicadas
no âmbito do Mercosul ou da União Europeia. Em âmbito nacional existem
regulamentações em nível federal, que são aplicadas para todo o país; outras que
são aplicadas em nível estadual e em nível municipal. É importante ficar claro que
regulamentações estaduais e municipais podem ser mais restritivas que aquelas
federais, porém nunca mais flexíveis.
Nesse sentido, a FAO e a OMS criaram um guia para demonstrar como todos
podem se envolver para promover a segurança de alimentos de forma sustentada
(FAO, 2019). Os pontos apresentados no guia são:
103
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
104
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
• Transporte
• Manipulação de alimentos
105
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
106
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
107
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos (da matéria-prima até
o produto final) a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos
produtos alimentícios com os regulamentos técnicos. A legislação sanitária federal
regulamenta essas medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria
de alimentos e específico, voltadas às indústrias que processam determinadas
categorias de alimentos. A adoção das Boas Práticas de Fabricação é requisito
fundamental em um Programa de Segurança de Alimentos, e sua utilização como
instrumento de fiscalização pela Vigilância Sanitária passou a ser regulamentada
pela Portaria nº 1428 do Ministério da Saúde, publicada em 1993 e exigida a partir
de 1994 (BRASIL, 1993; HILBIG, 2012).
108
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
109
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
sobre a legislação é fundamental para a implementação das BPF, que por sua
vez consiste em um dos componentes para a implementação de um sistema de
gestão da segurança da cadeia de alimentos tendo em vista a Qualidade Total. A
seção não esgotará todos os pontos apresentados nas leis, mas destacará alguns
pontos mais gerais. As especificidades devem ser trabalhadas e adequadas de
acordo com a atividade desempenhada por cada setor produtivo (exemplos de
legislações específicas: RDC nº 35/2009 – Dispõe sobre Rotulagem de ovos,
Instrução Normativa nº 17 – o Regulamento Técnico sobre a identidade e
requisitos de qualidade que deve atender ao produto cárneo temperado, na forma
desta Instrução Normativa) (BRASIL, 2009a; BRASIL, 2018).
De modo geral, fazem parte dos itens abordados nas legislações sobre boas
práticas: Edificações e instalações; Programa de qualidade da água; Controle
integrado de pragas; Higiene das instalações; Equipamentos e utensílios;
Manutenção preventiva de equipamentos e utensílios; Higiene pessoal; Produção
(recebimento, distribuição e transporte); Sobras; Amostras; Controles (planilhas,
lista de verificação, treinamentos periódicos, registro de reclamações).
110
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
111
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
Além disso, existem produtos que podem ser comprados especificamente para
essa função, devendo ser respeitada a diluição e tempo descrito no rótulo. Após
esse processo, os alimentos devem ser lavados novamente com água.
112
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
113
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
114
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
por exemplo, deve-se garantir que o alimento atingiu, pelo menos, a temperatura
interna de 70 ºC, para então ser considerado pronto para o consumo. Segundo a
legislação:
115
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
117
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
118
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
119
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
120
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
121
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
Carfatan (2009) refere que muitas empresas já estão impondo aos seus
fornecedores a adoção de novos procedimentos de produção, processamento
e transporte, visando à sustentabilidade dos processos e produtos. Nesse
sentido, é importante que consumidores, gestores e demais profissionais de
empresas que processam alimentos se conscientizem do papel político de suas
escolhas alimentares. Desse modo, optem por alimentos mais saudáveis e de
qualidade, considerando as diversas dimensões da qualidade, tendo em vista o
desenvolvimento de políticas que fomentem sistemas alimentares mais saudáveis
e sustentáveis, a ponto de que alimentos provenientes desse sistema sejam vistos
como prioridade.
