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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA PITÁGORAS AMPLI

CURSO DE GRADUAÇÃO

RUBILANE PEREIRA DA SILVA CARDOSO

ESTÁGIO CURRICULAR EM PEDAGOGIA I:


EDUCAÇÃO INFANTIL

IMPERATRIZ 2023
ESTÁGIO CURRICULAR EM PEDAGOGIA I:
EDUCAÇÃO INFANTIL

Relatório apresentado a ampli, como requisito


parcial para aproveitamento da disciplina de
estágio curricular em pedagogia I: educação
infantil do curso de pedagogia.

IMPERATRIZ 2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................. 6

1 LEITURA OBRIGATÓRIA ...................................................................... 7


2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) .................................. 8
3 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A
EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA ................................ 9
4 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA
BNCC .............................................................................................. 10
5 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS ..... 11
6 PLANOS DE AULA .......................................................................... 12
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................ 13
8 REFERÊNCIAS ............................................................................... 14
INTRODUÇÃO 6

O estágio consistiu em uma experiência prática em que pude trabalhar em um ambiente


profissional, em contato direto com alunos, colegas de trabalho e supervisores. Durante
esse período, desempenhei diversas funções que contribuíram para meu
desenvolvimento pessoal e profissional. Também visa mostrar como esses resultados
contribuíram para o
desenvolvimento profissional e acadêmico do estagiário, bem como para o sucesso da
empresa ou instituição em que o estágio foi realizado. Trata-se de um relato de
experiência do
estágio supervisionado realizado em um curso de pedagogia, que objetiva
analisar criticamente o contexto educacional por meio da investigação,
planejamento e observação das atividades realizadas pelos professores no
exercício de suas atividades. Aponta que o estágio supervisionado aproxima o
estudante de seu futuro campo de atuação profissional, pois proporciona a
oportunidade de relacionar as vivências pessoais experienciadas no campo de
estágio com os conhecimentos técnicos-científicos apreendidos no processo de
formação. Conclui que o estágio supervisionado permite construir conhecimentos que
contribuem para a formação da identidade profissional do professor, pois torna-se uma
oportunidade de visualizar, na prática, o seu futuro campo de
trabalho.
1 LEITURA OBRIGÁTORIA 7

A aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta


organização da aprendizagem conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um
grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se
sem a aprendizagem. Por isso, a aprendizagem é um momento intrinsecamente
necessário e universal para que se
desenvolvam na criança essas características humanas não-naturais, mas formadas
historicamente. [. ] todo o processo de aprendizagem é uma fonte de desenvolvimento que
ativa numerosos processos, que não poderiam desenvolver-se por si mesmos sem a
aprendizagem. O ensino e a aprendizagem são, portanto, compreendidos como
“fonte de desenvolvimento”. Isso não significa que cada etapa da aprendizagem
corresponda a uma
etapa no desenvolvimento, ou seja, não há correspondência direta, linear e imediata
entre o ensino e o desenvolvimento de determinada função: “no momento da
assimilação de alguma operação aritmética, de algum conceito científico, o
desenvolvimento dessa operação e desse conceito não termina mas apenas começa”.
Contudo, os processos de desenvolvimento não poderiam produzir-se “por si mesmos
sem a aprendizagem”. Para promover a correta organização da aprendizagem
mencionada pelo autor, o ensino deve adiantar-se ao
desenvolvimento. Para , o bom ensino é aquele que conduz o desenvolvimento,
atuando sobre aquilo que ainda não está formado na criança: “o ensino deve fazer o
desenvolvimento avançar”. Atuar sobre aquilo que ainda não está formado na criança
significa atuar na zona de desenvolvimento potencial (ZDP). Para , os processos
psíquicos já plenamente desenvolvidos, os quais a criança domina com autonomia,
constituem o desenvolvimento real/atual da
criança; a ZDP, por sua vez, corresponde às funções psíquicas que estão iniciando
seu ciclo de desenvolvimento, as quais a criança só é capaz de empregar com
auxílio do educador (ou de
crianças mais experientes). Para fazer o desenvolvimento avançar, o ensino não pode
se limitar a aproveitar as possibilidades do desenvolvimento real, mas agir sobretudo
na ZDP, ativando novos processos internos de desenvolvimento. Aquelas funções
psíquicas que hoje estão situadas na ZDP e cujo emprego pela criança só é possível
com ajuda, irão, num segundo momento, converter-se em desenvolvimento real.
Diante desse postulado, Davidov (1988) chama a atenção para as estreitas relações
entre o conceito de zona de desenvolvimento
potencial de Vigotski e sua formulação da lei genética geral do desenvolvimento
cultural acima analisada. A ZDP refere-se aos processos que a criança consegue
realizar apenas em colaboração com outros, na atividade coletiva, ou seja, que só
podem efetivar-se no plano
interpsíquico. O que a criança é capaz de fazer hoje no plano interpsíquico,
conseguirá fazer amanhã com autonomia, no plano intrapsíquico, como conquista de
seu desenvolvimento psíquico individual. Para o novo ponto de vista seria uma loucura
se nas classes escolares não se tivesse em conta a índole concreta e imaginativa da
memória infantil: ela é o que deve servir de suporte; mas seria também uma loucura
cultivar este tipo de memória, pois significaria
reter a criança em uma etapa do inferior do desenvolvimento e não compreender que
o tipo de memória concreta não é mais que uma etapa de transição, de passagem ao
tipo superior, que a memória concreta deve ser superada no processo educativo. De
acordo com o autor, portanto, o desenvolvimento psíquico se efetiva mediante a
apropriação da experiência social, num processo organizado e dirigido pelo adulto.
Não obstante, Elkonin (1960, p.498) chama a atenção para o fato de que nem todos
os atos dos adultos têm suficiente influência sobre o
desenvolvimento da criança: Nem todo conhecimento recebido [. ] influi sobre a formação da
personalidade e na conduta da criança. Não qualquer maneira de adquirir os
conhecimentos desenvolve as capacidades intelectuais e a atividade intelectual. [. ]. O
desenvolvimento do
psiquismo não reflete de maneira automática tudo o que atua sobre a criança. O efeito
dos agentes externos, a influência da educação e do ensino, dependem de como se
realizam estas influências e do terreno já anteriormente formado sobre o qual recaem.
Pelo fato de que o desenvolvimento psíquico das crianças não reflete automaticamente
tudo o que atua sobre
elas não se deve subestimar, de forma alguma, o papel diretor do ensino e da educação em seu
desenvolvimento, mas se faz indispensável uma organização tal que possibilite os melhores
resultados e tenha a maior influência em sua formação integral.
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) 8

