Você está na página 1de 26

Paulito Paulino Pinto de Queiroz Montenegro

Rogério Pedro
Tony Amisse Mutiriua

Métodos de Ensino na Disciplina de Biologia


Universidade Pedagógica
Delegação de Nampula
Campus de Nacala-Porto
Abril, 2017

Paulito Paulino Pinto de Queiroz Montenegro

Rogério Pedro
Trabalho de carácter avaliativo da Cadeira
Tony Amisse Mutiriua
de Didáctica de Biologia 1, do Curso de
Licenciatura em Ensino de Biologia
2o Ano EAD
1º Semestre/2017
Docente:
Celestino João

Métodos de Ensino na Disciplina de Biologia


Universidade Pedagógica

Delegação de Nampula

Campus de Nacala-Porto

2016

Índice

Introdução......................................................................................................................2

a)Método Placement ou Placemat..................................................................................3

b) Método Worlds Café.................................................................................................5

c)Método de Brainstorming...........................................................................................9

d) Método Fish Bowl ou Aquário................................................................................12

e) Método Experimental ou Experiencia.....................................................................13

Conclusão.....................................................................................................................17
Bibliografia..................................................................................................................18

Introdução

O presente trabalho da Cadeira de Didáctica de Biologia 1, tem como epicentro a


explanação detalhada de alguns métodos de ensino utilizados na lecionação das aulas de
Biologia, como é o caso dos métodos Placemet ou Placemat, Worlds Café,
Brainstorming, Fish Bowl e Experiências, com objectivo de integrar os estudantes na
teoria e prática de alguns conteúdos. Será com base estes métodos que o professor da
disciplina de Biologia poderá interagir melhor com os seus alunos, duma maneira mais
aproximada a realidade das coisas, ditas em plena a aula.

Abordaremos também as vantagens e desvantagens dos mesmos métodos, para que cada
professor no seu local de trabalho saiba adequar o método viável para um determinado
conteúdo, observando cuidadosamente cada momento da aula.
a) Método Placement ou Placemat

O método "placemat" pertence a você métodos de criatividade. Como o método


brainstorming ou o método 6-3-5, Placemat oferece aos participantes a oportunidade de
trabalhar um tema primeiro individualmente e depois no grupo. Todo o processo é o
resultado do trabalho é exibido. Esta estratégia de aprendizagem cooperativa permite
aos alunos pensar, registrar e compartilhar suas idéias em grupos. Cada membro do
grupo escreve idéias em um espaço ao redor do centro de um grande pedaço de papel.
Depois, o grupo compara o que cada membro escreveu e itens comuns são compilados
no centro do papel.

Objectivos de aprendizagem

 Para resumir um tópico;

 Para focar um assunto em um ponto;

 Para refletir sobre um tema;

 Para argumentar;

 Para chegar a um acordo em grupo;

 Para refletir sobre as opiniões dos outros;

Procedimentos

Os participantes devem sentar-se em grupos, seria melhor em grupos de quatro. Cada


grupo recebe uma folha de papel (DIN A2 ou A3), dividida em várias áreas como
mostrado pela Figura (roteiro).
O professor faz uma pergunta ou uma tarefa e cada participante deve escrever em seu
"bloco" ideias folha ou pontos de vista sobre o assunto.

Depois grupo membros deve ler e discutir as respostas individuais para finalmente
encontrar um resultado comum, que será escrito sobre o bloco no meio do papel.

Em plenária cada grupo apresenta e discute a solução para a tarefa

Resumidamente fica:

1. Atribua um tópico.

2. Formar grupos de até quatro membros.

3. Dê a cada grupo um pedaço de papel gráfico e cada aluno uma caneta ou lápis.

4. Divida o papel em partes com base no número de membros do grupo e deixe um


quadrado ou círculo central.

5. Peça aos alunos que escrevam suas idéias sobre o tema designado nos espaços
designados. Depois de compartilhar suas idéias, eles escrevem idéias comuns no centro
do artigo.

Funções Didácticas

 Como entrada para um tópico;


 Para ativar o conhecimento prévio;

 Para trocar ideias;

 Para ampliar as perspectivas;

 Para concluir um tópico;

 Para lembrar um tópico.

