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Existem vários tipos de fobia específica de acordo com o estímulo que produz o medo intenso
da criança: fobia a animais, a situações ambientais, a dor, etc.
Sintomas comuns: Aumento dos batimentos cardíacos, sudorese, tremores, dor de barriga, dor
nas costas, sentimento de estar em choque ou dormência.
Comportamentos típicos: evitar o estímulo fóbico ou locais onde o estímulo possa existir, pedir
para que os pais estejam presentes quando a criança sabe que entrará em contato com o
estímulo.
Algumas crianças desenvolvem fobia após serem expostas a um evento traumático, por
exemplo, ter sido mordido por um cachorro. Um mecanismo importante na etiologia da fobia
específica é a aprendizagem por modelagem, pois as crianças habitualmente imitam os
comportamentos dos pais. Portanto, elas aprendem com seus cuidadores a serem mais
temerosas e responder a determinados eventos com maior ansiedade.
CAMINHA, Marina et al. Intervenções e treinamento de pais na clínica infantil. Porto Alegre:
Sinopsys, 2011.
Uma vez identificada a dificuldade da criança, devemos pensar no passo a passo do tratamento
Pais e crianças precisam ser ajudados a entender que há relação entre os pensamentos e os
sentimentos ansiosos e o que eles causam na criança. Para psicoeducar sobre a Terapia
Cognitiva o terapeuta pode utilizar diferentes instrumentos e abordagens, à depender da
idade da criança. O principal objetivo é que a criança entenda que o que ela pensa, interfere
na forma como ela se sente e se comporta. Exemplo: “Carla é uma menina muito estudiosa
mas morre de medo de tirar notas baixas. Mesmo com esse medo, ela nunca chegou com uma
nota abaixo de 8 em casa
Carla acredita que sempre vai se dar mal, e para se dar bem ela precisa estudar 5x mais que os
outros colegas. Ela está prestes a ter uma prova, e está morrendo de medo”. Vamos ver:
Inicialmente, é importante utilizar outros exemplos que não seja o problema da criança para
que ela compreenda a relação dos eventos. Seguindo a premissa de Beck, de que não é a
situação que gera ansiedade, mas a interpretação que fazemos, a ideia é mostrar para a
criança como os pensamentos dela interferem nas suas emoções
Quarto-passo: Psicoeducar sobre as emoções Após explicação sobre a Terapia Cognitiva, o
próximo passo é ensinar sobre as emoções. Explicar sobre todas as emoções básicas: amor,
alegria, tristeza, medo, raiva e nojo, ajudando a criança a separar as agradáveis e
desagradáveis, qual a função de cada emoção, onde sentimos no corpo, como a expressamos,
etc. Depois, focamos na emoção medo, que é a emoção desregulada, explicando
detalhadamente sua função, incluindo a resposta de luta ou fuga.
9º passo: Prevenção à recaída Fazer uma caixa de ferramentas com tudo que a criança
aprendeu sobre fobia, ansiedade, pensamentos, relaxamento, e todas as suas conquistas para
que ela possa utilizar quando a psicoterapia finalizar.