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UNOPAR

PEDAGOGIA

JAQUELINE SOARES NAGIB

RELATÓRIO DO ESTÁGIO EDUCAÇÃO INFANTIL

Barretos
2023

Barretos
2023
JAQUELINE SOARES NAGIB

RELATÓRIODO ESTÁGIO EDUCAÇÃO INFANTIL

Relatório apresentado à UNOPAR, como requisito parcial para o aproveitamento


da disciplina de Educação Infantil do curso de Pedagogia.

Barretos
2023
SUMÁRIO

1 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS


2 RELATO DA ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)
3 RELATO DA ANÁLISE DO PLANO DE TRABALHO DOCENTE
4 RELATO DA ANÁLISE DE MATERIAIS DIDÁTICOS DA ESCOLA
5 PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ABORDAGEM DOS TEMAS
CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC
6 RELATO DA ENTREVISTA COM O PROFESSOR REGENTE
7 RELATO DE REUNIÃO PEDAGÓGICA OU CONSELHO DE CLASSE 10
8 RELATO DO LEVANTAMENTO DE MATERIAIS DE APOIO ESPECÍFICOS
PARA ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS 11
9 RELATO DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA BNCC NA ESCOLA 12
10 RELATO DA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS AVALIATIVOS UTILIZADOS
PELO PROFESSOR 13
11 RELATO DA ANÁLISE DA ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO
ACOMPANHAMENTO DA DISCIPLINA 14
12 RELATO DA OBSERVAÇÃO 15
13 PLANOS DE AULA 16
14 RELATO DA APRESENTAÇÃO DOS PLANOS DE aula AO PROFESSOR 17
15 RELATO DA REGÊNCIA 18
16 RELATO DA ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR 19
17 RELATO DAS ENTREVISTAS COM A EQUIPE DIRETIVA 20
18 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO 21
19 ATA DE REUNIÃO PEDAGÓGICA E/OU ADMINISTRATIVA 22
20 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ROTINA DO SUPERVISOR/ORIENTADOR 23
21 PLANO DE AÇÃO 24
22 RELATO DA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO À DIREÇÃO ESCOLAR
25
23 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO 26
CONSIDERAÇÕES FINAIS 27
REFERÊNCIAS 28
INTRODUÇÃO

O Estágio Supervisionado da Educação Infantil tem como objetivo geral


desenvolver a experiência prático-pedagógica na realidade do exercício profissional,
para a construção de conhecimentos e autonomia no processo educacional. Desse
modo, a disciplina foi distribuída em aulas teórico-práticas, ou seja, contemplando
desde debates na Universidade, quanto observação e regência numa escola
municipal de Barretos – SP.
A Educação Infantil possui um papel indispensável na formação da criança,
tendo a finalidade de desenvolver as suas potencialidades e habilidades através de
atividades lúdicas. Dessa forma, proporcionamos experiências diversas para as
crianças em cada momento construído durante a realização das aulas, garantindo
também situações de convivência e principalmente respeitando as especificidades e
ritmos de aprendizagem de cada uma.
Portanto, o estágio na Educação Infantil é essencial, estabelecendo uma
relação entre teoria e prática, tendo em vista a importância do papel do professor na
educação e o quanto é importante um trabalho pautado não somente na teoria, mas
também na prática. “O estágio é o eixo central na formação de professores, pois é
através dele que o profissional conhece os aspectos indispensáveis para a formação
da construção da identidade e dos saberes do dia a dia” (PIMENTA E LIMA, 2004).
Diante disso, os estágios supervisionados contribuem na nossa formação docente,
pois através do contato com o âmbito escolar, propicia a experiência da sala de aula
no contexto escolar e colocando em prática o que se aprende na universidade.
1. RELATO DA ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

