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LABORATÓRIO DE BIOQUÍMICA

CARACTERIZAÇÃO DE AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS

CARACTERIZAÇÃO DE AMINOÁCIDOS E
PROTEÍNAS

Aminoácidos e proteínas são substâncias orgânicas que desempenham papéis


fundamentais em todos os seres vivos, incluindo desde a constituição dos tecidos dos
organismos até a síntese hormonal. Os aminoácidos são compostos orgânicos que
contém em sua estrutura molecular um carbono central ligado a um hidrogênio e aos
grupos funcionais amina (-NH3), que é básico, e carboxila (-COOH), que é ácido, além de
uma cadeia lateral R que varia de aminoácido para aminoácido, conforme ilustra a Figura
1.

Figura 1 – Estrutura molecular de um aminoácido.

Os aminoácidos são os elementos constitutivos de todas as proteínas. Existem


dezenas deles na natureza, porém apenas vinte aparecem no código genético, os
chamados aminoácidos principais, e outros especiais, que estão presentes em algumas
proteínas. Os aminoácidos principais podem ser classificados como: não essenciais,
aqueles que os humanos conseguem sintetizar no próprio organismo, e essenciais, que
são aqueles que não produzimos e, portanto, se faz necessário obtê-los através da
ingestão de determinados alimentos.

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Os vinte principais aminoácidos que formam as proteínas são ilustrados da Figura 2.

Figura 2 – Os principais aminoácidos presentes no código genético.

Já as proteínas, são macromoléculas orgânicas formadas pela junção de vinte


padrões de aminoácidos diferentes, unidos em combinações variadas e praticamente
infinitas, através de ligações peptídicas, possibilitando a formação de milhões de
estruturas diversas. São os principais constituintes estruturais das células e estão
presentes na pele, no cabelo, nos músculos, nos hormônios, na hemoglobina etc.

Para identificar e caracterizar aminoácidos e proteínas, diversas reações


químicas podem ser utilizadas, a exemplo das reações de ninidrina, biureto, Sakaguchi,
entre outras. De modo resumido, estas reações produzem evidências qualitativas que
ora indicam a presença de um aminoácido ou proteína, ora podem evidenciar como tais
substâncias se comportam ante um ou mais reagentes, ou até mesmo ante a presença
de agentes externos, a exemplo do calor.

A ninidrina é um composto orgânico cuja fórmula molecular é C9H6O4. Através


desta reação, é possível identificar a presença de aminas na solução. Em geral, ao se
aquecer os aminoácidos em uma solução com excesso de ninidrina, aqueles que tem
grupamento amino livre produzem uma coloração de cor púrpura. Esta coloração pode,
inclusive, ter sua intensidade proporcional à concentração de aminoácidos na solução
(Figura 3). Como toda regra tem sua exceção, existem aminoácidos que reagem com a
ninidrina formando um composto amarelado. Tais aminoácidos são também conhecidos
como iminoácidos. No estudo aqui realizado, deve-se analisar os efeitos da reação de
ninidrina sobre dois diferentes tipos de aminoácidos: a prolina e o triptofano. Através

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da análise da coloração resultante da reação de ninidrina com tais substâncias, você


poderá diferenciar os aminoácidos normais dos iminoácidos.

Figura 3 – Reação da ninidrina.

A reação de biureto permite a verificação da presença de peptídeos com três ou


mais resíduos de aminoácidos. Nesta reação, o reagente, de coloração normalmente
azul, torna-se violeta quando em contato com as proteínas. A intensidade desta
coloração varia com a concentração de proteínas da amostra. A reação, apesar de
utilizada mundialmente para identificar a presença de proteínas em diversas amostras,
apresenta baixa sensibilidade e requer altas concentrações de proteína. Deve-se atentar
para o fato de que, apesar do nome, o reagente utilizado na reação não contém biureto
entre seus constituintes. A reação recebe este nome graças ao fato de dar positiva para
as ligações existentes na molécula do biureto, que são similares às ligações peptídicas
existentes nas proteínas. Do ponto de vista químico, biureto é o produto resultante da
decomposição da ureia, quando esta é aquecida a temperaturas elevadas, em torno de
180ºC, como mostra a Figura 4:

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Figura 4 – Biureto originado a partir da decomposição da ureia.

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