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SALVADOR/BA.
Outrossim, o preparo foi efetuado regularmente conforme se pode extrair das Guia anexa no
valor de R$ 9.828,51 e da GRU de custas também anexa no valor de R$ 1.000,00, tudo conforme
os valores fixados pela sentença de primeiro grau.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Salvador, 3 de junho de 2020.
BRUNO LOPES
OAB/BA nº 22.598
NÚBIA LOPES
OAB/BA nº 60.791
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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0000627-50.2019.5.05.0009
RECORRENTE: GHISOLFI LOGISTICA E TRANSPORTE LTDA.
RECORRIDO: ROMILSON ALVES DA SILVA
RAZÕES DO RECORRENTE
Egrégio Tribunal,
Colenda Turma,
Visa o presente recurso a reforma decisão proferida pelo M.M Juízo da 9ª Vara do Trabalho de
Salvador - Ba, a qual julgou procedente, em parte, demanda trabalhista proposta pela Recorrida.
Não obstante, e consoante será demonstrado a seguir, dita decisão viola os mais elementares
princípios legais aplicáveis à espécie, bem como, contraria frontalmente a doutrina e
jurisprudência pátrias, consoante será demonstrado a seguir:
Não deve prosperar a conclusão do Douto Juízo a quo no que concerne a Responsabilidade
Subsidiária da Segunda reclamada.
Conforme restou comprovado nos autos, o próprio Recorrido assevera, na vestibular, que
mantivera contrato de trabalho com a 1ª Reclamada e não com a 2ª Reclamada, que não
pode ser responsabilizada, ainda que de forma subsidiária, pelos supostos créditos devidos
à parte Autora.
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E não é de outra forma que vêm entendendo os Tribunais:
A 2ª Reclamada não é responsável pelas obrigações contraídas pela Contestante com seus
empregados, na medida em que a responsabilidade pelos possíveis créditos trabalhistas,
somente poderá ser suportada pelo seu real empregador, nunca pela Segunda Reclamada,
com a qual jamais manteve qualquer relação.
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De acordo com a Orientação Jurisprudencial nº 191 da SDI-I do C. TST, impossível o reco-
nhecimento da responsabilidade subsidiária da 2ª Reclamada, que somente seria admitida
caso se tratasse de empresa construtora ou incorporadora, o que não ocorre in casu.
Por todos motivos acima expostos, requer a reforma da sentença de piso para que a recla-
mação seja a ação julgada improcedente em relação à Segunda Reclamada.
O juízo de piso deferiu o pleito do recorrido relativo às alegadas diferenças de comissão, no valor
da média indicada pelo Reclamante.
Importante informar que o autor foi contratado para receber parte do salário fixo mais prêmio por
produtividade, conforme apontado nos seus contracheques, não restando pendente o pagamento
de qualquer parcela avençada entre as partes.
Imperioso ressaltar que é variável, o prêmio, cujo pagamento ele está buscando aqui, era pago
por entrega efetuada, nada mais justo que o empregador não lhe pagasse por aquelas
mercadorias que retornavam à sede. A produtividade então corresponderia à execução do
serviço, uma vez não executado, nada mais existe a ser pago a esse título.
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premiações variáveis ao empregado, de natureza indenizatória, e não salarial, não podendo a
mesma ser obrigada a fazer tais pagamentos.
RTOrd 0000454-73.2017.5.05.0016
RECLAMANTE: ARIVALDO SOUZA DE ARAUJO
RECLAMADO: GHISOLFI LOGISTICA E TRANSPORTE LTDA, CRBS S/A
SENTENÇA PAGAMENTO DOS VALORES DEVIDOS A TÍTULO DE
"PREMIAÇÃO CAIXARIA", ABATENDO OS VALORES RECEBIDOS
CONSTANTES NOS CONTRACHEQUES. INTEGRAÇÃO E REFLEXOS.