Dicas e Ideias de Gestão

 Informar os alunos que eles devem estar preparados para compartilhar suas
respostas.

 Incentivar o pensamento independente, bem como a partilha de grupos.

 Monitorar as discussões para confusões comuns que podem ser abordadas mais
tarde com todo o grupo.

Vantagens

 Quando os alunos têm "tempo de pensar" apropriado, a qualidade das suas


respostas melhora.

 Os alunos estão ativamente envolvidos no pensamento e o pensamento


independente é encorajado.

 Um pensamento mais crítico é mantido a partir de uma lição na qual os alunos


tiveram a oportunidade de discutir e refletir sobre o tema.

 Muitos alunos acham mais seguro ou mais fácil entrar em uma discussão com
um grupo menor.
 É importante que os alunos aprendam a construir sobre as ideias dos outros, a
combinar pensamentos comuns e a escrevê-los como um grupo.

Desvantagens

 A incapacidade do moderador num debate leva ao insucesso do grupo todo;


 Usa muito tempo na sua execução;
 Inibe aos estudantes mais fracos a exposição das suas ideias, passando a serem
simples observadores;
 Não funciona melhor para problemas não genéricos;
 Inibe criatividade e gera fixação de ideias;
 Leva a conformidade e a fixação de ideias de outros;

Este método pode se empregar no final de uma unidade de aprendizagem, no início de


uma unidade de aprendizagem, ou como um método de textos de síntese de trabalhos.

b) Método Worlds Café

Possivelmente você já participou de um bate-papo na hora do cafezinho onde, de


repente, surgiram ideias, insights (compreensão súbita de alguma coisa ou
determinada situação), sugestões... Já?
O "World Café", semelhante à situação descrita anteriormente, é um fantástico método
de conversação que objetiva promover diálogos construtivos, para descobrir a
inteligência coletiva, aumentar a capacidade coletiva de criar e trocar conhecimento.

O método foi criado em 1995 quase que por acaso por Juanita Brown e David Isaacs.
No livro "O World Café: Dando forma ao nosso futuro por meio de conversações
Significativas e Estratégicas", eles explicam que em uma tarde com chuva torrencial
tiveram que mudar a arrumação da tradicional formação do círculo de diálogo. O jeito
foi espalhar algumas mesas pequenas e cadeiras pelo espaço disponível. Tomi Nagai-
Rothe, primeira a chegar, comentou que as mesinhas estavam parecendo mesas de um
café. Juanita decide, então, enfeitar com plantinhas. Tomi põe crayons em cada uma das
mesas e faz um cartaz "Bem-Vindo ao Homestead Café", em referência ao endereço.

Assim surgiu o cenário para realização do World Café ambientado com mesas para
quatro a cinco pessoas, preferencialmente redondas, lembrando as mesinhas de uma
"Casa de Café". Em cima de cada mesa um toque especial com flores, canetas e lápis
para desenho, e toalha de papel que sirva para as anotações do grupo.

De forma bem resumida, o World Café acontece da seguinte forma: os participantes


sentam à mesa e após as explicações, em relação ao processo de trabalho, pressupostos e
etiqueta do Café, seja iniciada uma conversação sobre um tema/pergunta pré-definidos.
As ideias-chaves são anotadas na toalha da forma como os participantes julgarem
melhor. Terminado o tempo da rodada, em torno de 20 a 30 minutos, os participantes da
mesa exceto um, deverão mudar para outras diferentes mesas. Aquele que permaneceu
na mesa tem a responsabilidade de receber os novos companheiros, apresentar o que foi
sintetizado "na toalha" e estimular que sejam compartilhadas as conversações
experimentadas nas outras mesas. Nesse momento, inicia-se o processo de polinização
cruzada, que acontece durante todas as rodadas do "World Café". Esse conteúdo deve
ser incorporado ao registro daquela mesa. Terminada aquela rodada novamente os
participantes, menos um, mudam de mesa e, dependendo do objetivo da conversação,
continuam na mesma questão ou recebem um novo detalhamento ou um novo foco. O
processo todo pode levar algumas horas ou mesmo dias.

