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DADOS PESSOAIS
Atividades profissionais:
Formação:
HISTÓRICO ESCOLAR
Carga Sit.
Sigla Nome da Disciplina Início Término Cred. Freq. Conc. Exc.
Hor. Matric.
CJE5251-1 Ciências da Linguagem: Ética e a Produção Midiática 10/03/2003 27/06/2003 105 7 100.00 A N Concluida
Embates e debates: a cultura política e a comunicação na
CTR5410-1 10/03/2003 27/06/2003 105 7 100.00 A N Concluida
contemporaneidade
FLF5036-1 Estética (Doutrinas de Artes) 08/08/2003 20/11/2003 120 8 100.00 A N Concluida
Poetas, Artistas, Anarco-Superoitistas: A Variedade
CTR5201-1 11/08/2003 28/11/2003 105 7 95.00 A N Concluida
Experimental no Surto Brasileiro do Super 8
Total: 21 21 29
6
Bibliografia da disciplina:
Bibliografia da disciplina:
Bibliografia da disciplina:
ARGAN, Gian Carlo. Arte Moderna. São Paulo, Cia. Das Letras, 1994.
CHIPP, H.B. Teorias da Arte Moderna. São Paulo, Martins Fontes, 1996.
19
Bibliografia da disciplina:
ODIN, Roger (org.). Le film de famille: usage privé, usage public, Paris,
Méridiens Klincksieck, 1995.
3.1 - Objetivos
5
DELEUZE, Gilles e PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo, Escuta, 1998.
6
Op.cit. p.52.
28
o espectro de uma alta cultura burguesa que lhe é estrangeira. A partir dos
Cultural Studies a cultura de massa passa a ser entendida como cultura da
mídia, sendo irrefutável o fato de que a formação cultural tanto das elites
quanto das classes subalternas se serve de material proveniente desta origem.
Não há espaço numa sociedade industrializada que não seja apanhado na rede
de relações que os sistemas de comunicação tracem. Portanto se persiste uma
divisão da sociedade em função dos meios de produção, a cultura da mídia é
também um plano sobre o qual este conflito se projeta. É possível ler na
cultura de massa as vozes minoritárias que resistem ao modo de semiotização
dominante da sociedade.
Vem daí uma importante assimilação do pós-estruturalismo francês pelo
espírito crítico dos Cultural Studies. A desconstrução da episteme do
estruturalismo pelo pós-estruturalismo levou este, até onde pudemos detectar,
no pensamento de Deleuze e Guattari, a uma teoria das multiplicidades. O que
sugere uma confluência com os Cultural Studies a partir do conceito de
multiculturalismo. Confluência em relação à concepção pluralista do social
que perpassa ambos os campos teóricos, como também dos sentidos
minoritários que aí desenvolvem sua luta para constituir enunciados frente ao
modo de semiotização dominante.
Todo este arcabouço gera um plano de discussões relativo às condições
pelas quais a diferença possa ser afirmada no plano existencial e político.
Enquanto fenômeno sócio cultural, a contracultura pode ser tomada como
objeto de reflexões sobre o papel que a cultura da mídia ssume na sociedade
contemporânea. Isto porque ela se valeu de uma relação fundamental com os
meios de comunicação para ganhar expressão enquanto fenômeno de massa.
Se os meios de comunicação, em certa medida, inserem-se no plano dos
aparelhos de repressão ideológica, como é possível afirmar a partir de
33
3.5 Metodologia
Obra em que o teórico russo define todo e qualquer signo linguístico como
signo ideológico, isto é, como um falseador de uma realidade. Podemos então
tomar o signo ideológico como um simulacro, ou seja, uma cópia sem modelo.
Se não somos platônicos e não acreditamos num plano ideal de puras
essências, isto significa que temos acesso somente à realidade do simulacro à
qual está conformada a linguagem. Escrever ou falar sobre algo, ou
expressar-se em qualquer outra modalidade de linguagem, é, de certa
maneira encarregar essa potência de falseamento de afirmar o real. Para
isto, é necessário, segundo Bakhtin, não perder de vista esta realidade do
signo linguístico. Toda ideologia encontra-se no plano dos conteúdos.
