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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

EDUCAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES NÃO ESCOLARES

GUARULHOS – SP
SUMÁRIO

1 OS FUNDAMENTOS DA PEDAGOGIGA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES ............................... 3

2 RELATO SOBRE A HISTÓRIA DA PEDAGOGIA .......................................................................... 8

3 PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES .........................................................................12

4 INTRODUÇÃO A PEDAGOGIA EMPRESARIAL ..........................................................................19

5 A CONQUISTA DO ESPAÇO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS ...............................................25

6 A FUNÇÃO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS ..........................................................................31

6.1 Benefícios da Pedagogia Empresarial...................................................................................33

6.2 Conceito de gestão de pessoas. ...........................................................................................35

6.3 As Organizações Empresariais .............................................................................................36

7 O PEDAGOGO EMPRESARIAL...................................................................................................38

8 O PEDAGOGO E A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ................................................................44

9 O TRABALHO DO PEDAGOGO ..................................................................................................45

10 EDUCAÇÃO NO TRABALHO – IMPORTÂNCIA...........................................................................49

11 OS DIFERENCIAIS DO PEDAGOGO PARA AS ORGANIZAÇÕES .............................................51

11.1 Planejamento .......................................................................................................................51

11.2 Comunicação e Informação ..................................................................................................53

11.3 A aprendizagem ...................................................................................................................56

11.4 Treinamento/desenvolvimento profissional. ...........................................................................60

11.5 Mudança X transformação ....................................................................................................62

11.6 Recursos humanos na gestão da liderança ...........................................................................62

11.7 Amplo campo pedagógico.....................................................................................................63

12 AS EMPRESAS TORNAM-SE EDUCADORAS ............................................................................68

12.1 Oferecer aprendizagem para dar sustentação aos objetivos empresariais.............................69

12.2 Educação na empresa entrelaçada à gestão do conhecimento .............................................69

13 RESPONSABILIDADES DO PEDAGOGO EMPRESARIAL..........................................................70

14 PEDAGOGIA HOSPITALAR ........................................................................................................71

15 ATRIBUIÇÕES DO PEDAGOGO .................................................................................................72

16 HISTÓRIA DA PEDAGOGIA HOSPITALAR .................................................................................76


16.1 Hospital ................................................................................................................................77

16.2 Papel do pedagogo...............................................................................................................77

17 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA PEDAGOGIA SOCIAL ...................................................................82

17.1 Pilares da Educação .............................................................................................................86

18 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................90
1 OS FUNDAMENTOS DA PEDAGOGIGA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

A Pedagogia é a ciência por meio da qual o pedagogo pesquisa, estuda,


elabora e aplica, por meio de didáticas, metodologias, técnicas e estratégica de
ensino-aprendizagem e conteúdos relacionados às necessidades da pessoa humana
em um determinado contexto. Isto se dá por meio de programa e planejamento
adequados, os quais, visando princípios formadores adequados e aplicáveis ao
indivíduo, aperfeiçoam e estimulam as faculdades das pessoas, seguindo ideais e
objetivos definidos.
Em seu início, o curso de Pedagogia, diferentemente dos demais cursos da
Faculdade Nacional de Filosofia, formava como Bacharel o futuro Pedagogo. Para
obter o diploma de licenciatura, deveria se realizar o curso de didática com duração
de mais um ano. Em 1996 deixa de existir o currículo mínimo, cedendo seu lugar a
diretrizes curriculares, para as diferentes licenciaturas. Por motivo de divergência
entre grupos existentes nos próprios órgãos normativos federais, as diretrizes da
Pedagogia não foram editadas com os demais cursos de Licenciatura.
Podemos acompanhar diariamente profissões antigas e tradicionais sendo
substituídas por novas atuações com novos requisitos em termos de conhecimentos
e perfil profissional. Como profissionais da educação e professores do curso de
pedagogia, temos a intenção de possibilitar aos pedagogos a compreensão de sua
capacidade de atuação profissional em ambientes que extrapolem as unidades
escolares e aumentar suas áreas de atuação com o objetivo que se tornem cada vez
mais empregáveis. Para tanto é necessário que o curso de formação forneça
elementos que façam com que estes profissionais tenham segurança e competência
profissional.Com relação ao perfil do pedagogo que atua em espaços não escolares,
realizados sob o enfoque do novo profissional exigido pela sociedade contemporânea,
que deverá, sobretudo, ser capaz de integrar a dimensão teórica a uma preocupação
com a prática cotidiana do fazer institucional, bem como de garantir a articulação entre
as abordagens da gestão do trabalho administrativo, pedagógico e comunitário, como

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também, da educação profissional, desenvolvidos em espaços não escolares,
evitando-se a fragmentação deste estudo.

Fonte: uninortenoticia.wordpress.com

O termo “educação”, ou seja, a palavra que usamos para fazer referência ao


“ato educativo”, nada mais designa do que a prática social que identificamos como
uma situação temporal e espacial determinada na qual ocorre à relação ensino-
aprendizagem, formal ou informal.
A relação ensino-aprendizagem é guiada, por alguma teoria, mas nem sempre
tal teoria pode ser explicitada em todo o seu conjunto e detalhes pelos que participam
de tal relação – o professor e o estudante, o educador e o educando – da mesma
forma que poderia fazer um terceiro elemento, o observador.
A educação, uma vez que é a prática social da relação ensino-aprendizagem
no tempo e no espaço, acaba em um ato e nunca mais se repete. Nem mesmo os
mesmos participantes podem repeti-la. Nem podem gravá-la. Nem na memória nem
por meio de máquinas. É um fenômeno intersubjetivo de comunicação que se encerra
em seu desdobrar.
No caso, se falamos de um encontro entre o professor e o estudante, falamos
de um fenômeno educacional – que é único. Quando ocorrer outro encontro do mesmo
tipo, ele nunca será o mesmo e, enfim, só superficialmente será similar ao interior. O
termo “didática” designa um saber especial. Muitos dizem que é um saber técnico,
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porque vem de uma área onde se acumulam os saberes que nos dizem como
devemos usar da chamada “razão instrumental” para melhor contribuirmos com a
relação ensino-aprendizagem.
A razão técnica ou instrumental é aquela que faz a melhor adequação entre os
meios e os fins escolhidos. A didática é uma expressão pedagógica da razão
instrumental. Sua utilidade é imensa, pois sem ela nossos meios escolhidos poderiam,
simplesmente, não serem os melhores disponíveis para o que se ensina e se aprende
e, então, estaríamos fazendo da educação não a melhor educação possível.

Fonte: jeanedfisica2014.wordpress.com

Mas a didática depende da pedagogia. Ou seja, depende da área onde os


saberes são, em última instância, normas, regras, disposições, caminhos e/ou
métodos. O termo “pedagogia”, tomado em um sentido estrito, designa a norma em
relação à educação. “Que é que devemos fazer, e que instrumentos didáticos deverão
usar, para a nossa educação? ” – esta é a pergunta que norteia toda e qualquer
corrente pedagógica, o que deve estar na mente do pedagogo.
A pedagogia, em um sentido exato, está ligada às suas origens na Grécia
antiga. Aqueles que os gregos antigos chamavam de “pedagogo” era o escravo que
levava a criança para o local da relação ensino-aprendizagem; não era
exclusivamente um instrutor, ao contrário, era um condutor, alguém responsável pela
melhoria da conduta geral do estudante, moral e intelectual. Ou seja, o escravo
pedagogo tinha a norma para a boa educação; se, por acaso, precisasse de
especialistas para a instrução – e é certo que precisava –, conduzia a criança até

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lugares específicos, os lugares próprios para o “ensino de idiomas, de gramática e
cálculo”, de um lado, e para a “educação corporal”, de outro.

Fonte: aoprofessor.blogspot.com.br

A concepção que diz que a pedagogia é a parte normativa do conjunto de


saberes que precisamos adquirir e manter se quiser desenvolver uma boa educação,
é mais ou menos consensual entre os autores que discutem a temática da educação.
A pedagogia é aquela parte do saber que está ligada à razão que não se
resume à razão instrumental apenas, mas que inclui a razão enquanto razoabilidade;
a racionalidade que nos possibilita o convívio, ou seja, a vigência da tolerância e,
mesmo, do amor.

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Fonte: queconceito.com.br

Ao falarmos, por exemplo, “não seja violento, use da razão”, queremos ser
compreendidos como dizendo, “use de métodos de comunicação que são próprios do
diálogo” – os métodos e normas da sociedade liberal (ideal). É esse tipo de razão ou
racionalidade que conduz, ou produz a pedagogia.
A didática busca meios para que a educação aconteça e, assim, é guiada pela
razão técnica ou instrumental, enquanto que a pedagogia busca nortear a educação,
e é guiada pela razoabilidade, pela fixação de regras que só se colocam por conta da
existência de um ou vários objetivos; no caso, objetivos educacionais, o que é posto
como meta e valor em educação. Quem estabelece tais valores?

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2 RELATO SOBRE A HISTÓRIA DA PEDAGOGIA

Fonte: nossaciencia.com.br

Desde a sua criação, em 1939, o Curso de Pedagogia se depara com questões


relativas ao perfil do profissional formado. Sua identidade tem sido continuamente
perseguida e ainda hoje os educadores participam de uma viva polêmica sobre o
assunto. A noção de que o Pedagogo é um técnico em assuntos educacionais e/ou
um especialista no estabelecimento de um saber-fazer relativo ao trabalho
pedagógico, não se deu sem um crescente mal-estar acerca da especificidade da
Pedagogia como prática social e campo do conhecimento.
O Parecer 251/62, produzido pelo então Conselho Federal de Educação,
presumia para o pedagogo uma crescente oportunidade de trabalho especializado e
tecnocrático. Com o golpe de 1964, tal expectativa mostrava-se adequada a uma
política educacional que, associada a uma política de segurança nacional, buscava
programar e normatizar a vida nas escolas.
O Parecer 252/69 estabelecia uma matriz curricular que não levava em
consideração o aspecto totalizante do fenômeno educativo. A compartimentalização
da atividade escolar fornecia ao pedagogo uma imagem parcelada da prática
educativa, especialmente concretizada na formação de professores para o Ensino
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Normal e de especialistas para as atividades de Administração, Supervisão,
Orientação e Inspeção Escolar.
Mais do que o exercício de uma atividade especializada, o trabalho pedagógico
assim concebido provocava práticas fragmentadas e crescentemente questionadas
pelos educadores, inclusive pelos formados em Pedagogia. Diante de uma nova
iniciativa de reforma do Curso de Pedagogia, através dos Pareceres 67 e 68/75 e 70
e 71/76 do CFE, este descontentamento já proporcionava, no final dos anos 70, a
criação de associações profissionais, organizadas por educadores e estudantes. Se
revisitarmos a história da organização dos profissionais da educação no Brasil,
veremos que ela se confunde com a organização de vários outros movimentos sociais,
inscrevendo-se no contexto das reivindicações de democratização da sociedade
brasileira, em geral, e da gestão das instituições formadoras, em particular.
Em finais da década de 70, educadores brasileiros começaram a se organizar,
sinalizando para reformulações no âmbito educacional que pudessem contribuir para
a democratização da sociedade e superar a concepção tecnicista, que orientou o
tratamento a que a educação esteve submetida durante os governos militares.
A década de 90 foi marcada por uma forte organicidade dos profissionais da
área da educação e também por um contexto de profundas mudanças econômicas,
políticas e sociais no Brasil. O cenário de maior liberalidade econômica e
reestruturação produtiva com adoção de novas tecnologias de base microeletrônica,
bem como das reformas políticas que foram na direção de redesenho do Estado,
abriram novas frentes de problemas e de divergências no encaminhamento dos
assuntos educacionais, revitalizando-se, inclusive, a tese de que a educação
funcionaria como o motor impulsionador do desenvolvimento econômico.
Em meio a muitas polêmicas, e depois de longa tramitação no congresso, foi
aprovada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996,
instituindo-se também, no ato da aprovação, a “década da educação”, onde uma série
de metas foi traçada, carecendo, ainda, de regulamentações posteriores que
definiriam os mecanismos da sua implementação. A aprovação da LDB suscitou
muitas polêmicas, tendo sido feitas várias regulamentações através de pareceres e
portarias do governo. Com a recente aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais
(Parecer 5/2005), por parte do Conselho Nacional de Educação, temos um quadro

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normativo melhor delineado para a reformulação das propostas dos cursos de
pedagogia.
Por outro lado, os documentos produzidos por educadores ao longo dos
últimos anos constituem um contraponto necessário, pois foram oriundos das
experiências e da colaboração solidárias entre esses e instituições de ensino. Essa
produção tem possibilitado uma nova cultura educativa para os formados nos cursos
de Pedagogia. O curso de Pedagogia delineado neste momento histórico tem a tarefa
de articular a dinâmica que envolve os desafios das realidades educacionais
existentes, tanto na formação de profissionais para atuarem na esfera escolar – como
a educação infantil, séries iniciais do ensino fundamental, educação de jovens e
adultos, educação especial –, quanto na esfera de formação não-escolar – como
sindicatos, associações de bairros, movimentos sociais e outros.
As regulamentações do curso de Pedagogia, ao contrário das demais
licenciaturas, ficaram guardadas e somente em 2005 é que o parecer CNE/CP
05/2005 – “Diretrizes curriculares para os cursos de Pedagogia” – foi aprovado. O
parecer apresenta “a formação do licenciado em pedagogia fundamenta-se no
trabalho pedagógico realizado em espaços escolares e não escolares que têm a
docência como base”. Estruturado em três núcleos, o curso se constituirá de um
núcleo de estudos básicos, um de aprofundamento e diversificação de estudos e outro
de estudos integradores. O núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos
oportunizará: “investigações sobre processos educativos e gestoriais, em diferentes
situações instrucionais – escolares, comunitárias, assistenciais, empresariais,
outras” .
Depois deste parecer CNE/CP 05/2005, fica reconhecido à existência de uma prática
educativa fora dos ambientes escolares. E onde houver práticas educativas, caberá o
trabalho de um pedagogo para orientar tais atividades. Assim \. O Pedagogo não é
mais aquele que apenas leva pela mão, mas sim um estudioso das ações educativas
que ocorrem em todas as vidas sociais, culturais e intelectuais daquele que está
inserido na sociedade, na qual ele contribui para o seu desenvolvimento. A educação
consiste em desenvolver o homem e tornar produtivas suas relações. Sendo assim,
podemos citar como ambientes que essas relações acontecem e que existe qualquer
prática educativa como: hospitais, presídios, empresas, ONG´s e espaços de

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comunicação (TV, rádio, revistas, editoras). Onde existir uma prática educativa
intencional, haverá uma ação pedagógica.
Autores como Saviani (1991), Pimenta (2002) e Libâneo (1999) apontam em
seus estudos uma extensa lista de atuação para o profissional da pedagogia. É quase
unânime entre os estudiosos hoje, o entendimento de que as práticas educativas
estendem-se às mais variadas instâncias da vida social, não se restringindo, portanto,
à escola e muito menos à docência, embora estas devam ser referência da formação
do pedagogo escolar. Sendo assim, o campo de atuação do profissional formado em
pedagogia é tão vasto quanto são as práticas educativas na sociedade. Em todo lugar
onde houver uma prática educativa com caráter de intencionalidade, há ai uma
pedagogia. Libâneo (1999 p.116).
Neste contexto, o pedagogo passa a ser considerado um especialista em
educação e ensino assim como a pedagogia passa a ser vista com um vasto campo
de trabalho, procurando dentro de seus métodos, estratégias que promovam
mudanças nas pessoas, melhorando a qualidade de vida delas e consequentemente
ampliando sua capacidade de trabalho. No século XVI está se ampliando o mercado
de trabalho para o pedagogo, em espaços não - escolares. O pedagogo tem novos
campos de atuação saindo do cotidiano escolar, que até pouco tempo, era seu único
espaço de trabalho, para se inserir em novos locais com uma visão diferente da
atuação deste profissional. Abrem-se novos espaços para educação, em locais como
hospitais, ONGs, empresas, eventos..., esse contexto vem mudando a ideia que o
pedagogo está apto somente para ficar dentro de uma sala de aula, estendendo –se
para outros espaços pois nos espaços que há ensino há prática pedagógica. O
pedagogo está se inserindo em diversas áreas no mercado de trabalho mostrando
sua capacitação visando à aprendizagem do conhecimento humano. Conforme
Libâneo todos os educadores seriamente interessados nas ciências da educação,
entre elas a Pedagogia, precisam concentrar esforços em propostas de intervenção
pedagógica nas várias esferas do educativo para enfrentamento dos desafios
colocados pelas novas realidades do mundo contemporâneo. (1995,p.59).
A formação no curso de Pedagogia está possibilitando novos campos de
atuação, desafiando a todos os pedagogos na sua prática educativa nos espaços não
escolares valorizando a educação e trazendo novas conquistas.