Dependendo ainda dos "3 Ps", Propósito, Participantes e Parâmetros, o "World Café"
pode ser precedido pelo uso de métodos mais convencionais como, por exemplo, a
apresentação do tema através de uma Palestra. Também o fechamento do trabalho
poderá ser realizado de diferentes maneiras.

Não muito diferente de outros métodos que objetivam actividades com grandes grupos,
pois, em princípio não existe número limitado de participantes, o World Café exige a
figura de um Anfitrião que se chama de "Ancora", que tem a responsabilidade da
coordenação geral dos trabalhos ou desenhista ou designer gráfico para a tradução do
conhecimento produzido em imagens. A atuação desse Anfitrião no antes, durante e
depois do "World Café", é de fundamental importância para criar e manter um ambiente
descontraído e propício para despertar nos participantes a vontade de compartilhar.

É claro que o processo de Conversação Colaborativa proposto pelo "World Café" não
acontece de forma mágica. O "Anfitrião Ancora" e os demais Anfitriões precisam estar
devidamente preparados para facilitação de grandes grupos, para a utilização dos
Pressupostos, Ética do Café, bem como dar especial atenção aos três elementos básicos:
propósitos, participantes e parâmetros e dos 7 Princípios básicos do "World Café" que
destacaremos seguidamente:

1. Entenda o propósito do todo. Se você quer garantir um bom World Café, garanta
que você entende o por quê das pessoas estarem ali e o que deve ser atingido. Ficar
rodando em mesinha dialogando sobre inutilidades não gera valor para ninguém. A
partir disso você saberá que tipo de envolvimento você terá, quais perguntas serão
propostas, quantos rounds serão, qual a forma de registrar o conhecimento gerado
(colheita), etc.

2. Crie um espaço hospitaleiro, pois tudo depende de quanto as pessoas querem


contribuir. Quanto elas querem contribuir depende de como nós, como anfitriões,
conseguimos fazê-las se sentirem acolhidas e confortáveis. Há exemplos interessantes,

se você quiser saber, comente que eu compartilho!

3. Explore perguntas que importam. Já falei sobre isso, mas vale entrar na to-do.
Cara, se você fizer uma pergunta que o pessoal vai interpretar totalmente errado, adeus
World Café.

4. Encoraje a contribuição de todos. A principal premissa do World Café é que o


conhecimento e sabedoria que precisamos estão presentes e acessíveis.
5. Conecte perspectivas diferentes. Isto é, faça com que os grupos mais diversos
interajam entre si. Se você tem pessoas diferentes (ex: moradores de comunidade,
iniciativas privadas, servidores públicos, empreendedores sociais), faça (de preferência
de uma maneira sutil) com que cada grupo tenha atores de cada uma dessas áreas. A
divergência de backgrounds e objetivos é importantíssima!

6. Identifique padrões e insights. O objetivo no final é agregar valor a um tema


central, correto? Portanto é muito importante que padrões e insights sejam identificados,
para que o valor final seja gerado.

7. Compartilhe as descobertas. O momento mais interessante (e emocionante, eu


diria) é compartilhar tudo o que foi aprendido. Veja essa cena, que emocionante!

Vantagens do Worlds Café

Partindo ainda do princípio que as pessoas já possuem no seu interior a sabedoria e a


criatividade para enfrentar até mesmo os mais difíceis desafios, a utilização dos
processos, princípios, e padrão "World Café", possibilita Líderes, Facilitadores,
Moderadores, enfim, pessoas que trabalham com grupos, a criar intencionalmente redes
dinâmicas de conversação e de polinização cruzada de ideias e conhecimentos, gerando
uma evolução acelerada de trocas e o World Café pode dar uma contribuição especial
quando o objetivo é o uso focalizado do diálogo para aumentar relações produtivas,
aprendizado colaborativo e insight coletivo em torno dos desafios da vida real e de
questões estratégicas”. “Ao mesmo tempo, o World Café se concentra na troca familiar,
na pesquisa disciplinada, na polinização cruzada de idéias, e o pensamento em
possibilidades tende a criar segurança psicológica e reduzir exibições impróprias e o
apego das pessoas a seu próprio ponto de vista”. (Brown e Isaacs, 2007: 24-25)

Exercitando o "World Café", percebemos as suas implicações práticas imediatas no jeito


de se fazer reuniões, na criação de conhecimento, na concepção de inovações rápidas,
no engajamento das partes interessadas e em mudanças em larga escala.

