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MANEJO CIRÚRGICO Peptídeo YY (PYY)

DA OBESIDADE Produzido em íleo distal, e no cólon.


Secretado rapidamente após ingerir proteína
Epidemiologia e gordura, mesmo antes do contato direto
do alimento.
Problema de saúde pública global, com
excesso de peso acometendo até 2/3 da Pacientes Com DGYR: Pico pós-prandial
população mundial. de PYY é 3x maior.
Excesso de peso (IMC >25) é Fator Anti-Incretina
associado a risco de DM2, doenças CV,
cânceres (endométrio, ovário, mama,
(Rubino)
intestino grosso, próstata). Produzido no início do intestino delgado.
Gera resistência insulínica, gerando um
Obesidade grau 2 (IMC >35)
atraso na produção insulínica.
aumenta chance de DM2 em 93x em
mulheres, e 42x em homens (tecido
adiposo aumenta RI). Classificaçã o da Obesidade
Peso dividido pela altura ao quadrado.
Fatores de Risco para Obesidade
 Normal: 18,5 – 24
 Histórico familiar de excesso de peso.  Sobrepeso: 25 – 29
 Alimentação.  Obesidade Grau 1: 30-34
 Atividade física.  Obesidade Grau 2: 35-39
 Educação e Renda.  Obesidade Grau 3: 40-49. Mórbida.
 Gestação.
 Genética. Tratamento da Obesidade
 Obesidade na infância.
Abordagem deve ser multiprofissional e
contínua, pela doença ser multifatorial.
Etiopatogenia
OBS: Pacientes com expectativa de
Grelina tratamento focado apenas em aspecto
Hormônio orexígeno (vontade de comer) estético são mais propensos a decepção e
produzido no fundo gástrico, duodeno e abandono do tratamento.
jejuno proximal. É estimulada quando
estômago vazio, e inibida com alimentação.
Abordagem
Multiprofissional
Em Obesos: Feedback inibido, com
estímulo constante e regulação ausente. Cardiologista: Risco cardiológico, ECG,
ecodoppler.
Controlada Em: Obesos emagrecidos com
Derivação Gástrica em Y de Roux (DGYR) Pneumologista: Prova de função pulmonar
e gastrectomia longitudinal. (espirometria), avaliar restrição pulmonar.

“Glucagon Like Peptide” Endocrinologista: Excluir endocrinopatia,


confirmar tratamento clínico.
(GLP-1)
Nutricionista/Nutrólogo: Orientação de
Produzido em porções distais do trato modificação de dieta pré e pós-operatória.
digestivo em resposta a estímulo alimentar. Orienta perder 10% do peso inicial antes da
Induz saciedade, com efeito pró-insulínico. cirurgia. Confirmar tratamento clínico
Elevado Em: Derivações DGYR e DBP. prévio.
OBS: Perda de 10% do peso auxilia Também deve apresentar uma das
em casos de esteatose. condições:
Psicólogo/Psiquiatra: Preparo psicológico  IMC >40.
para modificações do estilo de vida. Excluir  IMC >35 + comorbidades.
psicopatias ou compulsões que podem  IMC 30-35 + tratamento de DM2
contraindicar o procedimento. (cirurgia metabólica).
Anestesista: Risco anestesiológico.
Tratamento Cirú rgico
Exames Prévios Quatro procedimentos cirúrgicos para
Hemograma, proteínas, albumina, cirurgia bariátrica:
hormônios metabólicos. Bypass Gastrointestinal em
Endoscopia Digestiva Alta: Para refluxo. Y de Roux (BGYR)
É necessária fazer técnica de desvio DGYR.
Técnica restritiva + disabsortiva. Mais
Ultrassom e raio-x de tórax para verificar utilizada no Brasil, com maior perda de
doença pulmonar. peso.

Tratamento Clínico  Disabsortiva: Desvio do trânsito do


estômago, duodeno e jejuno.
Principais objetivos são: perda de peso,  Restritiva: Reduz volume do estômago.
prevenir ou controlar consequências do
excesso de peso, e melhora na qualidade de
vida.

Não Farmacológico
Tripé não-farmacológico.

 Dieta hipocalórica.
 Atividade física.
 Mudanças comportamentais.

Farmacológico
Apenas 4 medicamentos autorizados pela Gastrectomia Vertical (GV;
ANVISA.
ou Sleeve)
 Sibutramina.
Técnica restritiva. Mais utilizada no mundo,
 Orlistate. maior chance de recidiva.
 Liraglutida (GLP-1).
 Semaglutida (GLP-1).

Cirurgia Bariá trica


Indicações:

 Diagnóstico de obesidade há >5 anos.


 Tratamento clínico >2 anos
(comprovado).
 Ausência de endocrinopatias.
 Sem impedimentos psicológicos.
Banda Gástrica (BG) Recomendaçõ es Pó s-
Operató rias
Reposicao vitamínica oral. Retomar
atividade física.
1º Ano: Reavaliação a cada 3 meses.
Entre 1º e 2º Anos: A cada 6 meses.
2º Ano: Anuais ou conforme necessidade.

Complicaçõ es Pó s-Operató rias


Precoces
 Infecção de ferida (geralmente nas
Derivações abertas)
Biliopancreáticas (DBP)  Deiscência de sutura (< 4 dias) e
fístulas gastrojejunais.
 Hemorragia de linhas de sutura e
grampeamento.
 Estenose e vômitos precoces
 TEP.

Tardias (>30 dias)


 Distúrbios de desnutrição.
 Hipovitaminoses
 Síndrome de dumping (hipotensão,
sudorese, taquicardia após ingestão
de carboidratos).
 Colecistite calculosa (desidratação).
Complicações do DGYR: Pode haver
hipovitaminoses envolvendo:
- Duodeno: Ferro, cálcio, tiamina,
magnésio, ácido fólico.
Recomendaçõ es Pré Operató rias
- Jejuno: PYY, GLP-1, e zinco.
Perder 10% do peso antes da cirurgia,
segmento multiprofissional, correção de - Íleo: Vitamina A, D, E, e K,
distúrbios metabólicos (hipovitaminoses). vitamina B12
Profilaxia de tromboembolismo no - Hérnia de Petersen: Hérnia
pós-operatório imediato: interna na subida da alça intestinal delgada,
que causa dor abdominal, obstrução bílio-
 Meias compressivas
pancreática. Difícil diagnóstico. Clipes
 Enoxaparina (subcutânea na
metálicos a 10cm no Ângulo de Treitz a
véspera da cirurgia) 1 dia antes,
esquerda da coluna vertebral.
4hrs pós o término, e por 9 dias em
casa.
Cirurgia Metabó lica
Derivação gástrica tem melhor controle da
DM2 que os melhores tratamento clínico. A
melhora do controle glicêmico ocorre antes
de perda significante de peso.
Mecanismo de Controle: Perda de peso e
controle da ingestão alimentar, má absorção
intestinal, modulação de hormônios
gastrointestinais.

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