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3 PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

Fonte: esquadraodoconhecimento.wordpress.com

O novo cenário da educação se abre no século XXI com novas perspectivas


para o profissional que se insere no mercado de trabalho, sob diversas abrangências,
como nos mostra a própria sociedade. Vivemos um momento particular de discussões
sobre globalização, neoliberalismo, terceiro setor, educação on-line, enfim, uma nova
estrutura se firma na sociedade, a qual exige profissionais cada vez mais qualificados
e preparados para atuarem neste cenário competitivo. Empresas, hospitais, ONGs,
associações, igrejas, eventos, emissoras de transmissão (rádio e Tv), e outros formam
hoje o novo cenário de atuação deste profissional, que transpõe os muros da escola,
para prestar seu serviço nestes locais que eram espaços até então restritos a outros
profissionais. E esta atual realidade vem com certeza, quebrando preconceitos e
ideias de que o pedagogo está apto para exercer suas funções na sala de aula. Onde
houver uma prática educativa, existe aí uma ação pedagógica.
O pedagogo sai então do espaço escolar, que até pouco tempo, era seu espaço
(restrito) de trabalho, para se inserir neste novo espaço de atuação com uma visão
redefinida de seu papel em novos espaços organizacionais.
Ocupando um espaço de gestor de pessoas, que na atualidade consiste de
várias atividades integradas, como descrição e analise de cargos, planejamento de

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RH, recrutamento, seleção, orientação e motivação das pessoas, avaliação do
desempenho, remuneração, treinamento e desenvolvimento, relações sindicais,
segurança, saúde e bem-estar.
Esse novo papel do pedagogo nas organizações não-escolares, tem por
finalidade apoiar o administrador a desempenhar as funções que constituem o
processo administrativo de planejar, organizar, dirigir e controlar, pois ele não realiza
seu trabalho sozinho, mas através das pessoas que compõe sua equipe.
Na verdade, a gestão moderna de pessoas é um conjunto integrado de
processos dinâmicos e interativos, como podemos observar na figura abaixo:

Fonte: Chiavenato, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas
organizações

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Convivemos até bem pouco tempo com a visão de uma pedagogia inserida no
ambiente escolar, na sala de aula, do profissional da educação envolvido com os
problemas da educação formal, uma ideia falsa de que o pedagogo é o profissional
capacitado e devidamente treinado para atuar somente em espaços escolares.
Responsável pela formação intelectual das crianças, sempre se envolvendo no
cotidiano escolar, com os problemas relacionados à educação formal,
propriamente dita. A vida escolar, a educação formal, não deixa de ser um foco
importante para o Pedagogo, mas deixa de ser o único.
Diante da atual realidade em que se encontra a sociedade, a educação tem se
transformado na mola mestra, para enfrentar os desafios que se articulam dentro dela
e em todos os seus segmentos, desafios gerados pela globalização e pelo avanço
tecnológico na atual era, a tão inovadora e desafiadora era da informação.
Dessa forma a educação sofre mudanças em seu conceito, pois deixa de ser
restrita ao processo ensino-aprendizagem em espaços escolares formais, se
transpondo aos muros da escola, para diferentes e diversos segmentos
organizacionais da sociedade. Abre-se aqui um novo espaço para a educação, dando
uma estrutura interessante à educação não formal.
Com toda esta nova proposta e possibilidade de atuação, o profissional
Pedagogo também se transforma se adequando a esta nova realidade, se
posicionando como profissional capacitado para caminhar junto a esta transformação
da sociedade. O Pedagogo deixa de ser, neste novo contexto, o mesmo Pedagogo do
século XVIII, XIX e até mesmo século XX. Apresentando-se agora como agente de
transformação para atuar nesta nova realidade.

Fonte: wakeditora.com.br
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Fonte: cursogratisonline.com.br

Hoje, o profissional pedagogo está sendo inserido em um mercado de trabalho


mais amplo e diversificado possível, porque a sociedade atual exige cada vez mais
profissionais capacitados e treinados para atuarem nas diversas áreas. Não sendo
comum um profissional ser qualificado apenas para exercer uma determinada função,
e sim para atuar nas diferentes áreas existentes no mercado de trabalho, seja ele qual
for à organização que tenha como foco as pessoas e não os processos.
A antiga administração de recursos humanos cedeu lugar a uma nova
abordagem, a gestão de pessoas e nessa nova concepção, as pessoas deixam de
serem simples recursos organizacionais e passam a ser vistos como seres dotados
de inteligência, personalidade, conhecimentos, habilidades, competências e
aspirações.
A cultura organizacional recebe forte impacto do mundo exterior e passa a
privilegiar a mudança e a inovação como foco no futuro e no destino das organizações.
No quadro a seguir podemos observar que as mudanças aconteceram no
modelo de gestão das organizações foram no sentido de valorização do capital
humano das empresas.

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SECULO XX SÉCULO XXI

Estabilidade, previsibilidade Melhoria continua

Porte e escala de produção Velocidade e expansividade

Comando de cima para baixo Empowerment e liderança de todos

Rigidez organizacional Organizações virtuais e flexíveis

Controle por meio de regras e Controle por meio da visão e de valores


hierarquia.

Informações em segredo Informações compartilhadas

Racionalidade e análise quantitativa Criatividade e intuição

Necessidade de certeza Tolerância à ambiguidade

Reativo e avesso ao risco Proativo e empreendedor

Orientado para o processo Orientado para resultados

Autonomia e independência Interdependência e alianças


corporativa estratégicas

Integração vertical Integração virtual

Foco na organização inteira Foco no ambiente competitivo

Busca de consenso Contenção construtiva

Orientação para o mercado nacional Foco internacional

Vantagem competitiva sustentável Vantagem colaborativa

Competição por mercados atuais Hiperconcorrencia por mercados futuros

Fonte: Chiavenato, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas
organizações

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As linhas de pensamento relacionadas ao profissional Pedagogo possibilitam
uma reflexão mais aprofundada sobre a sua atuação, pois hoje, se pensa muito mais
detalhadamente a dinâmica do conhecimento e as novas funções do educador como
mediador deste processo. Dessa forma, não podemos mais nos deter somente no
universo da educação formal, mas buscar novas fontes de formação e de informação
para adequar este profissional no mundo globalizado e competitivo.
Toda transformação relacionada à atuação do Pedagogo se dá ao fato de que,
hoje vivemos o processo que reflete a transformação de valores e pensamentos de
uma sociedade voltada para valores mais específicos, como a cultura de seu povo,
valor diferente daquele que até pouco tempo se primava pelo valor econômico. Ou
seja, a cultura hoje tem o seu papel melhor definido e mais importante para a
sociedade do que situação econômica, propriamente dita.
Nesta perspectiva de mudança e vislumbramos um espaço de atuação deste
profissional nas organizações, fundamentado na atuação do Pedagogo em espaços
não escolares, suas habilidades e competências para atuação nestes espaços, o
leque de possibilidades que hoje se abre deixando para trás a ideia primária de que
este profissional está preparado somente para atuar em espaços escolares, e que
pouco ou quase nada podendo aproveitar de suas habilidades para atuar em outros
espaços.
Assim, este profissional que atravessa séculos, executando o seu papel de
preceptor, de transformador do conhecimento e do comportamento humano,
chegando ao século XXI, com uma nova proposta, sua efetiva atuação em espaços
também não escolares, e que, no entanto, visam à aprendizagem e a transformação
do comportamento humano, tanto quanto dentro da educação formal.
Discussões que estão fundamentadas em teóricos conceituados e pela própria
sociedade que chega ao século XXI com novas perspectivas para a educação formal
e também para a educação não formal, discussão que até bem pouco tempo era
desconhecida para a maioria de nossas escolas de formação, e também dos
profissionais.

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O Pedagogo conquista espaço num mercado de trabalho cada vez mais
diversificado e amplo, atuando no processo de ensino-aprendizagem não somente
como processo para dentro da escola, da sala de aula ou do cotidiano escolar, mas
um processo que acontece em todo e qualquer segmento da sociedade, seja ele qual
for. E também como o Pedagogo se insere neste novo contexto social, percebendo a
sua relação em diferentes espaços, promovendo a formação continua das pessoas
envolvidas nos processos organizacionais.
Para Freire (1991, p. 58), a formação continuada é uma exigência do próprio
humano. Formação permanente é uma conquista da maturidade, da consciência do
ser. Quando a reflexão permear a prática docente e a vida, a formação continuada
será exigência sine qua non para que o homem se mantenha vivo, energizado, atuante
no seu espaço histórico, crescendo no saber e na responsabilidade. (...) “Ninguém
nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se
forma, como educador, permanentemente na prática e na reflexão da prática”.
Educar/formar nesta nova perspectiva é considerar, conforme defende Nóvoa
(1992), os profissionais a partir de três eixos estratégicos: a pessoa e sua experiência;
a profissão e seus saberes, e a organização e seus projetos.

A formação não se constrói por acumulação (de cursos de conhecimento ou


de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexão crítica sobre
práticas e de (re) construção permanente de uma identidade pessoal, por isso
é tão importante investir na pessoa a dar estatuto ao saber da experiência. É
preciso respeitar os professores como pessoas, seres incompletos e eternos
aprendizes, que a partir de uma formação contextualizada buscam
transformar-se, entender o grupo no qual estão inseridos e ressignificar a
suas práticas pedagógicas. (1992, p. 38),

Verifica-se hoje, uma ação pedagógica múltipla na sociedade. O pedagógico


perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo
esferas mais amplas da educação informal e não formal. (LIBÂNEO, 2002, p.28).

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4 INTRODUÇÃO A PEDAGOGIA EMPRESARIAL

Fonte: elisandrapereira.wordpress.com

Iremos refletir sobre a pedagogia empresarial e seus fundamentos. Para iniciar


todo o histórico, começaremos com a leitura da história do Raul, contada por Max
Gehringer, que vai nos ajudar na compreensão do papel do pedagogo nas
organizações, porque hoje se fala tanto em gestão de pessoas e porque as empresas
se tornou um espaço de atuação do pedagogo e finalmente; porque entender de gente
coloca o pedagogo em evidencia no mercado de trabalho.
“Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso
surpreende muita gente”. Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um
grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como
o Raul.
Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos
um colega de classe, o Pena, que era um gênio. Na hora de fazer um trabalho em
grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho.,
escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa
do trabalho - com tinta nanquim.

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Já o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no
grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse o Raul já
estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase. Deu no que deu.
O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou
meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos,
ainda permitia que a gente colasse dele nas provas. No dia da formatura, o diretor da
escola chamou o Pena de 'paradigma do estudante que enobrece esta instituição de
ensino'. E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo.
Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma
multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de
cinco e dez anos. E quem era o chefe do Pena? O Raul. E como é que o Raul tinha
conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito.
O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém
ali pareciam discordar de tal afirmação. Além disso, o Raul continuava a fazer o que
fazia na escola, ele apoiava. Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que
o Raul dava um jeito

Fonte: portal.fagen.ufu.br

Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para
Miami, onde fica a sede da empresa. Quando conversou comigo, o Raul disse que

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havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha
sido astronauta.
E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já
sabia a resposta. O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali essas coisas que,
na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.
Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o vice-presidente de
recursos humanos da empresa do Raul. E ele me contou que o Raul tinha uma
habilidade de valor inestimável: Ele entendia de gente.
Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios
subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais
produtivos.
E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não
sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima: 'Qualquer tolo pode pintar um
quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo'.
Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as
relações entre as pessoas. Perto do Raul, todo comprador normalmente se sentia um
expert, e todo pintor comum, um gênio.
É praticamente uma lei na vida que quando uma porta se fecha para nós, outra
se abre. A dificuldade está em que, frequentemente, ficamos olhando com tanto pesar
a porta fechada, que não vemos aquela que se abriu. (Andrew Carnegie).

Fonte:davidoasys.com
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As transformações ocorridas no Brasil e no mundo nos últimos 25 anos,
decorrentes de um conjunto de eventos políticos, técnicos, sociais e econômicos,
estão associadas ao processo de reestruturação produtiva e fez as instituições de
ensino, cientistas, pesquisadores e empresas voltarem sua atenção para a
necessidade de desenvolvimento das pessoas no contexto empresarial.
Para mobilizar e utilizar plenamente as pessoas em suas atividades, as
organizações estão mudando os seus conceitos e alterando as suas práticas
gerenciais. Em vez de investirem diretamente nos produtos e serviços, elas estão
investindo nas pessoas que entendem deles e que sabem como criá-los, desenvolve-
los, produzi-los e melhora-los.
A reestruturação produtiva torna-se possível pela difusão de inovações
tecnológicas e organizacionais nas cadeias produtivas e pela reorganização dos
mercados internos e externos em cada país. A globalização que se consolida no
mercado mundial com o advento da Internet muda as relações de consumo e o
comportamento do consumidor.

Fonte: sandraturchi.com

22
Em vez de investirem diretamente nos clientes, as organizações estão
investindo nas pessoas que os atendem e os servem e que sabe como satisfazê-los
e encantá-los. As pessoas passam a constituir o elemento básico do sucesso
empresarial.
As formas como as pessoas se comunicam e se relacionam passam a ser fator
de peso no encaminhamento da sua formação profissional. A formação profissional
não cessa com a conclusão de um curso, qualquer que seja ela precisa continuar e
acomodar-se no espírito do profissional sob pena de dissipar-se e desaparecer com
o tempo.
Qualificar pedagogos e administradores para atuarem no âmbito empresarial,
visando os processos de planejamento, capacitação, treinamento, atualização e
desenvolvimento do corpo funcional da empresa é o foco da Pedagogia Empresarial.

Fonte: pedagogiadacultura.webnode.com

Neste sentido torna-se imprescindível que no interior das empresas, órgãos


públicos, instituições educativas e escolares de todos os níveis, Infantil, Fundamental,
Médio, Superior, Jovens e Adultos e Profissionalizantes, a presença de profissionais
com conhecimentos especializados em educação, qualificados na gestão,
organização, planejamento, avaliação, seleção, recrutamento e treinamento de
funcionários.
23
A educação assume grande relevância perante essa reestruturação do mundo
do trabalho. No universo produtivo, portanto, faz-se necessário que o profissional da
educação, dotado de bases teóricas e metodológicas sólidas, assume um espaço de
forma efetiva no interior das organizações.
A atuação desse novo profissional precisa ocorrer de forma relacionada e
cooperativa com a dos outros profissionais de gestão. Assim será possível elaborar e
consolidar planos, projetos e ações que visem colaborar para a melhoria da atuação
dos funcionários, bem como para melhorar o desempenho da empresa.
Deve-se a todo custo evitar a negação da identidade dos funcionários. O que o
pedagogo empresarial busca é efetivar os saberes corporativos e como seu domínio
colaborará para a melhoria do clima organizacional, da qualidade das condições de
trabalho, da qualidade de vida e aumento da satisfação pessoal de todos.
A atuação do pedagogo empresarial está aberta. É ampla e extrapola a
aplicação de técnicas visando estabelecer políticas educacionais no contexto escolar.
Sua atuação avança sobre as pessoas que fazem as instituições e empresas de todos
os tipos, portes e áreas.
O espaço do pedagogo nas organizações está dado, é visível sua contribuição
quando se fala de valorização do capital humano das empresas, sua formação o
habilita a ser um gestor de pessoas, torna-se um profissional desejável e necessário,
para conduzir os processos relacionados a estratégias de recursos humanos,
otimizando o potencial das equipes de trabalho assegurando que as pessoas se
identifiquem com a missão organizacional

Fonte: spielraum.xing.com

24
5 A CONQUISTA DO ESPAÇO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS

Fonte: linkedin.com

O termo Pedagogia Empresarial foi cunhado pela professora Maria Luiza


Marins Holtz, na década de 80, para designar todas as atividades de estímulo ao
desenvolvimento profissional e pessoal realizada dentro das empresas, que
envolviam cursos, projetos e programas de treinamento e desenvolvimento. Cada vez
mais as empresas descobrem a importância da educação no trabalho e começam a
desvendar a influência da ação educativa do pedagogo na empresa. Sendo assim, a
pedagogia conta com o Pedagogo Empresarial dentro da empresa, visando, além de
melhorar a qualidade de prestação de serviços, melhorar também a vida pessoal do
indivíduo.
O foco da Pedagogia Empresarial é qualificar profissionais para atuarem no
âmbito empresarial, visando os processos de planejamento, capacitação,
treinamento, atualização e desenvolvimento do corpo funcional da empresa.
Atualmente, a empresa começa a abrir espaço para que este profissional possa, de
maneira consciente competente, proporcionar um ambiente que esteja solucionando
problemas, elaborando projetos, formulando hipóteses, visando à melhoria dos
processos instituídos na empresa, garantindo a qualidade do atendimento,
contribuindo para a instalação da cultura institucional da formação continuada dos
empregados.

