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TEORIA GERAL DO ESTADO E

CIÊNCIA POLÍTICA
PODER:

Submissão por:
1) Medo:
Esse poder usualmente é precário, transitório, instável. Ex: assaltante só tem o poder
enquanto possui uma arma.
2) Conveniência:
Há uma avaliação por parte do sujeito passivo em relação ao poder sobre as perdas e
ganhos embutidas em sua submissão. Ex: Relação empregatícia (chefe e submisso).
3) Legitimidade:
O respeito. Submissão voluntária. Quem tem esse poder é considerado autoridade. É
altamente estável.

SURGIMENTO DO ESTADO:

O Estado surge quando surge a propriedade. Quando há o conflito de interesses por


ela, o Estado surge para diminuí-los.

Teorias:
1) O Estado sempre existiu
O fundamento do Estado estaria, segundo essa teoria, no próprio homem. Ex:
Aristóteles, Edward Meyer.
2) O Estado surgiu no mundo antigo (Grécia e Roma)
Por essa vertente, a organização social de Roma e Grécia já eram estruturadas num
Estado.
3) O Estado surgiu na Idade Média
Alguns identificaram neste período, especialmente no feudalismo, a presença do
Estado.
4) O Estado surgiu na Idade Moderna
Com o fim da Guerra dos 30 anos (1618-1648) é firmado um tratado denominado de
“Paz de Westphalia”, e os elementos de um Estado Moderno se apresentam.

É utilizada a 4ª teoria.

Elementos do Estado Moderno:


1) População
Estado – Sociedade: população de uma maneira geral. Tem psicologia própria, bem
como valores, costumes e moral.
Estado – Poder: é uma instancia habilitada a exercer o poder estatal em nome ou no
interesse da população (interesse público)
A junção desses elementos forma o Estado nação.
2) Território
3) Soberania

TEORIAS DO ESTADO

Trabalham a idéia de um contrato social (governantes e governados).


 ROSSEAU
Defendia que a titularidade do poder estivesse baseado no povo. Defendia ainda que o
homem era naturalmente BOM, sendo posteriormente corrompido pela sociedade.
 THOMAS HOBBES
Defende que contrato social deve estar fundamentado na figura do rei / soberano,
sendo que a este tudo é permitido, tendo apenas um dever: proteger a população.
Para Hobbes, o homem era naturalmente MAU, mesquinho, vil, interesseiro, movendo
somente a busca do lucro, da segurança e da reputação. Para lidar com esse homem
é necessário um Estado extremamente forte, que o direcione e domine  Leviathan.
Homo Homini Lupus.

IDADE MÉDIA

Direito natural  baseava-se na criação divina de todas as coisas, inclusive o


homem (teocentrismo). Assim, o homem, como uma criação divina, frui ou goza de
seus direitos diretamente da natureza. Mas isso tudo através do:
Soberano (rei / monarca)
Para / Clero / Igreja (representantes de Deus na Terra)
Nobreza

Surge o capitalismo  lucro, salário, dinheiro, propriedade, meios de produção.


Com isso, surge a necessidade de um novo modelo de direito. Para isso, é necessário
uma ideologia que dê suporte ao capitalismo e a esse novo modelo.
Ideologia liberal  Liberalismo
-propriedade
-respeito aos contratos
-liberdade
-individualismo

DOGMÁTICA JURÍDICA LIBERAL

Dogmática  conjunto de princípios que não há como discutir.

Características:
-Estatização do direito  elimina-se o direito natural – quem agora resolve os
problemas é o Estado (burocracia).
Burocracia = estrutura disponibilizada e mantida pelo Estado para administrar
as questões e desempenhar as funções do próprio Estado.
-Surge foco no formalismo e no procedimentalismo. (dormientibus non sucurritus)
-Segurança Jurídica – sempre haverá uma decisão, seja ela qual for.
-Previsibilidade
-Legalidade – Só a lei pode exigir um comportamento de alguém.

ESTADO DE DIREITO

Características:
1) Supremacia da Constituição
2) Separação dos poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
A separação dos poderes limita o poder estatal (check na balances – freios e contra-
pesos), gera maior eficiência nas ações e procedimentos estatais (especialização).
3) Superioridade da Lei
“A Lei é um ato de decisão política por excelência, já que emanada da vontade
popular. É adotada pelo estado para propiciar o viver social segundo modos pré-
determinados de conduta, de maneira que os membros da sociedade saibam, de
antemão, como guiar-se na realização de seus interesses.” Jose Afonso da Silva
4) Garantia de Direitos Individuais
Vida, liberdade, igualdade, propriedade, segurança e intimidade.

