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Profª Taysa Moreira

CRM: 169.397
RQE: 86.436

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med.estrategiaeducacional.com.br
Equipe da Reumatologia

Reumatologia - Profª Taysa Moreira


Lúpus eritematoso sistêmico
q DEFINIÇÃO
- Doença autoimune de caráter inflamatório crônico
associada a acometimento multissistêmico.

q EPIDEMIOLOGIA
- Predomínio no sexo feminino (9 a 15 casos para
cada homem afetado);
- Maior incidência entre mulheres em idade
reprodutiva;
- Maior incidência na população negra.

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Lúpus eritematoso sistêmico
q MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Sintomas constitucionais: fadiga, mal-estar, anorexia, perda


de peso, febre, adenomegalias;

• Muco-cutâneas: úlceras orais indolores, lúpus cutâneo agudo


(p.ex., fotossensibilidade, rash malar), subagudo (anular,
papuloescamoso) e crônico (p.ex., discoide);

• Articulares: artralgia/artrite de mãos, punhos e joelhos,


artropatia de Jaccoud;

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Lúpus eritematoso sistêmico
qMANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Hematológicas: citopenias (anemia, leucopenia,


plaquetopenia);

• Serosites: pleurite/derrame pleural, pericardite/derrame


pericárdico;

• Renais: glomerulonefrite (síndrome nefrítica / síndrome


nefrótica).

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Lúpus eritematoso sistêmico
TIPO DE GLOMERULONEFRITE PRINCIPAIS ACHADOS CLÍNICOS
E LABORATORIAIS
Classe IV (difusa) - Disfunção renal
- Hipertensão
- Edema/anasarca
- Proteinúria / hematúria / leucocitúria /
cilindrúria
- Consumo do complemento
- Positividade do anti-DNA
Classe V (membranosa) - Edema/anasarca
- Hipoalbuminemia
- Hiperlipidemia
- Proteinúria nefrótica
- Em geral, função renal e pressão arterial
normais ou levemente alteradas
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Lúpus eritematoso sistêmico
q MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Cardiopulmonares: miocardite, endocardite de Libman-Sacks,


hemorragia alveolar;

• Neuropsiquiátricas: psicose, convulsões, estado confusional


agudo, eventos cerebrovasculares, coreia, mielopatia,
polirradiculoneuropatia;

• Outras: vasculite, pancreatite, hepatite, ceratoconjuntivite


seca, neurite óptica.

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Lúpus eritematoso sistêmico
q LABORATÓRIO

ü Citopenias
ü Coombs direto positivo
ü Elevação do VHS
ü Consumo do complemento (C3 e C4)
ü Alterações no sedimento urinário
ü Elevação de creatinina e ureia
ü Anticorpos antifosfolípides: anticoagulante lúpico,
anticardiolipina, anti-beta2-glicoproteína I

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Lúpus eritematoso sistêmico
PADRÃO DE FAN ANTICORPOS
Nuclear homogêneo Anti-DNA dupla hélice
Anti-histona (lúpus induzido por
drogas)
Nuclear pontilhado grosso Anti-Sm
Anti-RNP
Nuclear pontilhado fino Anti-Ro
Anti-La
Citoplasmático pontilhado Anti-P ribossomal
fino denso

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Lúpus eritematoso sistêmico
q CRITÉRIOS CLASSIFICATÓRIOS

Critérios ACR 1997

Critérios SLICC 2012

Critérios ACR/EULAR 2019

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Lúpus eritematoso sistêmico
q CRITÉRIOS CLASSIFICATÓRIOS
ü FAN positivo como critério de entrada
ü Febre como domínio constitucional
ü Apenas leucopenia (sem linfopenia)
ü Anemia hemolítica (saiu Coombs direto positivo
isolado)
ü Apenas anticorpos antifosfolípides (saiu VDRL falso-
positivo)
ü Neuropsiquiátrico: psicose, convulsão, delirium
ü Renal: proteinúria, achados de biópsia compatíveis

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Lúpus eritematoso sistêmico
qTRATAMENTO

- Não é receita de bolo!