O World Café é utilizado em todo o mundo em empresas dos mais diversos segmentos e
tamanhos. Tendo a possibilidade de se aplicar a qualquer número de participantes é uma
excelente metodologia para compartilhar conhecimentos, ideias, visões e experiências,
que resultaram no relacionamento mais profícuo e cordial entre os membros de uma
empresa, transversalmente aos níveis de decisão; melhoria do ambiente interno da
instituição; soluções coletivas e com maior potencial de criatividade; estudo/discussão
de temas em profundidade, gerando resultados menos superficiais e mais propensos à
ação concretizadora; planeamentos mais completos e abrangentes com relação a todos
os possíveis factores envolvidos no tema abordado; maior confiança e sentimento de
participação nos convidados; sentimento de pertença e de bem-estar; estreita relação
entre coração, mente e resultado; conhecimento e aprendizado compartilhado; estimula
a participação coletiva, independentemente das qualidades de cada um

sejam elas favoráveis ou não promovendo um sentimento de ligação entre as pessoas;


favorece a emergência de uma atmosfera que propicia a evolução da percepção e do
insight criativo; permite sintetizar descobertas e induz o compartilhamento do capital
edificado; promove a troca do ambiente competitivo pelo colaborativo, entre outros.
Criar sinergia e comprometimento, estimular inovação e mudanças, enfim estimular e
acessar a inteligência e sabedoria coletiva.

Desvantagens do método Worlds Café

 A incapacidade do moderador num debate leva ao insucesso do grupo todo;


 Usa muito tempo na sua execução;
 Inibe aos estudantes mais fracos a exposição das suas ideias, passando a serem
simples observadores;

c) Método de Brainstorming

Brainstorming significa tempestade cerebral ou tempestade de ideias. É uma


expressão inglesa formada pela junção das palavras "brain", que significa cérebro,
intelecto e "storm", que significa tempestade.

É uma dinâmica de grupo que é usada em várias empresas como uma técnica para
resolver problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para
juntar informação e para estimular o pensamento criativo.
Brainstorming é um método criado nos Estados Unidos, pelo publicitário Alex Osborn,
usado para testar e explorar a capacidade criativa de indivíduos ou grupos,
principalmente nas áreas de relações humanas, dinâmicas de grupo, publicidade e
propaganda. Também conhecida como Método 6-3-5, esta prática, desenvolvida pelo
professor alemão Bernd Rohrbach, tem como alvo gerar 108 ideias em apenas meia
hora.

A técnica de brainstorming propõe que um grupo de seis (6) pessoas supervisionadas


por um moderador se reúnam e utilizem seus pensamentos e ideias para que possam
chegar a um denominador comum, a fim de gerar ideias inovadoras que levem um
determinado projeto adiante. Ao longo do processo, os participantes são encorajados a
elaborar as ideias dos demais e, a fim de estimular suas próprias, devem ler os registros
de todos os outros. Nenhuma ideia deve ser descartada ou julgada como errada ou
absurda, todas devem estar na compilação ou anotação de todas as ideias ocorridas no
processo. Assim, depois de seis rodadas em trinta minutos de actividade, o grupo
alcança o objetivo fundamental do Brainwriting – 108 novas ideias.

O ponto central de uma sessão de Brainwriting está na qualidade da questão, pois


quando esta é elaborada de modo eficiente tende fortemente a resultar em respostas
eficazes. Outras características dessa técnica são:

 Extremamente simples de usar e não necessita de muita preparação;

 Permite a participação de todos, sem inibição dos participantes mais


introvertidos;

 Indicado para usar quando há conflito entre as pessoas, pois o foco está no
problema.

