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TIPICIDADE

Aula 5

Tipicidade – é a previsão de um determinado comportamento “acção ou omissão”


facereonfacere que se adequou de um comportamento proibido pelas normas jurídicas

 Tipicidade: é o último elemento do fato típico. (segundo a visão finalista);


 É a subsunção (adequação) perfeita da conduta praticada pelo agente ao
modelo abstrato previsto na lei penal.
 Tipicidade é a adequação do fato da vida real ao modelo descrito
abstratamente na lei penal;

A tipicidade à caracterização em:

a) formal:
Tipicidade formal é a adequação perfeita da conduta do agente ao modelo abstrato (tipo)
previsto na lei penal.
Tipicidade formal é aquela em que o legislador fez previsão expressa para o delito que se
amolda ao fato típico.

b) conglobante:
Para que se possa alegar a tipicidade conglobante é preciso verificar dois aspectos
fundamentais:
1) Se a conduta do agente é anti normativa;
2) Que haja tipicidade material, ou seja, que ocorra um critério material de seleção do
bem a ser protegido.

c) Tipicidade material é a análise ou avaliação da significância do bem, no caso


concreto, a ser protegido.
Ex: uma pessoa ao fazer manobra em um carro, encosta na perna de uma outra, causando lhe
lesão de apenas um arranhão na perna. Ao analisar o fato: a conduta foi culposa, houve um
resultado; existe um nexo de causalidade entre a conduta e o resultado; há tipicidade formal,
pois existe um tipo penal abstrato, incriminando esta conduta;
Porém, ao verificar a tipicidade material, analisa-se que, embora a nossa integridade física
seja importante a ponto de ser protegida pelo direito penal, nem toda e qualquer lesão estará
abrangida pelo tipo penal. Somente as lesões corporais que tenham algum significado, isto é,
que gozem de certa importância, é que nele estarão previstas.

Em virtude do conceito de tipicidade material, excluem-se dos tipos penais aqueles fatos
reconhecidos como de bagatela, nos quais tem aplicação o princípio da insignificância.

É a tipicidade material que se refere a importância do bem no caso concreto, a fim de que
possa-se concluir se aquele bem específico merece ou não ser protegido pelo direito penal.

A tipicidade conglobante surge quando comprovado, no caso concreto, que a conduta


praticada pelo agente é considerada antinormativa, isto é, contrária à norma penal, e não
imposta ou fomentada pela norma penal, isto é, não é possível que no ordenamento jurídico,
possa existir uma norma que proíba aquilo que outra imponha ou fomente. Um ordenamento
jurídico constitui um sistema, não podem coexistir normas incompatíveis, e ainda, bem como
ofensiva a bens de relevo para o Direito Penal (tipicidade material).

Ex. carrasco que recebe ordens de execução de uma sentença de morte. A proibição de matar
do art. 121 CP não se dirige ao carrasco, porque a sua conduta não seria antinormativa,
contrária à norma, mas de acordo, imposta pela norma.

Concluindo: tipicidade penal = tipicidade formal + tipicidade conglobante (formada pela anti
normatividade + coexistência de normas compatíveis e pela tipicidade material).

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