- De acordo com as manifestações clínicas;
- Independente da manifestação, droga que deve constar no
tratamento (exceto se contraindicação):

HIDROXICLOROQUINA

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Lúpus eritematoso sistêmico
qTRATAMENTO

Muco-cutâneo e articular

ü Antimaláricos
ü AINEs
ü Glicocorticoides em doses baixas (p.ex.,
Prednisona, Prednisolona)
ü Imunossupressores (p.ex., Metotrexato)

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Lúpus eritematoso sistêmico
qTRATAMENTO

Hematológicas (anemia hemolítica, plaquetopenia


significativa) e serosites

ü Glicocorticoides em doses mais elevadas (0,5 a 1


mg/kg/dia)
ü Imunossupressores (p.ex.,. Metotrexato,
Azatioprina)

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Lúpus eritematoso sistêmico
qTRATAMENTO

Quadros graves e ameaçadores à vida (p.ex.,. nefrite, SNC,


hemorragia alveolar)

ü Pulsoterapia com Metilprednisolona 500 a 1g/dia


por 3 dias
ü Ciclofosfamida (ou também Micofenolato de
Mofetila para nefrite)

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Lúpus eritematoso sistêmico

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Lúpus eritematoso sistêmico

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Lúpus eritematoso sistêmico

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Lúpus eritematoso sistêmico

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Lúpus eritematoso sistêmico

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Lúpus eritematoso sistêmico

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Artrite reumatoide
q DEFINIÇÃO
- Doença autoimune de caráter inflamatório crônico
associada ao acometimento, primariamente, da sinóvia,
mas também de diversos órgãos e sistemas
(manifestações extra-articulares)

q EPIDEMIOLOGIA
- Prevalência: 1% da população;
- 2-3 mulheres: 1 homem;
- Predomínio entre 30 a 60 anos (maior incidência em
mulheres de meia-idade).

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Artrite reumatoide
qMANIFESTAÇÕES ARTICULARES

- Quadro insidioso.
- Padrão clássico de acometimento articular:

Poliartrite crônica e simétrica de pequenas e grandes


articulações com rigidez matinal de 1 hora ou mais de duração.

- Principais articulações acometidas:


metacarpofalangeanas, interfalangeanas proximais e
punhos.

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Artrite reumatoide

- Sinovite de 2 e 3ª - “Mão em Z” ou mão em


metacarpofalangeanas à esquerda ventania”
- Desvio ulnar dos dedos à
esquerda
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Artrite reumatoide

Dedo em pescoço de cisne (hiperextensão da Dedo em botoeira ou boutonnière (flexão da


IFP e flexão da IFD) IFP e hiperextensão da IFD)

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Artrite reumatoide

ACHADOS QUE FALAM CONTRA O


DIAGNÓSTICO DE ARTRITE REUMATOIDE

ü Monoartrite
ü Acometimento de interfalangeana distal
ü Acometimento de coluna torácica, lombar e
sacroilíaca
ü Início abrupto de artrite
ü Artrite migratória

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Artrite reumatoide
NÓDULOS
REUMATOIDES

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Artrite reumatoide
NÓDULOS
REUMATOIDES

- XEROFTALMIA
- EPISCLERITE
- ESCLERITE

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Artrite reumatoide
NÓDULOS
REUMATOIDES

- XEROFTALMIA
- EPISCLERITE
- ESCLERITE

- PLEURITE/DERRAME
PLEURAL
- DOENÇA INTERSTICIAL
PULMONAR

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Artrite reumatoide
NÓDULOS
REUMATOIDES