Princípios

Os dois princípios são:

 Atraso do julgamento;

 Criatividade em quantidade e qualidade


A maioria das más ideias são inicialmente boas ideias. Atrasando ou adiando o
julgamento, é dada a hipótese de se gerarem muitas ideias antes de se decidir por uma.

De acordo com Osborn, o humano é capaz tanto do julgamento como da criatividade.


Embora, a maioria da educação nos ensine apenas a usar o julgamento. Nós apressamos
o julgamento. Quando praticamos o atraso do julgamento, permitimo-nos usar a nossa
mente criativa para gerar ideias sem as julgar. Primeiro, não parece natural, mas depois
tem as suas recompensas.

Quando geramos ideias, é necessário ignorar as considerações à importância da ideia, à


sua usabilidade, à sua praticabilidade. Neste patamar, todas as ideias são iguais. É
necessário atrasar o julgamento enquanto ainda não se terminou a geração das ideias.

O segundo princípio é relativo à quantidade e qualidade da criatividade. Quanto mais


ideias forem geradas, será mais provável encontrar uma boa ideia. A técnica de
brainstorming tira vantagem de associações que se desenvolvem quando se consideram
muitas ideias. Uma ideia pode levar a uma outra. Ideias más podem levar a boas ideias.
Brainstorming dá-nos a hipótese de pôr as ideias que passam pela cabeça no papel, de
maneira a conseguir obter as melhores delas.

Regras

As quatro principais regras do brainstorming são:

 Críticas são rejeitadas: Esta é provavelmente a regra mais importante. A não


ser que a avaliação seja evitada, o princípio do julgamento não pode operar. A
falha do grupo ao cumprir esta regra é a razão mais crítica para que a sessão de
brainstorming não resulte. Esta regra é aquela que primariamente diferencia um
brainstorming clássico dos métodos de conferência tradicionais.

 Criatividade é bem-vinda: Esta regra é utilizada para encorajar os participantes


a sugerir qualquer ideia que lhe venha à mente, sem preconceitos e sem medo
que isso o vá avaliar imediatamente. As ideias mais desejáveis são aquelas que
inicialmente parecem ser sem domínio e muito longe do que poderá ser uma
solução. É necessário deixar as inibições para trás enquanto se geram ideias.
Quando se segue esta regra, cria-se automaticamente um clima de brainstorming
apropriado. Isso aumenta também o número de ideias geradas.

 Quantidade é necessária: Quanto mais ideias forem geradas, mais hipóteses há


de encontrar uma boa ideia. Quantidade gera qualidade.

 Combinação e aperfeiçoamento são necessários: O objetivo desta regra é


encorajar a geração de ideias adicionais para a construção e reconstrução sobre
as ideias dos outros.

Vantagens

 Extremamente simples de usar e não necessita de muita preparação;

 Permite a participação de todos, sem inibição dos participantes mais


introvertidos;

 Indicado para usar quando há conflito entre as pessoas, pois o foco está no
problema.

 Interatividade; com a troca de informações e conhecimentos a interação entre


os colaboradores da sua empresa é consequentemente muito maior.

 Expor ideias; a ideia principal de uma sessão de Brainstorming é fazer com que
as pessoas exponham ideias que não surgiriam de outra forma e que surgiram
graças aquela situação.
 Colaboradores mais valorizados; uma vez que a empresa se preocupa em ouvir
as pessoas que fazem parte de sua equipe, elas se sentem mais valorizadas e
motivadas, quando suas ideias são implantadas e dão certo.
 Resolver problemas; como as ideias vêm de pessoas que já conhecem o seu
negócio muitas vezes surgirão mais que ideias, respostas e soluções de
problemas podem ser apresentadas de maneira dinâmica.
 Ambiente da empresa; ajuda e estimula o espírito do trabalho em equipe,
trazendo um ambiente mais descontraído e tranquilo para se trabalhar, além de
trazer melhoria na relação entre os participantes.
 Ajuda na comunicação; como já falamos, as pessoas ficam mais soltas, se
sentindo mais a vontade para se comunicar, até mesmo com quem não faz parte
do seu dia a dia, e com o tempo o receio de que suas ideias sejam rejeitadas
acaba desaparecendo.
 Confiança; os gerentes passam a ter mais confiança no trabalho da equipe ao
ver que escutá-la pode ser a grande solução, e com isso a relação é fortalecida.
 Incentivo; o Brainstorming incentiva as pessoas a quererem colocar em prática
toda capacidade e tudo aquilo que poderá ajudar de alguma forma. É muito fácil
fazer um Brainstorming, você terá resultados positivos não só financeiramente,
mas irá perceber que a relação entre as pessoas também melhorará. É essencial
ter sempre metas traçadas, saber aonde se quer chegar, quando você tem uma
meta traçada as chances de ideias e inspirações certas surgirem são muito
maiores, você alcançará o objetivo mais rápido e de forma eficaz.