Requer o Demandante o pagamento de diferenças do prêmio por
produtividade, assim como sua integração ao salário e reflexos. Alega que,
a despeito de realizar a entrega média diária de 252 caixas de bebida,
perfazendo o montante de R$917,28 a título de premiação, a
reclamada realizou o pagamento desta parcela em poucos meses e em um
valor bem a menor. A reclamada informa que o autor foi contratado para
receber parte do salário fixo mais prêmio por produtividade, conforme
apontado nos seus contracheques, não restando pendente o pagamento de
qualquer parcela avençada entre as partes. Atesta que jamais houve ajuste
para pagamento de comissão. Bem, o contrato de trabalho do autor apenas
registra a contraprestação por salário fixo, sem qualquer menção a
premiações, também não reportada na Ficha Funcional do autor, ou
qualquer outro documento trazido aos autos. Os contracheques de fls. 356
e seguintes, por sua vez, registram o pagamento de prêmios sob a rubrica
PRÊMIO CAIXARIA nos meses de março de 2015 (R$ 411,85), junho de
2015 (R$ 148,70), julho de 2015 (R$ 435,64) e assim em diante,
demonstrando que se trata de premiação variável, sem valor fixo e que não
foi paga em todos os meses da relação. Assim, considerando que não
se trata de premiação estipulada no contrato de trabalho, e que não
existe nos autos qualquer prova, quer documental quer
testemunhal, de sua base de cálculo e periodicidade, indefiro as
diferenças postuladas, entendo que o pagamento da verba constitui
liberalidade do empregador, que concedeu espontaneamente tais
premiações variáveis ao empregado, de natureza indenizatória, e
não salarial.
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RTOrd 0000940-29.2016.5.05.0037 RECLAMANTE: CLEIDSON DOS
SANTOS CRUZ RECLAMADO: GHISOLFI LOGISTICA E TRANSPORTE
LTDA, COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMERICAS – AMBEV Sustenta o
autor que ajustou com a reclamada o pagamento de um prêmio
produtividade no importe de R$700,00 para cada total de 210 entregas de
caixas que realizasse por dia de labor, jamais tendo recebido tal quantia,
apesar de sempre ter batido as metas da empresa. Ao defender-se, a
acionada afirma que o reclamante foi contratado para receber parte do
salário fixo mais prêmio por produtividade, conforme apontado nos seus
contracheques, não restando pendente o pagamento de qualquer parcela
avençada entre as partes. Esclarece que os valores dos prêmios, inclusive a
título de recarga, eram pagos e registrados no contracheque do autor e
integrados a remuneração do reclamante para todos os fins previstos na
Convenção Coletiva. Acrescenta que o pagamento da parcela foi instituído
mediante acordo coletivo de trabalho, vinculado o cálculo da parcela
variável ao número das horas extras eventualmente laboradas pelo
trabalhador. Assim, o valor do prêmio crescia de acordo com a redução da
quantidade do labor extraordinário, resguardando a produtividade da
empresa acionada, sem que os trabalhadores precisassem trabalhar além
da jornada mensal de 44 (quarenta e quatro) horas mensais. Em seu
depoimento pessoal, o reclamante disse que o prêmio de produtividade era
o prêmio "caixaria" e era pago pelo valor de três centavos por entrega,
acaso fossem realizadas todas as entregas programadas para o dia; que os
três centavos era pago somente se as entregas fossem realizadas até antes
das 17h, sendo que tal valor era diminuído quando o horário não era
cumprido; que o caminhão tinha capacidade para 110 caixas e as vezes
saia menos carregado do que isto. As normas coletivas coligidas ao feito
não preveem o pagamento do referido benefício. Os contracheques anexos,
contudo, revelam o pagamento de remuneração variável aoreclamante em
algumas oportunidades, com as devidas repercussões salariais. Diante
disso, cabia ao autor comprovar que havia diferença da parcela prêmio
produtividade, por se tratar de fato constitutivo de seu direito. No
entanto, não se desincumbiu de seu ônus probatório, razão pela
qual julgo improcedente o pedido "7"
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RTOrd 0000895-09.2016.5.05.0010
RECLAMANTE: DERALDO DA CONCEICAO SANTOS
RECLAMADO: GHISOLFI LOGISTICA E TRANSPORTE LTDA,
COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMERICAS – AMBEV
Alega o autor que: "havia um prêmio de produtividade na empresa que
consistia no seguinte: o empregado que fizesse um total de 210 entregas
de caixas por dia, receberia o valor de R$ 700,00, a título de prêmio de
produtividade", afirmando que sempre bateu a referida meta em todos os