Portanto para atingir o processo pelo qual um signo dispara seu processo de
significação temos de nos voltar para a materialidade mesma da linguagem.
Essa materialidade, para Bakhtin, está no significante. À partir de sua
arbitrariedade é que a ideologia se impõe. Também é desse autor o conceito
de carnavalização, que é a emergência na literatura de discursos de classes
37
Esse crítico americano faz uma leitura da obra conjunta de Gilles Deleuze e
Félix Guattari, apontando os conceitos que ambos os autores formulam em
relação à literatura ao longo de seu percurso teórico. Um capítulo muito
importante para se entender toda a concepção das críticas de Deleuze e
Guattari à linguística é o que Bogue dedica à leitura da teoria das forças em
Nietzsche, que Deleuze realiza ainda antes de seu encontro com Guattari
(Nietzsche e a Filosofia). De acordo com essa teoria fundada no Eterno
Retorno (o que sempre retorna é a impossibilidade de qualquer retorno),
constituem-se duas forças: uma ativa e outra reativa. Em linhas gerais uma
força reativa é aquela que separa o agente de sua força – em linguística isto
acontece através de uma predicação. O sujeito assim produzido está apartado
daquilo que ele pode, de sua potência. Ampliando este conceito, Bogue
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Ainda por ser uma obra que nasce do movimento desencadeado pelo Anti-
Édipo, Mil Platôs é a culminância de um processo de choque paradigmático.
Lembremos que o nascedouro de todo este edifício teórico se dá no sentido de
uma crítica aos valores e modelos tanto da psicanálise quanto do marxismo
ortodoxos. Ao tomar como base metodológica a obra de Deleuze e Guattari
temos em mente a leitura de uma poética do jornalismo desenvolvida pelos
autores do new journalism. Chamamos de poética do jornalismo essa linha de
convergência que compreende todos os trabalhos que propõem a discussão
desta prática como forma de carregá-la de sentidos. De fazer com que as
ferramentas de construção de um texto jornalístico avancem no sentido de
explorar as virtualidades da prática; de tornar visível o que, pelo aspecto
fundamentalmente microscópico é invisível, imperceptível mesmo dentro dos
horizontes que conformam o jornalismo como uma prática discursiva. Essa
poética é um devir literário que atravessa o jornalismo, pois toda vez que
temos uma experimentação com a linguagem temos necessariamente uma
poética em potência. “Poesia é linguagem carregada de sentido” dizia Ezra
Pound, e nesse sentido poética é toda manifestação da força que faz com que
a linguagem seja portadora dessa carga de sentidos que se afirma em seu
interior e a arrasta para um território novo, que expande suas fronteiras. Se
existe então uma poética do jornalismo essa poética é a afirmação de
multiplicidades: tornar o jornalismo um discurso polifônico, que afirme o
múltiplo. Dessa maneira, Mil Platôs pode ser tomado como uma caixa de
ferramentas para se pensar essa poética.
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Obra que nos serve como mais uma referência quanto às proposições
articuladas no Anti-Édipo em relação ao estatuto do desejo e a constituição
de um agenciamento maquínico. Podemos concluir deste livro que a crítica ao
conceito de cultura que Guattari faz em Micropolíticas afirma-se da
compreensão que este autor tem do desejo, mas, sobretudo, também do
inconsciente como produtivo e não mais como um palco, representativo de um
drama familiar básico. Podemos então apontar uma linha no pensamento
deste autor que aproxima a Cultura do Inconsciente – dois conceitos que
então passam a exercer sua gravitação em direção a essas estruturas
menores, a essa micropolítica que produz o social em sua maquinaria de
minúsculas engrenagens.
Tomando como base esse trecho extraído do livro, é sobre essa perspectiva
que empregamos o termo poética em nosso trabalho. Quando Guattari fala
em “operadores existenciais”, isto quer dizer que são elementos que trazem à
existência algo que antes era uma potência, uma virtualidade, logo, os índices
que nos permitem caracterizar uma literatura menor. Esta é então uma
poética subjacente a toda literatura menor, essa emergência de algo que vêm
à existência, que é produzido. Lembramos que o termo poesia vem do grego
poiésis, que literalmente significa “fazer”.
a de Theodore Roszak, que vê o fenômeno como uma prática política que não
se enquadra, logo não se disciplina, dentro das estratificações políticas
orientadas em esquerda e direita. É daí a leitura de Stephens considerar a
contracultura como um discurso antidisciplinar.
