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PSICOFÁRMACOS

Bases da psicofarmacologia aplicada à


neuropsicologia

Dra. Viviane Machado


Médica Psiquiatra – EPM / Unifesp
ROTEIRO
ANTIDEPRESSIVOS
SEDATIVOS
ESTABILIZADORES DE HUMOR
ANTIPSICÓTICOS
PSICOESTIMULANTES
ANTICOLINESTERÁSICOS
BIBLIOGRAFIA
ROTEIRO
ANTIDEPRESSIVOS
SEDATIVOS
ESTABILIZADORES DE HUMOR
ANTIPSICÓTICOS
PSICOESTIMULANTES
ANTICOLINESTERÁSICOS
BIBLIOGRAFIA
o Inibidores seletivos da
recaptação da serotonina (ISRS)
o Inibidores da recaptação da
serotonina e noradrenalina
(ISRSN/Duais)

ANTIDEPRESSIVOS o Tricíclicos
o “Atípicos”

{Independente da classe: efeito apenas a partir de 10-14 dias }


ANTIDEPRESSIVOS
o Medicamentos
o O que eles têm em comum?
o Diferenças importantes
o Efeitos colaterais

INIBIDORES SELETIVOS DA
RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ISRS)
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

MEDICAMENTOS
◉ Fluoxetina (Prozac®)
◉ Sertralina (Zoloft®)
◉ Paroxetina (Paxil®)
◉ Fluvoxamina (Luvox®)
◉ Citalopram (Celexa®)
◉ Escitalopram (Lexapro®)
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


◉ Mecanismo de ação
◉ Indicações
◉ Farmacocinética
◉ Interação medicamentosa
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

O QUE ELES TÊM EM COMUM? ISRS

◉ Mecanismo de ação
◉ Indicações
◉ Farmacocinética
◉ Interação medicamentosa ◉ Inibição seletiva e potente da recaptação
de serotonina (inibição do SERT);

◉ Maximizam a duração da sua ação nos


neurônios pós-sinápticos.
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

O QUE ELES TÊM EM COMUM? TRANSTORNO


TRANSTORNO
TRANSTORNOS DEPRESSIVO
◉ Mecanismo de ação DE ANSIEDADE
DISFÓRICO
PRÉ-MENSTRUAL

◉ Indicações
◉ Farmacocinética
◉ Interação medicamentosa

TRANSTORNO TRANSTORNO DE
OBSSESSIVO TRANSTORNOS ESTRESSE PÓS
COMPULSIVO ALIMENTARES TRAUMÁTICO
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

O QUE ELES TÊM EM COMUM? NÍVEL SÉRICO


MÁXIMO ENTRE
◉ Mecanismo de ação ABSORÇÃO*
1h - 8h

◉ Indicações
◉ Farmacocinética METABOLIZAÇÃO E ½ VIDA
ELIMINAÇÃO 20h – 30h**
◉ Interação medicamentosa

* Alimentos não interferem na absorção; DISTRIBUÇÃO POR


**A meia-vida da fluoxetina varia de 4 a 16 dias e a da TODO CORPO
fluvoxamine é de ~15 horas.
(LIPOFÍLICOS)
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


◉ Mecanismo de ação ◉ Inibidores moderados a potentes do
metabolismo hepático do citocromo
◉ Indicações P450;

◉ Farmacocinética o Alterar níveis sanguíneos de outros


medicamentos que dependem dessas
◉ Interação medicamentosa enzimas para eliminação ou ativação;

o Escitalopram, citalopram e sertralina


são ISRS de escolha para situações em
que as interações medicamentosas
são uma preocupação.
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


◉ Mecanismo de ação ◉ As enzimas citocromáticas inibidas são:

◉ Indicações o Citalopram: nenhum;


o Escitalopram: nenhum;
◉ Farmacocinética
o Sertralina: nenhum;
◉ Interação medicamentosa
o Fluoxetina: CYP2D6 e 2C19;
o Fluvoxamina: CYP1A2 e 2C19;
o Paroxetina: CYP2D6.
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS
Se os medicamentos possuem
tantas características em
comum, por que os indivíduos
respondem de forma diferente
a cada um deles?
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Antagonista de 5HT2C (liberação de
noradrenalida e dopamina):
◉ Sertralina
◉ Paroxetina
◉ Fluvoxamina
◉ Citalopram
◉ Escitalopram
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Antagonista de 5HT2C (liberação de
noradrenalida e dopamina):
◉ Sertralina
o Geralmente ativador;
◉ Paroxetina o Efeito energizante com redução da
◉ Fluvoxamina fadiga e melhora na concentração e
atenção;
◉ Citalopram o Menos apropriado para pacientes
com agitação, insônia e ansiedade
◉ Escitalopram (ativação indesejada).
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Inibição do transportador de dopamina
(DAT) e ligação aos receptores sigma-1
◉ Sertralina (σ1):
DAT
◉ Paroxetina
◉ Fluvoxamina
◉ Citalopram
◉ Escitalopram
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Inibição do transportador de dopamina
(DAT) e ligação aos receptores sigma-1
◉ Sertralina (σ1):
o melhora na energia, na motivação e
◉ Paroxetina na concentração;
◉ Fluvoxamina o ações ativadoras discretas e
desejáveis;
◉ Citalopram o Função fisiológica dos sítios σ1 não
são claras na literatura;
◉ Escitalopram
• Ações antipsicóticas.
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Ações anticolinérgicas muscarínicas e
inibição da enzima óxido nítrico
◉ Sertralina sintetase:
M1
◉ Paroxetina