- XEROFTALMIA
- EPISCLERITE
- ESCLERITE

- PLEURITE/DERRAME
PLEURAL
- DOENÇA INTERSTICIAL
PULMONAR

- PERICARDITE
- AUMENTO DE RISCO
CARDIOVASCULAR

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Artrite reumatoide
NÓDULOS MIELOPATIA CERVICAL
REUMATOIDES (POR SUBLUXAÇÃO
ATLANTO-AXIIAL)

- XEROFTALMIA
- EPISCLERITE
- ESCLERITE

- PLEURITE/DERRAME
PLEURAL
- DOENÇA INTERSTICIAL
PULMONAR

- PERICARDITE
- AUMENTO DE RISCO
CARDIOVASCULAR

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Artrite reumatoide
NÓDULOS MIELOPATIA CERVICAL
REUMATOIDES (POR SUBLUXAÇÃO
ATLANTO-AXIIAL)

- XEROFTALMIA
- EPISCLERITE SÍNDROME DE FELTY
- ESCLERITE

- PLEURITE/DERRAME
PLEURAL
- DOENÇA INTERSTICIAL
PULMONAR

- PERICARDITE
- AUMENTO DE RISCO
CARDIOVASCULAR

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Artrite reumatoide
NÓDULOS MIELOPATIA CERVICAL
REUMATOIDES (POR SUBLUXAÇÃO
ATLANTO-AXIIAL)

- XEROFTALMIA
- EPISCLERITE SÍNDROME DE FELTY
- ESCLERITE

- PLEURITE/DERRAME
PLEURAL
- DOENÇA INTERSTICIAL VASCULITE
PULMONAR

- PERICARDITE
- AUMENTO DE RISCO
CARDIOVASCULAR

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Artrite reumatoide
NÓDULOS MIELOPATIA CERVICAL
REUMATOIDES (POR SUBLUXAÇÃO
ATLANTO-AXIIAL)

- XEROFTALMIA
- EPISCLERITE SÍNDROME DE FELTY
- ESCLERITE

- PLEURITE/DERRAME
PLEURAL
- DOENÇA INTERSTICIAL VASCULITE
PULMONAR

- PERICARDITE AMILOIDOSE AA
- AUMENTO DE RISCO
CARDIOVASCULAR (SECUNDÁRIA)

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Artrite reumatoide

q LABORATÓRIO

ü Anemia normocítica e normocrômica


ü Elevação de provas de atividade inflamatória (PCR e VHS)
ü FAN positivo em 30 a 50% dos casos
ü Líquido sinovial: inflamatório

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Artrite reumatoide

FATOR REUMATOIDE ANTI-CCP

• Presente em 70 a 80% dos • Anticorpo antipeptídeo


pacientes; citrulinado cíclico;
• Manifestações extra- • Manifestações extra-
articulares e pior prognóstico. articulares e pior prognóstico.

Mais
Mais famoso
específico

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Artrite reumatoide

Fator reumatoide e anti-CCP possuem


sensibilidade semelhante, mas o anti-
CCP é mais específico.

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Artrite reumatoide

• Flecha fina: osteopenia


periarticular

• Flecha grossa: erosão marginal

• Círculo: redução simétrica do


espaço articular

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Artrite reumatoide
q DIAGNÓSTICO
- Critérios classificatórios segundo o ACR (1987)
Rigidez matinal de, pelo menos, 1 hora até a
melhora máxima
Artrite de três ou mais áreas articulares
(interfalangeanas proximais, metacarpofalangeanas,
PRESENTES
punhos, POR, PELOjoelhos,
cotovelos, MENOS, 6tornozelo
SEMANAS e
metatarsofalangeanas) simultaneamente afetadas e
observadas por um médico
Artrite das articulações das mãos (punhos,
metacarpofalangeanas e interfalangeanas)
Artrite simétrica (envolvimento simultâneo de áreas
de ambos os lados do corpo)
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Artrite reumatoide
q DIAGNÓSTICO
- Critérios classificatórios segundo o ACR (1987)
Nódulos reumatoides (nódulos subcutâneos sobre
áreas de proeminência óssea, superfícies extensoras
ou em regiões justa-articulares)
Fator reumatoide sérico positivo

Alterações radiográficas (radiografias em incidência


póstero-anterior de mãos e punhos demonstrando
rarefação óssea justa-articular ou erosões)

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Artrite reumatoide
q DIAGNÓSTICO
- Critérios classificatórios segundo o ACR (1987)

ü Descrição do acometimento articular típico.