LIBERALISMO E REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

XVIII  Capitalismo e liberalismo instalados e sedimentados de modo pacífico.


Luiz XIV (o rei Sol) – L’etat C’est Moi (O Estado sou eu)
 1756 – Criada a máquina a vapor (Revolução Industrial de 1750 a 1850)

XIX  Situação bastante sedimentada quanto ao binômio capitalismo / liberalismo.


Pouco a pouco uma tímida resistência se contrapõe aos abusos observados (morte de
trabalhadores, amputações, doenças, etc).
Surge o Socialismo utópico, que defendia o diálogo, a argumentação e o
convencimento, como meio de se reverter esse quadro de abusos. Saint Simon e
Proudhon.
 1848 – Manifesto do Partido Comunista
Elaborado por Karl Marx e Friedich Engels
-Rompe com o socialismo utópico;
-Idéia de luta de classes: Proletariado X Capitalistas;
-“Proletários do mundo, uni-vos!”
-Análise preliminar do capitalismo, propriedade, proletariado, estado, ideologia.
 1865 – O Capital – Karl Marx
-Luta de Classes: o proletariado deve formar uma força armada, o Exército Vermelho.
-Ditadura do proletariado – Socialismo – Comunismo.
-A inserção do indivíduo no modo de produção é o que determina sua consciência, e
não o inverso.
-Propriedade privada deve ser abolida.
-Mais-Valia – excedente gerado pelo proletariado através do seu trabalho vai para o
capitalista.
-O modo de produção é a infra-estrutura da sociedade. Ele que determina a
sociedade, e a super estrutura (direito, família, ideologia, moral, estado, religião)
trabalha de acordo com ela, prestando serviços. O Estado só existe a serviço do modo
de produção.
 1871 – Comuna de Paris
Tentam aplicar na prática as idéias de Marx, mas são massacrados.

XX  Inicia com uma situação de resistência e de oposição ao capitalismo e ao


liberalismo muito mais definida.
 1917 – Revolução Bolchevique (Rússia)
Projeto de Construção de um Estado socialista.
-Extingue a propriedade priva
-Estatiza os meios de produção
-Cria-se o Exército Vermelho.
 1917 – Constituição Mexicana
 1918 – Declaração do Povo Explorado e Oprimido (Rússia)
Toda pessoa deve exercer uma função laboral (trabalho). Extinção dos parasitas.
 1919 – Constituição de Weimar (Alemanha)

Começa a surgir uma pressão para que o liberalismo abandone sua excessiva
neutralidade e seu excessivo individualismo.
Durante os anos 20 surge um movimento de caráter nacionalista e mais voltado às
questões sociais.
 1921 – Golpe de Estado na Alemanha – Hitler
 1929 – Quebra da bolsa de NY
 1933 – Hitler assume o poder na Alemanha
 1936 – Hitler sediou a Olimpíadas
 1938 – Hitler anexa a Áustria à Alemanha e marcha sobre a Polônia
 1939 – Inicio da Segunda Guerra Mundial.
Eixo: Alemanha, Itália e Japão
X
Aliados: Inglaterra, EUA, França
 1941 – Bombardeio japonês à Pearl Harbor (justificativa para os EUA entrar na
guerra)
 1945 – Bombas atômicas
5 agosto – 1ª bomba em Hiroshima
9 agosto – 2ª bomba em Nagasaki

Anos 50 – Estado mais inventor, regulador, provedor.


Welfairt State – Estado do bem estar social; idéia de previdência.

“O princípio democrático, assim, é posto como forma de racionalização do processo


político e como forma de legitimação de poder, distante, o principio democrático
constitucionalmente disposto sugere a existência de um objetivo a realizar através da
democracia” Jose Joaquim Gomes Canotilho

Estado Democrático de Direito:


-Soberania popular
-Participação populativa
-Sociedade livre, justa e solidária

PERSONALIDADE JURÍDICA

Pessoa:
-Medicina – cabeça, tronco, membros.
-Religião – ser, criatura divina.
-Filosofia – ser dotado de livre arbítrio.