O PPP é um documento que orienta o processo educativo e é norteado pelas


concepções e práticas educativas, de escrita e reescrita vivas, com participação
efetiva dos profissionais e equipe diretiva, acompanhando as modulações existentes
na instituição, sempre pautado pelas intenções, objetivos e propósitos reais da
educação dos seus alunos, comunidade educativa e especificidades da escola.
O Plano Anual de Trabalho é pautado na proposta pedagógica descrita no PPP
da Escola Municipal Ana Carvalho Castanho e tem como objetivo apontar a
sequência das principais tarefas envolvendo toda a equipe pedagógica, crianças e
seus familiares durante o ano letivo. A definição de datas e organização, de modo
geral ou específicas, estarão explícitas em outros documentos, como o calendário,
programação e comunicados, pois muitos deles dependerão de decisões de toda a
equipe ou da comunidade educativa antes das divulgações. O início do ano é
sempre um momento de bastante trabalho. Após o primeiro mês do ano, em que
todos estão de férias, o mês de fevereiro inicia com a recepção do corpo docente
pela equipe diretiva e gestores pedagógicos.
As primeiras semanas do mês de fevereiro são organizadas para subsidiar a
formação pedagógica de toda a equipe, a qual envolve palestras de profissionais
convidados, momentos de estudo, aprofundamento de temas específicos e
organização do ano letivo por segmento. Neste período, também são realizados o
alinhamento das temáticas de investigação inicial, a produção do plano para as
adaptações e acolhimentos, as propostas em torno dos espaços de contextos
provocativos, a revisão dos quadros de horários e aulas de professores específicos.
O período de adaptação se inicia junto com as aulas do semestre letivo, porém
em outro ritmo e atenção. Por se tratar de um período de muito acolhimento, trocas
e criação de vínculos, as famílias são organizadas por horários, dentro do período
letivo, para passar uma hora dentro da escola, junto com a criança, e conhecer o
espaço, participar de atividades interativas e se aproximar da professora. O tempo
de adaptação diário vai sendo ampliado dia após dia, sendo que o período em que a
criança será acolhida junto à família ocorre de modo gradativo e dependerá das
características específicas e das questões emocionais de cada criança. Quando o
semestre letivo inicia, começam também as reuniões gerais com as famílias e com a
equipe pedagógica, a organização das comunicações via agenda eletrônica e as
conferências de materiais individuais das crianças. Além disso, também têm início os
alinhamentos internos em relação aos cuidados específicos com cada criança, os
quais ocorrem através da leitura das fichas digitais sobre a criança, as quais são
preenchidas pelas famílias, bem como as anamneses, realizadas na primeira
entrevista. Questões em relação à saúde, à alimentação, às formas de descansar,
aos cuidados de higiene e aos comportamentos precisam ser compartilhados entre
toda a equipe que estará diretamente ligada às crianças. Na continuidade do
primeiro semestre letivo, as reuniões com a equipe pedagógica continuam,
semanalmente, com as turmas de mesma faixa etária ou de faixa etária próximas; e,
quinzenalmente, com a coordenação pedagógica, para planejar, debater as
especificidades sobre os registros, as observações, os momentos de investigação,
os espaços, os materiais nos contextos e as trocas com as famílias. As festividades,
como a Festa da Família e a Festa Junina, são organizadas com o envolvimento de
toda a comunidade educativa. A entrega das avaliações descritivas e objetivas, bem
como das atividades desenvolvidas no período, com fotos e relatos de alguns
momentos, é feita em reuniões de pais e conversas sobre o processo educativo da
criança, as quais acontecem trimestralmente. Após este período, as reuniões com as
equipes iniciam para a organização do segundo semestre letivo e entrega das
avaliações do segundo trimestre. É importante destacar que, mesmo que as
reuniões gerais com as famílias sejam bem pontuais, todos os professores e
coordenação pedagógica têm horários de atendimento livres à disposição das
famílias para que as mesmas possam ser atendidas a qualquer tempo. Neste
semestre, são organizadas as saídas de estudos relacionadas aos projetos de
investigação, assim como as visitas Artísticas e Culturais e saídas às Mostras em
espaços culturais. Outros eventos maiores acontecem, como os Jogos Olímpicos, a
Semana da Criança e a Mostra Científica e Cultural, que mobiliza e envolve toda a
comunidade educacional. O fim do ano se aproxima e, com ele, a organização da
entrega de avaliações do último trimestre, assim como os encerramentos com cada
turma. Neste período, também são ofertadas as possíveis vivências para as crianças
das turmas do ano seguinte. Tal processo é realizado pelas futuras professoras da
turma que virá e pelos colegas, os quais acolhem e promovem um período de
interação com construção de vínculos e segurança no novo ambiente. Neste
período, as relações estão sólidas e o elo com a família e escola já foi construído,
garantindo a permanência e a construção de laços mais fortes e contínuos, ao longo
período de escolarização.

2. RELATO DA ANÁLISE DE MATERIAIS DIDÁTICOS DA ESCOLA

A Escola Municipal Ana Carvalho Castanho oferece diversidade de materiais


didáticos, cada qual com uma finalidade. A massinha utilizada no Ensino Infantil, por
exemplo, além de ser um instrumento para o desenvolvimento da criatividade, da
capacidade de representação e da motricidade fina, é, em si, um material didático, já
que pode ser utilizada para a aquisição de conhecimentos. Manuseando a
mansinha, o aluno aprende a distinguir e a caracterizar o mole e o duro, aprende a
classificar (as cores), aprende que, mesmo quando mudamos a forma do objeto, a
quantidade de massinha não muda (permanência do objeto), etc.
Os alunos são progressivamente apresentados a um conjunto de materiais
didáticos, cuja diversidade e complexidade vão aumentando: folhas de atividades,
materiais para as tarefas de casa, cartelas de números e de letras, dominó, mapas,
tabelas de símbolos, etc. Eles têm, também, contato com os livros de literatura
infantil (um diferente por semana), importantes em todas as fases do
desenvolvimento infantil, que auxiliam na alfabetização e ajudam a desenvolver o
gosto da leitura.
Além dos livros didáticos, os professores elaboram materiais de apoio, projetam
filmes ou apresentações que elaboram, realizam experiências em sala de aula. Parte
deste material é disponibilizado para os alunos por meio do sistema acadêmico. Tão
importante quanto a apreensão dos conteúdos das diversas disciplinas é o
desenvolvimento de habilidades e competências para a vida e para os estudos. Por
essa razão, damos importância aos projetos, às tarefas de pesquisa, aos trabalhos
individuais e coletivos.
Por essa razão, também, é comum observarmos um “descolamento” entre o livro
e o conteúdo programático da Escola. Como privilegiamos o conhecimento do
mundo em que vivem os alunos, é frequente a troca de conteúdos dos livros por
atividades de pesquisa sobre nossa realidade prática, por saídas de estudo ou por
material desenvolvido pelo próprio professor (projeção de vídeos, textos coletados
em outras fontes, etc). Assim, o fato de não trabalharmos todo o conteúdo do livro
em um determinado ano não significa que deixamos para trás parte do conteúdo que
deveria ser abordado. As estratégias pedagógicas evoluem de forma significativa ao
longo de toda a Educação Infantil. Além das tarefas e os trabalhos em grupo tornam-
se cada vez mais frequentes.
3. ENTREVISTA COM O PROFESSOR REGENTE E PRODUÇÃO DE RELATO
BASEADO NA ENTREVISTA, CONFORME RESPECTIVO ESTÁGIO