ü Anti-CCP não estava disponível na época.
ü Erosões e nódulos reumatoides são, em geral,
achados tardios .
ü Menor sensibilidade para identificar casos
precoces.

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Artrite reumatoide
q DIAGNÓSTICO
- Critérios classificatórios segundo o ACR/EULAR (2010)
Acometimento articular (0-5) Pontuação
1 grande articulação 0
2-10 grandes articulações 1
1-3 pequenas articulações (não conta 2
grandes) 3
4-10 pequenas articulações (não conta 5
grandes)
>10 articulações (pelo menos 1 pequena)

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Artrite reumatoide
q DIAGNÓSTICO
- Critérios classificatórios segundo o ACR/EULAR (2010)

Sorologia (0-3)
FR negativo e anti-CCP negativo 0
FR positivo ou anti-CCP positivo em baixos
títulos (<3 vezes o limite superior da 2
normalidade)
FR positivo ou anti-CCP positivo em altos títulos 3
(>3 vezes o limite superior da normalidade)

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Artrite reumatoide
q DIAGNÓSTICO
- Critérios classificatórios segundo o ACR/EULAR (2010)

Duração dos sintomas (0-1)

< 6 semanas 0

≥ 6 semanas 1

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Artrite reumatoide
q DIAGNÓSTICO
- Critérios classificatórios segundo o ACR/EULAR (2010)

Provas de atividade inflamatória (0-1)

PCR e VHS normais 0

PCR e VHS anormais 1

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Artrite reumatoide
qTRATAMENTO

- Início precoce (“janela de oportunidade”)


- Métrica para avaliar atividade de doença: DAS28
- Dois grandes grupos de medicações:

SINTOMÁTICOS DMARDs

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Artrite reumatoide
q DROGAS SINTOMÁTICAS
- Melhoram de forma rápida as queixas articulares
decorrentes de inflamação;
- Não alteram progressão radiográfica;
- Indicadas durante atividade da doença;
- Desmame assim que possível;

EXEMPLOS: ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO


ESTEROIDAIS (AINEs), GLICOCORTICOIDES

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Artrite reumatoide

q DROGAS ANTIRREUMÁTICAS MODIFICADORAS DO


CURSO DA DOENÇA (DMARDs)
- Devem ser iniciadas assim que feito o diagnóstico;
- Início de ação mais lento comparados aos sintomáticos;
- Melhoram sintomas e evitam/reduzem progressão
radiográfica.

SINTÉTICOS BIOLÓGICOS

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Artrite reumatoide

SULFASSALAZIN HIDROXICLOROQUIN
METOTREXATO LEFLUNOMIDA
A A/CLOROQUINA

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Artrite reumatoide

ANTI-TNF TOCILIZUMABE ABATACEPT RITUXIMABE

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Artrite reumatoide
• Metotrexato (ou outro DMARD sintético se
contraindicação ou evento adverso);
• Combinação de DMARDs sintéticos (envolvendo,
1ª linha preferencialmente Metotrexato)
EM TODAS AS
FASES:

• Iniciar DMARD biológico preferencialmente associado § Prednisona


a um DMARD sintético;
(ou
• DMARDs biológicos (anti-TNFs, Abatacept,
2ª linha Tocilizumabe) ou Tofacitinibe
equivalente)
§ AINEs
§ Corticoide
• Trocar DMARD biológico para uma segunda opção intra-articular
dentre os descritos acima ou Rituximabe;
3ª linha • Manter, preferencialmente, o DMARD sintético.