Desvantagens

 Não funciona melhor para problemas não genéricos;


 Inibe criatividade e gera fixação de ideias;
 Leva a conformidade e a fixação de ideias de outros;
 O brainstorming pode não ser o melhor caminho a tomar quando o objectivo é a
liberação da criatividade e a geração de ideias originais e variadas- justamente o
que é tido como o seu maior trunfo;
 Os exercícios de brainstorming podem levar à fixação em apenas uma ideia ou
possibilidade, bloqueando as outras ideias e possibilidades;
 Ocorrência inconsciente de fixação de ideias dos outros, levando os membros do
grupo a sugerirem ideias dos seus parceiros do debate, tornando-se
potencialmente menos criativa;
 Requere gasto de muito tempo para a sua execução;
 Não é eficaz para pessoas sem imaginação, tímidas e quietas;
 Por ser muito democrático, as pessoas passam a funcionar com uma liberdade
total que não favorece na elaboração de ideias melhores;
 Não é eficaz em grupos maiores, pois maior parte do grupo limita-se em
dispersar-se no meio da multidão.
d) Método Fish Bowl ou Aquário.

É um formato de discissão em grupo que promove diálogo e troca de experiências, entre


os participantes da sessão e permite que todos tenham as mesmas chances de opinar e
expressar seus pontos de vista.

Essa metodologia foi criada por Renate Fruchter diretora do PBL Lab da Universidade
de Stanford. O método de aprendizagem Fishbowl foi inspirado com base nos
ambientes das escolas de medicina, onde especialistas operam seus pacientes em salas
de cirurgias com paredes de vidro, onde os estudantes ficam do lado de fora observando.

Como funciona!?

A sala é organizada com cadeiras dispostas em círculos concêntricos voltados para o


centro dos círculos, onde são posicionadas cinco (5) ou 7 (sete) cadeiras. Essas cadeiras
centrais são denominadas de Fish Bowl ou Aquário. A sessão começa com quatro (4)
ou seis (6) participantes nas cadeiras centrais enquanto uma fica livre. O moderador
apresenta o tema para ser debatido pelos participantes centrais ( 4 ou 6), dai dá-se o
iníco da discissão.
Para os restantes participantes, prestam atenção e escutam a discissão. Quando um
espectador quiser entrar na discissão, levanta-se e vai ocupar a cadeira livre do Fish
Bowl. Nesse momento um dos quatro (4) ou seis (6) participantes deixa voluntariamente
ou obrigatoriamente a discissão, mantendo sempre uma cadeira livre para que seja
possível mais participantes interessados entrar na discissão a qualquer momento da
sessão.

A dinâmica de entrada e saída de participantes no Fish bowl acontece continuamente


durante à discussão, sem interrompê-la. Em uma sessão de 50 minutos, é comum ver
dezenas de trocas nas cadeiras do centro. Cada participante pode entrar na discussão
quantas vezes quiser, ou, não entrar nenhuma vez e apenas observar a discussão. Cada
participação pode durar alguns minutos, com argumentações, a alguns segundos, com a
exposição de um ponto de vista independente.

A cada 6 minutos, o moderador verifica com a plateia se o debate daquele tema deve
continuar ou se preferem mudar de assunto. Quando a resposta é positiva, o tema ganha
mais 6 minutos de debate.

Vantagens

 Permite que o grupo inteiro participe e dê a sua opinião;


 Adapta-se muito bem a grandes grupos;
 Não dá distinção dos speakers e da audiência, já que todos têm oportunidades
de contribuir;
 Muito popular em desconferências.