O Projeto Político Pedagógico, também conhecido pela sigla PPP, é um documento


que contém todo o planejamento da escola, reunindo seus objetivos, valores,
metodologia de ensino e ações a serem colocadas em prática, tudo isso com a
finalidade de alcançar as metas estabelecidas.

Assim, o PPP é uma ferramenta fundamental para orientar as atividades de uma


instituição de ensino e sua gestão, funcionando como um direcionamento para a
atuação dos professores e da equipe pedagógica. Além disso, auxilia no trato das
questões burocráticas e logísticas do colégio — como, por exemplo, a quantidade de
estudantes por sala e os recursos necessários para as atividades escolares.

É também por meio desse instrumento que as escolas definem quais conteúdos
serão ensinados e como isso será feito, levando em consideração os contextos
sociocultural e econômico em que estão inseridas.

Justamente por ser tão relevante para o dia a dia da instituição, o Projeto Político
Pedagógico costuma ser elaborado com a participação de toda a comunidade
escolar, envolvendo, além de professores e funcionários, os estudantes e seus
familiares. Outro aspecto importante é que esse documento precisa ser acessível a
todos os envolvidos.

O PPP é o documento responsável por organizar as atividades pedagógicas que a


escola realizará, guiando a administração da instituição e a condução do aprendizado
dos estudantes com base nos conteúdos previstos na BNCC.

Para que seja de fato relevante, precisa ser desenvolvido a partir de um


diagnóstico interno da escola, levando em conta todas as informações sobre o
contexto atual do colégio, além de seus planos e objetivos futuros.

Com base nisso, o Projeto Político Pedagógico passa a atuar como um norteador para
as atividades cotidianas da escola, traçando o caminho a ser seguido pela
comunidade escolar.

Como a escola é um lugar de formação de cidadãos, é essencial contar com esse


planejamento conjunto, que estabelece objetivos, ações e atribuições de maneira
bem definida, contribuindo para a melhoria constante da instituição e do seu
processo de ensino.

Além disso, o PPP também é importante porque serve como forma de pais e
responsáveis de estudantes conhecerem e avaliarem os valores da escola e as
práticas utilizadas no processo de ensino.

Para garantir sua eficiência e aplicabilidade, o Projeto Político Pedagógico deve


ser desenvolvido de forma coletiva, já que o documento afeta todos os setores de
uma instituição de ensino.
Em geral, cada escola tem a sua própria maneira de elaborar o projeto e não existe
uma fórmula pronta que sirva para todas.