A professora regente do estágio é Sara Schnek de Barros. Sara é formada


desde 2013 e tem 11 anos de magistério. Especialista em Educação Especial,
Gestão Educacional e Brincadeiras na Educação Infantil, Sara também tem os
seguintes cursos de capacitação: O desenvolvimento cognitivo e das competências
do pensamento matemático na Educação Infantil (ministrado pela Secretaria
Municipal de Educação de Barretos – SME) e também IV Seminário internacional
sobre Educação Infantil (ministrado pelo Instituto Csagrande).
Além disso, Sara já trabalhou nas seguintes escolas:
 CEMEI Fernanda Teixeira de Almeida – 1 ano;
 CEMEI Anna Kerulis da Silveira – 1 ano;
 CEMEI Célia Regina Aiello – 1 ano (auxiliar da diretora);
 CEMEI Cleuza Pereira Barreto – 1 ano (coordenadora pedagógica);
 CEMEI Professora Ana Carvalho Castanho – 1 ano (sede atual).

Apesar de ter passado pela gestão, Sara disse que prefere estar em sala de aula e
conseguir viver de perto o crescimento e desenvolvimento dos seus alunos.
4. LEVANTAMENTO DE MATERIAIS DE APOIO ESPECÍFICOS PARA
ABORDAGEM DOS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA
BNCC

A BNCC para a Educação Infantil é um currículo centrado nas experiências


das crianças, nas relações, em práticas educativas intencionais que se articulam
com estratégias para a construção de sentidos e de narrativas individuais e
coletivas, com ou sem linguagem falada, com foco na constituição do sujeito e no
conhecimento. Portanto, o conhecimento produzido neste processo é consequência
da interação da parte comum da Base e com o eixo diversificado. Assim, a partir de
uma Pedagogia e de uma Ciência praxiológica que se constituem pela ação situada
e através de teorias inter-relacionadas à ética, tem-se a visão de sujeito ativo,
participativo, que produz sentido, interage, cria hipóteses e conceitos para explicar o
mundo a sua volta.
Brincar, conviver, explorar, expressar, conhecer e participar são os modos
como a criança aprende e se relaciona com o objeto de conhecimento. Estes estão
contemplados como Direitos de Aprendizagem da Educação Infantil, na BNCC
(2017), e o Colégio Geração assume a responsabilidade de proporcionar estes
direitos através do seu trabalho pedagógico. Esses seis direitos servem como o
caminho para o planejamento de práticas educativas, as quais devem orientar a
organização dos contextos educativos e das propostas oferecidas. Com isso, é
possível que este planejamento vincule e efetive os três princípios das DCNEI
(BRASIL, 2010), reconhecidos como: ético, político e estético. Desta forma é que se
planeja a organização do espaço, a materialidade, a gestão do tempo, desde o
momento de entrar até o momento de sair da escola (a jornada educativa), os
arranjos sociais, as relações entre adultos e criança, a construção da alteridade e a
convivência entre as crianças.
Os Campos de Experiências tiveram origem nas DCNEI (2010), como
experiências que devem ser oferecidas de modo planejado, intencional e
fundamentado pelo professor para a jornada de aprendizagem da criança.
Os Campos de Experiências se opõem a qualquer lógica que se aproxime dos
componentes curriculares, da compartimentação ou campos de conhecimentos. Ao
contrário, os Campos de Experiências buscam a relação e correspondência aos
direitos de aprendizagens e a concepções de crianças. Cabe destacar que os
Campos de Experiências devem estar incorporados em todos momentos e
experiências de aprendizagem propostos durante o período em que a criança está
na escola, ou seja, não devem estar reduzidos a situações específicas. Nesta lógica,
sob o viés dos Campos de Experiência, o planejamento, a criação de estratégias e a
organização do espaço educativo devem estar articulados de maneira a instigar e
provocar a criança a explorar tais contextos e propostas.
Deste modo, é a criança que vive a experiência, que tem e experimenta
múltiplas linguagens, que traz as práticas sociais que viveu, que interage com os
objetos de conhecimento, que segue subjetivando, significando e tendo acesso ao
conhecimento social e historicamente produzido. Por fim, experiências como brincar,
conviver, conhecer, expressar, explorar e participar, constituem-se como
aprendizagem
5. ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC, CONFORME
CAMPO DE ESTÁGIO E ELABORAÇÃO DO RELATO

