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Antifúngicos 

Docente: Cristiane Effting | Disciplina: Farmacologia II

Discentes: Brenndah Barros, Cássia Rani, Faílla Vitória, Geovanna Cardoso, Lara Beatriz e Laura Rocha
Fungos são:

Microrganismos eucariontes de vida livre


• Parede celular rígida com quitina;
• Ergosterol em vez de colesterol;

• Leveduras (esféricos);
• Bolores (multicelulares);
• Dimórficos.

Fungos e seres humanos dispõem de vias 
metabólicas homólogas

Fonte: Golan, 2014 Fonte: Farmacologia ilustrada, 2016


Antifúngicos são:
Evolução da farmacoterapia
antifungica
Associações de antifungicos em pessoas Aumento de Mortalidade e Morbidade -
com infeções refratarias 1980- Epidemia de Aids
Pesquisa de novos fármacos antifungicos
Pós Epidemia de Aids
1988- Tratamento empirico; melhorou os azóis
antifungicos
Flucitosina + Anfotericina
Nistatina e Amicina- Uso B = Toxicidade
tópico secundária

Sem nenhum valor Clotrimazol ___ Miconazol


terapeutico 1970- Surge a flucitosina
Anfotericina B- Uso
parenteral
1950- Não tinha drogas 1970- Desenvolvimento de
antifungicas 1961- Anfotericina B usada imidazóis (tópico)
pela primeira vez.
1951- Brown e Hazen
descobriram os polienos, Os primeiros imidazóis
esses modificaram a terapia foram: clotrimazol e clotrimazol - Enzima
antifungica 1980- Cetoconazol itraconazol hepatica P450 - Droga
Suícida
Resistente: Aspergillus e
Fusarium e etc..
Antifúngicos
Fatores que contribuem com o
Os antifúngicos possui duas formas de administração: 
aumento de infecções fúngicas de
modo geral

Uso de antibióticos de largo espectro;


Uso tópico
Uso de corticosteróide;

Quimioterapia antineoplásica;

Utilização de cateter e implantes de permanência;

Uso de drogas imunossupressoras para transplante de


órgãos;

Pandemia de Aids;
Uso sistêmico
Irradiação.
Classificação das drogas antifúngica 
Baseia em dois critérios 
Químico  Clínico
 
 Antibióticos (Polienose Benzofuranos  Antifungicos sistemicos para
heterociclico); infeccções sistêmicas; 

 Antimetabólito;   Antifúngicos sistemicos para


infeccções mucocutâneas; 
 Azóis; 
 Antifúngicos para uso tópico.
 Alilamina;

 Outros Fármacos. 
 
Diabética

Caso clínico Internada há duas semanas


Infarto agudo do
miocárdio (IAM)

Acamada

Uso de sonda vesical de demora.


Tratamento para infecção
de trato urinário (ITU)

Mulher, 84 anos
Fonte: Titanic, 1998

• Não informa alergias

Fonte: Freitas, 2018


Uronocultura Crescimento de
Candida sp
Sem identificação e sensibilidade

Fonte: Vitat, 2022

 Ordem de 105 UFC/mL e o clínico optou pelo tratamento com Fluconazol 400 mg EV, 1X ao dia.

Após 3 dias

• Agravo do quadro febril.


• Queixas frequentes de dores fortes nas costas e no baixo ventre.
Medidas tomadas:
Crescimento da espécie
Candida glabrata 
Retirada da sonda
Médico solicita Ultrapassou 107 UFC/mL
identificação
(espécie e
Nova coleta de urina é realizada antibiograma). Resistência da
e Hemolcultura cepa ao fluconazol.

Fonte: Medway, 2020

Com isso:

• Candidemia;
Substituído
• Provável pielonefrite (dor
nas costas e febre).

Fonte: Vitalis, 2020


2° dia do novo esquema terapêutico 4° dia do novo esquema terapêutico

• Melhora significativa dos sintomas; • Contagem de colônias na


• Hemocultura é negativa; urina negativa;
• Contagem de colônias na urina • Internada, em avaliação dos parâmetros
começa a diminuir. cardíacos e melhora o estado geral.

Fonte: Titanic, 1998


Candida 
 Consiste em um genero de fungo;  Os fungos são estruturas simples porém que
ocasiona uma gravidade;

 Apresenta várias espécies diferentes como por


exemplo Candida  Encontrado em nossa boca, intestinos e nas
Glabrata,Albicans,Tropicalis… vaginas das mulheres. 