NOS
◉ Fluvoxamina
◉ Citalopram
◉ Escitalopram
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Ações anticolinérgicas muscarínicas e
inibição da enzima óxido nítrico
◉ Sertralina sintetase:
o mais tranquilizante e sedativa;
◉ Paroxetina
o Inibe a enzima óxido nítrico sintetase,
◉ Fluvoxamina o que pode contribui para a disfunção
sexual (> homens).
◉ Citalopram
◉ Escitalopram
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Agonista dos receptores σ1:

◉ Sertralina
◉ Paroxetina
◉ Fluvoxamina
◉ Citalopram
◉ Escitalopram
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Agonista dos receptores σ1:
o Mais indicado para tratamento do
◉ Sertralina transtorno obsessivo-compulsivo e da
ansiedade;
◉ Paroxetina
o Está relacionada com a ansiedade e
◉ Fluvoxamina psicose (tratamento de depressão
psicótica/delirante).
◉ Citalopram
◉ Escitalopram
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Enantiômero “bom” e outro “mau”:

◉ Sertralina M1

◉ Paroxetina R
SERT
SERT
S
◉ Fluvoxamina
◉ Citalopram
◉ Escitalopram
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Enantiômero “bom” e outro “mau”:
o Enantiômero R e S;
◉ Sertralina
o Potencial de prolongamento do QTc
◉ Paroxetina (risco de arritmia);
◉ Fluvoxamina o Propriedades anti-histamínicas fracas
(pode dar sonolência).
◉ Citalopram
◉ Escitalopram
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Enantiômero S puro:

◉ Sertralina
◉ Paroxetina SERT
S
◉ Fluvoxamina
◉ Citalopram
◉ Escitalopram
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Fluoxetina ◉ Enantiômero S puro:
o Remove o enantiômero R indesejado
◉ Sertralina (remove as propriedades anti-
histamínicas);
◉ Paroxetina
o Não tem potencial de prolongamento
◉ Fluvoxamina do QTc;
◉ Citalopram o Considerado, talvez, o ISRS mais bem
tolerado e com as menores taxas de
◉ Escitalopram interações medicamentosas.
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS
E IRSN

EFEITOS COLATERAIS
◉ Variável entre eles (perfis diferentes); NEUROLÓGICOS
◉ No início do tratamentos todos podem
apresentar (transitoriamente):
○ Náusea GASTRINTESTINAIS
○ Vômitos
○ Diarréia ou constipação
○ Cefaléia METABÓLICOS
○ Insônia
○ Tontura e tremores SEXUAIS
○ Piora (temporária) da ansiedade
○ Disfução sexual
○ Mudança do peso
ANTIDEPRESSIVOS
o Medicamentos
o O que eles têm em comum?
o Diferenças importantes
o Efeitos colaterais = ISRS

INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE
SEROTONINA-NORADRENALINA (IRSN)
ANTIDEPRESSIVOS
IRSN

MEDICAMENTOS
◉ Duloxetina (Cymbalta®)

◉ Venlafaxina (Effexor®)

◉ Desvelafaxina (Pristiq®)
ANTIDEPRESSIVOS
IRSN

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


◉ Mecanismo de ação
◉ Indicações
◉ Farmacocinética
◉ Interação medicamentosa
ANTIDEPRESSIVOS
IRSN

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


IRSN
◉ Mecanismo de ação
◉ Indicações
◉ Farmacocinética
◉ Inibição substancial do SERT e vários
◉ Interação medicamentosa graus de inibição do transportador de
noradrenalina (NAT);

◉ Ação sobre a dopamina no córtex pré-


frontal.
ANTIDEPRESSIVOS
IRSN

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


IRSN
◉ Mecanismo de ação
◉ Indicações
◉ Farmacocinética
◉ Inibição substancial do SERT e vários
◉ Interação medicamentosa graus de inibição do transportador de
noradrenalina (NAT);

◉ Ação sobre a dopamina no córtex pré-


frontal.
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


TRANSTORNO
TRANSTORNOS DEPRESSIVO
◉ Mecanismo de ação DE ANSIEDADE

◉ Indicações
SÍNDROMES
◉ Farmacocinética DOLOROSAS

◉ Interação medicamentosa SINTOMAS VASOMOTORES


ASSOCIADOS À MENOPAUSA
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


◉ Mecanismo de ação ABSORÇÃO*

METABOLIZAÇÃO
◉ Indicações
◉ Farmacocinética ½ VIDA
3h – 13h**
ELIMINAÇÃO (>RIM)*
◉ Interação medicamentosa

* Alimentos não interferem na absorção; DISTRIBUÇÃO


** Exceto a duloxetina cuja eliminação é hepática;
(SISTEMA NERVOSO CENTRAL)
ANTIDEPRESSIVOS
ISRS

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


◉ Mecanismo de ação ◉ Duloxetina é um inibidor moderado da
enzima CYP2D6 do metabolismo
◉ Indicações hepático do citocromo P450;

◉ Farmacocinética ◉ Demais IRSN não têm efeitos


clinicamente significativos nas enzimas
◉ Interação medicamentosa do CYP450.