A Escola Municipal Ana Carvalho Castanho trabalha os materiais bem como as


diretrizes apontadas pela BNCC. O capítulo introdutório da Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) define que concepção de Educação irá orientar as escolas
brasileiras. Em tempos de intensa polarização e de muitos questionamentos sobre o
modelo tradicional – que falha em preparar os estudantes para os desafios da vida
contemporânea –, o documento contribui para a construção de consensos sobre que
pessoas queremos formar. Também orienta as instituições de ensino no sentido de
preparar as novas gerações para construir o Brasil com o qual sonhamos.
Basicamente, a BNCC aponta que a Educação Básica brasileira deve promover
a formação e o desenvolvimento humano global dos alunos, para que sejam
capazes de construir uma sociedade mais justa, ética, democrática, responsável,
inclusiva, sustentável e solidária. Isso significa orientar-se por uma concepção de
Educação Integral, o qual trata-se da extensão do ensino e não do tempo que o
aluno passa na escola.
Nesse caso, Educação Integral indica promoção do desenvolvimento de
crianças e jovens em todas as suas dimensões: intelectual, física, emocional, social
e cultural. Esse direcionamento implica que, além dos aspectos acadêmicos,
precisamos expandir a capacidade dos alunos de lidar com seu corpo e bem-estar,
suas emoções e relações, sua atuação profissional e cidadã e sua identidade e
repertório cultural.
Sendo assim, de acordo com o documento, o foco da escola passa a ser não
apenas a transmissão de conteúdos, mas o desenvolvimento de competências,
compreendidas como a soma de conhecimentos (saberes), habilidades (capacidade
de aplicar esses saberes na vida cotidiana), atitudes (força interna necessária para
utilização desses conhecimentos e habilidades) e valores (aptidão para utilizar esses
conhecimentos e habilidades com base em valores universais, como direitos
humanos, ética, justiça social e consciência ambiental).
6. ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS AVALIATIVOS UTILIZADOS PELO
PROFESSOR

De acordo com a professora Sara, a intenção da observação na pré-escola não


é julgar nem classificar as crianças, mas verificar o desenvolvimento de suas
potencialidades para que o professor possa mediar o conhecimento de acordo com
a capacidade de cada uma delas, oferecendo-lhes novos desafios e auxiliando-as na
construção do seu próprio saber, ou seja, as crianças tornam-se coautoras do seu
conhecimento e com o auxílio do professor praticam a autoavaliação. A
autoavaliação ainda não é uma prática constante no cotidiano escolar, entretanto é
necessária para que o aluno faça uma reflexão do seu aprendizado e auxilie ao
professor na sua avaliação e na reflexão das metodologias que irão auxiliá-lo nesse
processo.
Os registros do cotidiano são as descrições de fatos e acontecimentos relativos
a cada criança em particular e ao grupo, que a professora faz em um caderno
simples, como por exemplo, como a criança age com os colegas, comentários que
faz sobre as atividades propostas, interesses e preferências, desentendimentos com
os colegas, relacionamento com os adultos, entre outros aspectos relevantes. A
professora afirma que é importante fazer os registros diariamente e não confiar
apenas em sua memória, pois os registros do cotidiano servem de suporte e recurso
para a elaboração dos relatórios de avaliação ao final de cada semestre. Entre os
registros estão: As fichas de observação que são organizadas para registrar e
acompanhar o desenvolvimento individual de cada criança em diferentes áreas e
aspectos respeitando características particulares e ritmo de cada uma, nelas o
professor registra a história de cada criança, suas conquistas, dificuldades, avanços
e preferências. Por meio das fichas de observação a professora acompanha o
processo de aprendizagem da criança, mede o conhecimento e faz as intervenções
necessárias. Cada criança é avaliada individualmente e em todos os momentos do
seu desenvolvimento, e a professora registra suas observações para facilitar o seu
trabalho pedagógico. Durante as aulas a professora faz anotações sobre as crianças
e seu desempenho em um caderno, assim ao final do semestre não há dificuldades
em produzir os relatórios descritivos. É na ficha de observação que a professora
colocar os dados individuais de cada criança o que as diferencia das outras. As
fichas de registros de ocorrências também são fichas de observação, porém nestas
a professora registra ocorrências significativas observadas no comportamento de
cada criança no cotidiano escolar, como a ocorrência de choro excessivo,
agressividade, febre ou queixa de dor, queda, ou seja, a professora registra
acontecimentos que influenciam na rotina do cotidiano escolar e na aprendizagem
da criança. A professora observa também qualquer tipo de anormalidades que a
criança possa apresentar tanto no seu físico como no seu emocional para que possa
diagnosticar qualquer tipo de abuso ou violência pelo qual a criança possa ter
passado, é dever das instituições públicas ou privadas denunciar qualquer tipo de
violência contra menores.
7. ANÁLISE DA ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO ACOMPANHAMENTO
DO DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA

Realizado diretamente pelos educadores, o acompanhamento pedagógico é


uma forma dos professores avaliarem de perto — e individualmente — o
desempenho dos alunos, para assim fornecerem uma metodologia personalizada
que atenda às necessidades de cada estudante tanto no âmbito do desenvolvimento
infantil quanto no aprendizado.
É importante salientar que os alunos não são os únicos beneficiados pelo uso dessa
estratégia, uma vez que conhecendo o comportamento, a realidade e a dinâmica de
aprendizado dos seus pequenos, os professores também conseguem otimizar seu
tempo de trabalho, atingir os objetivos de ensino com mais facilidade e melhorar o
seu rendimento com a turma.
Porém, para que o acompanhamento pedagógico funcione e seja uma tarefa
leve e produtiva, é indispensável que a competência esteja incluída no plano de
aulas e que ambos sejam bem estruturados para conciliar a grade curricular e o
suporte aos estudantes sem sobrecarregar o educador.
Na CEMEI Ana Carvalho Castanho, o acompanhamento pedagógico é
realizado da seguinte forma: plano de aulas bem estruturado — isto é, com
conteúdos programados para todo o ano letivo, atividades avaliativas dinâmicas,
exercícios práticos e um bom diagnóstico do desempenho da turma coletiva e
individualmente. E, tudo isso é realizado sem fugir das ementas previstas na grade
curricular; professor tem liberdade para diversificar sua metodologia de ensino a fim
de evitar que aulas se tornem entediantes e para testar novas técnicas mais
eficientes com seus estudantes. Isso inclui variar também nos recursos e tecnologias
que são levados para a sala e para as atividades de casa; a tecnologia também é
usada como meio de comunicação entre a escola, os alunos e os familiares. Assim,
o professor combina dias e horários fora da sala de aula para que os estudantes e
pais possam entrar em contato para tirar dúvidas ou pedir orientações — e é
imprescindível sempre respeitar os horários permitidos para contato com o
professor.
Além disso, pais e responsáveis pela criança devem contribuir para o
acompanhamento pedagógico. Na maioria dos casos, essa contribuição pode vir
como uma ajuda com as atividades de casa ou mesmo fornecendo todas as
informações solicitadas pela coordenação da escola no momento da matrícula.
8. OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO EM AULAS