 Os fungos são estruturas


simples, porém ocasiona uma gravidade;  O género Candida apresenta uma
elevada capacidade adaptativa (Giolo,
Inez, e Svidzinski, 2010).

Sexuada / Presença de
Assexuada  O/ Ausência
Candidemia
 Presença de Candida na corrente sanguinea;

  A incidência de infecções fúngicas como a


ü Caso mais grave- Sistemica/invasiva; candidemia tem aumentado nas últimas décadas.
Isso é atribuído ao aumento do número de
pacientes com supressão imune crônica.
 Recorrente entre 10% a
12% das infecções hospitalares;  A candidémia pode ser considerada uma forma de
candidose sistémica prévia ao comprometimento de
órgãos profundos
Candidiúria
Pesquisas indicam que a evolução da candidúria para candidemia pode Presença de Candida na urina recebe esse termo.
ocorrer, contudo o diagnóstico precoce diminui as chances .
Surge em pacientes expostos a fatores de risco, visto que
em pacientes expostos a fatores de risco para infecção
urinária por Candida, o achado de candidúria pode
significar colonização ou infecção.

Candidiúria - Não necessariamente envolve a presença de


sinais e/ou sintomas de infecção urinária, pode ser definido
como o crescimento de Candida sp em culturas de urina
coletadas por técnicas apropriadas.
PATOLOGIA das infecções fúngicas 
SISTEMA IMUNE  PATOGENICIDADE
DO FUNGO
Candida Glabrata
nas últimas duas décadas o número de
infecções por espécies Candida A principal fonte de infecção por C. glabrata é
glabrata aumentou de forma endógena,porém possui exogena.
significativa ;

C. glabrata é uma preocupação crescente em


possui capacidade de desenvolvimento de resistência aos
ambientes clínicos, onde causa infecções da
Azóis
mucosa e está relacionada a cerca de 15% de
todas as infecções sistêmicas da corrente
sanguínea relacionadas a Candida

Consiste na 2° mais recorrente, perdendo apenas para C.


Albicans;

A percentagem de resistência aos antifúngicos nesta


espécie é superior às outras do género Candida, por
isso torna-se imperativo um melhor conhecimento dos
seus mecanismos de virulência.
Fatores de risco para candidúria
• Imunossuprimidos;
• Transplantados;
• Uso de antibióticos de amplo espectro;
• Queimaduras graves;
• Terapias com corticosteróides;
• Obesidade; 
• Retenção urinaria;   
• Roupas apertadas/úmidas;
• Idade avançada; 
• Diabetes Mellitus; 
• Neoplasia; 
• Nutrição parenteral;  
• Mau hábitos alimentares e higiênicos;
• Presença de cateter; 
• Hospitalização em UTI.
Questão 2 - Lara
Anfotericina B
 Derivadas de culturas de Streptomyces;

 É um macrolídeo poliênico anfótero; 

 Exibe atividade clínica útil contra um amplo espectro de


fungos patogênicos; 

 Inibidora da estabilidade da membrana dos fungos; 

 A resistência dos fungos, embora infrequente, está associada


à diminuição do conteúdo de ergosterol na membrana
fúngica;

 As membranas dos animais superiores também contém


esteróis e isto sugere danos às células humanas, sendo que
a toxicidade da anfotericina B limita seu uso clínico.
Fonte: Penildon, 2015.
Fonte: Farmacologia Ilustrada 
Estrutura Química da Anfotericina B 

Fonte: ResearchGate
Toxicidade da anfotericina B

Reações imediatas Reações lentas

Praticamente todos
Nefrotoxicidade
os pacientes

Relacionadas com a Relacionadas a


infusão intravenosa dose acumulativa
Fonte: Penildon, 2015.

Fonte: Farmacologia Ilustrada


Formulações convencionais:
 Nefrotoxicidade;
 Lesão renal aguda.

Formulações lípicas:
 Menos nefrotóxica;
 Mais bem tolerada.

Imagem ilustrativa Fonte: Conselho Federal de Farmácia


Questão 4 - Brenndah
Passar slides do final pra cá
 A importância da resistência a anti-fúngicos.

Fluconazol Resistência
• Droga de escolha para • Alteração da síntese da
tratamento de infecções membrana para excluir o
urinárias por Candida sp; ergosterol, alterações nas
enzimas-alvo ou efluxo de
fármacos aumentado.