Alguns colégios optam pela criação de um conselho de professores e equipe


pedagógica para discutirem a construção do documento, enquanto outros optam pela
realização de assembleias, com a participação de toda a comunidade escolar.

Elaborar o PPP pode ser um processo desafiador, especialmente para escolas que
ainda não têm muita familiaridade com essa prática ou que não contem com o apoio
e a orientação de um sistema de ensino.

Por ser um documento de interesse coletivo, não é raro que a equipe escolar
encontre dificuldades para envolver todos os membros da comunidade no
desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico.

Porém, é importante que isso seja feito, dando voz a todos os envolvidos no
cotidiano da gestão da instituição de ensino e fazendo com que o PPP seja
relevante.

Depois que as informações e tópicos incluídos no Projeto Político Pedagógico


forem discutidos em reuniões ou plenárias, a produção final e a redação do PPP
serão feitas por uma equipe dedicada de educadores experientes, além do(a)
diretor(a) escolar.

A partir do próprio nome do PPP, podemos entender melhor o que deve ser
tratado nesse documento. Por Projeto, entendemos que ele deve trazer um
planejamento de ações concretas que a escola se propõe a executar.

Por Político, entendemos que a escola tem o papel social de formar os cidadãos do
futuro como indivíduos conscientes, responsáveis e capazes de pensamento crítico,
de forma que consigam atuar positivamente na sociedade.
3 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE
ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA 9

A equipe pedagógica pode orientar o professor na execução do projeto pedagógico de


modo que muitas vezes a uma adaptação na execução das tarefas escolares dando a
inclusão de novos elementos pedagógicos, por isso a equipe pedagógica pode instituir
os professores quanto a estas mudanças e como agir.
Colocar os docentes em contato é uma prática de grande valor para qualquer instituição
escolar. Não só pela troca de informações e conhecimentos, mas também pela
possibilidade de integrar a equipe e estimular a construção coletiva das propostas
pedagógicas e institucionais.
É preciso de organização e orientação com a equipe pedagógica, utilizando como
referência o PPP e a BNCC. Utiliza-se a proposta curricular para estabelecer como
se ensina e quais a maneira de avaliação, bem como a organização do tempo e
espaço na sala de aula.
Relacionamento entre coordenador e professor exige respeito e cumplicidade. Trabalhar
diretamente com pessoas, em qualquer profissão, exige saber se relacionar E ele será muito
mais eficiente se a relação com os professores for de respeito, apoio,
reconhecimento e cumplicidade.
Conforme supracitado, é imprescindível que a relação entre equipe administrativa e
pedagógica estejam em consonância para que o processo de ensino e
aprendizagem dos alunos seja realizado com qualidade. Para que isso aconteça é
necessário que haja uma sintonia logo na elaboração do PPP, ou seja, é preciso que
a equipe administrativa não tenha uma postura autoritária e que busque elaborar seu
Projeto Político Pedagógico com base em um processo democrático e de diálogo,
para que possa se construir a identidade coletiva da escola e não apenas de um
representante, apenas por ele ter um poder hierárquico maior.
Além de estar aberto para diálogo, a equipe administrativa também deve estar
preparada para rever seus princípios, valores, metodologias e ideologias para sempre
se adequar a realidade (que muda constantemente) e também de acordo com as
demanda s dos alunos e professo res, porém, sem abandonar as leis pertinentes que
devem sempre da r fundamento a todas as
direções que a escola resolva tomar.

A educação ocidental tem como herança cultural, o desvínculo do homem de suas


emoções, de seus pensamentos, de sua própria realidade, resultando na formação de
indivíduos fracos de ânimo, de energia e emocionalmente ignorantes. Essa é,
portanto, uma visão fragmentada do homem, que lamentavelmente contribui para uma
ruptura nas relações humanas. Porém, esses tradicionais dualismos do pensamento
ocidental presentes na história da psicologia tradicional foram confrontados e
questionados por teorias inovadoras com o objetivo de integrar, dialeticamente,
cognição e afetividade, razão e emoção.

Entretanto, a afetividade é indispensável para o desenvolvimento intelectual da criança


e do adolescente, ela impulsiona-os a agir no objeto do conhecimento. “Mas, a
afetividade não é nada sem a inteligência, que lhes fornece os meios e esclarece os
fins” (PIAGET,
1992, p.70). Nesse aspecto, a inteligência age no afetivo, consideravelmente durante
todo o processo de existência humana, em que a organização diária fornece à
construção ativa, elementos favoráveis à formação da personalidade.

