Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• A acalasia pode ser dividida em primária (idiopática), forma mais comum no mundo, ou secundária. A principal causa
secundária de acalasia no Brasil é a doença de chagas. Nas áreas endêmicas da doença de chagas, sempre devemos
considerar a possibilidade de “esofagopatia chagásica” em pacientes com acalasia.
• Outras doenças associadas a acalasia, porém não muito comuns, incluem: neoplasia (principalmente carcinoma
gástrico), amiloidose, sarcoidose, neurofibromatose, esofagite eosinofílica, neoplasia endócrina múltipla tipo 2,
síndrome de Sjögren juvenil com acalasia e hipersecreção gástrica, pseudo-obstrução intestinal crônica idiopática e
doença de Anderson-Fabry.
• A acalasia resulta da inflamação e degeneração dos neurônios presentes na parede do esôfago. Na acalasia primária
(idiopática) não se conhece ainda a causa dessa inflamação, porém alguns estudiosos propõem a associação da
inflamação à presença de anticorpos secundários à resposta a uma infecção viral (herpes zoster, sarampo).
• A invasão dos plexos mioentéricos de Auerbach e Meissner pelo Trypanosoma Cruzi, protozoário causador da doença de
Chagas, causa disfunção do relaxamento do EEI, ao mesmo tempo em que lesa neurônios importantes para a peristalse
do corpo esofagiano. A doença é mais comum no sexo masculino, e tem o mesmo quadro clínico da acalasia idiopática
• A destruição dos neurônios colinérgicos do plexo mioentérico, bem como dos neurônios que produzem óxido nítrico,
afeta o EEI, causando aumento da sua pressão basal e perda da capacidade de relaxamento adequado do esfíncter. Na
musculatura lisa da parede do esôfago, a perda desses neurônios inibitórios causa aperistalse.
SINTOMAS CLÍNICOS
• Disfagia (principal sintoma tanto para líquido quanto para sólidos);
• Regurgitação;
• Dor torácica;
• Tosse noturna;
• Azia e pirose (queimação);
• Perda de peso
DIAGNOSTICO
»O diagnóstico pode ser feito por meio de exame e histórico clínico. No entanto, como essa doença
apresenta sintomas semelhantes a outras patologias que acometem o esôfago, faz-se importante a
realização de exames de imagem, como por exemplo, endoscopia digestiva alta e raio-x contrastado do
tubo digestivo alto. O segundo exame em questão mostra a ausência de contrações peristálticas
progressivas durante a deglutição, porém evidencia a doença apenas quando já há dilatação do
esôfago.
»O principal método de diagnóstico é a MANOMETRIA ESOFÁGICA, onde os achados mais comuns são:
1.Ausência de ondas peristálticas no corpo esofágico, que pode apresentar-se atônito ou mostrar
apenas ondas simultâneas, não peristálticas, de amplitude variável;
2.Relaxamento apenas parcial e incompleto da cárdia, normalmente associado à hipertensão
esfincteriana;
3.A pressão intra-esofagiana, geralmente menos que a pressão intra-gástrica, pode estar aumentada
pela presença de resíduos alimentares no seu interior.
TRATAMENTO
»TRATAMENTO FARMACOLÓGICO»
• O tratamento farmacológico da acalasia é feito principalmente
com nitratos e bloqueadores dos canais de cálcio. Esses medicamentos reduzem a pressão
do LES e aliviam a disfagia, com pouco ou nenhum efeito no relaxamento do LES ou
na peristalse esofágica.5-45 Tanto a forma sublingual quanto a oral têm efeitos
colaterais proibitivos, incluindo dor de cabeça e tontura.44 Os bloqueadores dos canais de
cálcio têm efeito máximo 20- 45 minutos após a ingestão, com uma duração de efeito de 30
- 120 minutos. O efeito máximo dos nitratos é de três a 27 minutos após sua ingestão, com
uma duração de efeito de 30 a 90 minutos.
• Um estudo observacional relatou que a maioria dos pacientes tratados
com nifedipina apresentou melhora dos sintomas que persistiram no acompanhamento de
um ano.45 Outros medicamentos, como loperamida, cimetrópio e sildenafil, diminuem a
pressão do EEI, mas não aliviam a disfagia em pacientes com acalasia.46-48
»INJEÇÃO ENDOSCÓPICA DA TOXINA BOTULÍNICA (ITBE)»