Uma das turmas que observei foi o berçário, composto por 16 crianças na
faixa etária entre quatro meses e quatorze meses, sendo que uma das crianças vem
apresentando dificuldades de desenvolvimento: a criança está atualmente com sete
meses, não consegue sentar, enrijece as pernas e cabeça não fica parada. A
professora conversou com a mãe e a mesma iria encaminhar o bebê a um
especialista, por isso a criança não estava presente na semana do estágio. Segundo
a professora todas as outras crianças vêm apresentando um nível de
desenvolvimento compatível com as respectivas idades. Para acompanhar os
parâmetros de desenvolvimento tanto físico quanto psicológicos, a professora tem
como embasamento o livro “A Vida do Bebê ‟. A rotina da creche é feita da seguinte
maneira: acolhimento com atenção e carinho as crianças; desjejum – mamadeira –
pão; brincadeiras com brinquedos diversos; soninho; atividades pedagógicas; banho;
almoço / chá / suco; relaxamento / descanso / soninho; mamadeira; brinquedos
diversos; lanche; banho; brincadeiras; jantar; parque e despedida.
Ao observar o maternal, pude perceber que a primeira atividade realizada
pela professora foi relacionada ao tema família, pois trata-se de um projeto da
escola, onde pede-se para as crianças recortarem figuras de revista e colarem em
uma folha de sulfite para que pudessem relacionar as pessoas que moravam com
eles e a figura da revista, ao finalizarem esta etapa da atividade a professora
pergunta a eles quem era aquelas pessoas que eles recortaram. O objetivo da
atividade era que eles socializassem com os colegas as pessoas que faziam parte
da sua família, e eles falaram, porém não aos colegas em conjuntos, mas cada um
soube fazer a associação entre a figura e as pessoas que moravam com elas. Nessa
atividade foi possível perceber o carinho que os alunos têm pelas suas famílias.
Logo em seguida cada criança construiu um desenho livre. Todas optaram em
desenhar as pessoas que integram suas famílias. Após os intervalos, os alunos
receberam brinquedos, para que pudessem realizar brincadeiras e manter
socialização em conjunto com os demais colegas. Posteriormente a professora
trabalhou com a higiene bucal, onde foi feito um teatro com fantoches falando sobre
a importância da escovação dos dentes todos os dias. As crianças prestaram
bastante atenção no teatro. No término da apresentação, os alunos puderam
manusear os fantoches livremente. Por fim, foi apresentado às crianças os materiais
utilizados para a limpeza dos dentes, como o creme dental, a escova e o fio dental, a
cada objeto apresentado nós acadêmicas perguntávamos para as crianças se elas
conheciam o determinado objeto. Realizamos uma atividade em conjunto entre as
crianças, colocamos um cartaz grande com o desenho de um dente, para que eles
colassem bolinhas de papel crepom branco dentro do desenho do dente.
No estágio da recreação, após a entrada das crianças, a professora me
apresentou a turma, faz a chamada e seguiu seu planejamento. Nesse dia, a
professora trabalhou a letra “R” e sua família silábica e através da música, reforçava
o seu ensinamento. E as crianças gostavam de cantar e interagiam com muita
alegria. O valor da música na educação infantil é incrível. Após a música, a
professora contou uma história sobre o rato pé de moleque, e as crianças ouviram
atentamente. Durante toda semana, observei que as crianças tinham uma rotina
bem elaborada, a professora muito organizada, seguia com seu planejamento de
forma clara, dinâmica e sempre de forma lúdica, com muitos jogos e brincadeiras.
Foi notório o comprometimento da professora, com seu planejamento, bem como em
oferecer aulas de qualidade e explorar as múltiplas linguagens e conhecimentos com
os alunos, a escola, funciona de maneira eficiente e acolhedora, de maneira que é
muito claro o processo de ensino-aprendizagem.
Por fim, ao acompanhar a rotina da pré-escola, observei a professora
desenvolver com as crianças, atividades de pintura, percepção de um objeto em
desenho e para que ele é utilizado na realidade, encaixes, teatro, vídeo, música, e
todas essas atividades sempre focadas no aluno, sua aprendizagem, percepção,
habilidade motora, na fantasia e imaginação de criança. Ao final da observação pude
ver o quão significativas são as atividades planejadas e pensadas no processo de
aprendizagem do aluno e o quanto os alunos correspondem de maneira positiva o
que desenvolvem em sala.
9. ELABORAÇÃO DO RELATO DA OBSERVAÇÃO

A metodologia utilizada pela professora é a construtivista, desenvolvida por Jean