Candida Glabrata   Fatores agravantes


● Muitas vezes é resistente ao • Uso de dispositivos médicos
grupo dos azóis, possui uma invasivos;
alta taxa de  mortalidade entre • Hospitalização prolongada e
as infecções hospitalares;  pacientes imunodeprimidos;
• Uso de antibióticos de amplo
espectro para tratamento.
ALVES, 2011.
Mecanismos de resistência 
 O mecanismo habitual de resistência de C. albicans aos azólicos envolve mutações no gene
ERG11, (participa na regulação da síntese de ergosterol);
 Resistência pela modificação na estrutura da enzima alvo lanosterol 14α-desmetilase;
 Através de bomba de efluxo de drogas;
 Formação de biofilme.

ROCHA et al., 2021.


Biofilme
 Serve de proteção, tornando  os microrganismos mais resistentes aos tratamentos
antimicrobianos convencionais;
 C. glabrata produz biofilmes menos espessos,  com menos matriz  extracelular, com
células compactas  de levedura. SPRINZ et al., 2013.

Imagem ilustrativa
Troca pela anfotericina B
 Infecções urinárias por agentes resistentes ao fluconazol
devem ser tratados com anfotericina B. O uso sistêmico é
preconizado nos casos de suspeita de pielonefrite ou
candidíase sistêmica, sendo recomendadas doses de 0,5 a
1mg/kg dia, por ao menos 2 semanas, dependendo do
caso;
 Utilizada como tratamento empírico em pacientes
selecionados nos quais são altos os riscos de deixar uma
infecção sem tratamento;
 Tratamento de escolha em casos de infecções fúngicas
Imagem ilustrativa
sistêmicas, principalmente se essas micoses ocorrerem em
pacientes imunodeprimidos.
COLOMBO; GUIMARÃES, 2007.
Antifúngicos 
Sistêmicos
Flucitosina
Agente antifúngico sintético

Inibidor da síntese de ácido nucleico dos fungos

Efeito sinérgico quando associado com a


anfotericina B

Mecanismos de resistência relacionados com as


citosina permeases e citosina desaminases

Fonte: Penildon, 2015.


Mecanismo de ação da flucitosina

Ácido 5-fluorodesoxiuridílico

Desoxitimidina
monofosfato

Desoxiuridina
monofosfato

Fonte: Farmacologia Ilustrada


Flucitosina

 Deprimir a medula óssea;


 Leucopenia;
 Exantema;
 Desconforto gastrointestinal.
Fonte: Penildon, 2015.

Imagem ilustrativa  
Cetoconazol
Primeiro derivado azólico

Baixa seletividade

Alta toxicidade

Imagem ilustrativa   Substituído pelo Itraconazol

Tópico --> dermatófitos e dermatite seborreica

Síndrome de Cushing
Mecanismo
de ação
Efeitos adversos

Imagens ilustrativas  
Itraconazol
+ Absorção Oral --> pH gástrico e alimentos

Biodisponibilidade --> IV

Amplo espectro

Maior seletividade

Imagem ilustrativa
Blastomicose, esporotricose, paracoc-
cidioidomicose e histoplasmose

Aspergillus --> Voriconazol


Efeitos adversos

Imagens ilustrativas  
Fluconazol
 Biodisponibilidade oral elevada;
 Interações medicamentosas são raras;
 100 a 800 mg/dia.

 Meningite criptocócica;
 Equivalente a anfotericina B -> candidemia;
 Candidíase mucocutânea;
 Coccidioidomicose e meningite.
Imagem ilustrativa
Fluconazol
O fluconazol é hoje o antifúngico mais
usado no Brasil, porque grande parte
​ dos fungos continua sensível a ele. 

A infecção hospitalar mais frequente é


provocada pela Candida albicans, e o
fluconazol é bastante eficaz contra ela. 
Fonte: The last of us, 2023
Voriconazol
 Oral e intravenoso;
 400 mg/dia;
 90% de biodisponibilidade;
 Possui muitos efeitos adversos;
 Amplo espectro;
 Candida;
 C. krusei;
 Fungos dimórficos;
 Mais eficaz e menos tóxico que a anfoterecina B no
tratamento da aspergilose invasiva.
Imagem ilustrativa
Caspofungina
 Intravenoso;
 Meia-vida de 9 a 11 horas;
 Mecanismo de ação: inibição da síntese do 
      beta-(1-3)-glicano;
 Leves distúrbios gastrointestinais
      e ruborização infrequentemente.
 Aspergilose invasiva;
 Candida.