Assim, é possível compreender as relações entre afetividade e inteligência, esta


corresponde às emoções que se voltam para o mundo externo, orientada para o
mundo dos objetos de estudo e observação. O que aqui está a se chamar de
inteligência é a atenção que a criança e adolescente começam a dirigir para os
componentes do mundo a sua volta, com o intuito de tentar compreender como as
coisas funcionam para se adaptar a elas.

É da inter-relação recíproca dessas duas instâncias, afetiva e racional, que se dá a


formação e do desenvolvimento da personalidade, que aqui é entendida como o
produto da relação que se constrói entre o sujeito e o meio sociocultural, resultando
em um ser único, individual.

Piaget (1971) advertiu que, apesar de diferentes em sua natureza, a afetividade e a


cognição são inseparáveis, pois em todas as ações simbólicas e sensoriomotoras
elas aparecem indissociadas. Ele documentou o efetivo comportamento de ação e
pensamento como um aspecto cognitivo, através das estruturas mentais, e um
aspecto afetivo, por meio de uma energia, que é a afetividade.

Vygotsky (2002) compreende o homem como um ser que tem capacidade de pensar,
raciocinar, deduzir e abstrair, mas também como alguém dotado de sentimentos,
emoções, desejos, imaginação e sensibilização ao mundo externo. Dessa forma, não
dá para analisar separadamente o sentimento e a razão. Antes faz sentido, uma
análise em sua totalidade, por indicar subsídios favoráveis a possíveis soluções
acerca dos problemas existentes. Pois “demonstra a existência de um sistema
dinâmico de
significados em que o afetivo e o intelectual se unem” (VYGOTSKY, 2002, p. 7).
Contudo, torna-se indispensável reforçar o significado das relações que os
educadores estabelecem com os aspectos emocionais dos educandos no processo
de ensino e aprendizagem.

Em relação às emoções, Wallon (apud GALVÃO, 1995) diz que esta surge desde o
começo da vida; defende-a, como o primeiro e mais forte vínculo entre os
indivíduos. No inicio de sua existencia, a criança vai aos pouco se constituindo num
ser sociocognitivo ao construir paulatinamente, uma visão única e particular de sua
existência.
4 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC 10

A abordagem da contemporaneidade é uma busca pela melhoria da aprendizagem.


Ao contextualizar o que é ensinado em sala de aula juntamente com os temas
contemporâneos, espera-se aumentar o interesse dos estudantes durante o processo
e despertar a relevância desses temas no seu desenvolvimento como cidadão. O
maior objetivo dessa abordagem é que o estudante conclua a sua educação formal
reconhecendo e aprendendo sobre os temas que são relevantes para sua atuação na
sociedade. Assim, espera-se que a abordagem dos Temas Contemporâneos
Transversais (TCTs) permita ao estudante compreender questões diversas, tais como
cuidar do planeta, a partir do território em que vive; administrar o seu dinheiro; cuidar
de sua saúde; usar as novas tecnologias digitais; entender e respeitar aqueles que
são diferentes e quais são seus direitos e deveres como cidadão, contribuindo para a
formação integral do estudante como ser humano, sendo essa uma das funções
sociais da escola.Já a transversalidade é um princípio que desencadeia metodologias
modificadoras da prática pedagógica, integrando diversos conhecimentos e
ultrapassando uma concepção fragmentada, em direção a uma visão sistêmica. Os
TCTs não são de domínio exclusivo de um componente curricular, mas perpassam a
todos de forma transversal e integradora.

Os temas transversais são importantes para a formação de cidadãos


críticos e conscientes do seu papel na sociedade. São também
fundamentais para o desenvolvimento de habilidades e competências
essenciais para a vida.

Para trabalhar com os temas transversais na sala de aula, é importante que o


professor esteja atento às situações que podem surgir no dia a dia e que possam ser
utilizadas como exemplos para discussões sobre os temas. Além disso, é importante
criar atividades que envolvam os alunos de forma a despertar o interesse e a
participação nas discussões.

Os temas transversais são abordados em diversas áreas do conhecimento, por isso, é


importante que o professor busque fontes de informação diversificadas para trabalhar
com os alunos. A internet pode ser uma ótima ferramenta nesse sentido, pois oferece
um grande volume de informações sobre os mais diversos temas.