Para o direito, a pessoa é um centro de direitos e obrigações*.


*não é dever, pois dever é uma obrigação auto-imposta.

Pessoa natural, ou física:


Neste caso o ser humano tem existência independentemente do sistema jurídico-
normativo que, assim, apenas reconhece tal existência e a ela confere direitos e
obrigações.

Pessoa jurídica:
Aqui, é o próprio sistema jurídico que cria a pessoa jurídica, lhe outorgando existência
formal (direitos e obrigações).

O Estado possui personalidade jurídica?


Sim. Quem confere a ele essa personalidade é a Constituição Federal.

“Para o Direito, pessoa, num sentido jurídico, é um centro, uma unidade, um conjunto
de direito e deveres. Quando o ordenamento jurídico reconhece em dado entre a
qualidade de centro de deveres e direitos, lhe outorga personalidade jurídica. A
personalidade jurídica é outorgada pelas normas jurídicas” Carlos Ari Sundfeld
DIREITO E CIÊNCIA

DIREITO CIÊNCIA
Normas Preposições
Prescritivo Descritivo
Produzido por um órgão Produzido por cientistas
Validade e Invalidade Verdade e falsidade

Ciência do Direito ≠ Direito

Direito são as normas. A análise dessas normas é a ciência.


Ou seja, o Direito não é ciência, mas é objeto de estudo de uma: a Ciência do Direito.

AUTORIDADE E LIBERDADE

Estado Moderno: Soberania  impor e exigir determinadas condutas.


Com ele, surge a necessidade de limitação do Poder (final do século XVIII)

Estado de Direito  limitação do poder:


-Separação de direitos
-Direitos e garantias individuais
-Estatizar o direito
-Constitucionalização

Limitações do poder:

1) Competência
A – Sujeito;
B – Território;
C – Matérias;
D – Momento;
E – Ocorrência dos fatos;
F – Objetivos.

“Em rigor, no direito público, tudo se resume a um problema de competência. De fato,


sua noção íntegra postula que um dado poder só existe realmente quando presentes
as condições de fato autorizadas de sua deflagração e desde que manifestado em
vista de específica finalidade que lhe conforma a existência. A competência não é um
cheque em branco. Não existe no vazio, incondicionalmente” Caio Tácito

2) Liberdade
Liberdade do indivíduo ou particular.
-Concepção do mundo antigo (Grécia / Roma): liberdade se manifestava na
possibilidade de participação na vida política social
-Concepção no mundo moderno: Volta-se à proteção da esfera privada da pessoa –
inspiração liberal.

“O objetivo dos antigos era a distribuição do poder político entre todos os cidadãos de
uma mesma pátria: era isso que eles chamavam de liberdade. O objetivo dos
modernos é a segurança nas fruições dos privados: eles chama de liberdade as
garantias acordadas pelas instituições para aquelas fruições”. Benjamim Constant
ATIVIDADE DO ESTADO

Atividades essenciais:
Coagir; julgar; legislar; impor tributos.

“O Estado consiste em uma relação de dominação do homem, fundada no instrumento


da violência legítima (isto é, da violência considerada como legítima). O Estado só
pode existir, portanto, sob condução de que os homens dominados se submetam a
autoridade continuamente reivindicada pelos dominadores” Max Weber

“Os poderes principais dos novos ordenamentos políticos que fazem deles um Estado
no sentido moderno da palavra são o poder coercitivo, o poder jurisdicional, e o poder
de impor tributos, sem os quais o Estado não pode desenvolver nenhuma de suas
funções essenciais” Norberto Bobbio

Atividades privativas:
Promover defesa nacional; Emitir moeda; Manter o serviço postal.
Saúde e Educação são atividades de alto interesse público, mas que comportam
participação dos particulares.

Pode o Estado desenvolver atividade típica do domínio econômico privado?


Sim, em termos, para os casos de relevante interesse coletivo e/ou imperativos da
segurança nacional.

DEMOCRACIA

Origem na Grécia Antiga

Demo = povo / cracia = governo

Nesta época, a democracia era direta, ou seja, exercida pela própria população.
Mas em partes: Só era exercida por mais ou menos 10% da população, pois não
podiam participar das assembléias os escravos, mulheres, estrangeiros, devedores.