25
O pedagogo poderá atuar na empresa produzindo e difundindo conhecimento,
assim, exercendo o seu papel de educador.
Considerando-se a Empresa como essencialmente um espaço educativo,
estruturado como uma associação de pessoas em torno de uma atividade com
objetivos específicos e, portanto, como um espaço também aprendente, cabe à
Pedagogia a busca de estratégias e metodologias que garantam uma melhor
aprendizagem/apropriação de informações e conhecimentos, tendo sempre como
pano de fundo a realizações de ideais e objetivos precisamente definidos. A
Pedagogia Empresarial existe, portanto, para dar suporte tanto em relação à
estruturação das mudanças quanto em relação à ampliação e a aquisição de
conhecimento no espaço organizacional.
O Pedagogo Empresarial “promove a reconstrução de conceitos básicos, como
criatividade, espírito de equipe e autonomia emocional e cognitiva”. (LOPES, 2006,
p.74) De acordo com Ribeiro (2010, p. 13) “A pedagogia empresarial se ocupa
basicamente com os conhecimentos, as competências, as habilidades e as atitudes
diagnosticados como indispensáveis/necessários à melhoria da produtividade”. É
necessário trabalhar nas empresas as relações humanas e buscar dentro das pessoas
o que elas têm de melhor e ensiná-las a colocar este melhor a serviço delas próprias
e da empresa na qual elas trabalham. “Um dos propósitos da Pedagogia Empresarial
é a de qualificar todo o pessoal da organização nas áreas administrativas, operacional,
gerencial, elevando a qualidade e produtividade organizacional” (Ferreira apud
Ribeiro, 2004,9) Assim, a Pedagogia Empresarial tem o objetivo de implementar
programas de qualificação, difundindo o conhecimento, traçando estratégias e
metodologias que asseguram uma melhor aprendizagem dos funcionários. Cabe a
Pedagogia Empresarial, valorizar o potencial de cada colaborador, respeitando
sempre o limite de aprendizagem de cada um.
O Pedagogo Empresarial torna-se corresponsável pela promoção de um clima
organizacional saudável, sendo articulador entre as peculiaridades organizacionais,
expressas em termos de perfis de desempenho considerados ideais para cada
cargo/função, e os desejos e aspirações do grupo de pessoas que a compõem.
Espera-se dele uma visão de mundo mais ampla de modo que se possam propor
projetos que interfiram positivamente no comportamento das pessoas, considerando-
as em suas múltiplas dimensões, assumindo-as, de fato, como os elementos
essenciais da organização.
26
Segundo Ribeiro (2010, p. 10): Enquanto articulador de propósitos
organizacionais e individuais, o Pedagogo Empresarial pode ser considerado um líder
que interage com outros líderes dentro da dinâmica organizacional. Desse modo,
assume esse papel e entender suas nuances em si e nos outros permite o
desenvolvimento de habilidades gerais e específicas, especialmente em termos da
emissão de juízos acerca dos comportamentos, das competências e das habilidades
a serem desenvolvidas.
Diante deste contexto, o Pedagogo Empresarial está inserido auxiliando no
desenvolvimento das competências e habilidades de cada indivíduo, para que cada
profissional saiba lidar com várias demandas, com incertezas, com várias culturas ao
mesmo tempo, direcionando o resultado positivo num mercado onde a competição
gera mais competição. Portanto, ao entender seu papel de educador, com suas
convicções 9 educacionais, e compreender a dinâmica empresarial, o Pedagogo
Empresarial saberá estabelecer metas e propostas para um bom desempenho
profissional. Em suma, é de essencial importância ratificar que a Pedagogia
Empresarial existe para dar suporte tanto em relação à estruturação das mudanças
quanto em relação à ampliação e à aquisição de conhecimento no espaço
organizacional. O Pedagogo Empresarial “promove a reconstrução de conceitos
básicos, como criatividade, espírito de equipe e autonomia emocional e cognitiva”.
(LOPES, 2006:74).
Na década de 1970, ocorreram vários fatos que causaram impacto na atividade
de recursos humanos: a crise mundial do petróleo; a manifestação do ensino; a lei nº
6.297de incentivos fiscais do treinamento; a abertura política e, ainda mais marcante,
do que os outros, o nascimento de um sindicalismo independente, de raízes políticas
socialistas e de atuação agressiva, que facilitou o aparecimento das greves como
forma de reivindicação dos empregados. Nesse tempo, a área de recursos humanos
teve certo poder, interessante de ser observado.
Nesse cenário, surgiu a figura de uma área de recursos humanos importante.
Coube a ela a elaboração de planos, táticas e ações contingenciais "contra" os
sindicatos. Dito de outra maneira estava estabelecido uma guerra contra os sindicatos,
e o objetivo maior era manter a empresa trabalhando, sem greve, quase a qualquer
custo.
Pode-se dizer que a área de recursos humanos, nessa época, concentrava- se
em conduzir os trabalhos dos funcionários, para que eles "vestissem a camisa da
27
empresa" e, assim, ficassem longe da manipulação da representação do mal: os
sindicatos e seus "mal-humorados" dirigentes.
Pouco ou quase nada sobrou desse novo modelo de recursos humanos, já que
ele era essencialmente reativo e servia para explicitar mais ainda o engano de
administrar pessoas/empresas por meio do antagonismo com as forças externas à
empresa e do mascaramento do verdadeiro contrato de trabalho.
No início da década de 1980, surge em recursos humanos o conceito "quem
pode e deve administrar melhor as pessoas são aquelas que tem a responsabilidade
sobre isso e vai tirar o seu próprio resultado das pessoas". Nesse caso estariam
incluídos todos àqueles que têm cargo de chefia: são supervisores, gerentes,
diretores, superintendentes, vice-presidentes e todo o rol de rótulos que essas funções
têm no mercado.

Fonte: paginasdescritas.blogspot.com

28
Fonte: licaodevida.com

Para que esses pudessem ser gestores de recursos humanos, era necessário
que pudessem ser treinados e desenvolvidos para a função. Nessa época reativaram-
se algumas técnicas e criaram-se outras de "desenvolvimento gerencial ou de
executivos". Quanto ao conteúdo, nem sempre eram possíveis de ser utilizado.
Havia dissonância entre o conteúdo instrucional desses cursos e a prática
gerencial no Brasil, padrões e modelos que reforçavam a centralização do poder em
algumas pessoas, principalmente após esses seminários/cursos, deixava os
participantes frustrados.
O esforço para tratar da educação de executivos fez com que a área
alcançasse níveis de relacionamento e de trabalho mais sofisticados. A teoria das
relações humanas, que permeou todos esses trabalhos, trouxe o seu quinhão de
progresso para os recursos humanos, mesmo que não tornasse a área mais
estratégica ou mais efetiva na demonstração e na comparação de resultados. Em
outras palavras, a área de recursos humanos só poderá sobreviver se conseguir
mostrar e mensurar valor agregado à empresa e às pessoas que lá trabalham.
A maioria das recentes argumentações em torno das razões pelas quais as
empresas devem mudar envereda pela explicação de que a globalização e o
neoliberalismo alteraram os espaços competitivos de empresas e nações, exigindo
das organizações um pensamento estratégico empresarial global e umas atuações
cada vez mais regionais, pessoais e voltadas para a diferenciação.

29
Pelo fato de historicamente, termos governos e modelos econômicos fechados,
nossas empresas tiveram de se adaptar, com os processos de mudança
organizacional iniciados abruptamente em nosso país os produtos desses trabalhos
começaram a aparecer. Uma das maiores constatações que os produtos desse
processo permitiram foi a de que não existe um caminho de retorno, ou seja, "os
velhos tempos" devem ser vistos como tal a nada mais do que isso.

Fonte: twitter.com

Diante dessa nova circunstância organizacional, as pessoas, por decorrência


lógica, começaram a questionar os valores que norteavam suas relações com a
empresa e dentro da empresa. A valorização do capital humano começa a ser
percebido como estratégia de gestão e nesse contexto as organizações passam a
demandar de um profissional que conheça bem as pessoas e as relações, o
pedagogo.
Nos últimos anos, os profissionais de recursos humanos conquistaram espaço
e oportunidade para interferir no projeto de toda a organização; não ficando mais a
reboque, tentando costurar soluções comportamentais para decisões tecnológicas ou
empresariais inadequadas ou pensadas pela metade, convidando o pedagogo a
exercitar dentro do contexto organizacional suas habilidades de gestor de pessoas. O
esquema abaixo nos mostra claramente, porque o espaço organizacional se tornou
um campo de atuação do pedagogo, pois, diante dos desafios do terceiro milênio,
30
demandamos de profissionais que entendam de gente, capaz de articular toda a rede
que envolve as organizações e através dela gerar resultados satisfatórios, fato este
que coloca o pedagogo como ator desse novo cenário organizacional.

Fonte: Chiavenato, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas
organizações

6 A FUNÇÃO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS

Fonte: forum.saude.doutissima.com

Lidar com pessoas tornou-se hoje uma atividade completamente diferente do


que se fazia há algum tempo atrás. Hoje em plena era da informação, as organizações

31
enfrentam um desafio importantíssimo na gestão de pessoas e nesse contexto de
mudanças e competitividade das empresas é necessária uma nova estrutura
organizacional para otimizar as habilidades e os talentos das pessoas, evitando
conflitos e construindo relações mais efetivas e produtivas.
As organizações dependem diretamente das pessoas, para ocupar um espaço
de destaque no mercado e para produzir seus bens e serviços, atender bem seus
clientes, a fim de atingir seus objetivos empresariais e estratégicos como:
produtividade, crescimento sustentado, lucratividade, redução de custo, qualidade nos
produtos e serviços, e imagens.
Portanto, o setor de RH das organizações, deve ser um setor de
enriquecimento de talentos e não de controle e fiscalização; gerenciar com pessoas e
não as pessoas. Deve-se pensar em um modelo de gestão de pessoas, que vise
maior participação nas decisões utilizando ao máximo a inteligência e o talento de
cada funcionário, para obter sinergia de esforços e ampliação de conhecimentos das
equipes.
O setor de recursos humanos deve investir no capital intelectual e capacitar
pessoas criando condições para que elas utilizem eficazmente as suas habilidades.
Neste momento a pedagogia vem de uma forma bem definida, com um conhecimento
acerca de pessoas estruturado e fundamentado, traçando objetivos organizacionais
que possam ser alcançados com uma compreensão clara do que se entende por
gestão de pessoas e processos, dentro de uma organização.
O objetivo dessa reflexão é mobilizar e conscientizar os pedagogos da
dimensão do seu papel dentro das organizações. Partindo da realidade que uma
empresa é um espaço educativo, cria-se então a necessidade de um profissional apto
a amarrar todas as relações humanas, atuando com estratégias e metodologias para
informações, conhecimentos e realizações de objetivos, tendo como resultado um
melhor aprimoramento, qualificação profissional e pessoal dos funcionários.
Para que tais objetivos possam ser alcançados, torna-se necessário que o
pedagogo, tenha uma compreensão clara do que se entendem, por gestão de pessoas
dentro de uma organização, quais são suas políticas: missão, visão, valores, como
eficiência, eficácia e cujos esses objetivos buscam muito mais do que acumular
técnicas ou conhecimentos, mas, acima de tudo, promover mudanças e atitudes mais
amplas.

32
Fonte: primecursos.com

Ampliando a atuação do Pedagogo Empresarial, mesmo que leve algum tempo,


é importante conhecer os funcionários em relação à sua origem, seus envolvimentos,
formação, cultura, anseios e objetivos. Isso possibilitará elaborar projetos
educacionais que estejam adequados aos objetivos da empresa, ou equipá-los para
que na compreensão desses objetivos, possam produzir cada vez mais e melhor como
a parte integrante e mais importante da empresa e da sociedade. Mantidos em forma
de educação contínua, os saberes acumulados no contexto da empresa e da
sociedade, transitórios ou técnicos, possibilitará um trabalho permanente, cuja gestão
de sua competência e conhecimento pode e devem ser articulados com outros valores
e profissionais, todos com a função de obter mudanças no comportamento e
comprometimento do indivíduo com a empresa.
A principal missão do pedagogo é fazer intervenções oportunas nos processos
organizacionais e desenvolver o potencial humano das equipes de trabalho, seus
conhecimentos, suas habilidades, com autodisciplina decorrente da autonomia e da
responsabilidade, buscando articular teoria e pratica, na construção de relações mais
confiáveis.

6.1 Benefícios da Pedagogia Empresarial

1. Desenvolve novas competências para compreender o negócio e as


causas e os efeitos de certas decisões estratégicas.
33
2. Permite adquirir novos insights sobre como a missão organizacional
influencia as decisões cotidianas na organização.
3. Visualiza novos horizontes combinando os novos insights e
competências para ajudar aos colaboradores a verem mais claramente
o que devem alcançar e como fazer isto.
4. O colaborador se sente recompensada em seu trabalho, pois
aprendendo e desenvolvendo habilidades e competências, as pessoas
se sentem mais satisfeitas e realizadas com aquilo que fazem.

Muitos dos chefes de seção de pessoal eram advogados, executivos e o


escopo básico de seu trabalho eram dizer e fazer coisas de pessoal segundo as leis.
Administrava-se o papelório - os procedimentos legais -, o que já era um progresso;
contudo, a mediação pessoa/empresa estava relegada aos termos da lei.

Fonte: blog.7pontos.com.br

Acompanhando as mudanças globais passamos para uma sociedade do


conhecimento, na qual o recurso controlador não é mais o capital, ou tampouco a terra
ou a mão-de-obra, mas sim a capacidade e experiência dos indivíduos. No âmbito
empresarial são necessários profissionais para atuarem nos processos de
planejamento, capacitação, treinamento, atualização e desenvolvimento dos
funcionários dessa empresa, e é nesse momento que surge o pedagogo empresarial.
O pedagogo empresarial visa sempre melhorar a qualidade de prestação de
serviços de uma empresa. Seja planejando, solucionando problemas, formulando
hipóteses, elaborando projetos, esse profissional visa à melhoria dos processos
instituídos na empresa, garantindo uma qualidade no atendimento de seus clientes e

34
também dos seus funcionários. Todo esse processo tem por base a gestão de
pessoas, desenvolvendo a capacidade de renovação da empresa e dos seus
funcionários, buscando sempre o conhecimento de novas técnicas, a promoção de
atitudes transformadoras e mobilizadoras, visando sempre que a empresa obtenha
excelência nos atendimentos às exigências do mercado e da sociedade (Greco,
2005).
O pedagogo tem uma formação holística, o que o habilita a ocupar um espaço
organizacional, desempenhando um papel de gestor de pessoas, pode e deve atuar
sim numa empresa devido a sua formação que não especificada - como o psicólogo
- e sim numa visão ampla que consiste na própria psicologia, na sociologia, na
filosofia, na história, na administração dentre outras.
O mercado de trabalho já tem exigido e cobrado das empresas mais ações de
responsabilidade social. Com isso, está crescendo a demanda por profissionais
especializados para planejar, coordenar, executar, e divulgar projetos sociais
principalmente na área de educação, o que é a expertise do pedagogo.
Portanto, vale ressaltar a grande importância da atuação do pedagogo dentro
de uma organização. Seu papel como educador, articulador e mediador, seu perfil e
suas funções pedagógicas e metodológicas.

6.2 Conceito de gestão de pessoas.

Um setor vivo e dinâmico da organização; setor que manipula os demais;


recurso dotado de uma vocação dirigida para o crescimento e desenvolvimento do
capital humano e intelectual das pessoas; órgão responsável pela distribuição das
informações necessárias para o crescimento da organização.
Conceituar, identificar, operacionalizar, desenvolver, avaliar e promover são
competências importantes para o profissional que almeja ser gestor de pessoas. É
claro que muitas delas podem ser compartilhadas com profissionais de outras áreas,
mas, quando atribuídas ao profissional de recursos humanos, eles devem oferecer um
quadro harmônico e confiável.
O aproveitamento de Recursos Humanos decorre de um processo de avaliação
contínua dos funcionários e permite a organização reter os seus "bons" funcionários
substituindo somente aqueles que apresentam distorções de desempenho
consideradas difíceis de serem corrigidas dentro de um programa de treinamento.
35
Daí a importância de se incluir no processo de qualificação profissional a
pedagogia que vai responder de uma forma mais efetiva, contribuindo para o
desenvolvimento e desempenho global da empresa.

Fonte: empresafamiliar.com.br

6.3 As Organizações Empresariais

A moderna Gestão de Pessoas procura tratar as pessoas e, os processos,


simultaneamente como importantes recursos organizacionais, mas rompendo a
maneira tradicional de tratá-las meramente como meios de produção.
Pessoas como pessoas e não simplesmente como recursos ou insumo. Até a
pouco tempo, elas eram tratadas como objetos e como recursos produtivos - quase
da mesma forma como se fossem máquinas ou equipamentos de trabalho, como
meros agentes passivos da administração.
Através dessa maneira retrógrada de visualizar as pessoas provocou grandes
conflitos trabalhistas. Hoje a tendência é fazer com que todas as pessoas, em
qualquer nível dentro da organização, sejam administradoras - e não simplesmente
executores - de suas tarefas. Além de executar suas tarefas, cada pessoa deve
conscientizar-se de que ela deve ser o elemento de diagnóstico e de solução de
problemas para obter uma melhoria contínua do seu trabalho dentro da organização.
É assim que crescem e solidificam-se as organizações bem-sucedidas.
A cultura representa o ambiente de crenças e valores, costumes e tradições,
conhecimentos e práticas de convívio social e relacionamento entre as pessoas. A
cultura significa o comportamento convencionalizado e aceito pela sociedade e

36
provoca enorme influência e condicionamento sobre todas as ações e
comportamentos das pessoas. Segundo Ribeiro:

Portanto, cultura é o resultado de um complexo conjunto de processos de


aprendizagem os quais são, apenas parcialmente, influenciados pelo
comportamento e vontade do líder. Por outro lado, destaca-se que a cultura
organizacional indica o clima e as práticas que as organizações desenvolvem
ao "redor" dos seus funcionários. (2003, p. 63).

Se as organizações são compostas de pessoas e estas precisam engajar-se


em organizações para alcançar seus objetivos, nem sempre este casamento é fácil.
Se as organizações são diferentes entre si, ocorre o mesmo com as pessoas que por
serem diferentes individualmente possuem suas próprias características
separadamente.
O pedagogo tem como foco dentro de uma empresa, desenvolver e trabalhar o
capital humano sob sua responsabilidade, articulando toda a estrutura interna e
externa da organização, para construir um capital intelectual, que se traduza em
relações de cooperação e ao mesmo tempo promova competitividade para a empresa,
como nos mostra o esquema abaixo.

Fonte: Chiavenato, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas
organizações.