METABOLIZAÇÃO E
EXCREÇÃO HEPÁTICA
ANTIDEPRESSIVOS
IRSN

O do meio tem um queijo


Qual é a diferença entre eles?
ANTIDEPRESSIVOS
IRSN

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Duloxetina

◉ Venlafaxina

◉ Desvelafaxina
ANTIDEPRESSIVOS
IRSN

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Depressão e DOR:
◉ Duloxetina
o Alivia a depressão na ausência de dor
◉ Venlafaxina e também a dor na ausência de
depressão;
◉ Desvelafaxina • Ex.: dor neuropática, fibromialgia e
musculoesquelética crônica.
ANTIDEPRESSIVOS
IRSN

DIFERENÇAS IMPORTANTES
◉ Substrato e metabólito ativo:
◉ Duloxetina
o A desvenlafaxina inibe NAT+SERT já na
◉ Venlafaxina dose inicial de tratamento;
Enzima
CYP2D6 o A venlafaxina inibe a recaptação de NA
◉ Desvelafaxina de forma diretamente proporcional à
dose (considerado dual só em doses mais
altas, doses mais baixas, comporta-se
como ISRS).
ANTIDEPRESSIVOS
o Medicamentos
o Indicações = ISRS e IRSN
o Mecanismo de ação
o Efeitos colaterais
o Farmacocinética

TRICÍCLICOS
ANTIDEPRESSIVOS
TRICÍCLICOS

MEDICAMENTOS
◉ Amitriptilina (Amytril®)

◉ Clomipramina (Anafranil®)

◉ Nortriptilina (Pamelor®)
ANTIDEPRESSIVOS
TRICÍCLICOS

MECANISMO DE AÇÃO
◉ Bloqueiam a recaptação de serotonina (algum grau) e noradrenalina;

◉ (+) Antagonistas dos receptores de histamina H1, α1-adrenérgicos e


M1 colinérgicos muscarínicos;
Na
◉ (+) Bloqueiam os canais de sódio sensíveis à voltagem.

H1
ANTIDEPRESSIVOS
TRICÍCLICOS

EFEITOS COLATERAIS
ANTAGONISTA M1- BLOQUEIO DE CANAIS DE Na+
MUSCARÍNICOS Em altas doses, pode gerar
Constipação intestinal arritmias, parada cardíaca e
Boca seca morte.
Sonolência
ANTAGONISTA Visão turva
H1-HISTAMÍNICOS
Ganho de peso Na
Sonolência
BLOQUEADORES DE
ANTAGONISTA SERT E NAT
𝜶1-AFRENÉRGICOS Boa resposta ao
H1 tratamento, equivalente ou
Tontura
Sonolência superior aos ISRS e IRSN.
Hipotensão
ANTIDEPRESSIVOS
TRICÍCLICOS

FARMACOCINÉTICA
◉ Absorção rápida no intestino Delgado;

◉ Metabolismo principalmente hepático


○ Isoenzimas CYP 2D6, 1A2, 3A4, 1C19.

◉ A meia-vida de eliminação é ~24 h.


ANTIDEPRESSIVOS

o Medicamentos
o Características específicas

ATÍPICOS
ANTIDEPRESSIVOS
ATÍPICOS

MEDICAMENTOS
◉ Mirtazapina (Remeron®)

◉ Trazodona (Donaren®)

◉ Bupropiona (Welbutrin®)

◉ Vortioxetina (Brintellix®)
ANTIDEPRESSIVOS
ATÍPICOS

CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS
◉ Mirtazapina (Remeron®)

H1
◉ Trazodona (Donaren®)

5HT2C
◉ Bupropiona (Welbutrin®) ◉ Bloqueia os receptores α2;

◉ Vortioxetina (Brintellix®) ◉ (+) Ações antagonistas sobre os


receptores 5HT2A, 5HT2C, 5HT3 e de
histamina H1.
ANTIDEPRESSIVOS
ATÍPICOS

CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS
ANTAGONISTA 𝜶2
◉ Mirtazapina (Remeron®) ↑ serotonina

H1
(antidepressivo)

◉ Trazodona (Donaren®)
ANTAGONISTA H1

5HT2C
ANTAGONISTA 5HT3 Sonolência
◉ Bupropiona (Welbutrin®) ↑ NA, ACh, DA, Melhora ansiedade
Ganho de peso
histamina e
serotonina
◉ Vortioxetina (Brintellix®) (antidepressivo)

ANTAGONISTA 5HT2A ANTAGONISTA 5HT2C


↑ DA ↑ NA e DA
(Ativador) (Ativador)
ANTIDEPRESSIVOS
ATÍPICOS

CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS
◉ Mirtazapina (Remeron®)

◉ Trazodona (Donaren®)

5HT2C
◉ Bupropiona (Welbutrin®)
◉ Bloqueia os receptores 5HT2A, 5HT2C
◉ Vortioxetina (Brintellix®) (serotonina);
◉ (+) Bloqueia SERT (recaptação serotonina);
◉ (+) Antagonista de H1 e α1 (doses baixas).
ANTIDEPRESSIVOS
ATÍPICOS

CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS
ANTAGONISTA H1
◉ Mirtazapina (Remeron®) ANTAGONISTA 𝜶 1 Sonolência
Sonolência
Sedação
◉ Trazodona (Donaren®)

5HT2C
◉ Bupropiona (Welbutrin®)

◉ Vortioxetina (Brintellix®) ANTAGONISTA 5HT2A e 5HT2C INIBIDOR DE SERT


↑ liberação de NA eDA ↑ 5HT
(Ativador) (reduz ansiedade)
ANTIDEPRESSIVOS
ATÍPICOS

CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS
◉ Mirtazapina (Remeron®) DAT

◉ Trazodona (Donaren®)

◉ Bupropiona (Welbutrin®)
◉ Inibidor da recaptação de noradrenalina-
◉ Vortioxetina (Brintellix®) dopamina (IRND);
◉ ↑ liberação de NA e DA;
◉ Contraindicada para tratamento de
transtornos de ansiedade.
ANTIDEPRESSIVOS
ATÍPICOS

CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS
◉ Mirtazapina (Remeron®) SERT

◉ Trazodona (Donaren®) 5 ações farmacológicas:


◉ (1) Inibidor de SERT;
◉ Bupropiona (Welbutrin®) ◉ (2) Agonista parcial de 5HT1A
◉ (3) Agonista parcial de 5HT1B
◉ Vortioxetina (Brintellix®) ◉ (4) Agonista parcial de 5HT1D;
◉ (5) Antagonista de 5HT3;
◉ ↑ 5HT, NA, DA, ACh, H.
ANTIDEPRESSIVOS
ATÍPICOS

CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS
◉ Mirtazapina (Remeron®) SERT

◉ Trazodona (Donaren®) Sugere:


◉ Efeitos pró-cognitivos;
◉ Bupropiona (Welbutrin®) ◉ Não altera função sexual;
◉ Eficácia antidepressiva.
◉ Vortioxetina (Brintellix®)
ANTIDEPRESSIVOS

CASO CLÍNICO

◉ Mulher, 36 anos, solteira, advogada, refere apresentar no


último ano um quadro progressivo de desânimo, falta de
vontade fazer suas atividades do cotidiano, isolamento social
(voluntário…rs), parou de fazer ciclismo, seu hobby de muitos
anos. Refere queda no rendimento no trabalho, refere demora
para fazer tarefas que antes fazia com facilidade. Conta que
sente-se mais sensível, chorosa e triste, sem grandes
motivações. Refere dormir bem à noite, mas sente muita
dificuldade em levantar da cama de manhã. Nega episódios
como este peviamente, nega uso de medicamentos ou outras
subtâncias, nega comorbidades. Nega ideação suicida.
CASO CLÍNICO

1. Qual o diagnóstico sindrômico?

2. Tratamento indicado (farmacológico e não farmacológico)?


CASO CLÍNICO

1. Qual o diagnóstico sindrômico?


Transtorno depressivo (com hiperssonia)
2. Tratamento indicado (farmacológico e não farmacológico)?
Antidepressivos (preferência para antidepressivos mais ativadores devido
ao perfil de sonolência e déficit cognitivo da paciente).
Fluoxetina, sertralina, escitalopram;
Duais;
NÃO ESTÁ ERRADO PRESCREVER
Bupropiona; QUALQUER UM DOS ISRS OU IRSN
(exceto paroxetina).
Vortioxetina.
ROTEIRO
ANTIDEPRESSIVOS
SEDATIVOS
ESTABILIZADORES DE HUMOR
ANTIPSICÓTICOS
PSICOESTIMULANTES
ANTICOLINESTERÁSICOS
BIBLIOGRAFIA
o Benzodiazepínicos
o Droga Z

SEDATIVOS
SEDATIVOS
o Medicamentos
o Mecanismo de ação
o Indicações
o Efeitos colaterais

BENZODIAZEPÍNICOS
SEDATIVOS
BENZODIAZEPÍNICOS

MEDICAMENTOS
◉ Alprazolam (Frontal®, Xanax®)
◉ Bromazepam (Lexotan®)
◉ Clonazepam (Rivotril®)
◉ Diazepam (Valium®)
◉ Lorazepam (Lorax®)
◉ Midazolam (Dormonid®)
SEDATIVOS
BENZODIAZEPÍNICOS

MECANISMO DE AÇÃO
◉ Agonista completo do receptor GABAA
◉ Intesifica as ações inibitória gabaérgicas;
○ Sedação
○ Ansiolítico
○ Relaxamento muscular
SEDATIVOS
BENZODIAZEPÍNICOS

INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES

◉ Ansiedade  Idosos
◉ Insônia  Delirium
◉ Agitação  Gestantes
◉ Episódios convulsivos  Lactantes
◉ Abstinência ao álcool  Uso contínuo (>12 semanas)
SEDATIVOS
BENZODIAZEPÍNICOS

FARMACOCINÉTICA
◉ Divididos em 3 grupos segundo a meia vida:
○ Ação ultra curta ( < 3h): midazolam*;
○ Ação curta ( ~12h): bromazepam;
○ Ação intermediária (entre 12h e 24h): lorazepam e alprazolam;
○ Ação longa (> 24h): clonazepam e diazepam.

◉ Metabolismo principalmente hepático


○ Enzimas CYP2C19 e CYP3A4.

*pode acumular metabólitos ativos com administração repetida.


