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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

Fundamentos da Educação II
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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO II

Pedagogia Jesuítica

• A educação dos jesuítas centrava-se nos princípios da educação liberal da Idade


Média. Possuía a ideologia da igreja, em que os padres catequizavam os índios, tra-
tando-se de um modelo tradicional e não de transformação, mantendo a sociedade
dividida como ela era;

ATENÇÃO
A abordagem liberal não estava ligada diretamente a liberdade, mas sim a manutenção do
status quo.

• A metodologia era embasada por um documento de código pedagógico, plano de


estudo, conhecido como Ratio Studiorum. O método de ensino envolvia repetições e
ensinava aos alunos a decorar o conteúdo apresentado;
• Educação voltada para a transmissão do conhecimento;
• O objetivo dos jesuítas era catequizar os índios, para isso primeiramente teriam que
ensiná-los a ler e a escrever;
• A escola organizada para servir os interesses da igreja;
• Na escola, ensinava-se leitura, escrita e matemática, além da doutrina católica.

Obs.: A educação jesuítica dispõe os aspectos de educação tradicional e permanece no


Brasil por mais de 400 anos.

Educação: no mundo

Com a formação das primeiras civilizações, o processo de ensino e aprendizagem começa


a passar por uma transformação:
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• No Egito: os jovens começavam a frequentar a escola por volta dos 7 anos, apren-
dendo a ler, a contar histórias, escrever, entre outras coisas. Os maiores aprendiam
também astronomia, música, matemática e poesia.
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• Entre os hebreus: a educação era realizada em 10 anos – entre os 08 e 18 anos de


idade. Nessa fase, muitas eram as civilizações em que os pais da criança eram os res-
ponsáveis por sua educação.
• Na Grécia Antiga: o acesso ao estudo não era um direito de todas as crianças: as
mulheres eram educadas até, no máximo, os 7 anos e os meninos eram educados até
os 14 anos. No entanto, esse acesso dependia do poder aquisitivo dos pais, portanto
era distribuído de maneira desigual e privilegiada. O modelo não dispunha uma forma
de transformação social, apenas de reprodução dos valores sociais existentes.
• Na idade média: a educação romana era fortemente influenciada pela tradição
espartana. Os estudantes eram formados de acordo com o pensamento conserva-
dor da época e a educação desenvolvida em consonância com os rígidos dogmas da
Igreja Católica.
• Com a reforma protestante e o Renascimento: houve um resgate dos valores ate-
nienses nos discursos sobre os objetivos da educação. Com a formação dos Estados
Nacionais, o conhecimento passa a ser organizado para ser transmitido pela escola
através da figura de autoridade do professor como figura detentora do saber e garan-
tidor da ordem e da disciplina.

Obs.: O professor era visto enquanto o detentor de todo o saber e tudo o que ele falava
se tornava uma verdade absoluta. Essa abordagem está alinhada à educação vista
até então, que sempre reproduzia o modelo social vigente e sofria impactos e influ-
ências de ações pensadas pela classe dominante, que exercia poder sobre a classe
dominada.
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Esse modelo de educação se propagou pelos séculos XVIII e XIX, influenciados pela
revolução industrial e pelos regimes democráticos que se propagaram desde então. O
acesso à educação passa a ser uma reivindicação enquanto direito do cidadão. Consolida-se
então, um modelo de educação conteudista, que acompanhou os ideais da industrialização.

Obs.: A educação nasce com um caráter conteudista e o conteúdo disposto era mais im-
portante do que a própria formação do cidadão. Isso ocorria pois a educação estava
a serviço das empresas e indústrias, que necessitavam de mão de obra especializa-
da e não buscavam um indivíduo crítico, ativo ou consciente.
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• Em meados do século XIX: alguns pensadores já começam a questionar esse modelo


de educação. Há, a partir daí, uma ressignificação da figura do aluno e, por consequ-
ência, da relação professor-aluno. Surgem os conceitos de “currículo oculto” e “cur-
rículo crítico”.
• No Brasil: as atividades de ensino permaneceram sob a incumbência das ordens reli-
giosas durante o período colonial, entretanto a constituição de 1824 preparou o espaço
para o surgimento de um Sistema Nacional de Educação. Se proliferou, então, o sis-
tema público de educação, e paralelamente, o setor privado.
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Considerações:

• A educação jamais se separa da sociedade;


• A educação pode ser causa ou consequência. Por exemplo, uma escola que somente
reproduz será consequência de uma sociedade pré-existente e dividida.

Educação e sociedade – Possíveis relações

• Educação como redenção da Sociedade: “Visão otimista ingênua” – escola tem


autonomia absoluta. visão liberal reprodutivista.
• Educação como reprodução da sociedade: “Visão pessimista ingênua” – escola não
tem autonomia. visão crítico-reprodutivista.
• Educação como transformação da sociedade: “Visão otimista crítica” – escola tem
autonomia relativa. visão progressista.

Concepções de educação

• Concepção Tradicional: transmissão; recepção passiva; hierarquização; seleção.


• Concepção Comportamentalista: experiência; ação; controle do comportamento;
ordenação e determinação; tecnicismo.
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• Concepção Humanista: personalidade; aluno no centro; professor facilitador;
autoavaliação.
• concepção cognitiva: como se aprende (inteligência – cognição); construtivismo; pro-
fessor mediador; investigação.
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• Concepção Sociocultural: contextos políticos, econômicos, sociais e culturais; visão


de mundo e de sociedade; relação professor e aluno é democrática, questionadora.

ATENÇÃO
A concepção sociocultural implica dizer que a educação atual sofre influência e o impacto
de uma determinada comunidade (cultura). É de grande importância promover a adapta-
ção do ensino frente as diversas camadas sociais, tornando-a mais relevante para o con-
texto dos alunos.

Tendências pedagógicas: divisão proposta por Libâneo em dois grandes grupos.


Liberais:
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Tradicional Renovada progressivista Não diretiva Tecnicista
Formação Técnico-Ins-
Preparação intelectual
Preparação dos indiví- trumental dos indivíduos
e moral dos alunos para
duos para se integrarem Formação de atitudes para as demandas do
assumir uma posição de
à sociedade, conside- adequadas às normas de mercado de trabalho.
reconhecimento social.
rando seus interesses e convívio social. Abordagem que permite
Educação acrítica e o
necessidade. a modelagem do indiví-
aluno é passivo.
duo.

Progressistas:
Libertadora Libertária Crítico social dos conteúdos
Desenvolver o conceito de traba-
Conscientização do indivíduo para
lho grupal, ocorrendo de forma Difusão crítica dos conteúdos uni-
a sua atuação crítica na sociedade,
uniforme a prática de toda a apren- versais ligados à realidade social,
visando a transformação das rela-
dizagem. Resistência contra a visando uma participação organi-
ções histórico-culturais nela exis-
burocracia como instrumento de zada e ativa na democratização da
tente. É a tendência adotada por
ação dominadora e controladora sociedade. Proposta por Libâneo.
Paulo Freire.
30m do Estado.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor William Dornela De Castro.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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