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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................................9
3 OBJETIVOS..........................................................................................................................13
3.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................................13
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................13
4 CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS...................................................................................13
5 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES..................................................................................15
6 METODOLOGIA.................................................................................................................18
7 AVALIAÇÃO........................................................................................................................22
8 REFERÊNCIAS....................................................................................................................25
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1 INTRODUÇÃO
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Sobre o “Projeto Escola sem Partido” ver: FRIGOTTO, Guadêncio (Org.). Escola “sem”
partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. Rio de Janeiro: UERJ, LPP,
2017.
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foi um público escolar diverso, composto por diferentes realidades e demandas sociais,
as quais muitas das vezes, não são assistidas.
Enquanto o Estágio Observação proporcionou o diagnóstico parcial dos
ambientes educacionais formais, a partir da apreciação dos aspectos físicos e
pedagógicos de escolas do ensino fundamental, a segunda experiência, o Estágio
Supervisionado de Oficina acrescentou ao nosso processo de formação algumas
singularidades, como a possibilidade do contato com o público em espaços não formais
e a intervenção. Em especial, permitiram avançar no sentido de promoverem os
primeiros passos da docência, de modo dinâmico, constituíram a oportunidade de
experimentar formas de lidar com imprevistos no planejamento, com o nervosismo, de
aprimorar a postura, oralidade e didática.
Essas experiências iniciais nos fizeram perceber que a formação do professor de
História é um processo contínuo e repleto de novos desafios e vivências, os quais
corroboram para a aquisição de habilidades e competências profissionais. O conjunto
de aprendizagens desenvolvido nos semestres anteriores do curso de História está
interligado diretamente com atuação prática de futuros educadores. Mas, isso não
significa dizer, que o ensino se restringe à aplicação da teoria nas aulas de história,
como adverte Fonseca (2003). Espera-se que os conhecimentos adquiridos através dos
eixos pedagógicos, teórico-metodológicos e específicos no espaço acadêmico norteiem
no exercício da docência, os procedimentos do ensino-aprendizagem.
O componente Estágio Supervisionado II: Regência I (HI0149) integra a grade
curricular do curso de Licenciatura em História da Universidade do Estado da Bahia
(UNEB), Campus V. Via de regra, tal componente é ofertado para os graduandos do
sétimo semestre e oportuniza a experiência individual da docência, por meio do estágio
supervisionado em escolas da Rede Pública Municipal do Ensino Fundamental II.
O Estágio supervisionado de Regência está organizado de modo a contemplar o
aperfeiçoamento de competências teóricas e práticas. Haja vista que na primeira fase
envolve a revisão dos conhecimentos previamente adquiridos, o estudo de bibliografia
voltada para o ensino de história, a escrita de um projeto que subsidia a regência e a
seleção de materiais didáticos. Na segunda fase, promove o contato com o ambiente
escolar, através da observação diagnóstica da turma na qual o estagiário irá atuar, e
posteriormente, a regência para professores em formação.
Nesse semestre, 2019.2, algumas das particularidades do Estágio de Regência
sofreram alterações para atender aos prazos determinados pelo calendário acadêmico. O
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reajuste feito no calendário foi resultado da greve dos professores das Universidades
Estaduais (UEBAs) que reivindicaram melhorias nas condições de trabalho da
categoria. Em razão da resistência do governo do Estado em negociar com os docentes,
a greve protelou-se á exatos 63 dias, afetando, consequentemente, a regularidade da
programação das atividades acadêmicas.
Em virtude disso, as atividades de regência do estágio acontecerão nos meses de
fevereiro e março, início do ano letivo nas escolas, aspecto incomum, pois esse período
está destinado à recepção do alunado. Além disso, a disparidade entre a demanda de
estagiários e as escolas disponíveis para a realização do estágio tornou inviável a
regência individual, que excepcionalmente, nesse semestre ocorrerá em dupla. Outra
alteração refere-se à observação nas turmas, a qual não acontecerá por conta do curto
espaço de tempo entre o início do ano letivo, previsto para 4 a 7 de fevereiro, com a
Jornada Pedagógica, começo das aulas em 10 de fevereiro e encerramento do semestre
acadêmico em 18 de março de 2020.