122
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
• Outras Legislações
123
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
124
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
Além dos POP obrigatórios, o local pode estabelecer POP para qualquer
processo. Os POP não devem ser copiados de outra empresa, mas considerada
a realidade de mão de obra, equipamentos, produtos e processos da empresa
em questão. É importante que aqueles que irão executar o POP também
façam parte do seu processo de elaboração, bem como é necessário
acompanhar a aplicabilidade das instruções. A linguagem do POP precisa
125
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
127
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
128
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
quadro clínico que pode ser variável conforme o grupo de indivíduos: gestante,
crianças, idosos, imunodeprimidos, hospitalizados e viajantes.
c) Risco: é a probabilidade estimada da ocorrência do perigo ou da ocorrência de
vários perigos. O risco deve ser avaliado ou estimado analisando as condições/
situações de exposição (SILVA JUNIOR, 2010).
d) Ponto Crítico de Controle – PCC: consiste em todos os locais ou situações
dentro do processo de produção nos quais podem estar presentes os perigos
que levam risco à saúde. Assim, os PCC precisam ser controlados e, identificá-
los, consiste em uma das etapas do APPCC. Consiste na operação, seja ela
relacionada a práticas do manipulador, procedimentos, processos ou situação,
em que uma medida de controle preventiva pode ser exercida para eliminar
(PCCe), prevenir (PCCp) ou reduzir (PCCr) um perigo ou vários. O PCC
consiste em todo PC que pode ser monitorado e controlado de modo a trazer
segurança para o consumidor. A identificação de um PCC requer conhecimento
especializado dos perigos, do fluxograma e do processo produtivo. O
fluxograma de operações ou das preparações específicas consiste em um guia
para que seja organizado o controle dos pontos críticos (HEREDIA et al., 2010;
SILVA JUNIOR, 2010).
e) Pontos de controle (PC): são todas as situações que estão erradas perante a
legislação e precisam ser corrigidas, mas que não levam risco à saúde (SILVA
JUNIOR, 2010). Os PC podem estar relacionados à contaminação, multiplicação
ou sobrevivência de um perigo. Em termos de contaminação podemos citar o
uso de matéria-prima contaminada; manipuladores infectados; contaminação
cruzada; limpeza e desinfecção inadequada; alimentos provenientes de fontes
não seguras; recipientes feitos de metais pesados; embalagens em condições
inadequadas; adição intencional de substâncias em concentrações tóxicas;
substâncias venenosas; armazenamento (exposição ao escoamento ou
inundação ou outras inadequações); esgoto, lodo ou fertilizante não tratado;
dentre diversos outros fatores que podem levar à contaminação física, química
e biológica, já mencionados neste capítulo (HILGIB, 2012; HEREDIA et al.,
2010). Ainda, os PC que favorecem a sobrevivência dos contaminantes
podem estar relacionados a tempo ou temperatura (ou ambos) inadequados
durante a cocção; tempo ou temperatura (ou ambos) inadequados durante
o reaquecimento dos alimentos; acidificação ou fermentação inadequada
ou lenta de alimentos industrializados ou falta de cultura de fermentação. A
multiplicação dos perigos pode ser favorecida por refrigeração inadequada
dos alimentos; manutenção dos alimentos por 5 a 6h em ambiente morno ou
em condições de tempo e temperatura favoráveis e insuficientes para evitar
a multiplicação (zona de perigo); preservação inadequada em concentrações
insuficientes de sais de cura ou exposição por curto tempo; elevada atividade
de água (AA) ou alimentos muito úmidos (HILGIB, 2012; HEREDIA et al., 2010;
SILVA JUNIOR, 2010).
129
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
130
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
131
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
133
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
135
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
136
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
• Programa 5S
137
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
De acordo com Silva Junior (2010), para pensar em qualidade total, outros
sistemas e ferramentas da qualidade já devem estar bem implementados. O autor
pontua a seguinte ordem para implementação destas:
5S –> BP –> APPCC –> ISO 9000 –> ISO 22000 –> QT
4 EMBALAGENS E ROTULAGEM
A embalagem consiste em qualquer forma na qual um alimento ou bebida é
embalado, embrulhado, organizado e apresentado aos consumidores (KOTLER;
ARMSTRONG, 2007). O design, a forma, a cor e os materiais utilizados na
embalagem também são ferramentas de comunicação com o consumidor
(CHANDON, 2013). O rótulo consiste em “toda matéria descritiva ou gráfica que
esteja escrita, impressa, estampada, gravada, em relevo, litografada ou colocada
sobre a embalagem” (BRASIL, 1998b, s.p.).