37
7 O PEDAGOGO EMPRESARIAL

Fonte: fipb.com.br

O desenfreado desenvolvimento científico e tecnológico das últimas décadas


tem marcado a sociedade contemporânea com profundas mudanças nas
organizações, no modo de produção e nas relações humanas. Verdades e conceitos
têm sido questionados, mitos e comportamentos derrubados e o conhecimento tem
ultrapassado os limites geográficos, sociais e educacionais com uma vertiginosa
velocidade.
As novas tendências sociais e os novos rumos impostos pela Era da
Informação influenciam diretamente a educação e o conhecimento. Administrar a
quantidade de informações veiculadas e estar atualizado, atualmente, é uma tarefa
extremamente difícil e especializada.
O velho esquema escolar da memorização, da erudição pela erudição oriunda
da ação pedagógica da Companhia de Jesus na implantação do sistema educacional
brasileiro, já não se enquadra nos moldes da nova construção socioeconômica e
educacional do país.
O mundo transforma-se a cada momento e o resultado mais visível desse
processo é a obsolescência do conhecimento que nos impele à atualização constante

38
e contínua. O MEC evidenciou a intensidade do impacto desse novo formato social ao
publicar os Referenciais para Formação de Professores. (GENTILI; BENCINI, 2000).
O documento descreve as novas competências do educador e as novas
características das suas aulas, que devem priorizar a formação do aluno cidadão,
capaz de estabelecer relações com o mundo que o cerca, analisar, pesquisar, estar
atualizado e, sobretudo, aprender a aprender.
Os reflexos mutatórios na escola explicitam a exigência urgente do mercado de
trabalho que não abriga mais o trabalhador mecanizado, mero executor de tarefas,
personificado na figura robotizada do personagem do filme Tempos Modernos de
Charles Chaplin. O ambiente organizacional contemporâneo requer o trabalhador
pensante, criativo, proativo, analítico, com habilidade para resolução de problemas e
tomada de decisões, capacidade de trabalho em equipe e em total contato com a
rapidez de transformação e a flexibilização dos tempos atuais.
Mas como conseguir isso? Como conseguir desenvolver competências nos
alunos de nossas escolas atuais? Como contribuir para a construção de
colaboradores autônomos, e com espírito de aprendizes? Como manter as
organizações atualizadas no mundo que vive a transformação num ritmo frenético?
Como transformar o ambiente de trabalho em um ambiente de aprendizagem
permanente?
Diante dessas indagações surge a figura do Pedagogo Empresarial. Cada vez
mais as empresas descobrem a importância da educação no trabalho e desvendam a
influência da ação educativa do Pedagogo na empresa. O Pedagogo não é mais só o
profissional que atua no ambiente escolar. Ao contrário, dispõe de uma imensa área
de atuação, tais como: empresas de diversos setores, ONGS, editoras, sites,
consultorias especializadas em T&D e em todas as áreas que requeiram um trabalho
educativo.
A tarefa do Pedagogo Empresarial é, entre outras, a de ser o mediador e o
articulador de ações educacionais na administração de informações dentro do
processo contínuo de mudanças e de gestão do conhecimento. Gerenciar processos
de mudança exige novas posturas e novos valores organizacionais, características
fundamentais para empresas que pretendem manterem-se ativas e competitivas no
mercado.
Dessa forma, o profissional da educação atua na área de Recursos Humanos
direcionando seus conhecimentos para os colaboradores da empresa com o objetivo
39
da melhoria de resultados coletivos, desenvolve projetos educacionais, seleciona e
planeja cursos de aperfeiçoamento e capacitação, representa à empresa em
negociações, convenções, simpósios, realiza palestras, aporta novas tecnologias,
pesquisa a utilização e a implantação de novos processos, avalia desempenho e
desenvolve projetos para o treinamento dos funcionários.
Outra modalidade para a capacitação e treinamento dos recursos humanos no
mercado empresarial é a Universidade Corporativa. Essas Universidades
desenvolvem um sistema de aprendizado contínuo voltado para as necessidades
específicas das empresas e de seus colaboradores. Contribuem para a aquisição dos
conhecimentos dos novos processos de produção e valores organizacionais
consoantes com a missão da empresa. Esse novo nicho educacional tem crescido e
tende a intensificar-se nos próximos anos gerando uma demanda social de
Pedagogos Empresariais.
As organizações são formadas por pessoas: são elas que atendem ao público,
despacham documentos, recebem recados, fazem pagamentos, tomam decisões. Há
uma mútua simbiose entre pessoas e organizações: pessoas dependem das
organizações e organizações dependem das pessoas.
Dentro dessa interdependência e do novo paradigma de competitividade em
mercados globais, o treinamento e o aprendizado são imprescindíveis para o
aproveitamento das oportunidades pessoais e organizacionais e para a neutralização
das ameaças ambientais. Os indicadores propulsores da aprendizagem
organizacional são a criatividade e a inovação.
Segundo Peter Senge (1999, p. 320), autor do livro A Quinta Disciplina, os
gerentes devem estimular e conduzir a mudança para criar organizações que
aprendam. (SENGE apud CHIAVENATO, 1999).
A aprendizagem e o treinamento nas empresas são os diferenciais de
competitividade, qualidade e lucratividade. Por esse motivo o investimento no
conhecimento contínuo e coletivo do capital intelectual das empresas tende ao
crescimento progressivo.
Esse conceito administrativo assemelha-se, integralmente, ao novo conceito
educacional de escola e da sua função social: formar cidadãos autônomos, não sendo
mais o lugar de simples transmissão do conhecimento, tornou-se, o espaço das
relações humanas moldadas, deve ser usada para aprimorar valores e atitudes, além

40
de capacitar o indivíduo na busca de informações, onde quer que elas estejam, para
usá-las no seu cotidiano.
Torna-se evidente que a palavra de ordem hoje é Gestão do Conhecimento.
Escolas e empresas que não repensarem seus modelos e agarrarem-se aos velhos
paradigmas do aprendizado e das relações humanas estarão, certamente, fadadas ao
fracasso ou ao desaparecimento.
A inexorabilidade da reestruturação socioeconômica obriga que as escolas
desenvolvam competências nos alunos para atender às exigências do mercado de
trabalho e que as organizações reestruturem-se e transforme o ambiente de trabalho
num ambiente de aprendizagem, contribuindo para a construção de pessoas que se
antecipem aos acontecimentos, sejam atualizadas e saibam aprender a aprender.
O pedagogo vai para as organizações ocupar o papel de gestor de pessoas, de
conhecimento e de talentos e segundo Idalberto Chiavenato, gerir talento humano
está se tornando indispensável para o sucesso das organizações. Ter pessoas não
significa necessariamente ter talentos. E qual a diferença entre pessoas e talentos?
Um talento é sempre um tipo especial de pessoa e nem sempre toda pessoa é um
talento.

Fonte: blog.raleduc.com.br

Para ter talento a pessoa precisa possuir algum diferencial que a valorize.
Hoje, o talento envolve três aspectos:

41
a) Conhecimento. É o saber. Constitui o resultado do aprender a aprender,
aprender continuadamente e aumentar continuadamente o
conhecimento.
b) Habilidade. É o saber fazer. Significa utilizar e aplicar o conhecimento,
seja para resolver problemas ou situações ou criar e inovar.
c) Competência. É o saber fazer acontecer. A competência permite
alcançar e superar metas e resultados, agregar valor, obter excelência
e abastecer o espírito empreendedor.

Talento era o nome dado a uma moeda valiosa na antiguidade. Hoje é preciso
saber atrair, aplicar, desenvolver, recompensar, reter e monitorar esse ativo precioso
para as organizações e não apenas para a área de RH.

Conhecimento: Habilidade: Competência:


SABER SABER FAZER SABER FAZER

Aprender a Aprender Aplicar o Conhecimento ACONTECER

Aprender Resolver Problemas Alcançar Metas


Continuamente

Aumentar o Criar e Inovar. Agregar Valores


conhecimento. Obter excelência
Empreender

O esquema acima sintetiza o papel articulador do pedagogo dentro das


organizações, viabilizando contextos favoráveis e incentivador, para que os talentos
cresçam e se desenvolvam, formando o capital humano das empresas, que é seu
maior patrimônio, seu grande diferencial, que a faz alcançar competitividade e
sucesso.
O papel do pedagogo, em espaços organizacionais, tornou-se desafiador a
partir do momento em que verificamos através de discussões realizadas em sala de

42
aula, seminários, mesa redonda, através de leituras compartilhadas, um horizonte se
abrindo para esta área do conhecimento, que se fundamentam também nos quatro
pilares da educação.
Segundo o relatório Jacques Delors, da Comissão Internacional sobre a
educação para o século XXI, elaborado para a UNESCO, iniciado em 1993 e
concluído em 1996, destaca os quatro pilares básicos essenciais a um novo conceito
de educação:
A educação ao longo de toda vida baseia-se em quatro pilares: aprender a
conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser. (...) A educação
ao longo de toda a vida torna-se assim, para nós, o meio de chegar a um equilíbrio
mais perfeito entre trabalho e aprendizagem bem como ao exercício de uma cidadania
mais ativa (DELORS, 2001, p. 101).
Refletindo sobre as contribuições deste relatório para a formação continuada
dos profissionais, percebemos que a concepção de educação nele proposta está
voltada para toda a organização. Um modelo que vai além dos muros da escola e
deve fazer com que o indivíduo saiba conduzir o seu destino, num mundo onde a
rapidez das mudanças se conjuga com o fenômeno da globalização modificando a
relação que homens e mulheres mantêm com o espaço e o tempo.
O pedagogo é um profissional dentro das organizações que tem formação para
compreender as empresas enquanto organizações que aprendem e que seu
diferencial é as pessoas e como tal conduzir os processos de ensino/aprendizagem.

Fonte: imesmercosur.org.br

43
8 O PEDAGOGO E A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Geralmente, o pedagogo tem-se caracterizado como profissional responsável


pela docência e especialidades da educação, como: Direção, Supervisão,
Coordenação e Orientação Educacional, entre outras atividades específicas da
escola. Podemos dizer que, dificilmente, encontra-se o profissional da educação
desvinculado da escola propriamente dita, e inserido em outras atividades do mundo
do trabalho, como em empresas, ainda que esse trabalho se refira à educação, mas
em uma perspectiva extraescolar.
Ao analisar a estrutura de organização das disciplinas do curso de Pedagogia
notamos que não há direcionamento específico para a atuação do pedagogo em
empresas, fato esse que dificulta a inserção e conhecimento das possibilidades de
atuação desse profissional nos processos produtivos. Por essa razão e, também,
porque a escola constitui-se um local de trabalho bastante conhecido dos pedagogos,
esses profissionais limitam sua procura a essas instituições. Nesse momento, em que
o curso de pedagogia passa por um processo de reestruturação com propostas
divergentes de diretrizes curriculares e, também, considerando as modificações
ocorridas no processo produtivo, faz-se importante contemplar a possibilidade de
atuação desses profissionais em outros setores do mundo do trabalho.

Fonte: fundasc.com.br

44
9 O TRABALHO DO PEDAGOGO

Todos esses aspectos levam-nos a refletir sobre a possibilidade de um novo


campo de atuação para o pedagogo, até agora pouco explorado. Para discutirmos a
presença do pedagogo nos processos produtivos, elegemos três aspectos
constitutivos da especificidade do trabalho desse profissional que nos parece
interessantes ser aproveitados nos locais de produção, sendo eles: a interação com
o sujeito, a reflexão sobre a prática do trabalho e a elaboração de programas
instrucionais que priorizem a totalidade do processo de trabalho.
O trabalho costumeiramente desenvolvido pelo profissional da educação (o
pedagogo) refere-se a oferecer instrumentos para que o sujeito aprenda a desvendar
a realidade. Para que o conhecimento aconteça por parte do sujeito, o educador tem
um papel fundamental que é o de oferecer subsídios de cunho teórico-prático para
que a partir da ação o sujeito interfira na realidade.
Nesse sentido, o educador não é um mero transmissor de conhecimento,
mesmo porque o processo pelo qual consolida-se o conhecimento pressupõe a
interação entre sujeito estruturante e objeto a ser estruturado, assim, faz-se
imprescindível notar que a função essencial do educador está em oferecer além dos
conteúdos, os instrumentos que possibilitem e estimulem a busca do conhecimento
por parte do sujeito.

Fonte: congnin.com.br

45
Como mencionamos anteriormente, se há no mundo do trabalho a necessidade
de um conhecimento de caráter mais criativo e ativo, então a interação entre os
profissionais responsáveis pela produção demonstra ser essencial. Essa interação
conjuga a troca recíproca de conhecimento, de um lado, os técnicos, com o saber
adquirido pelos anos de experiência na profissão e alguma formação institucional, de
outro, os engenheiros e outros profissionais com formação de nível mais elevado, mas
que muitas vezes se encontram desprovido de condições para socializar esse
conhecimento com os demais.
Assim, esses últimos acabam por centralizar em si a escolha dos
procedimentos a serem utilizados na produção, perdendo a contribuição prática dos
trabalhadores e emperrando a organização da empresa de acordo com as novas
formas de organização do trabalho.
Pudemos observar que em uma das empresas pesquisadas utiliza como
estratégia para a qualificação de seus quadros profissionais o programa de
multiplicadores de treinamento, o qual requer do profissional maior responsabilidade
e conhecimento, já que terá de dominar além de seu trabalho específico todo o
processo de produção.
Esse tipo de programa requer do profissional, outras habilidades como
capacidade de compreensão e exposição de ideias, utilização e seleção de materiais
didáticos para atingir fins determinados, capacidade de oratória entre outros.
Tudo parece indicar que a necessidade do mercado não se encontra mais
fundamentada na divisão entre planejar e executar, por isso os treinamentos
realizados simplesmente com suporte técnico não é mais suficiente. Para trabalhar
nas novas formas de organização do trabalho, parece ser necessário o
desenvolvimento intelectual e comportamental visando o trabalho conjunto. Como
parte de uma equipe interdisciplinar, o pedagogo por compreender o processo
cognoscente pode contribuir na aprendizagem do profissional aguçando o
desenvolvimento das potencialidades individuais através da interação entre os
profissionais na seleção de metodologias adequadas proporcionando, assim,
condições para que ocorra a aprendizagem por meio do trabalho. Outro aspecto da
formação do pedagogo refere-se à reflexão sobre a prática, aliando teoria e prática.
No âmbito da escola, a práxis é bastante discutida como elemento essencial na prática
cotidiana na sala de aula.

46
Ao falar sobre a valorização do saber produzido nas relações sociais, o
pedagogo é o profissional que faz das situações concretas que vive o seu instrumento
de reflexão e elabora saber, esse mesmo saber faz com que o docente se relacione
mais profundamente com o conhecimento.
Nesse momento da sociedade capitalista tudo indica que seja oportuno para os
setores produtivos estreitarem as relações existentes entre teoria e prática,
canalizando essa união em benefício da qualificação profissional, ainda que,
contraditoriamente, o interesse das empresas capitalista com a formação profissional
seja a acumulação de capital.
Como mencionamos, juntamente com a tendência a uma maior proximidade
entre categorias profissionais na produção, parece possível dizer que o diálogo
visando à troca de experiência e, sobretudo, a capacidade de olhar para a produção
extraindo dessa mesma realidade as necessidades práticas para encontrar novos
caminhos constitui-se em um elemento importante para a empresa, como também,
para despertar a capacidade criativa e de compreensão profissional.
Esse trecho evidencia que o ato de executar encontra-se dissociado do ato de
planejar, alienando o trabalhador da compreensão do processo produtivo. Nesse
sentido, é oportuno que as experiências práticas estejam ligadas a instrumentos
educacionais que, além de proporcionarem a participação dos trabalhadores no
planejamento, execução e avaliação, levem o sujeito a perceber as situações
provenientes da prática e as alternativas cabíveis para solucionar os problemas que
surgem e propor inovações.
Para que se preconizem inovações na produção, o componente intelectual
demonstra ser indispensável, pois tudo parece indicar que somente com uma
articulação de nível intelectual poderemos avançar no âmbito da qualificação
profissional. Essa articulação compreende a interação com a realidade através do
questionamento constante das práticas empregadas na produção, de modo a
incorporar ou rejeitar as experiências que surgem.
A importância de subsidiar as experiências provenientes da prática de suporte
educacional, já que os pedagogos do trabalho nas indústrias metalomecânica na
Alemanha têm desenvolvido e aplicado o conceito de qualificação profissional com
base na capacidade e conhecimento para compreender o processo de produção,
aprendizagem direcionada às experiências surgidas no trabalho, objetivos que são
orientados no processo total da produção incluindo planejamento, execução e controle
47
do trabalho em cooperação, em seguida são desenvolvidas diretrizes didáticas que
contemplam esses conceitos.

Fonte: pedagogiaaopedaletra.com

Estudos demonstram a necessidade de desenvolver um conceito de


qualificação profissional com base na nova forma e organizar a produção, e também,
os novos modelos organizacionais parecem requerer que as experiências adquiridas
na prática do trabalho estejam subsidiadas de suporte educacional a fim de traduzir o
momento no qual o trabalhador despende sua força de trabalho em ganhos individuais
e que as equipes de trabalho inovem, troquem experiências e interajam entre si, não
apenas em uma perspectiva de execução, mas de concepção do trabalho.
Outro aspecto do trabalho que o pedagogo pode vir realizar na empresa se
refere à elaboração de programas instrucionais ou diretrizes didáticas. Nas empresas
podemos constatar que todas elas fazem um planejamento prévio das etapas de
treinamento contendo conteúdos, objetivos, técnicas (lê-se metodologia) e avaliação,
porém esse planejamento é realizado sem suporte educacional, ainda que o objetivo
seja a qualificação dos trabalhadores, que por mais restrito que se entenda esse
conceito, em geral, refere-se à aquisição de conhecimentos do processo produtivo e
desenvolvimento de capacidades intelectuais e comportamentais no sujeito que
aprende determinado conteúdo.

48
A organização sistemática das atividades a serem aplicadas no treinamento
demanda um tipo de conhecimento específico da prática educativa, como a
elaboração e seleção de materiais didáticos, instrumentalização didática dos
profissionais e, ainda, a seleção de metodologia apropriada para conduzir a execução
do treinamento.
A prática educativa pressupõe a superação dos elementos formais do
programa de aprendizagem, não os excluindo, mas ultrapassando a simples
organização formal para uma organização educativa, na qual o objetivo, o conteúdo,
a metodologia e a avaliação são vistos interligados, sofrendo modificação, seleção e
adaptação de modo a interferir na organização intelectual do sujeito.