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Espondiloartrites
qDEFINIÇÃO

Grupo específico de doenças reumáticas de caráter


inflamatório que envolvem o esqueleto axial e/ou periférico
e que, em comum, possuem mecanismos genéticos e
fisiopatológicos, além de manifestações-satélite típicas
(entesite e dactilite).

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Espondiloartrites
qCLASSIFICAÇÃO

ESPONDILOARTRITES
PREDOMINANTEMENTE
AXIAIS

ESPONDILITE
ANQUILOSANTE

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Espondiloartrites
qCLASSIFICAÇÃO

ESPONDILOARTRITES
PREDOMINANTEMENTE
PERIFÉRICAS

ARTRITE
PSORIÁSICA

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Espondiloartrites
qCLASSIFICAÇÃO

ESPONDILOARTRITES
PREDOMINANTEMENTE
PERIFÉRICAS

ARTRITE REATIVA
(SÍNDROME DE
REITER)

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Espondiloartrites
qCLASSIFICAÇÃO

ESPONDILOARTRITES
PREDOMINANTEMENTE
PERIFÉRICAS

ARTRITE ASSOCIADA À
DOENÇA INFLAMATÓRIA
INTESTINAL (ARTRITE
ENTEROPÁTICA)

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Espondiloartrites

qESPONDILITE ANQUILOSANTE

- Predomínio no sexo masculino;


- Idade < 40 a 45 anos;
- Caucasianos;
- Prevalência ~ 0,5% da população.

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Espondiloartrites
qESPONDILITE ANQUILOSANTE

LOMBALGIA INFLAMATÓRIA

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Espondiloartrites
qESPONDILITE ANQUILOSANTE

Critérios para dor lombar inflamatória segundo o ASAS


(2009)
PARA APLICAÇÃO EM PACIENTES COM LOMBALGIA
CRÔNICA (HÁ MAIS DE 3 MESES)
Idade de início < 40 anos
Início insidioso
Melhora com exercício
Sem melhora com repouso
Dor à noite (com melhora ao se levantar)

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Espondiloartrites
qESPONDILITE ANQUILOSANTE

PADRÃO DE ACOMETIMENTO PERIFÉRICO NAS


ESPONDILOARTRITES

- Oligoarticular (2 a 4 articulações acometidas)


- Assimétrico
- Predominantemente de membros inferiores

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Espondiloartrites
qESPONDILITE ANQUILOSANTE

- Entesite

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Espondiloartrites
qESPONDILITE ANQUILOSANTE

- Manifestações extra-articulares

UVEÍTE ANTERIOR AGUDA

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Espondiloartrites
qESPONDILITE ANQUILOSANTE

- Teste de Schober modificado

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Espondiloartrites
qESPONDILITE ANQUILOSANTE

- HLA-B27;
- Elevação de provas de atividade inflamatória
(PCR e VHS);
- Líquido sinovial inflamatório;
- FAN e fator reumatoide negativos
(espondiloartropatias soronegativas);

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Espondiloartrites
qESPONDILITE ANQUILOSANTE

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Sacroiliíte grau III Sacroiliíte grau IV

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Espondiloartrites

q ESPONDILITE ANQUILOSANTE
- Atividade física;
- Cessar tabagismo;
- Droga de escolha:

ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO
ESTEROIDAIS (AINEs)

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Espondiloartrites
q ESPONDILITE ANQUILOSANTE

• AINE;

• INIBIDOR DO TNF-ALFA (ANTI-TNF).

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Espondiloartrites

qARTRITE PSORIÁSICA

- Homens e mulheres;
- Maioria dos casos entre 20 a 50 anos;
- Psoríase em 1 a 3% da população;
- Acometimento articular em 30% dos
casos.

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Espondiloartrites
qARTRITE PSORIÁSICA

Surgimento
da psoríase

Concomitante
Antes do quadro Após o quadro
ao quadro
articular (70%) articular (15%)
articular (15%)

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Espondiloartrites

qARTRITE PSORIÁSICA

- Em geral, inicialmente mais como oligoartrite assimétrica.