meses, mas nunca recebeu o prêmio. Pleiteia o pagamento. A reclamada
refuta as afirmações do autor, afirmando que: "O autor foi contratado para
receber parte do salário fixo mais prêmio por produtividade, conforme
apontado nos seus contracheques, não restando pendente o pagamento de
qualquer parcela avençada entre as partes. Informa a ré que todos as
verbas pagas ao autor eram devidamente registradas no contracheque,
conforme apontam documentos anexos. Se a reclamada pagasse esse valor
a cada um dos seus motoristas, certamente, atividade econômica não teria
a mínima viabilidade. É absolutamente temerária a alegação do autor
nesse sentido. (...) Além de não pactuar o recebimento do valor de R$
700,00, a partir de 210 entregas de caixas por dia por caixa entregue,
sendo absolutamente irreal quanto a este aspecto. Impugna a alegação do
autor nesse sentido, uma vez que jamais foi estabelecido qualquer tipo de
comissão por caixa de cerveja entregue, uma vez que a atividade era
inerente a função do autor, ficando contestando, também, o volume de
entregas descritos na inicial. Por outro lado, os valores dos prêmios,
inclusive a título de recarga, eram pagos e registrados no contracheque do
autor e, integrados a remuneração do reclamante para todos os fins
previstos na Convenção Coletiva. Veja que o pagamento da parcela foi
instituído mediante acordo coletivo de trabalho, vinculado o cálculo da
parcela variável, ao número das horas extras eventualmente laboradas pelo
trabalhador. Assim, o valor do prêmio crescia de acordo com que a
quantidade do labor extraordinário diminuía, resguardando a produtividade
da empresa acionada, sem que os trabalhadores precisassem trabalhar
além da jornada mensal de 44 (quarenta e quatro) horas mensais."
Analisando os documentos juntados pela reclamada, notadamente os
contracheques, observo que em diversos meses havia o pagamento de
prêmios, incentivos, gratificações, inclusive prêmio caixaria. Embora a
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reclamada faça menção ao documento coletivo, o pagamento de
prêmio não tem previsão no referido documento. Por outro lado,
também não procede a alegação do autor de que nunca recebeu os
prêmios a que fazia jus, visto que houve pagamento na maioria dos
meses. Não fez prova da existência de diferenças em seu favor.
Indefiro.
3. DA JORNADA
Entendeu o Douto Juiz a quo que a Recorrente não apresentou a totalidade dos cartões de ponto
do obreiro, aplicando a confissão, condenando a Recorrente ao pagamento de horas
extraordinárias considerando a jornada apontada na exordial durante todo o vínculo.
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Impende registrar que, não há qualquer comprovação nos autos de que foram alteradas as
condições de trabalho, de modo a se presumir jornada distante daquela comprovada nos autos
através dos controles de pontos existentes e declarados como válidos.
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"OJ-SDI1-233 HORAS EXTRAS. COMPROVAÇÃO DE PARTE DO PERÍODO
ALEGADO (nova redação) - DJ 20.04.2005
A decisão que defere horas extras com base em prova oral ou
documental não ficará limitada ao tempo por ela abrangido, desde que o
julgador fique convencido de que o procedimento questionado superou
aquele período."
Ao aplicar pena de confissão quanto aos períodos desprovidos de cartões de ponto, além de
contrariar o entendimento esposado na Orientação Jurisprudencial de n° 233 da SDI-I do C. TST,
o E. Regional fez verdadeira e injusta inversão do ônus da prova.
Deste modo, no período que foi constada a inexistência de cartões de ponto do Recorrido em
determinados períodos, deve ser aplicada a estes períodos a média da jornada dos cartões de
ponto colacionados aos autos.
É que o ônus da prova incumbe àquele que alega, à luz do que dispõe o Art. 818 da CLT.
No caso concreto, a Recorrente juntou documentos idôneos (fato incontroverso) para comprovar
que a jornada alegada na inicial não era verdadeira. Sendo assim, motivo maior para que a
presunção esteja em favor da Recorrente quanto à jornada.
A juntada de cartões de ponto por parte da empresa afastou a jornada alegada na inicial e criou
presunção quanto ao período em que justificadamente os documentos não vieram aos autos.
Esse é o entendimento da melhor doutrina sobre o tema. Vejamos o que ensina, por exemplo
Eduardo Gabriel Saad, In Consolidação das Leis do Trabalho:
O Recorrido não produziu qualquer prova da jornada alegada na inicial e ainda sim o Regional
aplicou pena de confissão ficta quanto aos períodos em que os cartões foram extraviados ou não
juntados.