Para atender as diferentes demandas do processo de ensino e


aprendizagem, as abordagens dos temas transversais foram divididas em
três níveis crescentes de complexidade:

Intradisciplinar: é uma relação entre os objetos de conhecimentos internos do próprio


componente curricular, ou seja, como os temas contemporâneos transversais
permeiam dentro das habilidades das diferentes unidades temáticas apresentadas.

Interdisciplinar: é uma abordagem integrada de temas contemporâneos transversais


comuns entre diferentes componentes curriculares. Implica um diálogo entre os
campos dos saberes, em que cada componente acolhe as contribuições dos outros,
ou seja, há uma interação entre eles.
Transdisciplinar: é uma abordagem que contempla temas contemporâneos
transversais em uma única proposta ou projeto, transcendendo os componentes
curriculares.
Contribui para que o conhecimento construído extrapole o conteúdo escolar.

Com a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) como


documento obrigatório de orientação para a organização dos currículos escolares, a
questão da interdisciplinaridade e transdisciplinaridade propôs um novodesafio às
práticas pedagógicas escolares, com demandas a serem alcançadas para atender
as exigências do cenário contemporâneo nacional para a formação de umaluno com
competências e habilidades de conhecimentos relativos as questões sociais e atuais
do século XXI.

A nova demanda das políticas educacionais brasileiras acompanhadas com a


implantação da BNCC em 2017 (BRASIL, 2017) passaram a orientar o que os
sistemas de ensino e escolas deveriam ensinar indicando objetos de conhecimentos e
habilidades, deixando a cargo dos docentes a responsabilidade de como fazer na
prática as orientaçõesJunto a essas orientações a BNCC pautada nos dispositivos
curriculares anteriores - Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) e
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (BRASIL, 2010) -
estabeleceu a obrigatoriedade da abordagem dos Temas Contemporâneos
Transversais para serem desenvolvidos em forma de projetos educacionais ao longo
do semestre letivo sugerindo três maneiras de aplicabilidade - intradisciplinar,
interdisciplinar e transdisciplinar nas escolas.
5 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS 11

Tanto no ensino básico quanto na educação superior, a transformação digital foi


muito acelerada com a chegada da pandemia de covid-19. A utilização de
ferramentas tecnológicas é, atualmente, essencial para garantir um ensino de
qualidade, mais acessível e que atenda às demandas do mercado.

Nesse mesmo sentido, a aplicação das metodologias ativas na educação é um tema


cada vez mais recorrente, buscando a transformação do ensino tradicional em um
processo mais focado no protagonismo do estudante para a construção do próprio
conhecimento, aproximando os alunos de suas atividades profissionais e dos desafios
que terá que lidar em seu dia a dia.

Sendo assim, a aplicação de metodologias ativas com uso de tecnologias digitais é


um passo fundamental para as Instituições de Ensino Superior (IES) que desejam
estar à frente do mercado e se destacar.

Dessa forma, as metodologias ativas constituem uma proposta de trabalho


pedagógico capaz de modificar positivamente as aulas, colocando o aluno no centro
do processo de ensino- aprendizagem e proporcionando a experimentação dos
conteúdos de maneira prática. As
tecnologias digitais, por sua vez, tornam-se um mecanismo indispensável para o
desenvolvimento de diferentes práticas de ensino.

Aprendizagem por projetos, Ensino Híbrido, Cultura Maker e STEAM education. Esses
são alguns exemplos práticos de metodologias ativas na educação. Ainda que
envolvam propostas diferentes, todos eles abrem portas para o uso de tecnologias
digitais em sala de aula.

Embora as atividades pedagógicas possam ser realizadas sem o uso de recursos


digitais, é possível diversificar os cenários de aprendizagem a partir deles.

Ao mesmo tempo que os estudantes têm a oportunidade de desenvolver o


protagonismo e romper os muros da escola, os educadores ganham ferramentas para
acompanhá-los e otimizar os processos avaliativos.

“Nesse sentido, as tecnologias trazem benefícios para as metodologias ativas.


Sobretudo no que diz respeito à análise de dados e possibilidades de feedbacks
personalizados”, afirma Márcia Padilha, diretora do Criamundi, programa de apoio à
inovação educativa nas escolas.

Em contrapartida, a consultora reforça que o impacto do uso de tecnologias digitais


na aprendizagem vai depender de como os profissionais da educação vão propor
usos alternativos para o desenvolvimento de competências.