Desvantagens

 Não e eficaz a grupos com menor número de participantes;


 Funciona sem auxílio de um moderador, mesmo ele presente;

e) Método Experimental ou Experiencia.

O Método experimental ou de Experiencia é um conjunto de procedimentos


rigorosos que, desenvolvendo-se habitualmente em contexto laboratorial, procura
controlar variáveis estranhas ou parasitas de modo a que os resultados se devam única e
simplesmente à manipulação da variável independente, isto é, que se a esta se devam as
alterações na variável dependente. O método experimental como o próprio nome diz é
uma experiencia, é fase de testes, a partir do qual o cientista busca a comparação ou não
dos fenómenos ou factos sem estudo. Ele passa por vários passos como a observação,
hipótese, experimentação, generalização e teoria.

Etapas:

1. Formulação de um problema – “os programas televisivos violentos afectam o


comportamento das crianças?”

Apresentação de uma hipótese – “os programas televisivos violentos provocam um


aumento do nível de agressividade do comportamento das crianças.” A hipótese é a
explicação que achamos boa para um problema e que vai ser testada ou experimentada.

2. Experimentação

2.1. Controlo e manipulação das variáveis – esta etapa tem várias fases:

a) Identificação das variáveis relevantes

As variáveis relevantes são as variáveis entre as quais se procura estabelecer uma


relação causa-efeito. Analisando a hipótese, surge em primeiro lugar a variável
independente (grau de violência dos programas televisivos). Em segundo lugar surge a
variável dependente (o nível de agressividade do comportamento das crianças).

A variável independente é o factor ou comportamento que é manipulado pelo


experimentador com o objectivo de observar o efeito dessa manipulação noutro factor
ou comportamento que é a variável dependente. À V.I. dá-se também o nome de
variável experimental ou activa. Diz-se independente porque pode ser manipulada
independentemente de outros factores.

A variável dependente é o factor ou comportamento que depende da manipulação


da variável independente, isto é, do grau de violência dos programas televisivos. Diz-se
dependente porque depende da manipulação da V.I. e do que acontece aos sujeitos na
experimentação.
Assim, a variável independente é manipulada e a variável dependente é medida (mede-
se o nível de agressividade).

Que variáveis se pretende controlar? As variáveis ditas estranhas, externas ou


parasitas, que não estão presentes na hipótese. Só a variável independente deve
condicionar a variável a variável dependente. Por isso qualquer interferência de outras
variáveis – ditas externas – é indesejável e põe em causa a validade dos resultados
finais. Que variáveis são essas? As condições socio-económicas das crianças
participantes, o sexo a que pertencem, a temperatura ambiente no laboratório (não deve
ser nem alta nem baixa), as condições de luminosidade e também o facto de as crianças
terem já visto os programas (não os devem ter visto). Todas estas variáveis devem ser
neutralizadas, postas de “fora de circuito”.

b) Definição operacional das variáveis relevantes

Definir operacionalmente uma variável é quantificá-la, indicar em termos numéricos


como operar com ela.

c) Definir operacionalmente a variável independente significa dizer qual a duração dos


programas televisivos [violentos (dragonball) e não violentos (Teletubbies)] a que os
diferentes grupos de crianças vão assistir, isto é, o número de minutos da sua exibição.

d) Definir operacionalmente a variável dependente (o nível de agressividade) significa


indicar, depois de vistos os programas e durante um determinado tempo (30 minutos,
por exemplo), o número de comportamentos agressivos (agressões verbais e físicas a
pessoas ou objectos) que ocorrem quando as crianças interagem umas com as outras.
Estes procedimentos (que programas são vistos, a sua duração e o modo como se mede
a agressividade das crianças) são indispensáveis para o rigor e eventual replicabilidade
do experimento.

e) Selecção dos sujeitos participantes:


O comportamento das crianças – a sua agressividade – é o objecto de estudo. Mas
que crianças vamos estudar? Suponhamos que são crianças portuguesas nas faixas
etárias dos 4 aos 6 anos.