SEDATIVOS
BENZODIAZEPÍNICOS

EFEITOS COLATERAIS
◉ Sedação ◉ Alterações de memória
◉ Tontura ◉ Dependência química
◉ Fadiga e fraqueza
◉ Ataxia
◉ Dissociação
◉ Confusão mental
◉ Efeitos paradoxais
◉ Depressão cardiorrespiratória
SEDATIVOS

DROGAS Z o Zolpidem
SEDATIVOS
DROGA Z

CARACTERÍSTICAS
Zolpidem (Stilnox®, Patz®)
◉ Indutor do sono (sedativo);

◉ Ideal para uso pontual (insônia inicial);

◉ Contraindicado para uso contínuo;

◉ Efeitos colaterais:
○ Amnesia anterógrada;
○ Sonambulismo;
○ Dependência (difícil tratamento).
ROTEIRO
ANTIDEPRESSIVOS
SEDATIVOS
ESTABILIZADORES DE HUMOR
ANTIPSICÓTICOS
PSICOESTIMULANTES
ANTICOLINESTERÁSICOS
BIBLIOGRAFIA
o Medicamentos
o Indicações
o Lítio
o Anticonvulsivantes

ESTABILIZADORES DE HUMOR
ESTABILIZADORES DE HUMOR

MEDICAMENTOS
◉ Lítio (Carbolitium®)
EFICÁCIA COMPROVADA COMO
◉ Valproato (Depakene®) ESTABILIZADORES DE HUMOR

◉ Lamotrigina (Lamictal®)
◉ Carbamazepina (Tegretol®)
◉ Oxcarbazepina (Trileptal®)
EFICÁCIA INCERTA OU DUVIDOSA COMO
◉ Topiramato (Topamax®) ESTABILIZADORES DE HUMOR
◉ Gabapentina (Neurontin®)
◉ Pregabalina (Lyrica®)
ESTABILIZADORES DE HUMOR

INDICAÇÕES
◉ Prevenção de suicídio (lítio);
◉ Transtorno afetivo bipolar;
◉ Potencialização de antidepressivos;

◉ Transtorno de impulsividade;
Carbamazepina e Oxcarbazepina: epilepsia;
◉ Topiramato: compulsão alimentar;
◉ Gabapentina e Pregabalina: dor neuropática.
ESTABILIZADORES DE HUMOR

o Mecanismo de ação
o Efeitos colaterais
o Farmacocinética

LÍTIO
ESTABILIZADORES DE HUMOR
LÍTIO

MECANISMO DE AÇÃO
◉ Mecanismo de ação ainda não está bem estabelecido na
literatura;
○ Estimula neurotransmissão inibitória;
○ Inibe transmissão excitatória;
○ Estudos sugerem que pacientes com transtorno bipolarpodem ser
hiperexcitáveis (estimulados mais facilmente) e que o lítio pode reduzir
essa hiperexcitabilidade;

◉ Está bem estabelecido na prevenção do suicídio em pacientes


com transtornos do humor.
ESTABILIZADORES DE HUMOR
LÍTIO

EFEITOS COLATERAIS
◉ Prevenção de demência em doses baixas (em estudo);

◉ Diferenciar comprometimento cognitivo que está associado


ao transtorno bipolar em si, a outros medicamentos
associados (ex.: antipsicóticos, benzodiazepínicos, etc) e ao
lítio;
◉ Os efeitos neurocognitivos são piores em doses mais altas e
são cumulativos ao longo do tempo.
ESTABILIZADORES DE HUMOR
LÍTIO

FARMACOCINÉTICA NÍVEL SÉRICO


MÁXIMO ENTRE
◉ Interação com medicações ABSORÇÃO* 1h - 5h (rápido vs ER)
que interferem na função
renal (diuréticos, anti-
hipertensivos, etc);
½ VIDA
24h
◉ Nível terapêutico ~ nível ELIMINAÇÃO (RIM)
tóxico = sempre monitorar
litemia.

DISTRIBUÍDO POR TODA ÁGUA CORPORAL


ESTADO ESTACIONÁRIO: ~5 dias
ESTABILIZADORES DE HUMOR

o Mecanismo de ação
o Efeitos colaterais
o Farmacocinética

ANTICONVULSIVANTES
ESTABILIZADORES DE HUMOR
ANTICONVULSIVANTES

MECANISMO DE AÇÃO
Demais estabilizadores:
◉ Alteração dos canais de sódio, cálcio e potássio, atenuando a liberação
de neurotransmissores (“estabiliza sinapse” = anticonvulsivantes).
MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANTICONVULSIVANTES

Medicamentos canais Na+ canais Ca+ canais K+

Carbamazepina +++ +
Gabapentina ++
Lamotrigina +++ +
Oxcarbazepina +++ + + +++: ação primária; ++: ação provável; +: ação
possível. Adaptado de Brodie MJ, Kwan P. Staged
Pregabalina ++
approach to epilepsy management. Neurology
Topiramato ++ ++ 2002; 58:S2. Copyright © 2002 Lippincott Williams
& Wilkins. © 2021 UpToDate, Inc. and/or its
Valproato + + affiliates. All Rights Reserved.
ESTABILIZADORES DE HUMOR
ANTICONVULSIVANTES

EFEITOS COLATERAIS
Demais estabilizadores
EFEITOS COLATERAIS MAIS COMUNS
Medicamentos Sistêmicos Neurológicos
Carbamazepina Náusea, diarreia, hiponatremia, erupção cutânea Sonolência, tontura, visão turva, letargia, cefaléia
Gabapentina - Sonolência, tontura, ataxia
Lamotrigina Rash cutâneo e náusea Tontura, tremor, diplopia
Oxcarbazepina Rash cutâneo, náusea e hiponatremia Sedação, cefaléia, tontura, vertigem, ataxia, diplopia
Pregabalina Ganho de peso, edema, boca seca Tontura, sonolência, ataxia, tremor
Dificuldade de concentração, confusão, anorexia,
Topiramato Perda de peso, parestesia, fadiga
problemas de linguagem, tremor
Ganho de peso, náuseas, queda de cabelo,
Valproato Tremor, tontura
hematomas
Adaptado de © 2021 UpToDate, Inc. and/or its affiliates. All Rights Reserved.
ESTABILIZADORES DE HUMOR
ANTICONVULSIVANTES

FARMACOCINÉTICA
Demais estabilizadores:
ABSORÇÃO
◉ A maioria são metabolizados
METABOLIZAÇÃO*
pelo fígado e excretados
pelos rins.