Sócrates: “A democracia é simplesmente um absurdo” (Condenado a 100 anos de


ostracismo).
Platão: “A democracia transforma-se em oclaciocia (governo das multidões)”.
Aristóteles: Também criticava a democracia, preferia a aristocracia.

“Na democracia, tendo o povo sacudido o jugo da lei, quer governar só e se torna
déspota. Seu governo não difere em nada da tirania. Os bajuladores são honrados, os
homens de bem, sujeitados (...) nesse caos, tudo é governando pelos decretos do dia,
não sendo então nem universal e nem perpétua nenhuma medida” Aristóteles

Democracia moderna
Participação popular se dá de moro indireto.
Democracia representativa.
Características:
-Representativa
-Consenso médio
-Formal
-Técnicas de Persuasão (técnicas de força)
-Vontade da maioria
 Império Romano:
Extremamente hierarquizado, não era democracia. Roma cai entre os Bárbaros.

Surgimento da Democracia moderna


No final do feudalismo, com o declínio do feudo, começam a surgir as cidades, e com
isso os problemas. Surge a democracia intuitiva.
 1688 – Revolução Gloriosa
Sistema parlamentarista / liberalismo.
Começa a idéia de participação popular.
 1789 – Revolução Francesa
Vem a tona a questão da democracia.
Interesses – de uma determinada classe (burguesa).
2 grupos: Jacobinos e Gerondinos.
 1917 – Revolução Russa
Bolchevique e Menchevique.
 1949 – Revolução Chinesa
As pessoas sempre necessitam de alguém para seguir. Nem sempre a participação
popular é boa.

Problemáticas da Democracia Moderna


1 – Consenso Médio  Rol de valores expressos numa dada média da sociedade.
2 – Instâncias de Aplicação  Narcotráfico, pedofilia, crimes cirbenéticos.
3 – Democracia e Desenvolvimento.

FORMAS DE ESTADO

1) Unitário
O poder político é concentrado, atomizado num só órgão central que cria, por sua vez,
órgãos de caráter administrativo (descentralização de caráter administrativo).
2) Confederação
O órgão central não tem poder coercitivo e os elementos componentes mantêm
íntegras sua soberania e autonomia (não funciona na prática, baixa coesão).
3) Federação
O poder político é descentralizado entre os grandes da federação. Essa autonomia é
regulada pela constituição (descentralização de cunho político).

Estado Federal
-Repartição de competências
-Auto-governo
-Auto-organização
-Auto-legislação

União, o Estado, o Município e o Distrito Federal  Cada um tem sua competência,


esta é repartida pela Constituição Federal.
Quando se tem mais competências, se tem mais poder.

FORMAS DE GOVERNO

1) Monarquia
A – Absoluta: Todo poder político concentrado na figura do rei (“L’etat C’est Moi)
B – Parlamentarista: Instituída em 1688 pela Revolução Gloriosa – o rei estava
limitado ao parlamento, já que este exercia uma parte do poder.
2) República
Surgiu na Grécia Antiga. Alternância na ocupação dos postos de cargo de poder.
SISTEMA DE GOVERNO

1) Parlamentarismo
2) Presidencialismo

 Acima da Constituição: Poder Constituinte


Possibilita a elaboração de uma constituição do começo ao fim.
Emmanuel Sieyes – “o que é terceiro Estado?” – O terceiro Estado era a própria
burguesia ascendente (comerciantes, negociantes, banqueiros, artesão, etc).

Fases da Sociedade Humana


Dispersão: Os homens vivem dispersos e sem qualquer sentido de vida em
comunidade. Agregavam-se de modo pontual e precário.
Democracia direta: Aqui os homens já vivem em comunidade e administram
diretamente as questões comuns a sua sociedade.
Democracia representativa: Os homens escolhem representantes que possam gerir os
problemas comuns daquela sociedade.

O terceiro Estado é o titular do poder constituinte.