Para não comprometer o processo de integralização da oferta dos componentes
de futuros professores foram pensadas e discutidas medidas, pela Comissão
Departamental de Estágio, as quais puderam viabilizar a execução da regência pelos
estagiários. O objetivo consistiu em prezar, dentro das possibilidades propostas pelas
escolas da Rede Municipal, pela experiência docente significativa e de qualidade. Com
essa perspectiva, incluiu-se nas atividades práticas dos estagiários do curso de História a
participação na jornada pedagógica da instituição educacional, momento complementar
a carga horária e oportuno para conhecer o corpo docente e a dinâmica escolar.
Nesse momento, é importante pensarmos a escola pública, nosso lugar de
atuação, em sua complexidade, como espaço sociocultural, formado por múltiplas
identidades e realidades. Nessa conjuntura, as relações sociais se concretizam no
cotidiano, na convivência do corpo escolar institucional com as pluralidades étnicas,
econômicas e culturais do alunado. Desse modo, a escola comporta uma “complexa
trama de relações sociais entre os sujeitos envolvidos, que incluem alianças e conflitos,
imposição de norma e estratégias individuais, ou coletivas, transgressões e acordos”
(DAYRELL, 1996, p.1).
Entendemos que o ambiente escolar, é por excelência, lócus do trabalho
educativo, da construção do conhecimento crítico e social, enfim, da formação da
cidadania. Nesse sentido, a escola, como bem nos lembra Fonseca (2004), “é concebida
como instituição social que concretiza as relações entre educação, sociedade e
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cidadania, sendo uma das principais agências responsáveis pela formação da nova
geração”. Em um contexto em que há um grande número de demandas sociais, como o
de agora, a escola se define antes de qualquer coisa como um espaço de inserção social.
Basta analisar os documentos oficiais, para percebermos em suas redações, os aspectos
que definem a escola como o lugar de garantias. Por exemplo, o direito à educação é
garantido ao estudante já na Constituição Federal de 1988, e mais uma vez, no Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA) – Art. 53, e também na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB 9.394/96). Canivez (1991, p.33), corrobora afirmando que,
É por esses aspectos, antes de quaisquer outros, que se faz necessário entender a
função social da escola e sua dinâmica no cotidiano da sociedade, pois dentre tantas
atribuições da escola, é preciso pensá-la enquanto um espaço multiculturalista que
possibilita o contato com os processos históricos e ideológicos de uma sociedade. Por
sua vez, esse contato nos favorece, ao nos ensinar a respeitar as diferenças, o que é
muito importante para a formação da cidadania. O Estágio de Regência proporciona o
contato com essas realidades ao conduzir os passos do professor em formação no
âmbito da escola e da sala de aula, mesmo em um curto espaço de tempo.
Nessa perspectiva, o Estágio será realizado na Escola Municipal Hercília Tinoco
Andrade, instituição situada na cidade de Santo Antônio De Jesus-BA, tendo como
público alvo alunos do 7º ano, do turno vespertino. A escola trabalhará com o livro da
Coleção Araribá Mais História, uma obra coletiva, organizada e produzida pela Editora
Moderna, e que foi adotada para o triênio 2020/2021/2022 no segundo semestre de
2019, durante a escolha do livro didático para o Ensino Fundamental II, atendendo às
exigências regulamentares do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Com base nos conteúdos estabelecidos para o 7ºano, proposto pelo livro citado
acima, elaboramos a proposta de trabalho, ora apresentada, que abordará a temática
“ÁFRICA”: revisitando a história de povos africanos e sua relação com o Brasil.
Enfatizaremos o estudo das experiências sociais, políticas, culturais e econômicas dos
Reinos de Sahel, de Gana, Império do Mali e dos povos iorubás e bantos, desde do
século VIII até XVI, antes da chegada dos europeus.
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2 JUSTIFICATIVA
Diante disso, justificamos a importância dessa proposta de trabalho, uma vez que
ao abordarmos a história dos povos africanos como protagonistas nos processos
históricos estaremos auxiliando na construção de novas visões e conhecimentos sobre
África e a relação dos povos africanos com o Brasil. Além disso, teremos a
oportunidade de produzir material didático e desenvolver metodologias, que
posteriormente poderão ser utilizadas no futuro exercício da docência.
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3 OBJETIVOS
4 CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
FERNANDES, Ana Cláudia (Org.). Araribá Mais: história. 7º ano – obra coletiva. 1.
ed. São Paulo: Moderna, 2018.