138
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
139
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
140
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
5 CERTIFICAÇÕES E SELOS DE
QUALIDADE
No Capítulo 1 foram abordadas questões relacionadas à padronização dos
produtos, decorrente do processo de globalização/industrialização. Ademais,
ficou evidenciado que houve um distanciamento entre produção e consumo
de alimentos. O surgimento das certificações e padrões de qualidade estão
diretamente relacionados a essas modificações no processo produtivo. Antes
da Revolução Verde, a produção de alimentos tinha uma característica mais
familiar, permitindo compreender as etapas que a envolvia (MOREIRA, 2000).
Posteriormente, o modelo de desenvolvimento agrícola promoveu o estímulo à
utilização de sementes híbridas, fertilizantes químicos, agrotóxicos e medicamento
de uso veterinário, o uso intensivo do solo, a redução da biodiversidade, o êxodo
rural e o aumento da concentração fundiária. Esses processos inseriram mais
etapas na cadeia produtiva de alimentos, levando a um distanciamento entre
produtor e consumidor e perda da qualidade do produto. Diante dos riscos
alimentares e dúvidas do consumidor, torna-se cada vez mais pertinente o direito
à informação adequada sobre o que se está consumindo, isto é, a história do
alimento até que este chegue ao prato do consumidor (THOMPSON; HARPER;
KRAUS, 2008).
• ISO 9000 (ABNT NBR ISO 9000): para implementação de sistema de gestão
da qualidade da empresa. Descreve os fundamentos e terminologias dos
sistemas (ABNT, 2005). Utilizada como guia para a garantia da qualidade
no setor alimentício (MARSHALL JÚNIOR et al., 2006). Possui ampla
abrangência, podendo ser utilizada em conjunto com o sistema APPCC
(PANISELLO; QUANTICK, 2001) e serve de base para implementação de
outras ISO.
• ISO 22000: foi desenvolvida em 2005 com base nos princípios do sistema
APPCC, com o objetivo de certificar entidades com o selo de qualidade
141
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
• Certificação de Orgânico
• Identificação Geográfica
142
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
6 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
As Doenças Transmitidas pelos alimentos são de extrema relevância no
âmbito de saúde pública. Medidas adotadas ao longo da cadeia produtiva de
alimentos poderiam preveni-las ou ainda reduzir o impacto destas.
Ficou evidente que o capítulo não pretendeu esgotar a temática, mas sim
trazer alguns aspectos para a discussão no que se refere às normatizações e
estratégias para o cumprimento destas.
144
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
REFERÊNCIAS
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 22000:
Sistema de Gestão da Segurança de alimentos – Requisitos para qualquer
organização na cadeia produtiva de alimentos. Rio de Janeiro: ABNT, 2006.
145
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
146
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
147
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
148
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
CDC – Centers for Disease Control and Prevention. Fatos importantes sobre o
“Norovírus” em navios de cruzeiro. 2009. Disponível em: https://www.cdc.gov/
nceh/vsp/pub/Norovirus/Portuguese.htm. Acesso em: 18 maio 2020.
149
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
150
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
151
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
152
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
153
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
154
Capítulo 2 SEGURANÇA ALIMENTAR
Saúde. Portaria CVS 5. Aprova o regulamento técnico sobre boas práticas para
estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o
roteiro de inspeção, anexo. Diário Oficial do Estado, nº. 73 - Poder Executivo –
Seção I – p. 32-35, 2013.
THOMPSON, E.; HARPER, A. M.; KRAUS, S. Think globally eat Locally: San
Francisco foodshed assessment. Davis: American Farmland Trust, 2008.
WHO – World Health Organization. Food safety. 2020. Disponível em: https://
www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/food-safety. Acesso em: 17 maio 2020.
WHO – World Health Organization. Cinco chaves para uma alimentação mais
segura: manual. Departamento de Segurança Alimentar, Zoonoses e Doenças
de Origem Alimentar. Suíça, 2006. Disponível em: http://www.who.int/foodsafety/
consumer/5keysmanual/en/index.html. Acesso em: 17 maio 2020.