É esta a população-alvo do nosso estudo. Como não cabem todas no laboratório,


melhor dizendo, como é impossível estudá-las todas, temos de constituir uma amostra
representativa ou significativa dessa totalidade que são as crianças dos 4 aos 6 anos.
Para a amostra ser representativa tem de haver um equilíbrio entre os representantes de
cada sexo. Por exemplo, um excessivo número de rapazes na amostra iria adulterar os
resultados porque a investigação psicológica revelou que os rapazes são por natureza
mais agressivos do que as raparigas. Por outro lado não é só a biologia que predispõe a
agressividade. Condições socioeconómicas relativamente precárias também a podem
condicionar. Por isso é importante não haver na amostra só crianças economicamente
favorecidas nem crianças economicamente desfavorecidas. Além disso, deve evitar-se
um excesso de crianças de um determinado estrato económico em relação a outro. É
conveniente que o experimentador interrogue as crianças seleccionadas sobre se já
viram os programas que vão ser exibidos.

f) Constituição dos grupos experimental e de controlo

Formada a amostra representativa, trata-se de distribuir as crianças seleccionadas


por dois grupos respeitando critérios já seguidos na constituição da amostra
significativa. As crianças são distribuídas pelos grupos mediante uma técnica
denominada amostragem aleatória.

O grupo experimental é, segundo a definição dos psicólogos experimentais,


aquele que “recebe o tratamento” «, que é submetido à manipulação da variável
independente. Mais precisamente, vai assistir a programas de televisão violentos. O
grupo de controlo não é submetido à manipulação da variável independente ou
experimental. É o grupo de controlo porque, comparando o nível de agressividade
revelado pelos seus membros depois de verem programas não violentos, podemos
verificar se a diferença em relação ao grupo experimental é significativa ou não para a
comprovação da hipótese.
3. Observação e registo de dados

Observa-se o comportamento das crianças de ambos os grupos e regista se,


mediante tecnologia sofisticada, a frequência com que acontecem, durante determinado
espaço de tempo, estados agressivos verbais ou físicos e tendo como objecto pessoas ou
coisas.

4. Conclusão e generalização dos resultados

Suponhamos que, numa escala de 0 a 10, o grupo experimental revelou um nível de


agressividade de 9,8 e que o grupo de controlo (que viu programos não violentos)
revelou um nível de agressividade de 4,3. A diferença é bastante significativa, pelo que
a hipótese – os programas violentos provocam um aumento de agressividade das
crianças (dos 2 aos 6 anos) – se afigura boa. Se as variáveis estranhas ou parasitas foram
devidamente controladas, isto é, se somente a variável independente exerceu influência
sobre a variável dependente, então o experimento tem validade interna. Deste modo, é
legítima, embora relativa, a generalização dos resultados: são válidos não só para as
crianças dos 4 aos 6 anos que estiveram no laboratório como para todas as crianças de 4
aos 6 anos, é chamada validade externa, sempre discutível.
Conclusão

Na lecionação das nossas aulas é importante considerar, entretanto que os métodos de


ensino são o caminho para se chegar a um determinado objectivo. A maioria dos
métodos em estudo têm uma bagagem muito importante, facto que todos eles levam ao
estudante a cultivar o interesse de procurar informar-se por meio de pesquisas, a ser
criativo e a saber expor o seu ponto de vista, preparando-se também numa possível
defesa da sua opinião. Todos eles têm quase a mesma teoria de abordagem dos
conteúdo, pelo facto de que tendem sempre a colocar os estudantes num debate de troca
de experiências, onde cada um coloca ou elabora suas ideias, sem interferência dos
outros. A grande desvantagem destes métodos é de que precisam de muito tempo e um
moderador muito atencioso e preparado.
Bibliografia

 http://blog.luz.vc/tendencias/world-cafe/#sthash.LryiCVR9.dpuf;
 http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAcia;
 blog.luz.vc/tendencias/world-café;
 http://agiletrendes.br.com/fish bowls/;
 http://henriquetmzblog;
 www.rh.com.br/criatividade/Dicas;
 www.oxigenweb.com.br/artigos/;

Você também pode gostar