UNIDADE I
Reino de Gana
- Localização
- Organização política
- Manifestações culturais
Império do Mali
Os reinos iorubás
- Formação étnica-linguística
- As cidades-Estado iorubás
- A origem do mundo para os iorubás
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- Formação étnica
- Economia e manifestações culturais
- Povos bantos no Brasil
- O Reino do Congo
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5 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Dinâmica de apresentação
Dinâmica do vizinho
Introdução
Ilustrar um mapa-múndi com as referências que os alunos possuem dos
Continentes.
As representações de África na mídia
Aula expositiva;
Esquema no quadro sobre o tema para os alunos copiarem,
acompanharem a explicação e identificar os pontos na leitura do capítulo
do livro .
6 METODOLOGIA
História, nos leva a crê que além de ser designado Homo Sapiens (aquele que pensa,
tem a capacidade de conhecer o mundo), Homo Faber (aquele que cria, fabrica seus
próprios utensílios), também fora denominado, Homo Ludens (aquele que joga). Desse
modo, podemos dizer que os jogos estão essencialmente atrelados à cultura do homem,
e esta constatação por si só, nos assinala a extensão da importância dos jogos para a
humanidade.
Além disso, Huizinga (1999) reforça que o jogo não é uma atividade restrita aos
seres humanos, pois inclusive, deve ser anterior a sua existência, podendo igualmente
existir fora da cultura entre os outros animais, todavia, o homem é o único que joga para
obter prazer e conhecimento em um momento de descontração.
Porém, algumas perguntas insistem em nos inquietar. Como fazer com que o
aluno pense historicamente através dos jogos? Como tirar dessas atividades lúdicas, o
estigma do “passa-tempo”? Como obter atitudes comprometidas de nossos alunos ao
aplicar atividades com jogos?
É claro, que não buscamos nesse momento, um manual com respostas, mas
realizar uma reflexão acerca da aplicabilidade dos jogos em sala de aula, e de sua
eficiência ao promover aprendizagem frente a essa nova geração de educandos,
altamente imediatistas e tecnológicos. De acordo com Pereira e Giacomoni (2013, p.21)
“essa potencialidade da seriedade, um objetivo a ser buscado no uso dos jogos, é um dos
grandes traços de complexidade no uso do jogo no ensino de História”, isso porque, ao
longo do tempo, conforme análises de Fortuna (2013, 70-71), o jogo teve sua definição
atrelada a um estigma de ócio e do “faz de conta”, conceitos os quais, iam de encontro
ao pragmatismo de algumas sociedades. Só recentemente, após serem pensadas novas
linguagens e novos formatos de aprendizagens, foi que os jogos voltaram à superfície
das discussões, como possibilidade de metodologia significativa no ensino, de modo
geral.
Nessa nova perspectiva, o resgate dos jogos, tem rendido várias pesquisas na
área de educação e experiências diversas no âmbito das salas de aulas, deixando de lado
o seu aspecto de entretenimento e faz de conta, para adquirir status de ferramenta capaz
de desenvolver nos alunos habilidades e de construir e reelaborar conceitos. Assim,
“quando usado em sala de aula, o jogo estimula a empatia, permitindo uma melhor
compreensão de distintos contextos históricos” (JUCHEM; PEREIRA, 2018, p. 3). O
envolvimento com a ideia da ficção que é redimensionada pela atmosfera do jogo leva
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7 AVALIAÇÃO
Indo de encontro ao senso comum, que por muito tempo acreditou ser a
avaliação, a última fase do processo ensino-aprendizagem, hoje muitos estudiosos
chamam a atenção para a necessidade de se pensar um processo avaliativo como uma
prática contínua, necessária para se repensar a dinâmica das aulas e garantir aos alunos
o direito de aprendizagem. É o que nos aponta Jussara Hoffman (2006), segundo ela, a
avaliação deve deixar de ser uma etapa terminal do processo educativo para adquirir
noção transformadora, empreendendo uma busca incessante pela compreensão das
dificuldades do educando e pela dinamização de novas oportunidades de aprendizagem.
