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Segundo o professor, conceitos:

Gratificação típica – mostrar-se reconhecido. O empregador por liberalidade dá um dinheiro


ao empregado. “não combinei nada com ele e ele me deu um dinheiro”.

Gratificação legal – art. 224 §2º da CLT; 13º salário; cargo de confiança 62, II, §único.

Gratificação ajustada

Vai ser prêmio se for salário condição. Conceito original de prêmio

Justificativa das juris para não aplicar o art. 457 da CLT

Salienta-se, ademais, que o disposto no artigo 457, § 2º, da CLT, não se aplica ao caso em
tela, porquanto a lei do desporto é especial (a especialidade se sobrepõe à atualidade no
conflito de normas).
(TRT-12 - RO: 00005639520195120057 SC, Relator: ROBERTO BASILONE LEITE, Data de
Julgamento: 14/07/2020, Gab. Des. Roberto Basilone Leite)

[.] 3. ATLETA PROFISSIONAL DE FUTEBOL. "LUVAS" E "BICHOS". NATUREZA JURÍDICA SALARIAL.


LEIS N. 9.615/98 E 12.395/2011 . 3. [.] 3. ATLETA PROFISSIONAL DE FUTEBOL. "LUVAS" E
"BICHOS". NATUREZA JURÍDICA SALARIAL. LEIS N. 9.615/98 E 12.395/2011 . 3. [.] 3. ATLETA
PROFISSIONAL DE FUTEBOL. "LUVAS" E "BICHOS". NATUREZA JURÍDICA SALARIAL. LEIS N.
9.615/98 E 12.395/2011 . 3. [...] 3. ATLETA PROFISSIONAL DE FUTEBOL. "LUVAS" E "BICHOS".
NATUREZA JURÍDICA SALARIAL. LEIS N. 9.615/98 E 12.395/2011 . A mesma conclusão se aplica
à parcela "bichos", que se trata de parcela econômica variável e condicional, usualmente paga
ao atleta pela entidade empregadora em vista dos resultados positivos alcançados pela equipe
desportiva (títulos alcançados, vitórias e, até mesmo, empates obtidos, se for o caso). A verba
possui nítida natureza contraprestativa, sendo entregue como incentivo ao atleta ou em
reconhecimento por sua boa prestação de serviços (ou boa prestação pelo conjunto da equipe
desportiva). Observa-se, assim, que possui nítida característica de prêmio trabalhista e, por
isso, é indubitável salário, em sentido amplo (art. 31, § 1º, da Lei Pelé; art. 457, caput e § 1º, da
CLT). Recurso de revista conhecido e provido no particular. [...] ( ARR-10149-
08.2014.5.01.0068, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 04/10/2019).

BICHOS SEM NATUREZA SALARIAL – Pois não era


habitual
esse modo, eis que o reclamante não fez prova do fato constitutivo do seu direito, indefiro o
pedido de direito de arena (inteligência do art. 818 da CLT c/c art. 373, I, do CPC).

Noutro pórtico, acerca dos "ratatás" e "bichos", faço ver ao reclamante que os referidos
títulos, que se configuram em verdadeiros prêmios, somente possuem natureza salarial
quando forem estipulados expressamente entre as partes no contrato de trabalho.
Colho aresto jurisprudencial nesse sentido, senão vejamos:

ATLETA  PROFISSIONAL DE FUTEBOL -  Natureza  jurídica e repercussão dos prêmios ("bichos")


pagos no mês de julho de 1999. Os "bichos" possuem natureza salarial somente quando
forem estipulados expressamente entre as partes nesse contrato de trabalho especial, na
inteligência do inciso VIdo § 3º do art. 32 do D. 2.574/98, Regulamento da L. 9.615/98 (Lei
Pelé).  Desse modo, não há que se falar em ajuste tácito ou presumido.    (TRT 04ª R. - RO
00551.022/01-9 - 8ª T. - Relª Juíza Beatriz Brun Goldschmidt - DOERS 07.10.2002)  (grifei)

No presente caso, não constou do contrato firmado entre as partes qualquer previsão para
pagamento dos títulos de "bichos" e "ratatás", de modo que resta indene de dúvidas a
ausência da natureza salarial das referidas parcelas.

De se destacar, demais disso, que ficou provado nos autos, conforme se depreende do
documento de ID. 4882b58 - Pág. 1, que o reclamante atuou pelo Clube Santa Cruz/RN de
21/02/2015 a 30/05/2015, bem como, de 08/08/2015 a 31/10/2016, atuou pelo Esporte Clube
Campina/PB, o que fragiliza a versão prefacial, na medida em que impõe a conclusão de que,
durante os referidos períodos, não houve a conquista de qualquer meta estabelecida pelo ABC
Futebol Clube a justificar o pagamento dos prêmios sob análise.

Assim, ainda que existisse a figura dos "bichos" e "ratatás" pagos sem pactuação expressa, a
configuração da não habitualidade, conforme aponta o conjunto probatório- afastamento para
outros clubes-, inviabiliza o reconhecimento das parcelas como de natureza salarial,
transformando-as em prêmios de caráter não salarial.

No mesmo sentido, colho jurisprudência do TST, in verbis:

"BICHOS" -  NATUREZA  JURÍDICA. A Corte de origem consignou a ausência de habitualidade no


pagamento da parcela, fundamento suficiente para a manutenção do acórdão que afastou
sua  natureza  salarial. Incidência da Súmula nº 126 do TST. Recurso de Revista não conhecido.
TST-Processo:  RR - 348-64.2014.5.12.0035  Data de Julgamento: 24/02/2016, Relatora
Ministra: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/02/2016.

Forte nos argumentos expostos, indefiro o pedido de repercussão dos títulos de "bichos" e
"ratatás" sobre os títulos trabalhistas.

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"BICHOS" - NATUREZA JURÍDICA. A Corte de origem consignou a ausência de habitualidade no


pagamento da parcela, fundamento suficiente para a manutenção do acórdão que afastou sua
natureza salarial. Incidência da Súmula nº 126 do TST. Recurso de Revista não conhecido. TST-
Processo: RR - 348-64.2014.5.12.0035 Data de Julgamento: 24/02/2016, Relatora Ministra:
Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/02/2016.

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