“Portanto, não se trata de negar fenômenos da contemporaneidade nem ficar à


mercê deles. Antes de mais nada, a escola tem que criar a sua própria cultura de
uso de tecnologias. Ou seja, uma cultura digital”, pondera Márcia.
As metodologias ativas podem potencializar a aprendizagem por meio de estímulos ao
pensamento crítico [10]. Essas metodologias, com o suporte das tecnologias digitais,
podem propiciar a responsabilidade na construção do conhecimento, constituindo
conceitos de uma
maneira mais autônoma.

A partir da estruturação da BNCC e do desenvolvimento das novas metodologias,


além do avanço das tecnologias digitais na Educação, iniciou-se uma preocupação em
formar professores para facilitar o desenvolvimento de ações e posturas ativas junto
aos alunos. Perante esse novo contexto, os docentes devem superar vários desafios
no processo de ensino e de aprendizagem, dentre eles: o entendimento das diferentes
possibilidades metodológicas e pedagógicas proporcionadas pelas tecnologias
digitais, a compreensão da importância do desenvolvimento de competências,
habilidades e ações dos discentes, além da estrutura e do currículo, ainda muitas
vezes cristalizado, das escolas e universidades brasileiras. Diante desse cenário,
surge a seguinte questão de pesquisa: Quais as influências das tecnologias digitais
nas formações docentes com a inserção de metodologias ativas? Dessa forma, este
estudo, fruto de um curso de formação para professores sobre Metodologias Ativas e
TecnologiasDigitais no CTRL+E (Congresso Regional sobre Tecnologias na
Educação- Maio, 2018), teve como objetivo geral investigar os reflexos das
metodologias ativas com o uso de tecnologias digitais para o desenvolvimento de uma
formação com professores de áreas interdisciplinares. Como objetivos específicos,
têm-se: 1) apresentar as metodologias ativas; 2) relacionar as metodologias ativas às
diferentes áreas, de forma interdisciplinar, e às tecnologias digitais na educação; 3)
avaliar o desenvolvimento de um curso de formação para professores para uso de
metodologias ativas com o uso das TIC.

Esta pesquisa pretende trazer benefícios e subsídios para o uso das tecnologias
digitais na formação dos docentes, por meio da emergência de projetos e habilidades
que possam ser desenvolvidas junto aos alunos. Justifica-se o estudo, considerando-
se que as escolas, muitas vezes, aindaapresentam posições mais tradicionais e
enrijecem o papel do professor como o centro do processo. Sobretudo, esquecem da
importância do aluno como agente que também constrói o conhecimento.
6 PLANO DE AULA 12

Plano de aula - (Bebês, Crianças bem pequenas ou Crianças pequenas)

Tema Planeta Terra


Campo de
experiência • Corpo, gestos e movimentos

Habilidades (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos
adultos.
Objetivos Quero que eles aprendem um pouco sobre o planeta terra

Conteúdo Água
Duração 1HRS
Recursos didáticos Iremos utilizar água

Metodologia Iremos orientar as crianças para que serve a água e os seu benefícios
Avaliação Observar como as crianças estão reagindo
Referências BNCC

Plano de aula - (Bebês, Crianças bem pequenas ou Crianças pequenas)

Tema RECICLAGEM

Campo de
experiência • Corpo, gestos e movimentos

Habilidades (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos
adultos.
Objetivos Quero que eles aprendem um pouco sobre como reciclar

Conteúdo RECICLAGEM
Duração 1HRS
Recursos didáticos Iremos utilizar papelão

Metodologia Iremos orientar as crianças a reciclar


Avaliação Observar como as crianças estão lhe dando com a reciclagem
Referências BNCC
CONSIDERAÇÕES FINAIS 13

Minhas considerações finais é que é muito importante o desenvolvimento das crianças,


na parte pedagógica e Aponta que o estágio supervisionado aproxima o estudante de
seu futuro campo de atuação profissional, pois proporciona a oportunidade de
relacionar as vivências pessoais experienciadas no campo de estágio com os
conhecimentos técnicos-científicos apreendidos no processo de formação.
Conclui que o estágio supervisionado permite construir conhecimentos que
contribuem para a formação da identidade profissional do professor, pois torna- se
uma oportunidade de visualizar, na prática, o seu futuro campo de trabalho.
REFERÊNCIAS 14

www.tise.cl/Volumen14/TISE2018/441.pdf
https://www.fundacaotelefonicavivo.org.br/noticias/metodologias-ativas-com-
tecnologias-digitais/
441.pdf (tise.cl)

Metodologias ativas com uso de tecnologias digitais: como funcionam?


(saraivaeducacao.com.br)

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