ELIMINAÇÃO

DISTRIBUÇÃO
*Exceto a gabapentina e a pregabalina que são >95%
excretadas diretamente pelos rins. (SISTEMA NERVOSO CENTRAL)
ROTEIRO
ANTIDEPRESSIVOS
SEDATIVOS
ESTABILIZADORES DE HUMOR
ANTIPSICÓTICOS
PSICOESTIMULANTES
ANTICOLINESTERÁSICOS
BIBLIOGRAFIA
o Medicamentos
o Indicações
o Farmacocinética
o Mecanismo de ação
o Efeitos colaterais

TÍPICOS (1a GERAÇÃO)


ANTIPSICÓTICOS
ATÍPICOS (2a GERAÇÃO)
ANTIPSICÓTICOS
TÍPICOS ATÍPICOS

MEDICAMENTOS
◉ Haloperidol (Haldol®) ◉ Quetiapina (Seroquel®)
◉ Olanzapina (Zyprexa®)
◉ Clorpromazina (Amplictil®)
◉ Risperidona (Risperidal®)
◉ Levomepromazina (Neozine®) ◉ Paliperidona (Invega®)
◉ Periciazina (Neuleptil®) ◉ Aripiprazol (Abilify®)
◉ Sulpirida (Equilid®) ◉ Lurasidona (Latuda®)
◉ Clozapina (Leponex®)
ANTIPSICÓTICOS

INDICAÇÕES
◉ Transtornos psicóticos
○ Esquizofrenia
○ Transtorno afetivo bipolar
○ Transtorno delirante
○ Outros transtornos psicóticos.
◉ Transtorno de ansiedade

◉ Agitação psicomotora
ANTIPSICÓTICOS

FARMACOCINÉTICA
◉ Metabolismo principalmente hepático;
○ Enzimas do CYP450.

◉ Exceto a paliperidona: 80 % é excretada inalterada pelos rins;

◉ Meia vida varia de horas a semanas a depender do AP;

◉ Pacientes com variantes genéticas do CYP2D6 podem ser


metabolizadores fracos ou extensos de alguns APs.
ANTIPSICÓTICOS
TÍPICOS ATÍPICOS

MECANISMO DE AÇÃO

◉ Bloqueio dos receptores ◉ Bloqueio D2 (todos);


dopaminérgicos (D2) na via ◉ Antagonista dos receptores
mesolímbica. de serotonina 5HT2A;
◉ Agonista parcial de 5HT1A
◉ Agonista parcial de D2.
5HT- -

ANTAGONISTAS DA DOPAMINA ANTAGONISTAS DA SEROTONINA-DOPAMINA


ANTIPSICÓTICOS
TÍPICOS ATÍPICOS

MECANISMO DE AÇÃO

◉ Bloqueio dos receptores ◉ Bloqueio D2 (todos);


dopaminérgicos (D2) na via ◉ Antagonista dos receptores
mesolímbica. de serotonina 5HT2A;
◉ Agonista parcial de 5HT1A
◉ Agonista parcial de D2.
5HT- -

H1
ANTAGONISTAS DA DOPAMINA ANTAGONISTAS DA SEROTONINA-DOPAMINA
ANTIPSICÓTICOS
TÍPICOS ATÍPICOS

EFEITOS COLATERAIS

Elevado bloqueio D2 (> 65%) Antagonismo α1-adrenérgico e


◉ Sintomas extrapiramidais (SEP): ações anti-histamínicas e
○ Parkinsonismo anticolinérgicas potentes:
○ Acatisia ◉ Síndrome metabólica:
○ Distonia
○ Dicinesia tardia ○ Ganho de peso;
○ Aumento do risco
cardiovascular;
◉ Piora dos sintomas negativos
(esquizofrenia) e cognitivos; ◉ Sedação (H1, 𝜶1 e M1);

◉ Hiperprolactinemia. ◉ Hipotensão postural (𝜶1).


CASO CLÍNICO

Alex, 17 anos, chega ao pronto socorro do CAISM-Vila Mariana trazido pelos


pais. Pais referem que há 1 semana seu filho está muito agitado e agressivo.
Referem que há alguns meses vem falando sobre uma suposta perseguição
voltada a ele e chegou a trocar de celular 2 ou 3 vezes alegando estar sendo
“hackeado”. Alex refere que membros de uma organização criminosa querem
matá-lo e escravizar sua família. Conta também que ele está sendo
monitorado por essa organização através de um chip intracraniano
implantado em sua cabeça quando ainda era criança. Pais referem que Alex
está há vários dias sem dormir, só cochila. Está muito assustado e reativo. Pais
negam episódio parecido prévio, Alex nega uso de medicamentos ou outras
substâncias, nega comorbidades clínicas.
CASO CLÍNICO

1. Qual o diagnóstico sindrômico?

2. Tratamento indicado (farmacológico e não farmacológico)?


CASO CLÍNICO

1. Qual o diagnóstico sindrômico?


Síndrome psicótica.

