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DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

É uma condição clínica comum, prevenível e tratável, caracterizada pelo desenvolvimento


progressivo de limitação ao fluxo aéreo, que não é totalmente reversível, associado à
inflamação crônica das vias aéreas por inalação de partículas e gases nocivos. (enxofre,
químicos ocupacionais, etc.)

Representada por dois polos raramente observada em um mesmo individuo:

 Enfisema pulmonar: aumento permanente e anormal dos espaços aéreos distais aos
bronquíolos terminais, acompanhado de destruição de suas paredes, sem fibrose
obvia.
 Bronquite crônica: tosse produtiva por mais de três meses, durante dois anos
consecutivos. A tosse é ocasionada por hipersecreção de muco, não necessariamente
com obstrução ao fluxo aéreo.

------------------------------------------------FIGURA 5.1 PAG 83-----------------------------------------

A perda de volume expiratório forçado no primeiro segundo VEF1 é de 15 a 30Ml ao ano


em pessoas normais. No paciente com DPOC, essa perda anual é aumentada em duas a
cinco vezes.

Além da diminui.....subrayado pagina 84....

Principal fator de risco: cigarro, cachimbo, narguilé e maconha

A mensuração de carga tabágica se realiza utilizando a variável anos/maço, deve-se


multiplicar o número de anos de tabagismo pela média de maços fumados ao dia (um
maço= 20 cigarros), considera-se carga significativa quando superior a 10 anos/maço.

Outro fator envolvido é o genético, deficiência da A-1-antitripsina: ocorre mais em jovens,


sem histórico de tabaco, enfisema em lobos inferiores, hepatopatia.

Fatores irreversíveis: enfisema

Reversíveis: contração do musculo liso, hiperplasia glandular, inflamação hipersecreção de


muco.

SINTOMAS

Podem variar no dia a dia= geralmente acontecem mais pela manhã

 Dispneia: progressiva, persistente e piora com esforço (é o que mais leva ao


paciente a procurar um médico)

..............FIGURA 5.3 PAGINA 86................

 Tosse crônica: pode ser intermitente e seca (primeiro sintoma a surgir, tosse
matinal do fumante)
 Catarro: pode estar presente e com variações

EXAME FISICO

 A maioria será normal, na prática é normal.

Mas nas provas...


Tórax em tonel= formas avançadas

Sibilos e roncos, principalente nas exacerbações

Hipertimpanismo à percussão

Expansibilidade reduzida

Estertores ausentes

EXAMES COMPLEMENTARES

RADIOGRAFIA DE TORAX

Não é útil para definir ou afastar

ESPIROMETRIA

A espirometria tem papel diagnóstico na DPOC, a presença de relação VEF1-CVF abaixo de


0,7 PÓS-broncodilatador, associada aos dados clínicos e epidemiológicos, praticamente
define o diagnóstico.

É importante observar o VEF1 porque quando menor o valor, maior a mortalidade, maior a
gravidade e esse paciente tem mais exacerbação.

DIAGNOSTICO DIFERENCIAL

CLASSIFICAÇÃO DO PACIENTE

Etapa 1 espirometria- diagnosticar a DPOC e determinar a gravidade da obstrução do fluxo


aéreo pela escala GOLD

....................................Quadro GOLD 2020..................... pagina 91

Etapa2 determinar a classificação GOLD AD e subsequente tratamento farmacológico mais


apropriado, através da avaliação dos sintomas e histórico de exacerbações (incluindo
hospitalizações) PAGINA 91

CASO CLINICO

JOSE, 64 ANOS tabagista desde 14 anos, 1 maço por dia, falta de ar há 2 anos, progressiva,
atualmente para ir até a padaria (200m). Tosse com secreção hialina há 1 ano. Internação
há 10 dias por crise pulmão

Espirometria com VEF1-CVF pós-broncodilatador de 42 e VEF1 pós-BD de 56% do previsto

RESPOSTA DPOC GOLD 2D

TRATAMENTO NÃO FARMACOLOGICO

TRATAMENTO FARMACOLOGICO

PRINCIPAIS MEDICAÇÕES USADAS EM DPOC


LABA B2agonista de longa ação: formoterol, salmeterol e indicaterol. Efeitos colaterais são
taquicardia e tremores

LAMA (anticolinérgico ou antagonista muscarínico de longa ação: tiotropio e glicopirrônio.


Efeitos colaterais: boca seca, retenção urinária, glaucoma agudo

Corticoide inalatório (quase não é utilizado) budesonida, mometasona, fluticasona. Efeitos


colaterais: moniliase oral, rouquidão e PNEUMONIA

OXIGENIO

Melhora a sobrevida

Vou utilizar nos pacientes com PaO2 menor ou igual 55 mmHg ou saturação na
gasometria menor ou igual a 88%

Ou

PaO2 55 e 60 mmHg ou saturação na gasometria de 88% a 90%, e sinais de edema


periférico, policitemia, hipertensão pulmonar

EXACERBAÇÃO NA DPOC

¿O que é?

Evento agudo caracterizado pelo agravamento dos sintomas respiratórios:

-Deve ser mais do que variações normais do dia a dia

- Deve resultar em mudanças na medicação

O diagnóstico baseia-se na avaliação clínica

-aumento da dispneia, aumento da expectoração, aumento da purulência do catarro (ATB)

FATORES DE RISCO PARA EXACERBAÇÃO

Exacerbação previa, DRGE, Baixa qualidade de vida, Bronquitico, Obstrução grave VEF1
menor que 35%, Cardiopatia grave.

Tratamento ABRAÇO (ABCO) Antibiotico Broncodilatador Corticoide Oxigenio

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