Piaget, que tem como referência o aluno como agente principal no processo de
ensino e aprendizagem.
Assim, os professores atuam como facilitadores, provendo os meios,
conhecimentos e ferramentas necessárias para que o aluno desenvolva seu
potencial. Além disso, tal metodologia demanda um acompanhamento mais próximo
do aluno, de modo que cada aluno seja orientado conforme as suas necessidades.
A grande diferença nessa metodologia é que as avaliações tradicionais deixam
de existir, haja visto que cada aluno aprende dentro dos seus próprios termos.
A professora assume um papel caloroso perante os alunos, pois entende que é
um dos principais esteios da vida da criança. Ela é coerente em seu comportamento
para com ela, as crianças sejam capazes de discernir seus sentimentos. Além disso,
é tolerante para que possa ajudar as crianças em suas necessidades. Através de
rodas de conversa que acontecem diariamente, a professora observa o
comportamento dos alunos e anota quando vê algo atípico. É visível a confiança e
carinho que os alunos têm na professora, além do respeito.
Durante as aulas, os alunos têm uma postura muito participativa, sempre
colaborando com as atividades propostas pela professora. Pude observar também
que os alunos nutrem um carinho muito grande pela professora e sempre a
procuram para conversar e expressar seus sentimentos, acredito que seja fruto da
confiança que ela faz questão de deixar explícita para eles. A participação das
crianças não é apenas nos momentos das atividades. Ela é ser visível a todo
instante, seja quando a professora deixa que a criança participe da escolha de
projetos, seja no caminho que é percorrido, considerando os interesses e as
necessidades das crianças.
No processo ensino e aprendizagem, as interações em sala de aula e na escola
como um todo são fonte de satisfação de três necessidades: a necessidade de
autonomia, a necessidade de competência e a necessidade de pertencer ou de
estabelecer vínculos. Nesse sentido, a figura da professora tem um papel essencial
na promoção de um clima de sala de aula favorável ou não ao desenvolvimento
dessas orientações motivacionais.
Para analisar o desempenho dos alunos, a professora observa comportamentos,
conversa com os alunos, esclarece possíveis dúvidas e tudo isso contribui para que
a avaliação ocorra de forma mais complexa e holística. Além disso, a professora
utiliza diversos estilos de avaliação, o que é benéfico para o aluno, para a professora
e para o aproveitamento das aulas como um todo.
O livro didático tem uma importância fundamental para o processo de
aprendizagem dos alunos pelo fato de auxiliar o docente na condução das práticas
pedagógicas. É uma ferramenta que direciona o ponto de partida do estudo,
representando um norteador para a formação das estratégias de ensino. Neste
sentido, a professora sempre reserva um momento do seu dia para fazer uma leitura
com os alunos, deixando que eles explorem os livros, observando figuras, texturas e
letras.
Além dos materiais didáticos de uso comum como livros, cadernos, apostilas, a
professora faz uso de massinha de modelar, blocos de montagem, quebra-cabeça,
jogo da memória, a fim de estimular o raciocínio dos alunos.
Na sala de aula que observei não há nenhum aluno com laudo, que necessite de
condições especiais de aprendizagem.
10. RELATO DA OBSERVAÇÃO E PLANOS DE AULA

Registro de Observação de aula


Sala: Pré-escola
Tema/conteúdo: A casa dos bichos
Desenvolvimento: a aula iniciou-se com a leitura do poema "A CASA DOS
BICHOS". Em seguida, os alunos responderam as seguintes questões: você
conhece todos os animais do poema? Tem algum deles na sua casa? sua família
tem algum outro animal de estimação? Qual? Depois, foi proposto aos alunos que
eles desenhassem o animal de estimação que tivessem em casa e, caso não
tivessem, tinham que desenhar algum animal que gostem.
Atividade proposta:
Registro de Observação de aula
Sala: Pré-escola
Data da aula: 26/05/2022
Tema/conteúdo: Números e quantidades
Desenvolvimento: A aula de hoje foi sobre aprender a associar o número e a
quantidade. Ela fez isso utilizando de cartazes os números e figuras associadas a
quantidades. Praticou várias vezes a pronúncia de cada um dos números em ordem
crescente e também decrescente. Em seguida cantou, junto com as crianças,
músicas infantis cuja letra ilustrava a contagem dos números de 1 a 10. Para
trabalhar quantidade, pediu a ajuda deles para contar grãos e colocar em cada um
dos copos de acordo com o número da etiqueta.
Atividade proposta:
Registro de Observação de aula
Sala: Pré-escola
Data da aula: 03/06/2022
Tema/conteúdo: Rimas
Desenvolvimento: A professora apresentou a música com a qual iriam trabalhar
“Capelinha de melão”, que foi projetada no slide. Perguntou se alguém conhecia a
música e sabia cantá-la. Cantaram coletivamente a música algumas vezes para que
todos se familiarizassem com ela. Após ouvir e cantar a música algumas vezes,
perguntou: É possível identificarmos algumas palavras nessa canção que
apresentam rimas? Deixou as crianças se expressarem. A expectativa era que as
crianças percebessem as rimas entre as palavras terminadas em ÃO: MELÃO /
JOÃO / SÃO / MANJERICÃO / NÃO. Conforme iam falando as palavras, a
professora as destacava no slide, circulando. A fim de explorar mais as rimas
perguntou: Que outras palavras que conhecemos, rimam com as palavras que
circulamos na música.
Atividade proposta:
11. APRESENTAÇÃO DOS PLANOS DE AULA PARA O PROFESSOR REGENTE
E ELABORAÇÃO DO RELATO