2. Tratamento indicado (farmacológico e não farmacológico)?


Antipsicóticos, acolhimento, psicoeducação, explicar os
possíveis efeitos colaterais, orientar familiares a importância de
tomar a medicação.
CASO CLÍNICO

Alex, 17 anos, passou em atendimento psiquiátrico há 5 dias no CAISM-Vila


Mariana e foi medicado com haloperidol 5mg. Hoje ele retorna ao serviço
referindo estar se sentindo “travado”, está tremendo e com dificuldade de
andar. Conta também que tem períodos do dia que sentem-se muito ansioso.
Pais contam que ele se sente tão ansioso que chegou a pensar em suicídio e
bateu a cabeça na parede várias vezes. Alex refere que acha que o remédio
lhe faz mal e desde ontem não está mais tomando o remédio.
CASO CLÍNICO

1. Qual o diagnóstico?

2. Tratamento indicado (farmacológico e não farmacológico)?


SEP

CASO CLÍNICO

Alex, 17 anos, passou em atendimento psiquiátrico há 5 dias no CAISM-Vila


Mariana e foi medicado com haloperidol 5mg. Hoje ele retorna ao serviço
referindo estar se sentindo “travado”, está tremendo e com dificuldade de
andar. Conta também que tem períodos do dia que sentem-se muito ansioso.
Pais contam que ele se sente tão ansioso que chegou a pensar em suicídio e
bateu a cabeça na parede várias vezes. Alex refere que acha que o remédio
lhe faz mal e desde ontem não está mais tomando o remédio.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO:
- benzodiazepínicos;
- reduzir dose do antipsicótico ou trocar ACATISIA
por um antipsicótico atípico.
ROTEIRO
ANTIDEPRESSIVOS
SEDATIVOS
ESTABILIZADORES DE HUMOR
ANTIPSICÓTICOS
PSICOESTIMULANTES
ANTICOLINESTERÁSICOS
BIBLIOGRAFIA
o Medicamentos
o Indicações
o Mecanismo de ação
o Efeitos colaterais

PSICOESTIMULANTES
PSICOESTIMULANTES

MEDICAMENTOS
◉ Metilfenidato (Ritalina®)
◉ Lisdexanfetamina (Venvanse®)
◉ Modafinil (Stavigile®)
PSICOESTIMULANTES

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


◉ Mecanismo de ação ◉ Inibição da bomba de recaptação de
dopamina (DAT) e noradrenalina (NAT)* ;
◉ Indicações ◉ Aumenta a duração de DA e NA na fenda
sináptica e incrementa o impulso cortical
◉ Farmacocinética pré-frontal;
◉ Efeitos colaterais e adversos o Corpo estriado: aumenta atenção;
o Córtex pré-frontal: melhora função
cognitiva, aprendizagem e memória;
o Núcleo accumbens: aumenta motivação
e desempenho.
* O modafinil atua como um inibidor fraco apenas do DAT.
PSICOESTIMULANTES

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


◉ Mecanismo de ação TRANSTORNO DE COMPULSÃO
DÉFICIT DE ATENÇÃO ALIMENTAR
E HIPERATIVIDADE
◉ Indicações
◉ Farmacocinética DEPRESSÃO NARCOLEPSIA
RESISTENTE SONOLÊNCIA
◉ Efeitos colaterais e adversos (ANEDONIA) EXCESSIVA DIURNA
PSICOESTIMULANTES

O QUE ELES TÊM EM COMUM? ABSORÇÃO

◉ Mecanismo de ação ELIMINAÇÃO (>RIM)*

◉ Indicações
NÍVEL SÉRICO
MÁXIMO ENTRE
◉ Farmacocinética ½ VIDA 1h - 3h
10h – 13h
◉ Efeitos colaterais e adversos METABOLIZAÇÃO
carboxilesterase CES1A1

DURAÇÃO
~4h a 16h
Liberação rápida vs controlada
PSICOESTIMULANTES

O QUE ELES TÊM EM COMUM?


◉ Mecanismo de ação ◉ Insônia

◉ Indicações ◉ Cefaléia

◉ Farmacocinética ◉ Ansiedade/irritabilidade

◉ Efeitos colaterais e adversos ◉ Tiques

◉ Induzir estado de mania/hipomania

◉ Falta de apetite
o Medicamentos
o Indicações
o Mecanismo de ação
o Efeitos colaterais

ANTICOLINESTERÁSICOS
ANTICOLINESTERÁSICOS

MEDICAMENTOS DOENÇA DE ALZHEIMER E


OUTRAS DEMÊNCIAS
◉ Donepezila (Eranz® | Donila Duo®)
◉ Rivastigmina (Exelon®)
◉ Galantamina (Reminyl®)
◉ Memantina (Ebix ® | Donila Duo®)*

* A memantina não é um anticolinesterásico, seu mecanismo de


ação será especificado adiante.
ANTICOLINESTERÁSICOS

MECANISMO DE AÇÃO
◉ Donepezila (Eranz® | Donila Duo®) INIBIDORES DA ENZIMA
ACETILCOLINESTERASE
◉ Rivastigmina (Exelon®)
◉ Galantamina (Reminyl®)
◉ Memantina (Ebix ® | Donila Duo®)
ANTICOLINESTERÁSICOS