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O Douto Juízo a quo não observou corretamente a questão do ônus da prova, posto que a
presunção era de que a verdadeira jornada era a dos cartões durante todo o período trabalhado.
O contrário disso deveria ter sido alegado e provado, E NÃO FOI.
Prevalece, assim, a jornada exibida nos cartões de ponto com relação a todo o período da relação
de emprego, posto que, o Reclamante não se desincumbiu do ônus da prova que lhe cabia quanto
ao pedido de horas extras.
Diante de situações idênticas, os E. Tribunais têm entendido pela aplicação da referida média,
divergindo com o E. Regional da 5ª Região:
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41/2009, do STJ nº 67/2008 e do TST nº 35/2009.) Site:
https://www.magisteronline.com.br)"
Dessa forma, não tendo o Recorrido demonstrado a da modificação das condições de trabalho
durante o período que não foram juntados os cartões de ponto, deve ser adotada a média dos
demais cartões de ponto no período que não há cartão de ponto nos autos, sob pena de expressa
violação ao art. 818 da CLT e 333, I, do CPC, que trata de ônus da prova, bem como
contrariedade a Orientação Jurisprudencial de n° 233 da SDI-I do C. TST.
Não invoca a Recorrente a reanálise de fatos e provas, posto que a matéria ventilada decorre de
infração à norma regulamentadora do encargo probatório: decisão contra ius in thesi e não
apenas contra o ius litigatoris. STF- 2ª Turma., Proc. RE n. 82.001-SP, Rel. Min. Cordeiro Guerra n
Revista Trimestral de Jurisprudência, vol. 75, . 326; STF-2ª T., Proc. RE n. 82.523-SP, Rel. Min
Xavier de Albuquerque in Revista cit. vol. 75, 659
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Inverteu-se no provimento jurisdicional, o ônus da prova, o que não pode ser admitido pela
Recorrente e por este Colendo TST. Cabe ao Recorrido provar os fatos constitutivos,
capazes de produzir direitos que pleiteia. Recai sobre o Recorrente apenas, a prova de fatos
impeditivos (circunstâncias excepcionais que retiram seus efeitos, dada a sua anomalia),
modificativos (fatos que substituíram algum dos efeitos previstos por outros novos ou os alterou)
e por fim provar os fatos extintivos.
Não tendo o Autor/Recorrido provado o fato constitutivo do direito, que não foi admitido na
defesa, não se pode exigir que o Réu/recorrente produza prova do fato impeditivo, modificativo
ou extintivo do mesmo direito. Exegese do art. 333, incisos I e II, do CPC, uma vez que, regra
geral, no terreno das provas, o princípio norteador é no sentido de que "o ordinário se presume,
enquanto que o extraordinário se prova".
Pelo exposto, está a merecer conhecimento e provimento o apelo patronal no que tange
a aplicação da média da jornada dos cartões de ponto juntados aos autos no período
em que há ausência de cartões, diante da violação aos artigos 818 da CLT e 333, I, do
CPC, bem como em face a contrariedade a Orientação Jurisprudencial de n° 233 da SDI-
I do C. TST.
4. DO INTERVALO INTRAJORNADA
No que tange ao pleito em destaque, data máxima vênia, não pode prosperar a sentença
proferida pelo Juízo a quo, tendo em vista que que em dissonância com a distribuição do ônus da
prova.
Diante disso, nota-se que agiu de forma equivocada o Juízo a quo ao condenar as
Reclamadas ao pagamento da supressão do intervalo intrajornada nos períodos que
não possui os controles de ponto nos autos, restando incontroverso que a fruição do
intervalo intrajornada se dava em rota, sem qualquer possibilidade de fiscalização por
parte da Recorrente, conforme depoimento da testemunga trazida pelo Reclamante:
“toda vez que o depoente parava para almoçar avisava isso para o
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supervisor;” ( grifo nosso)
Desse modo, impõe-se a reforma da r. decisão no sentido de rever a condenação imposta às Re-
clamadas.
5. CONCLUSÃO
Ante as razões expostas, requer seja dado provimento total ao presente Recurso Ordi-
nário, para que seja reformada a r. sentença nos termos evidenciados, por ser de intei-
ra JUSTIÇA!
Nestes termos,
Pede deferimento.
BRUNO LOPES
OAB/BA nº 22.598
NÚBIA LOPES
OAB/BA nº 60.791
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