- Com a evolução da doença à quadro semelhante ao
encontrado na artrite reumatoide;
- Dactilite.

ACOMETIMENTO DE
INTERFALANGEANAS DISTAIS

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Espondiloartrites
q ARTRITE PSORIÁSICA

• Anti-inflamatórios não esteroidais


1ª linha (AINEs);

• Metotrexato e outros imunossupressores


2ª linha sintéticos;

• Antagonistas do TNF (anti-TNF).


3ª linha

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Espondiloartrites
qARTRITE REATIVA (SÍNDROME DE REITER)

Condição inflamatória sistêmica desencadeada por quadros


infecciosos extra-articulares, em geral de origem nos tratos
geniturinário e gastrointestinal, na qual não é possível isolar o
patógeno no líquido sinovial (estéril).

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Espondiloartrites
qARTRITE REATIVA (SÍNDROME DE REITER)

ARTRITE
REATIVA

SÍNDROME
DE REITER

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Espondiloartrites

qARTRITE REATIVA (SÍNDROME DE REITER)

- Em geral, mais homens que mulheres (especialmente se


infecção de TGU);
- Adultos jovens (20 aos 40 anos)
- Caucasianos

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Espondiloartrites
qARTRITE REATIVA (SÍNDROME DE REITER)

Principal agente de TGU e responsável pela maioria dos casos


de artrite reativa:

Chlamydia trachomatis

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Espondiloartrites
qARTRITE REATIVA (SÍNDROME DE REITER)

Principais agentes do trato gastrintestinal:

- Shigella
- Salmonella
- Yersinia
- Campylobacter

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Espondiloartrites

qARTRITE REATIVA (SÍNDROME DE REITER)

- Mono ou oligoartrite assimétrica de membros


inferiores;
- Entesite (principalmente do tendão de Aquiles);
- Dactilite;
- Manifestações extra-articulares:

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Espondiloartrites
q ARTRITE REATIVA (SÍNDROME DE REITER)

• Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs);


1ª linha

• Glicocorticoides (sistêmicos ou infiltração);


• Imunossupressores sintéticos (p.ex.,
2ª linha Sulfassalazina e Metotrexato);

• Antagonistas do TNF (anti-TNF).


3ª linha

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Gota
Reúne os seguintes achados:

Artrite
Presença de tofos
Nefropatia

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Conceitos básicos
Artropatia inflamatória mais comum no ser
humano

Artropatia destrutiva provocada pela deposição de


monourato de sódio (MUS) no líquido sinovial

Decorrente da hiperuricemia

Hiperuricemia é definida por AU>7mg/dL

Hiperuricemia é necessária, mas não


suficiente para causar Gota.
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Conceitos básicos
Hiperuricemia
assintomática

Crise aguda

Crises
recorrentes

Gota crônica
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Quem tem Gota?

o Homem (8H:1M) a partir dos 30 anos e,


principalmente, na meia-idade.
o Mulheres após menopausa
o Obeso, hipertenso, dislipidêmico
o Consumo excessivo de alimentos ricos
em purinas

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Crise aguda de gota

- Diuréticos (de - Losartana


alça e tiazídicos) - Fenofibrato
- Pirazinamida / - Salicilatos altas
Etambutol doses
- Salicilatos baixas
doses

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Diagnóstico diferencial

GOTA DOENÇA POR DEPOSIÇÃO


DE PIROFOSFATO DE
CÁLCIO (PSEUDOGOTA)
• Cristais de urato • Cristais de pirofosfato de
monossódico cálcio
• Formato de agulha • Formato romboide
• Birrefringência negativa • Birrefringência positiva