A autora reforça ainda, que é “essencial e urgente o repensar do significado da
ação avaliativa” (HOFFMAN, 2006, p.10). É preciso pensar, por exemplo, que a
avaliação está em toda parte, somos avaliados o tempo todo pela sociedade, no trabalho,
nos relacionamentos pessoais ou familiares. Nesse sentido, é possível dizer, que a
avaliação está intimamente ligada à atividade humana, e no âmbito da sala de aula, é
uma ferramenta que auxilia o professor no exercício da docência. Sobre isso,
Vasconcellos corrobora apontando que, a “avaliação é um processo abrangente da
existência humana que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar
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seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão
sobre o que fazer para superar os obstáculos” (1994, p.43).
É fato que o processo avaliativo sempre fez parte da ideia de escola que
construímos ao longo do tempo, todavia, esse modelo sempre foi considerado o grande
vilão no que diz respeito à avaliação da aprendizagem dos alunos. Arraigado ao método
tradicional, o processo avaliativo reduziu-se a aplicação de testes e provas, que tinham
como finalidade mensurar de modo quantitativo a aprendizagem. Conforme a LDB
9394/96 em seu artigo 24, parágrafo V:
ainda não são encaradas pela comunidade escolar, pelos alunos e pela família, com a
devida seriedade.
Assim, ao passo que as formas de avaliação tradicionais (provas, questionários e
testes) delimitam de modo inequívoco a forma do educando demonstrar como está
aprendendo, os jogos e as atividades lúdicas propiciam uma dinamicidade e
espontaneidade ao possibilitar ao aluno, demonstrar de modo prático o que aprendeu. Os
jogos permitem que o estudante seja avaliado sem ser submetido a métodos de testagem,
uma vez que, o professor terá a oportunidade de observar sua interação com a atividade
apresentada, ou seja, ao mesmo tempo que o aluno estará aprendendo, também estará
sendo avaliado.
Avaliar em História pressupõe enxergar o aluno como sujeito histórico, um ser
social e político em processo de desenvolvimento. Nessa perspectiva, Zabala (1998)
defende uma avaliação formativa que compreende três etapas específicas que devem se
completar simultaneamente: A Avaliação Formativa Inicial (diagnóstica) - o que o
aluno sabe?; A Reguladora (apuração/ análise/ progressão) – deve ser realizada durante
o processo de ensino-aprendizagem, devendo apurar os resultados e analisar o progresso
de cada aluno; e por último a Avaliação Formativa Final (processo de aprendizagem) –
que avalia os avanços e as capacidades cognitivas adquiridas.
Assim, buscaremos com a aplicação desse projeto, promover uma avaliação
formativa e significativa, de modo a obter ao final de cada aula um feedback dos alunos
sobre os conteúdos ministrados, uma vez que, sabendo que o curto espaço de tempo do
estágio nos impede de cumprir todas as etapas fidedignamente, a opção por acompanhar
de forma reguladora o cumprimento das atividades do grupo, foi a alternativa mais
profícua.
Além disso, ao final do período de estágio esses feedbacks passarão por uma
avaliação somativa a fim de que, se preciso for, sejam transformados em uma nota que
irá compor a avaliação do trimestre letivo de cada aluno. A avaliação somativa pode
“ser utilizada no final de um período de longa duração e pode incidir sobre uma
amostragem significativa dos objetivos propostos” (SCHIMIDT, 2004, p. 149). Atribuir
essa nota ao grupo, de igual modo, contribuirá para a constituição da maturidade
profissional do professor em formação, devido a responsabilidade presente no ato de
avaliar. Como método de registro será elaborado após os primeiros contatos com a
turma e acesso a lista de matriculados, uma ficha com alguns critérios avaliativos (a
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serem analisados) que será utilizada para nortear a aferição de nota, caso se faça
necessário.
O cronograma de atividades proposto neste projeto está organizado de modo a
contemplar dois encontros semanais de duas horas/aulas, durante o período de quatro
semanas. Essa organização nos permitirá a apresentação e debate de um tema/ conteúdo
por encontro e de uma atividade reguladora (atividade lúdica) que possa nos dar uma
percepção de como o grupo está aprendendo.
Desse modo, cientes de que a aprendizagem é o objetivo que move cada
planejamento de aula, e de que não existe uma homogeneidade na forma de aprender,
visto que cada aluno aprende no seu tempo, além das atividades individuais e em grupo,
proporemos discussões em torno dos temas apresentados, permitindo que todos possam
participar e de que possamos avaliar o crescimento individual de cada um.
8 REFERÊNCIAS