10 EDUCAÇÃO NO TRABALHO – IMPORTÂNCIA

Já passou a época em que o pedagogo se ocupava somente da educação


infantil. A pedagogia hoje dispõe de uma vasta área de atuação, que inclui, além de
instituições de ensino, empresas dos mais diversos setores. É necessário separar o
que é escolar do que é educativo. O pedagogo pode atuar em todas as áreas que
requerem um trabalho educativo, mas apenas formar-se pedagogo não é suficiente
para conquistar um cargo em uma empresa. É necessário buscar outros
conhecimentos relacionados à educação corporativa e à andragogia - educação de
adultos - por meio de cursos de especialização, mestrados e doutorados.
"O curso de pedagogia ainda está muito voltado para a escola, mas isso está
mudando. As faculdades já estão revisando seus currículos, de modo que a formação
de profissionais seja melhor direcionada. Hoje, os alunos frequentam estágios focados
no trabalho em empresas, mas não saem da faculdade especialistas nesta área.
Futuramente, o curso será mais específico e passará a adotar a nomenclatura de
pedagogia com ênfase em empresas.
É preciso analisar quais conhecimentos e habilidades específicas serão
exigidas no curso para que não surjam problemas no exercício da profissão. Este
assunto requer muito estudo para evitar que o trabalho do pedagogo empresarial
colida com o de outros profissionais, como assistente social ou psicólogo
organizacional.

49
Como não poderia deixar de ser, as funções desempenhadas pelo pedagogo
dentro de uma companhia estão em constante movimento, já que são influenciadas
por diversos fatores, como o desenvolvimento tecnológico, a competitividade e as
exigências de mercado. Hoje, as palavras-de-ordem dentro das organizações são:
mudança e gestão do conhecimento.
Nesse contexto, o papel do pedagogo é fundamental, pois todo processo de
mudança exige uma ação educacional e gerir o conhecimento é uma tarefa, antes de
tudo, de modificação de valores organizacionais, explica Vera Martins, pedagoga
especialista em treinamento e desenvolvimento de pessoas em empresas. O
pedagogo empresarial pode focar seus conhecimentos em duas direções: no
funcionário ou no produto da empresa. No primeiro caso, trata-se da atuação no RH.O
pedagogo é o responsável pela criação de projetos educacionais que visam facilitar o
aprendizado dos funcionários. Para tanto, realiza pesquisas paraverificar quais as
necessidades de aprimoramento de cada um e qual método pedagógico é mais
adequado. A partir daí, trabalha em conjunto com outros profissionais de RH na
aplicação e coordenação desses projetos.

Fonte: mundodastribos.com

Já no segundo caso, o pedagogo irá atuar em empresas que trabalham com


educação, como editoras, sites e organizações não governamentais (ONGs). Uma
das minhas funções dentro da editora é apresentar o produto ou serviço da maneira
mais atraente possível ao cliente, que em geral são professores. Para isso,
desenvolvo projetos pedagógicos e estratégias de divulgação de livros, CDs, revistas,

50
vídeos e DVDs, explica Cláudia Onofre, pedagoga responsável pelo departamento de
divulgação da Editora Paulo.

Fonte: portalescritoriomodelo.com.br

11 OS DIFERENCIAIS DO PEDAGOGO PARA AS ORGANIZAÇÕES

11.1 Planejamento

Planejamento é prever, antecipar fatos e situações, tomar decisões etc. O


planejamento ajuda a alcançar a eficiência e visa também à eficácia. O planejamento
pode ser de curto ou de longo prazo, consideram-se de curto prazo, os planos de até
um ano, e de longo prazo aqueles acima de um ano. Obviamente que é melhor
estender o planejamento e termos de tempo do que limitá-lo a períodos muito curtos.
A essência do planejamento e do controle é a tomada de decisões. Esta por
sua vez, depende de informações oportunas, de conteúdo adequado e confiável.
Um levantamento de pesquisa verificando as necessidades dos funcionários é
um ótimo começo. Pode-se começar a planejar, mexendo nas possibilidades de
diminuir a carga horária de trabalho para àqueles que queiram completar os seus
estudos podendo haver possibilidades desse estudo ser na própria empresa.
O planejamento compreende a seleção dos objetivos da organização e das
áreas, e a determinação dos meios para atingi-los.

51
Fonte: wm.trading.com.br

Pode-se fazer uma análise permitindo-nos refletir na perspectiva das relações


institucionais, sobretudo sobre os papéis e funções da pedagogia empresarial dentro
de um contexto onde as verdades se relatam na busca de conhecimentos e
aprendizados. Segundo Ribeiro:

O pedagogo que atua na empresa precisa ter sensibilidade suficiente para


perceber quais estratégias podem ser usadas em que circunstâncias para
que não se desperdice tempo demais aplicando numerosos métodos e com
isso perca de vista os propósitos tanto da formação quanto da empresa. Ao
planejar um programa de formação/treinamento a seleção de métodos
obedece ao princípio do desenvolvimento concomitante de competências
técnicas e de relacionamento social. (2003, p. 20).

No planejamento estratégico, o conceito de competências foi introduzido por


Prahalad (1990) e Hamel (1995) e é introduzido como um conjunto de habilidades e
tecnologia que permite a uma empresa oferecer um determinado benefício ao cliente,
diferente do de sua concorrência.
O que fazer se na empresa não há um planejamento formal?

Fase 1: Descoberta
Se Entrevista pessoas que representem as várias interfaces da organização e
nos mostrem uma circunstância específica de negócio.

52
Fase 2: Construção
É nessa fase que são definidas as competências organizacionais (se a empresa
ainda não fez esse trabalho), de acordo com as necessidades estratégicas e as
circunstâncias levantadas

Fase 3: Assessment
Estudos de casos precisam ser desenvolvidos para cada situação. No caso da
utilização de testes, inventários e etc., é importante que a escolha seja criteriosa, que
leve em consideração os recursos e os produtos de cada um e as necessidades
particulares do assessment.

Fase 4: Implantação
Esse é o momento de "fazer acontecer". Nessa fase, a primeira atividade, de
importância fundamental, é o detalhamento de implantação da administração de
recursos humanos por competências.
Quanto mais pudermos planejar nossas ações e estabelecer, a priori, o tempo,
os recursos e as responsabilidades necessárias - contando com o envolvimento das
pessoas na confecção desse plano -, mais aumentaremos nossas possibilidades de
uma implantação bem-sucedida.
Medir, monitorar, redirecionar e replanejar são atividades vitais para a
otimização das energias e emoções existentes num determinado grupo de
trabalhadores.
Criar a cultura da avaliação, implementar instrumentos e processos coerentes
e objetivos validados, e compartilhar todos esses resultados é uma competência muito
valorizada.

11.2 Comunicação e Informação

Ao se projetar um sistema de informação que apoie o planejamento e o


controle, é necessário compreender as necessidades de informação que por sua vez
exigem a compreensão dos processos decisórios praticados pela empresa. A
qualidade da comunicação é, sempre, de uma forma ou de outra, a diferença entre o
sucesso e o fracasso, ou, pelo menos, entre sucesso e mais sucesso. A arte de
comunicar está em identificar os aspectos favoráveis.
53
A comunicação empresarial existe o conceito já aprovado na prática, de que "a
política de comunicação de uma empresa será tão boa e eficiente quanto for a
sensibilidade comunicativa de seus principais dirigentes". Isto quer dizer que
independentemente da qualidade dos comunicadores e dos recursos materiais e
tecnológicos já existentes, nenhuma empresa pode prescindir de uma estratégia de
comunicação, abrangente e que reflita seu objetivo de ação como um todo, e não
seus executivos isoladamente. A comunicação empresarial insere-se num conceito de
permanência, e deriva da cultura da empresa. Isto quer dizer que, quanto mais
esclarecida for a empresa sobre o papel social, mais apta estará a informar.
Mas do que uma atividade a comunicação empresarial é um conceito que
permeia todas as atividades da empresa, suas relações com a comunidade,
fornecedores, compradores e governos em geral. Trata-se de uma política e de uma
estratégia que tem sua expressão na postura da empresa diante do mercado e dos
consumidores, de seus trabalhadores, se reflete na qualidade e apresentação de seus
produtos e/ou serviços e em todas as suas mensagens informativas, tanto para dentro
como para fora da empresa.
Além das organizações que estruturam seus setores de comunicação,
preferem contratar serviços de terceiros, de acessórias especializadas, que só
proliferam.
A comunicação, à medida que mais e mais venha a ser utilizada como
instrumento da moderna gestão de pessoas, em um mercado crescentemente
competitivo, irá exigir profissionais melhor preparados, vocacionados para a atividade,
através de uma seleção cada vez mais rigorosa no mercado de trabalho. Esses são
os especialistas que o mercado de trabalho irá solicitar, capazes de orientar e executar
a política da comunicação das organizações empresariais.
Deve-se implantar o projeto, as etapas intermediárias, pesquisa de avaliação e
feedback, onde permitirá correções e, eventualmente, a introdução de novas práticas
e veículos de informação, com a finalidade de despertar mais interesse e adesões,
incentivar a participação do público-alvo somando esforços para alcançar objetivos
traçados pela empresa.

54
Fonte: paroquiasagradomerces.com.br

Uma empresa deve atribuir estímulos (onde se pode criar campeonatos,


promoções, gincanas e outros, com a finalidade de promover iniciativas integrativas e
participação múltiplas e os objetivos desse estímulo é a ideia do não isolamento e
individualismo); a educação (criando-se oportunidades e condições de ensino para
melhorar os padrões produtivos e gerenciais da empresa e, ela compreende que um
operário melhor preparado, trabalha melhor e produz mais).
A comunicação é o principal instrumento da política dos recursos humanos em
uma empresa e, portanto, fator inestimável de eficiência e produtividade. É claro que
se a política de recursos humanos da empresa for ineficiente, não há comunicação
que melhore sua imagem.

Fonte: cimconsultoria.com.br
55
Não seria irresponsável dizer que em um dos maiores problemas de novas
empresas é a comunicação. Não que faltem "meios" (jornais, murais, cartazes,
programas formais de comunicação - quem se lembra dos programas "portas
abertas?"; elas estavam tão escancaradas que precisavam de um programa formal),
redatores, repórteres e acessórias eficientes de comunicação. O grande problema é
o "entendi mento das pessoas".
Nunca houve dúvida de que as pessoas é que fazem a diferença no contexto
empresarial. A comunicação deve permitir amplas possibilidades de expressão entre
os integrantes para que possa rever seus estilos, suas normas, criar espaço à
redefinição da auto-regulamentação, não apenas ao nível das atitudes e percepções,
motivações individuais ou grupais. Um dos pressupostos básicos para a
aprendizagem é o entendimento.

11.3 A aprendizagem

Hoje nas empresas fazem-se urgências as instalações de um sistema de


mudança, em busca do aprimoramento organizacional. Capacitando-se e
experimentando a busca de novas alternativas para enfrentar os desafios do meio
onde atuam, desenvolvendo um contínuo aprendizado como filosofia de vida
organizacional.
Por essa razão as empresas precisam adaptar-se às alterações, porque passa
a sociedade como um todo nesse limiar de um novo século. E elas só podem criar
sustentar e ampliar estratégias de crescimento e até mesmo de sobrevivência se
fizerem do aprendizado um "modo de ser" permanente e em sintonia com o seu tempo.
Entra-se, portanto no planejamento, e sobre isso cabe alertar ao pedagogo
empresarial para não confundir planejamento educacional (voltados para processos
de ensino-aprendizagem desenvolvidos na escola) com o planejamento de atividades
a serem desenvolvidas no âmbito das empresas. O que se deve fazer no caso da
empresa é desenvolver habilidades de comunicação, leitura e audição, assim como
aprimorar atitudes e conhecimentos, e na empresa há que se ter cuidado de oferecer
ao receptor o mecanismo de funcionamento do código de mensagem, dando a
necessidade da escolha adequada das palavras e da organização adequada dessas
palavras em frases.

56
A aprendizagem é como um processo de mudança, como instrumento de ação
libertadora, a consciência crítica do ser humano no processo de sua aprendizagem
leva a reconhecer o seu estado de finitude e de limitação. A aprendizagem constitui-
se na direção de atingir determinados objetivos lidando com eles com determinação,
perseverança e entusiasmo.
A educação é um processo amplo que permite ao indivíduo desenvolver-se
como um todo e em todas as dimensões, cujos objetivos buscam muito mais do que
acumular técnicas. Portanto, segundo Chiavenato:
Desenvolver pessoas não é apenas dar-lhes informação para que elas
aprendam novos conhecimentos, habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes
naquilo que fazem. É, sobretudo, dar-lhes a formação básica para que elas aprendam
novas atitudes, soluções, ideias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e
comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que fazem. Formar é muito mais
do que simplesmente informar, pois representa um enriquecimento da personalidade
humana. (1999, p. 290).
Educação vem da capacidade do indivíduo em assimilar, usar e gerar
informações. A aprendizagem, então, só se completa na medida em que a posse de
conhecimento pela pessoa permita a mudança de comportamento por causa da
experiência. Para Freire (apud LIMA, 1996):
Na visão bancária de educação, o "saber" é uma doação dos que se julgam
sábios aos que julgam nada saber (...). Se o educador é o que sabe, se os educandos
são os que nada sabem, cabe àquele dar, entregar, levar, transmitir o seu saber aos
segundos.
Segundo o professor do Departamento de Administração Geral de Recursos
Humanos da EAESP/FGV, José Ernesto Lima Gonçalves, conforme citado por
Chiavenato (1994), "transformar a força em trabalho passou a ser o maior desafio
estratégico enfrentado pelas empresas que esperam ter sucesso no próximo século”.
Na educação o conceito de competências está ligado à formação das pessoas, ao
desenvolvimento das habilidades e a estimulação das atitudes (GRANT, 1975),razão
pela qual sua definição é um conjunto de habilidades e
comportamentos dos indivíduos passível de treinamento.
Dessa maneira Senge (1990), propõe um modelo de empresa em que a
aprendizagem, além de ser contínua, precisa ser acumulativa e "distribuída" para
todos.
57
Ambos os nascedouros do conceito de "competência" foram convenientes para
uma transposição e uma nova forma de administrar os recursos humanos nas
empresas: a junção da vertente educacional, voltada para o aprimoramento das
pessoas, e da vertente estratégica, calcada na identificação e no desenvolvimento das
competências organizacionais a fim de que as empresas obtenham competitividade.
Organizações estruturadas solicitam a explicitação de um contrato baseado em
resultados e na aprendizagem contínua. Desse modo, fica claro que a carreira das
pessoas depende da adaptação rápida ao ambiente competitivo pós- empreendedor.
As organizações estão bastante interessadas na "construção do conhecimento"
pelos seus colaboradores - construtivismo - e pela construção do conhecimento pela
própria organização.
Antes, será apresentada uma comparação entre o treinamento,
desenvolvimento e educação. Muitas vezes ao tratar o assunto, profissionais nomeiam
indistintamente essas práticas, que são bastante diversas, porém, treinamento,
desenvolvimento e educação, estão vinculados ao trinômio conhecimento, habilidades
e atitudes.

Fonte: osvaldopaz.wordpress.com

O conhecimento (saber fazer) está no campo do treinamento, seu objetivo é o


desempenho, seu foco é a tarefa, seu alcance é o curto prazo, sua orientação são
suas instruções, seu domínio são o psicomotor/cognitivo e o tipo do problema
envolvido é operacional e bem estruturado.

58
As habilidades (poder fazer) estão no campo do desenvolvimento, seu objetivo
é a capacitação, seu foco é a carreira, seu alcance é o médio prazo, sua orientação
são as políticas de gestão, seu domínio é o cognitivo/comportamental e o tipo de
problema envolvido é gerencial e medianamente estruturado.
As atitudes (querer fazer) estão no campo da educação, seu objetivo é a
formação, seu foco é a vida, seu alcance é o longo prazo, sua orientação são seus
valores, seu domínio é o cognitivo/comportamental e o tipo do problema envolvido é
o estratégico e pouco estruturado.
Na virada do século XVIII para o século XIX, o pedagogo suíço Pestalozzi
pensava a aprendizagem como um processo que envolvia atividade das mãos, da
cabeça e do coração, representantes das funções psicomotora, intelectual e moral do
indivíduo.
Conhecimentos, que são acumulados ao longo da vida e que, agindo de modo
interdependente com habilidades e atitudes, permitem a realização de propósitos e
desafios profissionais, isto é, formam competências. Habilidade é a capacidade de
fazer o conhecimento funcionar. É o saber como fazer algo. As atitudes, quando
relacionadas ao mundo do trabalho, são referenciadas como o "querer fazer", ou
interesses e preferências em relação a determinadas ações ou eventos.
Dessa forma, demonstrando que as competências possuem as três dimensões
e pode-se concluir que a competência tem suas bases e raízes na aprendizagem e
que desenvolvê-las envolve aspectos claros ou intangíveis que são afetos à
pedagogia, à andragogia e a filosofia, em especial a teoria do conhecimento.
As ações de desenvolvimento profissional, queira ou não, tem suas dimensões
filosóficas e educacionais. Desenvolverão melhores as competências necessárias
para a gestão do desenvolvimento organizacional e profissional, os trabalhadores do
conhecimento ou os gestores de pessoas que possuírem domínios das áreas
cognitivas, afetivas e físicas, além de tudo o mais que lhes é exigido atualmente em
termos de alinhamento às estratégicas empresariais, satisfação do cliente e
adaptação do cenário de mudanças permanentes e velozes.
A aprendizagem, para Pichon-Riviére, é sempre uma leitura crítica da
realidade, uma apropriação ativa, uma constante investigação, em que a resposta
conquistada já se constitui em princípio de nova pergunta.
Aprender em grupo significa que, na ação educativa, estamos preocupados não
apenas com o produto da aprendizagem, mas com o processo que possibilitou a
59
mudança dos sujeitos. É uma ação formadora do sujeito para a vida, rejeitando a
simples transmissão de "conversas de saber". Aprendizagem, nessa perspectiva, é a
capacidade de compreensão e de ação transformadora de uma realidade.