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Tratamento da crise aguda

Anti-inflamatório não esteroidal

Colchicina

Glicocorticoide
Monoartrite aguda

Adultos com menos de Adultos com mais de 30


30 anos anos

•Artrites infecciosas (gonocócica


• Artrites infecciosas x não-gonocócica)
(gonocócica x não gonocócica) •Artrites microcristalinas
• Trauma (gota x doença por deposição de
pirofosfato de cálcio ou
pseudogota)
•Trauma

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Monoartrite aguda

PUNÇÃO
MONOARTRITE ARTICULAR COM
AGUDA ANÁLISE DO
LÍQUIDO SINOVIAL

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Tipo de Contagem Porcentagem (%) de
Aparência
líquido celular/mm³ polimorfonucleares Exemplos
Normal Claro, viscoso 0 a 200 < 10
Não- Claro a 200 a 2.000 < 20
inflamatório discretamente Trauma
turvo com
Osteoartrite
redução da
viscosidade
Inflamatório Discretamente 2.000 a 50.000 20 – 75 AR
turvo com Espondiloartrites
redução da
Artrites microcristalinas
viscosidade
Infeccioso Turvo, com 50.000 a >75
(séptico, redução da 100.000 Artrite séptica
pioartrite) viscosidade e
Artrite gonocócica *
purulento em
alguns casos
* também está associada a líquido sinovial com características inflamatórias

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ARTRITE SÉPTICA ARTRITE GONOCÓCICA
Agente etiológico Principal: Staphylococcus aureus Neisseria gonorrhoeae
Tipo de Contagem Porcentagem (%) de
(gonococo)
Aparência
líquido
Epidemiologia - celular/mm³ polimorfonucleares
Todas as faixas etárias Exemplos
- Adultos jovens
Normal Claro, viscoso - Principais
0 a 200 fatores de< 10 risco: - Mulheres em período
imunossupressão, diabetes, perimenstrual, gravidez ou
Não- Claro a 200 a 2.000 < 20
etilismo, doenças articulares puerpério
inflamatório discretamente Trauma
prévias
turvo com
Osteoartrite
redução da
Fisiopatologia - Principal via: hematogênica - Via hematogênica a partir de
viscosidade
- Outras: contiguidade (p.ex., uma infecção disseminada pelo
Inflamatório Discretamente 2.000 a 50.000 20 – 75 AR
osteomielite), iatrogenia (p.ex., gonococo
turvo com Espondiloartrites
artrocentese), inoculação direta
redução da
(p.ex., trauma) Artrites microcristalinas
viscosidade
Infeccioso Turvo, com 50.000 a >75
(séptico, redução da 100.000 Artrite séptica
Clínica - Monoartrite aguda - Em geral: mono ou oligoartrite
pioartrite) viscosidade e
- Em geral: febre, queda do aguda precedida
Artrite por *artralgia
gonocócica
purulento em
estado migratória
alguns casos
- Principal articulação: joelho - Tenossinovite
* também está associada a líquido sinovial com características inflamatórias
- Eventualmente: febre, queda do
estado geral
Reumatologia – Profª Taysa Moreira
ARTRITE SÉPTICA ARTRITE GONOCÓCICA
Manifestações extra-articulares - Lesões cutâneas: pústulas com
centro necrótico, bolhas, máculas,
pápulas
Exames - Em geral: elevação de provas de - Em geral: elevação de provas de
atividade inflamatória, leucocitose atividade inflamatória, leucocitose
com desvio à esquerda com desvio à esquerda

Líquido sinovial - Infeccioso - Pode ser inflamatório ou


- Gram positivo infeccioso (principal)
- Alta taxa de positividade na - Diplococos gram negativos
cultura - Baixa taxa de positividade na
cultura
Tratamento - Antibioticoterapia endovenosa - Antibioticoterapia endovenosa
- Droga empírica de escolha: - Droga de escolha: Ceftriaxone
Oxacilina ou Cefazolina

Reumatologia – Profª Taysa Moreira


Profª Taysa Moreira
@proftaysamoreira

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