MECANISMO DE AÇÃO
NEURÔNIO NEURÔNIO
PRÉ-SINÁPTICO PRÉ-SINÁPTICO

Degradação da Ach Inibe a degradação da Ach


pela acetilcolinesterase pela acetilcolinesterase
ACETILCOLINA ACETILCOLINA
ACETILCOLINESTERASE ACETILCOLINESTERASE
RECEPTORES DE RECEPTORES DE
ACETILCOLINA ACETILCOLINA

NEURÔNIO PÓS-SINÁPTICO NEURÔNIO PÓS-SINÁPTICO


Aumenta ligação de ACh
no neurônio pós-sináptico

SINAPSE NORMAL (ACh) EFEITO DOS ANTICOLINESTERÁSICOS


ANTICOLINESTERÁSICOS

MECANISMO DE AÇÃO
◉ Bloqueio da enzima acetilcolinesterase; MECANISMO DE AÇÃO
◉ Inibe a destruição da acetilcolina (ACh);
CONSEQUÊNCIA
◉ Acúmulo de ACh na fenda sináptica;
◉ Aumenta a ligação de ACh aos receptores
colinérgicos pós-sinápticos;
◉ Aumenta o estímulo colinérgico;
◉ Benefícios cognitivos.
ANTICOLINESTERÁSICOS

MECANISMO DE AÇÃO
◉ Por que perde o benefício com a progressão da doença?

PROGRESSÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

CÉREBRO SAUDÁVEL DA MODERADA DA AVANÇADA


ANTICOLINESTERÁSICOS

MECANISMO DE AÇÃO
◉ Bloqueio da enzima acetilcolinesterase MECANISMO DE AÇÃO
◉ Inibe a destruição da acetilcolina (ACh)
CONSEQUÊNCIA
◉ Acúmulo de ACh na fenda sináptica
◉ Aumenta a ligação de ACh aos receptores
colinérgicos pós-sinápticos A degeneração dos neurônios
com receptores de ACh pós-
◉ Aumenta o estímulo colinérgico sinápticos indica perda dos
benefícios farmacológicos.
◉ Benefícios cognitivos.
ANTICOLINESTERÁSICOS

MECANISMO DE AÇÃO
◉ Donepezila (Eranz® | Donila Duo®)
◉ Rivastigmina (Exelon®)
◉ Galantamina (Reminyl®)
ANTAGONISTA DO
◉ Memantina (Ebix ® | Donila Duo®) RECEPTOR NMDA

Reduz a ativação anormal da


neurotransmissão glutamatérgica, e, portanto,
melhorar a função cognitiva e retardar a taxa
de declínio ao longo do tempo.
ANTICOLINESTERÁSICOS

EFEITOS COLATERAIS
◉ A inibição da AChE na periferia produzem efeitos colaterais
gastrointestinais;
◉ A rivastigmina possui formulação transdérmica que reduz
bastante os efeitos colaterais periféricos. VÔMITOS

NÁUSEA

DIARRÉIA
CASO CLÍNICO
Maria, 68 anos, casada, aposentada, escolaridade até ensino fundamental completo. Vem à
consulta, trazida pelo marido, devido a queixa de que “está esquecida”. O acompanhante relata que
há 1 ano a paciente começou a apresentar um esquecimento progressivo: esquecer o dia da missa, a
hora da novela, dos compromissos que fazia com outras pessoas, onde deixa objetos e dificuldade
para lembrar o que comeu nas refeições do dia. Contudo, lembra-se com detalhes de sua infância.
Marido reclama que ela não quer mais sair de casa para ir à missa, como fazia semanalmente nos
últimos 20 anos. A paciente e o acompanhante negam outros sintomas como lipotímia ou sincope,
convulsões, movimentos involuntários, cefaleia, distúrbios do sono ou do comportamento, fraqueza
e incontinências esfincterianas. Relatam independência para atividades básicas de vida diária e
dependência parcial para atividades instrumentais (não consegue fazer compras sozinha, demora a
encontrar os produtos e perde-se pelo mercado). Medicações em uso: candesartana 32 mg/dia e
anlodipino 5mg/dia. AP: HAS.
Exames laboratoriais e RNM de crânio sem alterações/alterações inespecíficas.
CASO CLÍNICO

1. Qual o diagnóstico sindrômico?

2. Quais os diagnósticos diferenciais:


• Possivelmente reversíveis?
• Possivelmente irreverssíveis?

3. Tratamento indicado (farmacológico e não


farmacológico)?
CASO CLÍNICO

1. Qual o diagnóstico sindrômico?


Síndrome demencial.
2. Quais os diagnósticos diferenciais:
• Possivelmente reversíveis?
Deficiência de vitamina B12, neurossífilis, demência sec. ao HIV.
• Possivelmente irreverssíveis?
Doença de Alzheimer, demência vascular.
3. Tratamento indicado (farmacológico e não
farmacológico)?
Anticolinesterásicos (Donepezila | Rivastigmina | Galantamina)
BIBLIOGRAFIA

1. Stahl SM. Dazzled by the dominions of dopamine: clinical roles of D3, D2,
and D1 receptors. CNS Spectrums. Cambridge University Press;
2017;22(4):305–11;
2. Stahl, SM. Stahl’s Essential Psychopharmacology: Neuroscientific Basis and
Practical Application, 4th ed. Cambridge, UK: Cambridge University Press;
2013;
3. UpToDate, Inc. and/or its affiliates. All Rights Reserved.
4. Animações: https://pt.vecteezy.com/.
OBRIGADA!

Viviane Machado Lima


(11) 99845 7779
vivianemachado.epm@gmail.com

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