Fonte: apogeuead.com.br

Aprender, portanto, pode significar romper com modelo internalizado, ou retirar


um determinado personagem, uma determinada cena, e inserir outra. Há, portanto,
aprendizagem implícita e explícita na forma de serem homens e mulheres (embora
em diferentes padrões), em todas as épocas. Nem tudo é falado é transmitido pela
palavra. Portanto, nem tudo é registrado só pela linguagem oral. Tudo isso configura
as matrizes de aprendizagem.

11.4 Treinamento/desenvolvimento profissional.

O treinamento é uma instituição fundamental na gestão empresarial. Desde o


início dos sistemas fabris que essa atividade é reconhecida como elemento chave da
produtividade.
Com o aumento da complexidade da área produtiva, o treinamento passou a
ser cada vez mais sistematizado. Desde o final do século XIX, encontram-se registros
de tentativas de diminuição de erros e ampliação da capacidade dos operários nas
fábricas.
60
Fatores como motivação, expectativas, valores, conformismos, além das
teorias de comportamento organizacional, começaram a ser relacionado com o
desempenho, o que justificou a divisão da capacitação profissional em dois processos
distintos: treinamento e desenvolvimento.
O desenvolvimento foi identificado com a ampliação de potencialidades, tendo
em vista o acesso à hierarquia de poder, ou seja, a capacitação do indivíduo para
ocupar cargos que envolvam mais responsabilidades e poder. Portanto capacitar não
significa apenas dar mais informações e desenvolver habilidades, mas ser mais
identificado com a empresa.
O processo de capacitação das pessoas tem por missão ensiná-las a pensar,
a reelaborar a fazer autocrítica. Os indivíduos não só precisam saber "como fazer",
mas também conhecer o "por quê do como fazer".
Treinar é oferecer oportunidades para que as pessoas possam frequentemente
refletir sobre seus significados e exercitar seu lado crítico, profissionalizando-se,
assim, diante das circunstancias empresariais e de seu projeto de vida. Isso só será
possível com a utilização cada vez mais frequente das chamadas técnicas ou práticas
interativas de treinamento. É por meio delas que o "treinamento" pode exercitar suas
racionalidades para legitimar e reelaborar sua prática.
O desenvolvimento dos conceitos de organização que aprende, comunidades
de aprendizagem e aprender fazendo nas empresas também facilitará o processo de
desenvolvimento contínuo dos trabalhadores mais maduros. Tais inovações nas
formas de aproveitar e desenvolver o potencial dos trabalhadores atendem às
A educação permanente e em serviço para os trabalhadores em fase avançada
de carreira pode permitir a constante atualização profissional, o desenvolvimento de
habilidades e de posturas para o convívio com processos de mudança e a observação
de novas tecnologias.
Quando a empresa resolve adotar políticas de desenvolvimento de recursos
humanos baseadas em competências, ela está, na realidade, facilitando todo o
processo de desenvolvimento.

61
Fonte: linkedin.com

11.5 Mudança X transformação

A mudança vem acompanhada por crises e rupturas. A empresa nem sempre


tem clara sua nova filosofia, sua cultura. Menos ainda, como lidar concomitamente,
com dois modelos de administração, como aclarar para os profissionais os novos
padrões de comportamento. Como permitir que os mesmos assimilem, sem medo, os
novos papéis; como ajudá-los a aprender que a competência adquirida no modelo a
ser superado pode contribuir para saídas, evitando-se impasses.
Transformação, ato ou efeito de transformar significa dar nova forma, feição ou
caráter; tornar diferente do que era; mudar, modificar, transfigurar. Transformar
significa formação contínua e compartilhada entre integrantes de um grupo,
propiciando o exercício de atitudes de mudança. A mudança e a resistência à
mudança são os polos opostos do processo de transformação.

11.6 Recursos humanos na gestão da liderança

Sabe-se da importância da liderança na gestão de pessoas e no sucesso das


organizações. É um objetivo também demonstrar como os recursos humanos podem
ajudar o desenvolvimento deste processo.

62
Líderes vencedores dão prioridade pessoal à tarefa de ensinar, e utilizam todas
as oportunidades para aprender e ensinar, pois tem valores e ideias claras, baseados
em conhecimentos e experiências, e articulam suas ideias com as dos outros.
Embora a administração e a liderança sejam importantes, há uma diferença
profunda entre as duas. "Administrar" significa "ocasionar, realizar, assumir a
responsabilidade, conduzir". "Liderar" é "influenciar, guiar em direção a curso, ação,
opinião".
Uma empresa com bons líderes não é somente uma empresa de sucesso, é
também uma escola onde se aprende e se generaliza o aprendizado para a família e
para outras instancias da sociedade.

Fonte: blog.software.com.br

Transformação, ato ou efeito de transformar significa dar nova forma, feição ou


caráter; tornar diferente do que era; mudar, modificar, transfigurar. Transformar
significa formação contínua e compartilhada entre integrantes de um grupo,
propiciando o exercício de atitudes de mudança. A mudança e a resistência à
mudança são os polos opostos do processo de transformação.

11.7 Amplo campo pedagógico

A Pedagogia é a ciência que tem prática social da educação como objeto de


investigação e de exercício do profissional no qual se inclui à docência e outras
atividades de educar.

63
O campo da Pedagogia hoje ultrapassa à docência graças a reformulações
curriculares encetadas nos últimos anos. Apresentando-se então como uma ciência
com prática complexa e multirreferencial.
Um dos fenômenos mais significativos dos processos sociais contemporâneos
é a ampliação do conceito de educação. Mas é evidente que as transformações
contemporâneas contribuíram para consolidar o entendimento da educação como
fenômeno plurifacetado, ocorrendo em muitos lugares, institucionalizado ou não, sob
várias modalidades.
Hoje cresce cada vez mais o conceito de educação, decorrente da
complexificação da sociedade e da diversificação das atividades educativas, e isso
não poderia deixar de afetar a Pedagogia, tomada como teoria e prática da educação.
Em várias esferas da sociedade surge a necessidade de disseminação e
internalização de saberes os modos de ação, levando as práticas pedagógicas. Nas
empresas há atividades de supervisão do trabalho, orientação de estagiários,
formação profissional de serviços, recrutamento e seleções, treinamento de
funcionários que se relacionam as ações pedagógicas.
Os espaços não escolares reconhecem a necessidade de formação geral e
continuada como requisito para enfrentamento da intelectualização do processo
produtivo. Nos dias de hoje com a velocidade de intensas transformações e inovações
tecnológicas em vários campos acabam levando a introdução no processo produtivo,
de nossos sistemas de organização do trabalho, mudança no perfil profissional e
novas exigências de qualificação dos trabalhadores, que acabam afetando os
sistemas de ensino.
De fato com a "intelectualização" do processo produtivo, o trabalhador não
pode ser mais improvisado. São requeridas novas habilidades, mais capacidade de
abstração, um comportamento profissional mais flexível. Para tanto, repõe-se a
necessidade de formação geral, implicando reavaliação dos processos de
aprendizagem, familiarização com os meios de comunicação e com a
informática, desenvolvimento de competências comunicativas, de capacidades
criativas para análise de situações novas e modificáveis, capacidade de pensar e agir
com horizontes mais amplos.
Verifica-se, pois uma ação pedagógica múltipla na sociedade. O pedagógico
repassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo esferas
mais amplas da educação informal e não formal.
64
Por isso que ainda não se sabe o porquê que um psicólogo ocupa a cadeira de
um RH. Por razões ainda pouco esclarecidas que boa parte dos sociólogos, filósofos
e psicólogos que tem seus empregos mobilizam-se pela desativação dos estudos
específicos da Pedagogia.
Mas nós pedagogos, sabemos o quanto foi importante toda essa mudança até
os dias de hoje em nossa grade curricular. Porque abrangeu o nosso campo de
atuação e qualificou-se mais, deixou de ser aquela mera "formação de professores"
como diziam.
Não se trata, de nenhum modo, de negar os aportes das ciências da adequação
para a construção do objeto de estudo da pedagogia, a prática educativa, que por
natureza, é pluridimensional. O que a teoria pedagógica faz é integrar num todo
articulado os diferentes processos analíticos que correspondem aos objetos
específicos (e parciais) de estudo de cada uma das ciências da educação, e é
exatamente por isso que a Pedagogia é o curso mais completo e mais qualificado a
ocupar o cargo e função no setor de gestão de pessoas. Mas é necessário mobilizar
a sociedade com esse conhecimento, porque ainda existe a analogia de que a
Pedagogia é somente para a área escolar.
A Pedagogia tem um campo de conhecimento que se ocupa do estudo
sistemático da educação, um conjunto das ações, processos, influências, estruturas,
que intervém do desenvolvimento humano dos indivíduos e grupos na sua relação
ativa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos
e classes sociais. O campo educativo é bastante vasto, porque a educação ocorre no
trabalho, na família, na rua, na fábrica, nos meios de comunicação, na política.
Sendo a educação uma relação de influencias entre pessoas, há sempre uma
intervenção voltada para fins desejáveis do processo de formação, conforme opções
do educador quanto a concepção de homem e sociedade, ou seja, existe sempre uma
intencionalidade educativa, implicando escolhas, valores, compromissos éticos.
Quanto à formação pedagógica, segundo Libâneo (2002): O curso de
Pedagogia deve formar o pedagogo stricto senso, isto é, um profissional qualificado
para atuar em vários campos educativos para atender demandas socioeducativas de
tipo formal e não-formal e informal, decorrentes de novas realidades - novas
tecnologia, novos atores sociais, ampliação das formas de lazer, mudanças nos ritmos
de vida, presença dos meios de comunicação e informação, mudanças profissionais,
desenvolvimento sustentado, preservação ambiental - não apenas da gestão,
65
supervisão e coordenação pedagógicas de escolas, como também na pesquisa, na
administração dos sistemas de ensino, no planejamento educacional, na definição da
políticas educacionais, nos movimentos sociais, nas empresas, nas várias instancias
de educação de adultos, nos serviços de psicopedagogia e orientação educacional,
nos programas sociais, nos serviços para terceira idade, nos serviços de lazer e
animação cultural, na televisão, no rádio, na produção de vídeos, filmes, brinquedos,
nas editoras, na requalificação profissional etc.
A história dos estudos pedagógicos, do curso de Pedagogia, da formação do
pedagogo e de sua identidade profissional esta demarcada por certas peculiaridades
da história da educação brasileira desde o início do século. Até os anos 20, não se
punha em questão a existência de uma ciência pedagógica, à época fortemente
influenciada pela Pedagogia católica e Pedagogia herbartiana, com influência de
pedagogos alemães.
Partimos então da ideia de que Pedagogia é uma área de conhecimento que
investiga a realidade educativa, no geral e no particular. Mediante conhecimentos
científicos, filosóficos e técnico-profissionais, ela busca a explicitação de objetos e
formas de intervenção metodológica e organizativa em instancias da atividade
educativa implicadas no processo de transmissão/apropriação ativa de saberes e
modos de ação.
O fenômeno educativo requer, efetivamente, uma abordagem pluridisciplinar.
O que se defende aqui é a peculiaridade da Pedagogia de responsabilizar-se para
reflexão problematizada e unificadora dos problemas educativos, para além dos
aportes parcializados das demais ciências da educação. Portanto, a multiplicidade dos
enfoques e análises que caracteriza o fenômeno educativo não torna desnecessária
a Pedagogia, como querem alguns intelectuais; ao contrário precisamente em razão
disso, ela institui-se como campo próprio de investigação para possibilitar um
tratamento globalizante e intencionalmente dirigido aos problemas educativos.
A argumentação trazida aqui é para a reflexão e reconhecimento de que o
trabalho pedagógico não se reduz ao trabalho escolar e docente. Justamente em
razão do vínculo necessário entre a ação educativa intencional e a dinâmica das
relações entre classes e grupos sociais, é que ela investiga os fatores que contribuem
para formação humana em cada contexto histórico-social, pelo que vai constituindo e
recriando seu objeto próprio de estudo e seu conteúdo - a educação. Suchodolski
(1977, p. 19) desenvolve esta ideia da seguinte forma: Este é o método de toda ciência
66
moderna: conhecer a realidade através da construção de uma nova realidade. (...) A
definição de pedagogia que aqui propomos assume precisamente esse caráter. Trata-
se do conhecimento da realidade educativa mediante a participação na criação das
formas mais adequadas às necessidades da civilização em desenvolvimento e as
tarefas que a humanidade deve solucionar nestas condições. Ao considerar a
Pedagogia como uma ciência sobre atividade transformadora da realidade educativa,
temos a possibilidade de uma nova determinação dos objetivos da educação e de
suas categorias fundamentais.
Uma visão verdadeiramente crítica do ensino, do ponto de vista histórico-
social, não pode simplesmente suprimir a Pedagogia, sob pena de afirmar-se a recusa
à formulação de objetivos sócio políticos e formativos e a abordagem crítica dos
conteúdos culturais. Todos os educadores seriamente interessados nas ciências da
educação, entre elas a Pedagogia, precisam concentrar esforços em propostas de
intervenção pedagógica nas várias esferas do educativo para enfrentamento dos
desafios colocados pelas novas realidades do mundo contemporâneo.
Um Psicólogo da educação, quando investiga ou atua no campo educacional,
aplica os conceitos e métodos da psicologia, e os resultados que obtém são de ordem
psicológica. Os problemas surgem quando pretendem generalizar conclusões de
estudos ou opiniões para todas as instancias da prática educativa.
A Pedagogia na condição de ciência para a educação sintetiza as contribuições
das demais ciências da educação, dando unidade à multiplicidade dos enfoques
analíticos do fenômeno educativo. Com isso, reconhece-se que os processos
educativos ocorrentes na sociedade são complexos e multifacetados, não podendo
ser identificada à luz de apenas uma perspectiva e, muito menos, reduzida ao âmbito
escolar. Ao mesmo tempo, é em razão da multiplicidade das dimensões do educativo
que se torna necessário o enfoque propriamente educativo da realidade educacional,
mediante uma reflexão problematizadora que integre os enfoques parciais providos
pelas demais ciências sociais.
A prática educativa é um fenômeno constante e universal inerente à vida social,
é um âmbito da realidade possível de ser investigado, é uma atividade humana real,
ela se constitui como objeto de conhecimento, pertencendo a Pedagogia. A educação
é um processo que ocorre em vários âmbitos da sociedade, não se restringindo à
escola. As escolas formadoras de pedagogos devem se preparar para capacitarem
esse profissional para um cenário mais abrangente, diversificado, multicultural.
67
A pedagogia sendo um instrumento da educação e tendo essa educação
agora ampliado seu leque de atuação, seja em associações de moradores, de
artesãos, em igrejas e ong’s, empresas tanto particulares como públicas, sua
formação deve contemplar princípios epistemológicos visando a transformação da
nossa sociedade numa mais justa e solidária, crítica e autônoma. Autonomia do sujeito
diante das relações de poder, da vigilância de suas ações individuais, da
burocratização, da racionalidade instrumental, da subjugação da subjetividade, pois
como afirma Libâneo, “precisa reafirmar seu compromisso com a razão, com a busca
da emancipação, da autonomia, da liberdade (…) uma pedagogia para emancipação
precisa continuar apostando na possibilidade do desenvolvimento de uma razão
crítica precisamente como condição para desvelar as restrições à autonomia no
contexto do mundo moderno. (Libâneo, 2002 p.87-88, apud Fonseca, 2006)”.

12 AS EMPRESAS TORNAM-SE EDUCADORAS

Fonte: estrategia-e-resultado.com

Na antiga economia, a vida de um indivíduo era dividida em dois períodos:


aquele em que ele iria para a escola e o posterior à sua formatura, em que ele
começava a trabalhar. Agora se espera que os trabalhadores construam sua base de
conhecimento ao longo da vida.

68
O aperfeiçoamento do corpo funcional sempre se fez necessário, mas hoje ele
é crucial para a manutenção e desenvolvimento das competências necessárias para
a sustentação da organização, portanto as empresas precisam complementar
conhecimentos acadêmicos de seus funcionários. As dependências internas de
educação e treinamento surgiram nas empresas por causa, de um lado, da frustração
com qualidade e o conteúdo da educação pós-secundária e, do outro, da necessidade
de um aprendizado permanente.

12.1 Oferecer aprendizagem para dar sustentação aos objetivos empresariais

Peter Senge em seu livro A Quinta Disciplina: Arte e Prática da Organização


que aprende, afirma; "expandir continuamente a capacidade de a organização criar
seu futuro". Hoje a base para todos os sistemas de Recursos Humanos são as
competências desejáveis para ela e vincula a aprendizagem a essas necessidades.
A partir do mapeamento das competências, pode-se identificar as
necessidades da organização e desenvolvê-las. Desta forma, integra-se a avaliação
do desenvolvimento pessoal, com um guia de planejamento para cada cargo,
satisfazendo as expectativas do cargo e contribuindo para a melhoria do desempenho
organizacional.

12.2 Educação na empresa entrelaçada à gestão do conhecimento

Do ponto de vista do empregado, o mercado de trabalho altamente seletivo


levou a uma política institucional que transfere para o mesmo, por sua educação
continuada e gerenciamento da própria carreira, vinculando autodesenvolvimento,
ascensão profissional e resultados empresariais. A demanda dos profissionais por
programas educacionais, em consequência de tal política, combina-se com a
consciência das organizações quanto ao valor do conhecimento como vantagem
competitiva e leva à criação de estruturas e programas de educação corporativa nas
organizações de maior porte, podendo-se exemplificar com as mais de duzentas
Universidades corporativas existentes no Brasil.