Imagem ilustrativa
Antifúngicos para
infecções
mucocutâneas
Griveofulvina
Griveofulvina
Antifúngicos 
Tópicos
Nistatina
Toxicidade parenteral

Uso tópico

Baixa absorção --> Toxicidade

Supressão de infeccções locais 


Imagem ilustrativa

monilíase orofaríngea, candidíase vaginal e


infecções intertriginosas por Candida.

+ Antibacterianos ou corticoesteroides
Efeitos adversos

Imagens ilustrativas  
Clotrimazol
Toxicidade parenteral

Uso tópico

Baixa absorção --> Toxicidade

Supressão de infeccções locais 

monilíase orofaríngea, candidíase vaginal e


infecções intertriginosas por Candida.

+ Antibacterianos ou corticoesteroides
Obrigada pela a atenção!

Fonte: Farma Meme, sem ano de publicação


Hora da dinâmica 

Fonte: Rani e Rocha, 2023


Como vai funcionar:
1° Divisão de dois grupos 2° Apenas UM celular por grupo

Em paz e sem brigas...

Fonte: Memedroid, 2017 Fonte: TecMundo, 2020


Como vai funcionar:
O grupo que tiver mais acertos
3° Acesse ao socrative 4° ganha o prêmio ;)

Fonte: Pinterest, 2023 Fonte: Pinterest, 2023


O prêmio:

Conhecimento

Fonte: Pinterest, 2023


Obrigada pela
participação!
Referências Bibliográficas:
ALVES, Izabel Almeida et al. Avaliação da suscetibilidade de Candida
glabrata resistentes ao fluconazol frente a combinações de antifúngicos.
2011. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/5928/ALVES%2c%20IZABEL%20ALMEIDA.pdf?
sequence=1&isAllowed=y. Acesso em:17 mar. 2021.

COLOMBO, Arnaldo Lopes; GUIMARÃES,


Thaís. Candidúria: uma abordagem clínica e terapêutica. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 40, p. 332-
337, 2007.. Disponível em : https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/M63Wsj4MqNJFPS9kSkcZdtm/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 17
mar. 2023.

ROCHA, Wilma Raianny Vieira  et al. Gênero Candida-


Fatores de virulência, Epidemiologia, Candidíase e Mecanismos de resistência. Research, Society and Development, v. 10, n. 4,
2021. Disponível em: file:///C:/Users/rdgeo/Downloads/14283-Article-187284-1-10-20210417.pdf. Acesso em: 17 mar. 2023.

ARAUJO, Isabela Macêdo et al. CARACTERIZAÇÃO DA RESISTÊNCIAAOS ANTIFÚNGICOS AZÓLICOS DURANTE A TERAPIA


DA CANDIDÍASE VULVOVAGINAL. Gep News, v. 5, n. 1, p. 435-438,
2021. Disponível em: file:///C:/Users/rdgeo/Downloads/12947-Texto%20do%20Artigo-49969-1-10-20210830.pdf. Acesso em: 18
mar.2023.

GOLAN, David E. Princípios de Farmacologia - A Base Fisiopatológica da Farmacologia. 3ª edição . Disponível em: Minha
Biblioteca, Grupo GEN, 2014. Acesso em: 19 mar. 2023.

GEDOOR. Conselho Federal
de Farmácia - Brasil - Anfotericina B Lipossomal e Complexo Lipídico. Cff.org.br. Disponível em:<https://www.cff.org.br/
pagina.php?id=565>. Acesso em: 19 mar. 2023.
MARIO, Débora Alves Nunes et
al. Atividade das equinocandinas, anfotericina B e voriconazol frente a isolados de Candida glabrata sensíveis e resistentes ao fluconazol. 
2012.. Disponível em:https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/5906/MARIO%2c%20DEBORA%20ALVES%20NUNES.pdf?
sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 17 mar. 2023.

SPRINZ, Eduardo et al. Antifúngicos. In: BARROS, Elvino; MACHADO, Adão; SPRINZ, Eduardo. Antimicrobianos. 5. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2013. Cap. 32. p. 334-360. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/
9788565852616/pageid/333. Acesso em: 18 mar. 2023.

SHIAVON, Fabiana. Fluconazol: o que é, para que serve e como funciona esse remédio. Veja saúde. Disponível
em:https://saude.abril.com.br/medicina/fluconazol-o-que-e-para-que-serve-e-como-funciona-esse-medicamento/. Acesso em:  18
mar.2023.

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