155
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
156
C APÍTULO 3
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E
SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA
CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
158
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Este capítulo contém três seções visando contemplar o conteúdo proposto
sobre Segurança Alimentar. Na primeira seção será definida alimentação saudável,
retomando alguns aspectos já apresentados no Capítulo 1 e aprofundando-os.
Será apresentada a abordagem sobre alimentação saudável utilizada nos guias
alimentares brasileiro e em âmbito mundial, com foco na presença de aspectos
nutricionais, sustentáveis e simbólicos de uma alimentação saudável. Além disso,
serão exploradas as dificuldades de compreensão do que é saudável.
2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E
SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA
CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
A promoção de padrões alimentares saudáveis tem sido apontada como uma
prioridade global (IMAMURA et al., 2015), considerando o crescente aumento
de doenças crônicas não transmissíveis, sobrepeso e obesidade e o também
crescente aumento de problemas relacionados à insuficiência de alimentos e
nutrientes; além do impacto cada vez maior da alimentação contemporânea para
o sistema alimentar como um todo.
159
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
160
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
161
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
consumo de alimentos com alto teor de açúcar, sódio e gordura e baixo consumo
de vitaminas e minerais. Esse caráter prioritariamente nutricional e higiênico-
sanitário das recomendações para alimentação são percebidos até os dias atuais
nas recomendações para uma alimentação saudável (mais adiante, ainda nesta
seção será apresentada uma análise das recomendações presentes em guias
alimentares para uma alimentação saudável, a fim de elucidar essa questão)
e, apesar de pertinentes considerando o cenário atual de saúde da população
(referidos no Capítulo 1), parecem não ser suficientes. Nesse sentido, é evidente a
necessidade de incorporar demandas relacionadas à produção e processamento
de alimentos, que na época não se faziam necessárias (MARTINELLI; CAVALLI,
2019).
162
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
163
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
164
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
165
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
166
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
167
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
(65,2%), sendo 22% após 2014. Ainda, identificou que 73,9% das mensagens eram
“Essencialmente nutricionais” e todos os guias apresentaram recomendações
classificadas nesse grupo. Somente 3,2% e 3,3% das recomendações dos guias
foram classificadas como sustentáveis e simbólicas e estiveram presentes em 30
e 22 guias alimentares, respectivamente (FABRI, 2020).
168
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
FONTE: A autora
169
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
171
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
172
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
173
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
174
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
Desenvolver
e conservar a
diversidade.
175
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
176
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
177
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
178
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
179
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
180
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
181
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
182
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
Uma alimentação sustentável, por sua vez, precisa ter como base um
desenvolvimento econômico justo e igualitário e que não leve à degradação
dos recursos ambientais; sejam eles o solo, água, biodiversidade das espécies
vegetais e animais; dentre outros. Precisa ser embasado no desenvolvimento de
uma sociedade justa, na qual todos tenham acesso físico e financeiro a alimentos
de qualidade e quantidade suficientes. Além de considerar as questões culturais,
geográficas e éticas já discutidas.
183
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
184
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
185
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
De acordo com o Instituto Chico Mendes (ICMBIO, 2019), o bom uso dos
recursos naturais aliado à inclusão social e produtiva de povos e comunidades
tradicionais consiste em uma excelente estratégia para a conservação da
sociobiodiversidade, garantia do território e de direitos fundamentais dessas
comunidades. São diversos os produtos considerados da sociobiodiversidade
brasileira, muito já em risco de extinção.
186
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
187
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
188
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
189
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
190
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
191
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
192
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
FONTE: A autora
193
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
194
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
195
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
• Sobre Permacultura:
1. https://permacultura.ufsc.br/publicacoes/artigos-em-periodicos-
cientificos/.
2. https://permacultura.ufsc.br/publicacoes/livros/.
3. https://permacultura.ufsc.br/publicacoes/livros/.
196
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
3 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Este capítulo discutiu aspectos que precisam ser considerados para a
modificação dos sistemas alimentares em direção a modos de produção e
consumo mais saudáveis e sustentáveis. Fica evidente que uma alimentação só
pode ser considerada saudável se for proveniente de um modelo de produção
sustentável e que respeite as características socioculturais do local.