Para iniciar as atividades foram feitas as observações do planejamento


mensal do professor regente da turma que também era o supervisor dos
estágios supervisionando, designado pela direção da escola. Ao término de
cada planejamento foi feito uma análise do registro do mesmo. Esta análise
permitiu perceber que a professora da turma segue o planejamento da
instituição observando os conteúdos e objetivos propostos para a turma em
tela
Em um segundo momento foi realizado as observações em sala de aula,
tendo como foco observar-se a prática da professora regente, ou seja, a forma como
as atividades em sala de aula era conduzida e a participação dos alunos durante as
atividades propostas. A professora apresentou-me a turma e deu a oportunidade de
que este também pudesse falar com a turma explicado os motivos de estar ali
realizando os estágios. Logo em seguida a professora deu início as suas atividades
docentes. Importante destacar que houve uma reciprocidade entre o estagiário, o
professor regente e a turma observada, o que tornou a prática de estágio prazerosa.
Durante as observações foi verificado que a professora sempre busca dar
sequência ao conteúdo das aulas anteriores, fazendo no início da aula uma
recapitulação dos assuntos dados. Desse modo, diz a professora que “é uma forma
de fazer com que eles tragam a memória os conteúdos estudados na última aula e
possam compreender o assunto em sequência”.
Terminado as observações, deu-se início as regências. Quanto a regência de
sala de aula foi escolhida em comum acordo com a professora falar sobre os tipos
de moradia, quantidade e rima. Assim foi dado início ao planejamento das aulas de
regências e elaboramos o material didático que deu suporte as aulas e que foram
distribuídos para os alunos em forma de uma atividade. Os assuntos foram
organizados de forma sequenciada com propostas de atividades que foram
desenvolvidas a cada regências em sala. O material foi muito bem organizado
segundo a fala da própria professora regente quando expressou “Nossa que material
riquíssimo, muito bem elaborado, foi você mesmo que fez?”.
Na primeira regência foi feito um momento de acolhida dos alunos onde cada
um ao entrar na sala receberam um bombom com um envelope contendo cartão
com mensagem identificado com um laço de fita de cor (essa cor da fita servirá para
formar os grupos) e ao iniciar a aula os participantes foram motivados a oferecer ao
um colega da sala no intuito de se conhecerem e assim ampliar o leque de amizade.
Feito isso, os participantes apresentaram o amigo para o grande grupo dizendo o
nome, o que fazem, como passa a maior parte do tempo e o que pretendiam fazer
ao término dos estudos do segundo grau, que curso superior pretendiam realizar e
local onde mora e etc.
Logo após iniciou-se a aula seguindo o planejamento onde foi passado um
vídeo com uma mensagem de otimismo para os alunos e em seguida foi distribuída
a apostila com conteúdo das aulas e apresentação da proposta de trabalho em
slides feito em PowerPoint no data show.
E assim seguimos no decorrer dos dias em que realizei o estágio. Por fim, ao
final, agradeci aos alunos e a professora regente pela oportunidade de estar
realizando o estágio supervisionado com a turma. Aproveitei o momento também
para incentivar os alunos a progredirem nos estudos. Além de falar um pouco sobre
a faculdade que estou cursando.
12. REGÊNCIA CONFORME RESPECTIVO ESTÁGIO

A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, e também o início


do processo educacional. Segundo a Base Nacional Comum Curricular – BNCC
(BRASIL, 2017), a entrada na creche ou na pré-escola significa, na maioria das
vezes, a primeira separação das crianças dos seus laços afetivos familiares para se
integrarem a uma situação de socialização estruturada. Essa expressão “pré-
escolar”, foi utilizada no Brasil até a década de 1980, expressando o entendimento
de que a Educação Infantil era uma etapa anterior, independente e preparatória para
a escolarização, que só teria seu começo no Ensino Fundamental. Situava-se,
portanto, fora da educação formal.
Em 1988, com a Constituição Federal, o atendimento em creches e pré-escolas
para crianças de 0 (zero) a 6 (seis) anos passa a ser dever do Estado (BRASIL,
1988). A partir da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em
1996, sanciona “Os Princípios e Fins da Educação Nacional, art. 2º A educação,
dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”
(BRASIL, 1996, s/p). Ainda de acordo com a LDB, no artigo 3º, o ensino será
ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na


escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar
a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de
ideias e de concepções pedagógicas; V - respeito à liberdade e
apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da
educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público,
na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX -
garantia de padrão de qualidade; X - valorização da
experiência extraescolar; XI - vinculação entre a educação
escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - consideração com
a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de
2013); XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem
ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018).
(BRASIL, 1996, p. 09).

Segundo a BNCC (BRASIL, 2017), houve uma modificação na LDB em 2006,


que antecipou o acesso ao Ensino Fundamental para os 6 anos de idade, na qual a
Educação Infantil passa a atender a faixa etária de zero a 5 anos. Sendo, portanto,
reconhecida como direito de todas as crianças e dever do Estado. A Educação
Infantil torna-se obrigatória para as crianças de 4 e 5 anos apenas com a Emenda
Constitucional nº 59/200926, que determina a obrigatoriedade da Educação Básica
dos 4 aos 17 anos. Essa extensão da exigência é incluída na LDB em 2013.
13. RELATO DA REGÊNCIA