“Que é o terceiro Estado? Tudo. Que tem sido até agora na ordem pública? Nada. Que
deseja? Vir a ser alguma coisa.
O terceiro Estado forma em todos os setores os 19/20 com a diferença de que ele é
encarregado de tudo o que existe de verdadeiramente penoso, de todos os trabalhos
que a ordem privilegiada se recusa a cumprir (soberano, clero, nobreza). Os lugares
lucráticos e honofóricos são ocupados pelos membros da ordem privilegiada. Quem,
portanto, ousaria dizer que o terceiro Estado não tem em si tudo o que é necessário
para formar uma nação completa? Ele é o homem forte e robusto que tem um dos
braços ainda acorrentado. Se suprimíssemos a ordem privilegiada, a nação não seria
alvo de menos e sim alguma coisa mais. Assim, que é o terceiro Estado? Tudo, mas
um tudo livre e fluorescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria infinitamente
melhor sem os outros.” Emmanuel Sieyes

CLASSIFICAÇÃO DO PODER CONSTITUINTE

1) Originário
É o poder constituinte propriamente dito, possibilita a elaboração global de uma
constituição. Por sua natureza, é incondicionalmente inicial, autônomo e de cunho
político.

2) Derivado
É aquele previsto na própria constituição e que possibilita sua modificação; por sua
natureza é condicionado, limitado e de cunho jurídico (se manifesta pelas emendas
constitucionais).

3) Decorrente
É aquele outorgado pela constituição federal aos estados membros, para que estes
elaborem suas próprias constituições. Tem a mesma natureza do poder constituinte
derivado.
CONCEPÇÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO

1) Sociológica
Para esta vertente interpretativa, a constituição é uma manifestação social. Para os
defensores desta vertente, a constituição é uma soma dos fatores reais de poder
existentes na sociedade. Sem isso, a constituição é uma simples folha de papel –
Ferdinande Lande

2) Política
A constituição é a materialização de uma decisão política fundamental, é uma decisão
no sentido de constituir a unidade política (Estado) – Carl Schmtt – este autor ainda
diferenciava Constituição (regras que organizam o Estado) de leis constitucionais
(demais regras da Constituição).

3) Jurídica
Concebe a constituição como o instrumento fundamental de uma organização do
Estado e criador da matriz jurídica. Para Hans Kelsen, mais destacado representante
desta vertente, a constituição materializa a chamada “norma hipotética fundamental”

“A Constituição é algo que tem como forma um complexo de normas (escritas ou


costumeiras); como conteúdo, a conduta humana motivada pelas relações sociais
(econômicas, políticas, religiosas, etc.); como fim, a realização de valores que
apontam para o existir da comunidade; e, finalmente, como causa criadora e
recuadora, o poder que emana do povo. Não pode ser compreendida e interpretada
senão estiver em mente esta estrutura, considerada como conexão de sentido, como é
tudo aquilo que entrega um conjunto de valores.” Jose Afonso da Silva

“Constituição é a organização sistemática dos elementos constitutivos do Estado,


através do qual se definem a forma e a estrutura deste, o sistema de governo, a
divisão e o funcionamento dos poderes, o modulo econômico e os direitos, deveres e
garantias fundamentais, sendo que qualquer outra matéria que for agregada a ela não
será formalmente considerada constitucional.” Luis Alberto, David Araujo e Vidal
Cerrano Nunes Junior.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

1) Quanto ao conteúdo
-Material: Refere-se à Constituição total do Estado.
-Formal: Refere-se às disposições escritas sobre a organização do Estado e da
sociedade, postas num documento.

2) Quanto à forma
-Escrita ou Dogmática: A Constituição é toda escrita e disposta de uma só vez, em
um único documento
-Costumeira ou Histórica: A Constituição neste caso, se comporá de documentos
esparsos, costumes, jurisprudências, etc.

3) Quanto à origem
-Popular ou Democrática: Constituições elaboradas por um órgão cujos integrantes
foram escolhidos pela população.
-Outorgada: A Constituição é elaborada pelo governante, sem participação do povo.

4) Quanto à mutabilidade
-Rígida: Só alterável por procedimentos solenes, complexos.
-Flexível: As alterações seguem os mesmos procedimentos das leis.
-Semi-rígida: Uma parte é rígida e outra é flexível. Ex: Constituição do Império (1824).

CONSTITUIÇÕES DO BRASIL

1824 – Outorgada
1891 – Democrática
1934 – Democrática
1937 – Outorgada
1946 – Democrática
1967 – Outorgada
1969 – Outorgada
1988 – Democrática

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