A Título de Introdução
uma espécie libertária. O desejo que não se satisfaz com uma prática
partir dos pontos pelos quais ele se desconhece. Inventar um jornalismo assim
como Nietzsche propunha escrever para um povo que virá, porque ainda está
para ser criado e, escrever, portando, passa a ser um ato fecundo. Além de
démarche deleuziana:
foi possível, manifestou-se como um amante dos paradoxos. Foi assim que
como o filósofo assume em sua grande entrevista, talvez a única para televisão
Um desterritório do sentido
como poetas e escritores, é algo difícil de definir, mas todo jornalista que
. Ibdem.
9
61
palavra. Do texto. E não há tecnologia que consiga soterrar isto por completo.
Afinal sem texto não há notícia, seja lá qual for a mídia que ainda se invente.
fogo da literatura:
ritornelo.10
Leminski definia a si mesmo, “um bandido que sabia latim”. Todo jornalista
pode se tornar também um Robin Hood que partilha com o gentio o resultado
por uma categoria que possa dar conta de uma singularidade explosiva. Por
que não pensar então num paideuma dessa legião de proscritos, de desertores?
A clandestinidade no tempo
13
DELEUZE, PARNET. Op.cit. p53
65
Assim como Mayra Rodrigues Gomes nos mostra em seu livro sobre
filosofia da comunicação, o jornalismo também pode ser entendido como
dispositivo disciplinar. Isto é, o jornalismo é uma prática discursiva que
dispõe aquilo que se pode apreender em um determinado momento histórico.
Sob uma aparente abertura, os dispositivos enquadram o campo da experiência
segundo coordenadas muito precisas. Opera-se por oposições binárias que
aparentemente são abertas mas que na verdade impõem um rebatimento
rigoroso da percepção e experiência sobre estratificações como homem,
mulher, criança, adulto, esquerda, direita e assim por diante. Um dispositivo
disciplina todo um campo de possíveis que se pronuncia entre estas
estratificações que polarizam a experiência. Existe toda uma gradação possível
que é rebatida sobre o peso das estratificações. Ou um extremo ou outro. A
67
Não existe uma definição que dê conta de algum tipo de jornalismo que
tenha sido contracultural em essência a não ser a de Michael Johnson, em seu
livro "The New Journalism - Understanding Press, the Artists of NonFictiom,
and Changes in the Estabilished Media" de 1971, relaciona o Novo Jornalismo
à contracultura.
15
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Felix. O anti-Édipo. Rio de Janeiro, Imago, 1976. p139.
69
16
WISNIK, José Miguel. As Ilusões Perdidas de Balzac. In NOVAES, Adauto. Ética. São Paulo, Cia das
Letras, 1992 pp.323-324.
70
17
LEMINSKI, Paulo. Forma é Poder. Folha de São Paulo, Folhetim 04/07/1982.
71
19
Idem
20
LEMINSKI. Ibdem.
73
21
WOLFE, Tom. The New Journalism. New York. Harper & Row, 1973
74
informação pura; dimensão pela qual ele se torna obsoleto diante do que
permitem as novas tecnologias.
22
NIETZSCHE, Friedrich. Para além do Bem e do Mal. São Paulo, Cia das Letras, 1992.
82
23
FOUCAULT, Michel Apud RAJCHMAN., John. Eros e Verdade – Laca ea Questão da Ética. Rio de
Janeiro, Jorge Zahar, 1993.
24
RAJCHMAN, John. Op.cit.
83
Referências bibliográficas
ALLIEZ, Eric. (org.). Gilles Deleuze: Uma Vida Filosófica. Rio de Janeiro,
Editora 34, 2000.
ALTSCHULL, J. Herbert. From Milton to McLuhan – the ideas behind
amerian journalism. New York / London, Longman, 1990.
ANGAMBEN, Giorgio. A Comunidade que Vem. Lisboa, Editorial Presença,
1993.
25
Idem.
84