Sabendo da importância que a Educação Infantil tem sobre a formação da


criança, trago aqui minhas vivências das regências em sala de aula, debatendo
sobre as experiências nas atividades e relações com os alunos e corpo docente da
instituição. A experiência contribuiu bastante para minha formação como futura
pedagoga, e também do valor significativo de conhecer e vivenciar os espaços da
sala de aula da Educação Infantil, sendo este uma das demandas da área de
atuação do pedagogo.
Essa fase que a criança passa é muito mais que apenas um processo de ensino
e aprendizagem, pois como afirma Kramer (2005, p.82) O binômio cuidar e educar é
geralmente compreendido como um processo único, em que as duas ações estão
profundamente imbricadas. Com isso, a Educação Infantil tem como objetivo
oferecer suporte para que esse processo de desenvolvimento integral da criança,
aspectos intelectuais, físicos, psicológicos e sociais seja eficaz, utilizando
estratégias pedagógicas do cuidar, brincar e educar.
Durante as semanas de regência os temas das atividades pedagógicas
propostas pela gestão da instituição foram sobre os tipos de moradia, quantidade e
rima, em cada semana pude trabalhar detalhadamente sobre cada tema, levei várias
brincadeiras, atividades impressas, objetos que as crianças pudessem ter contato
para melhor aprendizado. Lembro-me que levei um livro sobre os três porquinhos,
que aborda três tipos de diferentes moradias, em seguida fiz uma atividade impressa
de imagens de moradias e os alunos tinham que relacionar as moradias com os
animais.
Quando o processo de aprendizagem das crianças está relacionado ao brincar,
elas automaticamente se interessam a aprender, é necessário trabalhar sua
autonomia, liberdade, para que elas possam expressar suas ideias e habilidades.
Pude perceber que nos dias que eu levava algo concreto, que elas pudessem tocar,
olhar, elas ficavam bem mais ativas ao que eu estava falando, com isso a
importância do professor produzir seus próprios materiais didáticos e sempre
inovando seus conhecimentos pedagógicos.
Para um desenvolvimento de ensino e aprendizagem de qualidade, incluindo a
ludicidade durante esse processo, é considerável o fato de que o professor terá que
produzir métodos e estratégias de atividades pedagógicas, para isso, a instituição de
ensino precisa oferecer recursos didáticos para que facilite essa produção de
materiais, mas é sabido que instituições públicas possuem uma grande carência
nesse sentido de infraestrutura. Segundo Kimura (2008, p. 20): “A existência e o
consequente acesso a condições da infraestrutura são considerados pelos próprios
professores das escolas como um aspecto dotado de importância fundamental para
o desenvolvimento de seu trabalho”. No entanto, o professor deve ser preparado
para desenvolver novas ideias de acordo com a realidade no qual exerce sua
profissão.
Com base nas experiências vividas, fica perceptível a grande importância que o
estágio exerce sobre um aluno graduando de um curso, pois é nele que percebemos
nossas fraquezas, limitações, como também habilidades, além de mostrar a
realidade que é estar em uma sala de aula, com uma responsabilidade imensurável.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio possibilitou refletir sobre a importância da Educação Infantil no


processo de aprendizagem das crianças de 0 a 5 anos de idade, fornecendo
diversos conhecimentos como base para o ensino fundamental, pois como
comentado ao decorrer do relatório, é a primeira fase da Educação Básica. Dessa
forma, atuar na educação infantil requer uma reflexão constante das nossas
práticas, objetivando desenvolver atividades significativas, que envolvam a
criatividade e a ludicidade que despertem o interesse das crianças e que resultem
em aprendizagens. É importante ressaltar também que, devemos criar momentos de
interação no ambiente escolar, pois isso influência no processo de ensino e
aprendizagem das crianças. Na relação professor/aluno, buscamos manter um bom
relacionamento com os alunos e percebemos que isto refletiu no processo de
aprendizagem das crianças. Pude perceber que a teoria e a prática andam juntas,
como também o quanto as atitudes das crianças concordavam com os autores
discutidos em sala de aula na universidade.
As semanas de regência foram de muitas dificuldades e ansiedade, pois era
algo novo, então o medo do fracasso tomava conta de mim, mas segui firme nesse
trajeto, buscando métodos educativos, teóricos e práticos para que eu conseguisse
de alguma forma conquistá-los em todas as atividades desenvolvidas. Descobri que
as crianças são seres puros, que necessitam de grande apoio familiar, pedagógico
para sua formação, elas são seres realmente humanos, que a partir da convivência
com elas, pode transformar as pessoas, nas formas de pensa e agir.
Os educandos que tivemos a satisfação de participar do processo educativo
por algumas semanas, foram cruciais para a nossa experiência efetivamente
acontecer. Desde a observação, até a finalização da parte prática regencial, foi
possível executar um trabalho coerente, utilizando o arcabouço teórico trabalhado no
curso de Pedagogia.
Tenho absoluta certeza que esse estágio contribuiu bastante na minha
formação, não só como profissional, mas também na minha formação humana.
Claro que tiveram erros, tristezas, como também acertos, conquistas, mas tudo isso
servirá como base para que eu possa melhorar como educadora. Foi um momento
singular na minha trajetória, a afetividade, carinho e vários outros sentimentos que
eles me proporcionaram. Nesse sentido, o Estágio Supervisionado na Educação
Infantil contribuiu para possibilitar a experimentação em sala de aula, conseguinte a
amplitude do trabalho pedagógico.
REFERÊNCIAS

BRASIL, Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,


1988.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília,


2009.

BRASIL, Casa Civil. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº


9394/96. Disponível em: . Acesso em: 19 de agosto de 2019.

BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. v. 1, Brasília:


MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino


Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017.

KIMURA, S. Geografia no ensino básico: questões e propostas, São Paulo,


Contexto, 2008.

KRAMER, Sonia. Profissionais de Educação Infantil: gestão e formação. São


Paulo: Ática, 2005.

PIMENTA, S. LIMA, M. Estágio e Docência. São Paulo: Editora Cortez, 2004.

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