69
13 RESPONSABILIDADES DO PEDAGOGO EMPRESARIAL

Fonte: noticias.r7.com

a) Conhecer as soluções para as questões que envolvem a produtividade


das pessoas humanas, o objetivo de toda Empresa;
b) Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares da Empresa
onde trabalha;
c) Conduzir as pessoas que trabalham na Empresa, dirigentes e
funcionários, na direção dos objetivos definidos, humanos e
empresariais;
d) Promover as condições necessárias (treinamentos, eventos, reuniões,
festas, feiras, exposições, excursões), para o desenvolvimento integral
das pessoas, influenciando-as positivamente (processo educativo), com
o objetivo de otimizar a produtividade;
e) Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes
das chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a
fim de favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial;
f) Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de ações, que
garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador
da produtividade.

70
14 PEDAGOGIA HOSPITALAR

Fonte: pedagogiaaopedaletra.com

O pedagogo atua no hospital visando o crescimento integral de seu paciente,


ou seja, seu desenvolvimento social, emocional, cognitivo, ético e intelectual.
Desenvolve atividades que proporcionem resultados baseados nestas conquistas.
Promove atividades pedagógicas com os pacientes que necessitam se afastarem da
escola regular por um determinado tempo, possibilitando ao paciente não perder o
contato com o saber, tornando o tempo de internação mais agradável e significativo.
Dando ênfase a esta prática Wolf (2007, p. 2).
A prática do pedagogo se dará através das variadas atividades lúdicas e
recreativas como a arte de contar histórias, brincadeiras, jogos, dramatização,
desenhos e pinturas, a continuação dos estudos no hospital. Essas práticas são as
estratégias da Pedagogia Hospitalar para ajudar na adaptação, motivação e
recuperação do paciente, que por outro lado, também estará ocupando o tempo
ocioso. Vale ressaltar que a atuação não ocorre apenas com os enfermos, mas
também com os pais, é uma ponte entre todos, tendo como foco principal a cura do
paciente e seu pleno desenvolvimento. A Pedagogia Hospitalar busca oferecer
assessoria e atendimento emocional e humanístico para os familiares e pacientes que,
muitas vezes, apresentam problemas de ordem psico/afetiva que podem prejudicar
na adaptação no espaço hospitalar. (WOLF, 2007).

71
Muitos fatores precisam ser analisados pelo profissional que atua nesta área,
um deles é como o paciente se sente estando no ambiente do hospital e como o
mesmo reagirá frente as suas atividades. Geralmente, o ambiente do hospital é visto
como um lugar triste, com poucas possibilidades, obscuro e deprimente. Não só pelas
crianças e adolescentes, mas pela grande maioria das pessoas que por ali passam.
Assim Paula, Foltran (2007 p. 1) afirmam que quando uma criança ou um adolescente
hospitalizado brinca ou consegue ter momentos de distração e de divertimento no
contexto hospitalar, mergulham em um universo de possibilidades, pois nestes
espaços eles recriam e enfrentam situações vividas por eles no seu cotidiano. É por
isso que crianças e adolescentes precisam usufruir dos benefícios emocionais,
intelectuais e culturais que as atividades lúdicas proporcionam. Esta nova prática de
ensino só vem a agregar no desenvolvimento da cura do paciente, pois as atividades
desenvolvidas lhe farão bem e acima de tudo o seu desenvolvimento escolar será
continuado permitindo ao paciente uma não ruptura do processo escolar.
Deste modo, a preparação e formação de pedagogos para trabalhar nesta é
necessária, pois o paciente precisa de um profissional que esteja apto a entender a
oscilação de humor consigo, que esteja preocupado com seu desenvolvimento
humanizado e integral, alguém que irá realmente lhe ajudar. O pedagogo precisa estar
ciente do quão importante deverá ser o seu planejamento para o desenvolvimento das
atividades. Estas precisam ser pensadas e desenvolvidas com extremos cuidados,
visando à aprendizagem do paciente, bem como sua satisfação em aprender. Desta
forma, é preciso primeiramente observar e conhecer seus pacientes, para desenvolver
práticas coerentes com a necessidade de cada um.

15 ATRIBUIÇÕES DO PEDAGOGO

O profissional que trabalha na área da saúde deve zelar pelo bem estar físico
e psíquico do paciente. O pedagogo possui um papel muito importante vem
conquistando seu espaço e a classe hospitalar é um desses espaços.
Nos hospitais há crianças e adolescentes internados que muitas vezes perdem
o ano letivo por permanecerem hospitalizados. O pedagogo neste espaço, tem papel
fundamental dentro da educação, pois tem como finalidade acompanhar a criança ou
adolescente no período de ausência escolar.

72
O trabalho existe do pedagogo hospitalar mas deveria se dar mais atenção para
que fossem criados classes hospitalares em todos os locais da saúde. Este trabalho
caracteriza - se por educação especial realizado com diferentes atividades e por
atender crianças e adolescentes internados, recuperando a criança num processo de
inclusão oferecendo condições de aprendizagem. A classe hospitalar oferece à
criança a vivência escolar. O professor, neste caso, precisa ter um planejamento
estruturado e flexível. O ambiente da classe hospitalar deve ser acolhedor, um espaço
pedagógico alegre e aconchegante fazendo com que a criança ou adolescente
enfermo melhorem emocional, mental e fisicamente.
(...)a necessidade de formular propostas e aprofundar conhecimento teóricos e
metodológicos, visando em atingir o objetivo de dar continuidade aos processos de
desenvolvimento psíquico e cognitivo das crianças e jovens hospitalizados (CECCIM,
R. B. & FONSCECA, 1999, p.117).
A pedagogia hospitalar poderá atuar nas unidades de internação ou na ala de
recreação do hospital. Como direito da criança, “desfrutar de alguma recreação,
programas de educação para a saúde e acompanhamento do currículo escolar
durante sua permanência no hospital”. (CNDCA, 1995).
Esta nova prática pedagógica ameniza o sofrimento da criança internada no
hospital, o paciente se envolve em atividades direcionadas por profissionais voltados
a área da educação, desta forma, ele retorna mais confiante no seu regresso na
sociedade.
A pedagogia hospitalar é um modo de ensino da Educação Especial que visa
a ação do educador no ambiente hospitalar, no qual atende crianças ou adolescentes
com necessidades educativas especiais transitórias, ou seja, crianças que por motivo
de doença precisam de atendimento escolar diferenciado e especializado. Cabe ao
hospital buscar alternativas e métodos qualificados que possibilitem aos pacientes
usufruírem de abordagens educativas por um determinado espaço de tempo.
Este novo espaço de educação nos hospitais é desenvolvido pela necessidade
de atender crianças afastadas da escola e também é um espaço de ajuda nos
transtornos emocionais, causados pela internação, como a raiva, insegurança,
incapacidades e frustrações que podem prejudicar na recuperação do paciente.
A Pedagogia Hospitalar é um processo alternativo de educação, pois
ultrapassa os métodos tradicionais escola/aluno, buscando dentro da educação
formas de apoiar o paciente no hospital. É um atendimento que pode auxiliar no
73
processo de recuperação do paciente, caracterizado como uma nova modalidade
educacional. Conforme Ceccim apud Ortiz e Freitas “ parece-me que, para a criança
hospitalizada, o estudar emerge como um bem da criança sadia e um bem que ela
pode resgatar para si mesma como um vetor de saúde no engendramento da vida,
mesmo em fase do adoecimento e da hospitalização” (2005, p.47).[1]
A pedagogia hospitalar é um desafio, nesta área o pedagogo desenvolve um
trabalho solidário ajudando pacientes prejudicados na sua escolarização,
proporcionando conhecimento e qualidade de vida ao paciente. A educação no
hospital tem como princípio, o atendimento personalizado ao educando na qual se
trabalha uma proposta pedagógica com as necessidades, estabelecendo critérios que
respeitem a patologia do paciente. No hospital a criança está longe do seu cotidiano
voltado pelos amigos, brincadeiras e escola entrando em contato com integrantes do
hospital enfermeiras, médicos além da família, por isso e fundamental a atenção do
educador, em articular atividades para a aceitação do paciente no hospital.
Também é importante trazer para o hospital objetos pessoais das crianças como
ursinhos, travesseiros, brinquedos...etc. para tranquilizar a criança durante sua
internação.
De acordo com Matoso educador deve buscar em si mesmo o verdadeiro
sentido de "educar", deve ser o exemplo vivo de seus ensinamentos e converter sua
profissão numa atividade cooperadora do engrandecimento da vida. Para isso deve
pesquisar, inovar e incrementar seus conhecimentos pedagógicos, expandir sua
cultura geral e procurar conhecer e desenvolver novos espaços educacionais que
possam de certa forma amenizar e possibilitar continuidade educativa. Dentro deste
ângulo de possibilidade educativa cabe ressaltar uma área de educação diferenciada
– o hospital – onde se encontram crianças em tempo de escolarização, porém
afastadas do ambiente de sala de aula, algumas por tempo prolongado devido a
enfermidades. Daí a necessidade de transferência do local comum de aprendizagem
– a escola – para o hospital. ( 1998, p.
O hospital é um espaço que necessita de um pedagogo hospitalar pois muitas
crianças e adolescentes perdem o ano letivo por estarem hospitalizados, pensando
neste problema o pedagogo deve atuar neste espaço onde as situações de
aprendizagem fogem do ambiente escolar. No hospital, as crianças são ignoradas
como alunos e vistas somente como pacientes.

74
A educação é fundamental e deve estar presente sempre independente das
condições que a pessoa se encontre, neste caso a pedagogia hospitalar contribui
possibilitando que a criança e o adolescente continuem aprendendo. Há muitas
crianças hospitalizadas que precisa de atendimento escolar. Para Libâneo a
Pedagogia é uma área de conhecimento que investiga a realidade educativa no geral
e no particular, mediante conhecimentos científicos, filosóficos e técnicos profissionais
buscando explicitação de objetivos e formas de intervenção metodológicas e
organizativas em instâncias da atividade educativa implicada no processo de
transmissão/ apropriação ativa de saberes e modo de ação. (2001, p. 44).
O aumento de classes hospitalares e a preparação do pedagogo hospitalar é
uma das questões que necessitam reflexão e estudo. Justifica – se, neste sentido o
estudo proposto: o papel do pedagogo hospitalar, cujos objetivos são analisar a
importância do pedagogo hospitalar, reconhecendo a formação do mesmo para
promover processos educativos nestes espaços não escolares, identificar os
princípios que orientam a atuação do pedagogo hospitalar, investigar estratégias
pedagógicas para atuação do pedagogo no espaço hospitalar.
A metodologia para o estudo estará centrada na análise quantitativa dos dados
coletados, em uma investigação que permite obter conhecimento acerca da
pedagogia hospitalar. A metodologia segundo Barros consiste em estudar e avaliar os
vários métodos disponíveis, identificando suas limitações ou não ao nível das
implicações de suas utilizações. A Metodologia, num nível aplicado, examina e avalia
as técnicas de pesquisa bem como a geração ou verificação de novos métodos que
conduzem à captação e processamento de informações com vistas à resolução de
problemas de investigação. ( 1986, p.1 ).
A metodologia está relacionada com o método quanto a forma de realizar coleta
e análise de informações. Para Oliveira o Método deriva da Metodologia e trata do
conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecer uma determinada
realidade (..)” que “nos leva a identificar a forma pela qual alcançamos determinado
fim ou objetivo. (1997, p. 57).

75
16 HISTÓRIA DA PEDAGOGIA HOSPITALAR

Foi no período da segunda guerra mundial o grande número de crianças


mutiladas e sem atendimento escolar que fez com que um grupo de médicos se
mobilizassem para dar atendimento a essas crianças.
De acordo com Esteves (2008), a Pedagogia Hospitalar começou a partir da
década de 90 no qual os órgãos públicos sentiram a necessidade de inserir o serviço
do pedagogo hospitalar, complementando a área da educação especial no Brasil. É
uma proposta diferenciada de ensino que tem a finalidade de acompanhar as crianças
que estão afastadas da escola por estarem doentes.
A pedagogia hospitalar foi criada para atender especificamente as crianças e
adolescentes internados que estão fora da escola, dando apoio necessário para que
os mesmos não percam o contato com o processo ensino aprendizagem. No momento
presente, há uma grande conscientização dos profissionais para implantar a prática
em todos os espaços de saúde.
Na França, por exemplo, em 1939 é criado o Centro Nacional de Estudos e de
Formação para a Infância Inadaptadas de Surenes - C.N.E.F.E.I que criou um grupo
de professores para trabalhar em hospitais. A partir disso foi criado o cargo de
professor hospitalar pelo Ministério de Educação da França. Segundo, Esteves apud
Amaral e Silva “A criação de classes hospitalares em hospitais é resultado do
reconhecimento formal às crianças internadas com necessidades educacionais, um
direito à escolarização” (2003, p.1). No Brasil na Santa Casa de Misericórdia de São
Paulo, o tratamento pedagógico hospitalar teve início na década de 50, na cidade do
Rio de Janeiro pelo Hospital Escola Menino Jesus que ainda mantém até hoje as suas
atividades às crianças e adolescentes internados.
Quanto ao profissional pedagogo segundo Calegari apud Simancas e Lorente
(1990), a sua atuação em ambientes clínicos ou hospitalares se faz presente desde
1979 em uma clínica na cidade de Navarra, na Espanha, que pela internação de sua
irmã, uma acadêmica de Pedagogia inicia práticas pedagógicas, sendo
posteriormente tomadas como exemplos em outras unidades. Conforme a autora a
partir de então a prática pedagógica em hospital passa a ter um curso de formação
naquele país. (CALEGARI,2003, p.89).

76
16.1 Hospital

De acordo com o dicionário Aurélio, o hospital é um local destinado ao


diagnóstico e ao tratamento de doentes, onde se pratica também a investigação e o
ensino.
Com o passar do tempo, a noção passou a dizer respeito à qualidade. Segundo
definição do Ministério da Saúde, um espaço de educação de acolher/hospedar
alguém bem e com satisfação.
Hospital é a parte integrante de uma organização médica e social, cuja função
básica consiste em proporcionar à população assistência médica integral, curativa e
preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar,
constituindo-se também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e
de pesquisas, em saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe
supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente.
(BRASIL, 1977, p.3929).
Antigamente, um hospital era um local onde se exercia a caridade a pessoas
pobres, doentes, órfãs, idosas e a peregrinos, acolhidos por monges e freiras.
O hospital como estabelecimento de saúde, tem como finalidade cumprir as
funções de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. Os hospitais podem ser
gerais, psiquiátricos, geriátricos e materno-infantis (as maternidades), entre outras
especialidades.

16.2 Papel do pedagogo

O pedagogo hospitalar tem papel fundamental dentro da educação pois tem


como finalidade acompanhar a criança ou adolescente no período de ausência
escolar, internados em instituições hospitalares.

77
Fonte: prefeitura. Rio

O trabalho existe, porém, deveria ter mais atenção para que fossem criadas
classes hospitalares em todos os locais da saúde, bem como atendimento de ensino
de educação especial na modalidade de educação especial caracterizado pela
realização de diferentes atividades e por atender crianças e adolescentes internados,
recuperando a criança em um processo de inclusão, oferecendo condições de
aprendizagem. A classe hospitalar oferece à criança a vivência escolar, o professor
precisa ter um planejamento estruturado e flexível. O ambiente da classe hospitalar
deve ser acolhedor, um espaço pedagógico alegre e aconchegante fazendo com que
a criança enferma melhore emocional, mental e fisicamente.
A pedagogia hospitalar poderá atuar nas unidades de internação ou na ala de
recreação do hospital. Esta nova prática pedagógica ameniza o sofrimento da criança
internada no hospital, o paciente se envolve em atividades pedagógicas planejadas
por profissionais voltados a área da educação. Para Ortiz (1999):"A classe hospitalar
é uma abordagem de educação ressignificada como prioridade, ao lado do tratamento
terapêutico".
A pedagogia hospitalar é um modo de ensino da Educação Especial que visa
a ação do educador no ambiente hospitalar, no qual atende crianças com
necessidades educativas especiais transitórias, ou seja, crianças que por motivo de
doença precisam de atendimento escolar diferenciado e especializado. Cabe ao
78
hospital buscar alternativas e métodos qualificados que possibilitem aos pacientes
usufruírem de abordagens educativas por um determinado espaço de tempo.
Este novo espaço de atuação do Pedagogo vem sendo estudado como uma
nova visão de ensinar, dando oportunidade as crianças afastadas da escola por
motivos de saúde, também ajuda nos transtornos emocionais causados pela
internação, como a raiva, insegurança, incapacidades e frustrações que podem
prejudicar na recuperação do paciente.
A Pedagogia Hospitalar é um processo alternativo de educação, pois ela
ultrapassa os métodos convencionais escola/aluno, buscando dentro da educação
formas de apoiar o paciente (crianças e adolescentes) hospitalizados.
A pedagogia hospitalar é um desafio, para o pedagogo que desenvolve um
trabalho humanizado ajudando pacientes prejudicados na sua escolarização,
proporcionando conhecimento e qualidade de vida ao paciente. A educação no
hospital tem como princípio o atendimento personalizado ao educando na qual se
trabalha uma proposta pedagógica com as necessidades, estabelecendo critérios que
respeitem a patologia do paciente. No hospital a criança está longe do seu cotidiano
voltado pelos amigos, brincadeiras e escola entrando em contato com integrantes do
hospital enfermeiras, médicos além da família, por isso e fundamental a atenção do
educador em articular atividades para a aceitação do paciente, na situação de
internação no hospital.
O professor deve se adaptar a realidade em que a criança se encontra no
hospital como a área disponível para a realização das atividades lúdicas pedagógicas,
recreativas; densidade de leitos na enfermaria pediátrica e dinâmica da utilização do
espaço; adaptar agenda de horários. O pedagogo ao implantar uma classe hospitalar
deve se preocupar com a presença da brinquedoteca. Para Cunha (2001), vem
abordar a infância e a função da brinquedoteca, em que esta última configura-se como
um espaço destinado à brincadeira, onde a criança brinca sossegada, sem cobrança
e sem sentir que está perdendo tempo, estimulando sua autoestima e o processo
sócio cognitivo.
Atuação de recreadores e também a presença dos pais ou responsáveis
integrando –os nas atividades correntes de uma classe hospitalar. Segundo Cunha
as formas de convivência democrática encorajam a autonomia e estimula o
amadurecimento emocional. Nesse espaço tão especial que é a brinquedoteca, a

79
criança pode conhecer novos tipos de relacionamento entre as pessoas de forma
prazerosa e enriquecedora (...) (p.37).
O profissional deve ser criativo explorar os espaços, podendo assim realizar
dinâmicas de teatro, propor maneiras e materiais alternativos na confecção de jogos
e brinquedos. Sendo assim, as classes hospitalares possuem uma pedagogia
caracterizada pela educação sistematizada, no qual a planejamento no ensino,
avaliação, encontro e socialização das crianças e professores, no hospital deve
proporcionar um espaço onde as crianças possam expor seus trabalhos (murais),
lugar para guardar lápis, papéis, cadernos, etc.
O local deve ser lúdico e recreativo tendo jogos e brincadeiras, realizadas de
acordo com o estado do paciente, com o intuito de expressar a partir de uma
linguagem simbólica, medos, sentimentos e ideias que ajudem no enfrentamento da
doença e do ambiente. O trabalho do pedagogo hospitalar também tem como proposta
a intervenção terapêutica procurando resgatar seu espaço sadio, provocando a
criatividade, as manifestações de alegria, os laços sociais e a diminuição de barreiras
e preconceitos da doença e da hospitalização, a metodologia deve ser variada
mudando a rotina da criança no qual permanece no hospital.
Os materiais pedagógicos devem ser manuseados e transportados com
facilidade, podendo utilizar teclados de computador adaptados, suporte para lápis, o
Softwares educativos, vídeos educativos, etc.