197
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
REFERÊNCIAS
ALLEN, P.; GUTHMAN, J. From ‘‘old school’’ to ‘‘farm-to-school’’: Neoliberalization
from the ground up. Agriculture and Human Values, v. 4, n. 23, p. 401-15, 2006.
BALDWIN, C.; WILBERFORCE, N.; KAPUR, A. Restaurant and food service life
cycle assessment and development of a sustainability standard. Int J Life Cycle
Assess, v. 16, n. 1, p. 40-9, 2011.
BCFN. Barilla Center for Food & Nutrition. Double Pyramid 2015:
recommendations for a sustainable diet. 6. ed. Itália, 2015. 151 p.
198
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
199
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
CALDERÓN, L. A. et al. The utility of Life Cycle Assessment in the ready meal
food industry. Resour Conserv Recycl, v. 54, n. 12, p. 1196-207, 2010.
200
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
201
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations. The State of the
World’s Biodiversity for Food and Agriculture. J. Bélanger & D. Pilling (eds.).
FAO Commission on Genetic Resources for Food and Agriculture Assessments.
Rome, 2019. 572 p.
FEENSTRA, G. Creating space for sustainable food systems: Lessons from the
field. Agric Human Values, 2002, 19(2):99-106.
202
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
GIL, Á. et al. The finut healthy lifestyles guide: Beyond the food pyramid.
Nutricion Hospitalaria, v. 31, n. 5, p. 2313-23, 2015.
IMAMURA, F. et al. Dietary quality among men and women in 187 countries in
1990 and 2010: A systematic assessment. The Lancet Global Health, v. 3, n. 3,
2015, p. e132-e42.
203
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
2008, 28(4):846-57.
LANG, T. Sustainable diets and biodiversity: The challenge for policy, evidence
and behaviour change. In: BURLINGAME, B.; DERNINI, S. (Ed.). Sustainable
Diets and Biodiversity. Rome: FAO, 2012.
LOWDER, S. K.; SKOET, J.; SINGH, S. What do we really know about the
number and distribution of farms and family farms worldwide? Background
paper for The State of Food and Agriculture 2014. Rome: FAO, 2014.
Disponível em: http://www.fao.org/docrep/019/i3729e/i3729e.pdf. Acesso em: 14
jun. 2020.
204
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
MONTEIRO, C. A. Nutrition and health. The issue is not food, nor nutrients, so
much as processing. Invited Comentary. Public Health Nutrition, v. 12, n. 5, p.
729-731, 2009.
MORGAN, K. Greening the Realm: Sustainable Food Chains and the Public
Plate. Regional Studies, v. 42, n. 9, p. 1237-50, 2008/11/01, 2008.
MORLEY, A.; MCENTEE, J.; MARSDEN, T. Food futures: Framing the crisis. In:
MARSDEN, T.; MORLEY, A. (eds.). Sustainable food systems: building a new
paradigm Abingdon: Routledge; 2014. p. 221.
205
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
PADILLA, M.; CAPONE, R.; PALMA, G. Sustainability of the food chain from field
to plate: the case of the Mediterranean diet. In: (Ed.). Sustainable Diets and
Biodiversity. Rome: FAO, 2012.
206
Capítulo 3 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL E O PAPEL DA CADEIA PRODUTIVA DE ALIMENTOS
org.br/2020/05/96-agrotoxicos-sao-aprovados-durante-a-pandemia-liberacao-e-
servico-essencial/. Acesso em: 12 jul. 2020.
SABOURIN, E. Acesso aos mercados para a agricultura familiar: uma leitura pela
reciprocidade e a economia solidária. Rev Econ NE., 2014, 45:21-35.
207
SEGurANÇA E QuALiDADE NA CADEiA ProDuTiVA DoS ALimENToS
SOBAL, J.; KETTEL KHAN, L.; BISOGNI, C. A conceptual model of the food and
nutrition system. Soc Sci Med, 1998; 47(7):853-863.
WWF. World Wildlife Fund. LiveWell: A balance of healthy and sustainable food
choice for France, Spain and Sweden. 2013. 108 p.