Fonte: pedagogiahospitalarunb.blogspot.com
80
Uma das didáticas utilizadas é a utilização de atividades nas áreas de
linguagem (narrativa de histórias, problematizações, leitura de imagem, comunicação
através de atividades lúdicas), estas atividades podem auxiliar numa prática
humanizada no atendimento Escolar / Hospitalar. “ Ser diferente e por isso, ter de ficar
de fora é muito doloroso, vencer os obstáculos impostos pelas doenças, ao contrário
é vitória, aprendizagem e desenvolvimento. E as classes hospitalares podem ter esse
mérito. ” (FONSECA E CECCIM,1999 p.71).
Os materiais pedagógicos devem ser manuseados e transportados com
facilidade, podendo utilizar teclados de computador adaptados, suporte para lápis, o
Softwares educativos, vídeos educativos, etc.
A pedagogia hospitalar vai além do atendimento ao paciente, estendendo
também a sua família que frequentemente apresentam problemas de ordem
psicoaetiva que podem interferir na adaptação no espaço hospitalar.
As práticas do pedagogo como também dos profissionais da saúde, se
intercalam, e Domingues (2001, p.18) assim as define:
[…] aquelas situações do conhecimento que conduzem à transmutação ou
ao traspassamento das disciplinas, à custa de suas aproximações e frequentações,
Pois, além de sugerir a ideia de movimento, da frequentação das disciplinas e da
quebra de barreiras, a transdisciplinaridade permite pensar o cruzamento de
especialidades, o trabalho nas interfaces, a superação de especialidades, o trabalho
nas interfaces, a superação das fronteiras, a imigração de um conceito de um campo
de saber para outro, além da própria unificação do conhecimento. Vale dizer que não
se trata do caso da divisão de um mesmo objeto entre (inter) disciplinas diferentes
(multi) que o recortariam e trabalhariam seus diferentes aspectos, segundo pontos de
vista diferentes, cada qual resguardando suas fronteiras e ficando (em maior ou menor
grau) intocadas. Trata-se, portanto, de uma interação dinâmica contemplando
processos de auto regulação e de retroalimentação e não de uma integração ou
anexação pura e simples.
A prática hospitalar do pedagogo vai depender do efetivo envolvimento com o
doente como também a modificação no ambiente que está envolvido junto aos
programas adaptados às capacidades e disponibilidades do enfermo. Essa prática é
tão importante que o teórico Pimenta (2001) discute a respeito da formação do
pedagogo e diz que ele é um profissional que:

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Atue como gestor/pesquisado/coordenador de diversos projetos educativos,
dentro e fora da escola; pressupondo sua atuação em atividades de lazer comunitário;
em espaços pedagógicos nos hospitais e presídios; na formação de pessoas dentro
das empresas; que saiba organizar processos de formação de educadores de ONG’s;
que possa assessorar atividades pedagógicas nos diversos meios de comunicação
como TV, rádio, Internet, quadrinhos, revistas, editoras, tornando mais pedagógicas
campanhas sociais educativas sobre violência, drogas. AIDS, dengue; que esteja
habilitado à criação e elaboração de brinquedos, materiais de auto estudo, programas
de educação a distância; que organize, avalie e desenvolva pesquisas educacionais
em diversos contextos sociais; que planeje projetos culturais e afins.

17 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA PEDAGOGIA SOCIAL

A Pedagogia Social apresenta-se, para os diferentes autores, como


uma ciência que permite a criação de conhecimentos, como uma disciplina que
possibilita sistematização, reorganização e transmissão de conhecimentos e como
uma profissão com dimensão prática, com ações orientadas e intencionais.
A Pedagogia Social é uma ciência da educação social, dirigida a indivíduos e
grupos e na qual se centraliza nos problemas humanos e sociais, na qual podem ser
tratados a partir de empenho educativo, é uma ciência do trabalho social a partir duma
perspectiva educativa.

Fonte: pedagogiaaopedaletra.com
A Pedagogia Social surgiu para Pérez Serrano (2003), na Alemanha.

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A Pedagogia Social surgiu depois da revolução industrial, em França, e é entre
as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto de uma população
mais jovem e com problemas sociais, que se anuncia o aparecimento da Pedagogia
Social.
A Pedagogia Social como uma das áreas no campo, do Trabalho Social,
envolve-se numa serie de especialidades como por exemplo, atenção à infância com
problemas (abandono, ambiente familiar desestruturado...); prevenção e tratamento
das toxicomanias e do alcoolismo; prevenção da delinquência juvenil. (reeducação
dos dissocializados); educação de adultos, entre outros.
A Pedagogia Social é uma ciência da educação social, dirigida a indivíduos e
grupos, na qual se centraliza nos problemas humanos e sociais e na qual podem ser
tratados a partir de empenho educativo, é uma ciência do trabalho social a partir duma
perspectiva educativa.
Começou por ser um ramo da Pedagogia geral, mas com o decorrer dos anos,
ganhou um grau de diferenciação em virtude quer das metodologias quer dos novos
contextos.
A Pedagogia Social passa assim pela intervenção que se faz em situações
normalizadas de necessidade ou anomia sobre os indivíduos.
O conceito mais generalizado para Pedagogia Social compreende uma ciência
da educação social das pessoas e grupo se, uma ciência do trabalho social a partir
duma perspectiva educativa.
Pedagogia Social surgiu para Pérez Serrano (2003), na Alemanha.
Entre outros, as origens pedagógicas estão em Pestalozzi e Fröebel, mas é a
situação social europeia que lhe abre caminho.
Surgiu depois da revolução industrial, dai a necessidade de encontrar resposta
para os novos problemas sociais que dai resultaram, como o desemprego, os
acidentes de trabalho, isto em França.
Mas é entre as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto
de uma população mais jovem e com problemas sociais, que se anuncia o
aparecimento da Pedagogia Social, isto na Alemanha.
Onde? (Qual o contexto científico, histórico, social,..)
A Pedagogia Social surgiu depois da revolução industrial, na França, e é entre
as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto de uma população

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mais jovem e com problemas sociais, que se anuncia o aparecimento da Pedagogia
Social, isto na Alemanha.
No contexto histórico da evolução da Pedagogia Social, surge o primeiro
período, isto entre 1898 e 1919.
Natorp (1854-1920), teoria idealista (Kant e Hegel) que situa o objeto da
Pedagogia Social no coletivo por oposição ao tradicional individualismo de Locke e
Rousseau, o homem individual é uma abstração.
Acreditavam que muitos dos males da Alemanha eram devidos ao
individualismo e assim a Pedagogia Social surge como um instrumento de restauração
do país.
Logo a necessidade de ter em conta conceitos chaves como:
Comunidade em que o homem não vive isolado e toda a intervenção educativa
realiza-se na comunidade. Esta é uma unidade vital e só através dela o indivíduo se
torna pessoa. A comunidade é entendida como um ideal porque só se alcança quando
cada um se preocupar com todos e todos com cada um.
Vontade, é aquilo que conduz o homem de um estado primitivo a um membro
da comunidade. Querer é a consciência da própria volição face aos outros. «Querer é
ser».
Educação, é educar a vontade, dela depende a educação estética, política,
intelectual, A educação é uma questão do «dever ser».
Relação do indivíduo com a comunidade, todo o conteúdo da educação
humana é em si mesma comunitário. Esta faz-se na família, na escola, na
comunidade. A própria comunidade só sobrevive através da educação.
Pedagogia Social em Paul Natorp, foi o primeiro a tentar definir uma teoria
sobre a educação social, pelo que Pedagogia Social é igual ao saber prático mais o
saber teórico.
O segundo período, (1913 – 1933), coincide com a pedagogia da reforma, o
incremento dos problemas sociais derivados da I Guerra Mundial (desemprego,
delinquência, falta de proteção social, …) contribui para o nascimento de um
movimento pedagógico social. Assim, nos anos 20 (Alemanha), outra linha, a Teoria
da Ação Educativa sobre Problemas Humano Sociais, centralizada nos problemas
sociais (crianças maltratadas, pré e delinquentes, idosos,..) que associada a uma
engenharia da promoção social, a um critério educativo e a um corpus teórico dá lugar
a uma Pedagogia Social científica.
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É um período marcado pelo apoio às instituições sociopedagógicas (1906)
educação assistencial geral (Estado e Igreja), direito de Bem-Estar da Juventude
(1922). Surgem as residências para a infância, juventude e assistência penitenciária,
bem como a formação dos operários.
O aumento de carências e necessidades motivam a Pedagogia de H. Nhol,
promovendo a prevenção e profilaxia dos problemas sociais.
É a sua discípula, Baümer, que institucionaliza esta concepção.
O terceiro período entre 1933 e 1949, corresponde à fase do nacional-
socialismo de Hitler, logo há uma estagnação na evolução desta disciplina,
imprimindo-lhe apenas um cunho político e ideológico.
Para Krieck a comunidade é um organismo com vida própria independente dos
indivíduos e a educação deve basear-se na raça.
A pedagogia social está orientada para uma formação nacionalista de carácter
racial e para uma visão do mundo de sentido único.
O quarto período, a partir de 1949, tem como principais características, uma
situação concreta histórico-cultural mente definida, é autocrítica e usa a reflexão como
modo de valoração da prática, é dialética (privilegia o modelo ecológico), parte assim
de pressupostos emancipa tórios, daí que a investigação seja a sua metodologia, deve
ultrapassar os aspectos sociais que obstaculizam a evolução, une a teoria à prática
de forma dialética e é comunitária e consensual.
As principais características da Pedagogia Social são, uma ciência pedagógica,
de carácter teórico-prático, que se refere à socialização do sujeito, tanto a partir de
uma perspectiva normalizada como de situações especiais (inadaptação social),
assim como aos aspectos educativos do trabalho social. Implica o conhecimento e a
acção sobre os seres humanos, em situação normalizada como em situação de
conflito ou necessidade.
A partir de uma vertente educativa, às necessidades humanas que convocam
o trabalho social, assim como ao estudo da inadaptação social.
O indivíduo socializa-se dentro e fora da instituição escolar e, por isso, a
educação social deve efetuar-se em todos os contextos nos quais se desenvolve a
vida do ser humano. Nesse sentido, não pode definir-se exclusivamente por ocupar o
espaço não escolar, o que implicaria uma redução da mesma.
A Pedagogia Social evoluiu, depois da revolução industrial, como consequência
da necessidade de encontrar resposta para os problemas sociais novos que daí
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resultaram (desemprego, acidentes de trabalho, …), na França, e sobretudo, entre as
duas grandes Guerras, na Alemanha, devido à necessidade de intervir junto de uma
população jovem com problemas sociais.
As origens pedagógicas estão em Pestalozzi e Fröebel, mas é a situação social
europeia que lhe abre caminho.
Karl F.Magers (1844) - Revista Pedagógica alemã, utilizou este termo pela
primeira vez, em oposição a Pedagogia Individual e, como alternativa à Pedagogia
Coletiva.
Mas é Diesterweg (1850) quem precisa a definição do conceito. A Pedagogia
Social preconiza o desenvolvimento das pessoas no sentido de ajudar o próximo -
trata-se de uma ação educativa dirigida aos desfavorecidos da sociedade.

Fonte: iped.com.br

17.1 Pilares da Educação

Aprender a conhecer
É quando tornamos prazeroso o ato de compreender, descobrir ou construir o
conhecimento. É o interesse nas informações, libertação da ignorância. Com a
velocidade em que o conhecimento humano se multiplica, muitas vezes deixamos de
lado essa necessidade de nos aprimorar, se desinteressando pelo outro, pelo novo.
Sendo assim, o aprender a conhecer exercita a atenção, a memória e o pensamento.

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Aprender a fazer
É ir além do conhecimento teórico e entrar no setor prático. Aprender a fazer
faz com que o ser humano passe a saber lidar com situações de emprego, trabalho
em equipe, desenvolvimento coorporativo e valores necessários para cada trabalho.
Esse pilar é essencial, á que vivemos em sociedades assalariadas e que,
frequentemente, o trabalho humano é trocado pelas máquinas, o que exige uma
realização de tarefas mais intelectuais e mentais.

Aprender a viver com os outros


Essencial à vida humana, e que, muitas vezes, se torna um empecilho para a
convivência em uma sociedade interativa. É preciso então, aprender a compreender
o próximo, desenvolver uma percepção, estar pronto para gerenciar crises e participar
de projetos comuns. É necessário deixar a manifestação da oposição de forma
violenta de lado e progredir a humanidade.
Descobrir que o outro é diferente e saber encarar essas diversidades, faz parte
da elevação educacional de cada um. Ir, além disso, e lidar com objetivos comuns no
qual todos passaram a fazer parte de uma mesma ação, e poder conduzir este
trabalho aceitando as diferenças individuais, é o que melhora a vida social.

Aprender a ser
Desenvolver o pensamento crítico, autônomo, incitar a criatividade e elevar
crescimento de conhecimentos, além de ter em mente um sentido ético e estético
perante a sociedade. Isto é aprender a ser. Não podemos negligenciar o potencial de
cada indivíduo, é preciso contribuir para o seu total desenvolvimento, adquirindo
ferramentas que formulam os juízos e valores do ser autônomo, intelectualmente. A
diversidade de personalidades é o que gera a inovação dentro da sociedade.

É possível identificar quatro tendências teóricas a nível das características


atuais da Pedagogia Social:

Teorias críticas da Pedagogia Social;


Pedagogia social entendida como ajuda à juventude, é a sociedade que
provoca situações de carência e inadaptação nos jovens;

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Pedagogia Social como trabalho juvenil anticapitalista (esquerda socialista de
1968);
Pedagogia como higiene social (ajuda às dificuldades de aprendizagem
escolar);
Pedagogia Social como trabalho social crítico do Círculo do Trabalho (teoria,
ciência e política).

Fonte: pednaoescolar.blogspot.com

A Pedagogia Social como uma das áreas no campo, do Trabalho Social,


envolve-se numa série de especialidades que na classificação de Quintana são os
seguintes:

- A atenção à infância com problemas (abandono, ambiente familiar


desestruturado...);
- Atenção à adolescência (orientação pessoal e profissional, tempo livre,
férias...);
- Atenção à juventude (política de juventude, associacionismo, voluntariado,
atividades, emprego...);
- Atenção à família em suas necessidades existenciais (famílias
desestruturadas, adoção, separações...); atenção à terceira idade; atenção aos
deficientes físicos, sensoriais e psíquicos; pedagogia hospitalar; prevenção e

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tratamento das toxicomanias e do alcoolismo; prevenção da delinquência juvenil.
(reeducação dos dissocializados);
- Atenção a grupos marginalizados (imigrantes, minorias étnicas, presos e ex-
presidiários); promoção da condição social da mulher; educação de adultos animação
sociocultural.
A Pedagogia Social é lidar consigo, com o outro e com as perguntas de tal
forma que o seu agir possa contribuir para o saudável desenvolvimento das condições
sociais. O campo de trabalho da Pedagogia Social é a Educação social, que se faz ao
longo de toda a vida, em todos os espaços e em todas as relações.

Fonte: blogdatiadag.org

Qual profissional disponível no mercado tem a formação humana que um


pedagogo tem? Quem estaria mais bem preparado hoje, para articular as relações de
grupos de trabalho, dentro das organizações, dentro de um Hospital e exercer
influências educativas individuais ou coletivas na sociedade?
Assim, Quintana, (1984) definiu a Pedagogia Social como a ciência do
Trabalho Social: um sistema de teorias científicas, tecnologias e teorias tecnológicas
sobre fenómenos ou classes de fenómenos que correspondem ao conceito
de educação terciária (educação terciária, educação da reinserção social, tendo um
carácter corretivo de reinserção em pessoas com problemáticas de socialização).

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