Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Faculdade de Ciências de Educação

Formas de Ajudar os Estudantes Universitários a Manterem Motivados

Licenciatura em Psicologia Educacional

Eunéncia Francisco Nhantumbo

Chimoio
Maio, 2023

Eunéncia Francisco Nhantumbo


Formas de Ajudar os Estudantes Universitários a Manterem Motivados

Trabalho de pesquisa científica a ser entregue no


Departamento de Psicologia e Pedagogia, na
Faculdade de Ciências de Educação, 2º Ano,
curso de Psicologia Educacional para fins
avaliativos na cadeira de Psicologia de
Motivação, sob a orientação da docente: Maria
de Fátima Arnaldo

Chimoio
Maio, 2023
Índice
Capítulo I....................................................................................................................................3
1.1. Introdução............................................................................................................................3
1.2. Objectivos............................................................................................................................3
1.2.1. Objetivo geral....................................................................................................................3
1.2.2. Objetivos específicos........................................................................................................3
1.3. Metodologia.........................................................................................................................4
1.4. Importância do tema............................................................................................................4
Capítulo II...................................................................................................................................5
2.1. Revisão literária...................................................................................................................5
2.2. Tipos de motivação..............................................................................................................5
2.2.1. Motivação intrínseca.........................................................................................................5
2.2.2. Motivação extrínseca........................................................................................................5
2.3. Motivacao como peça chave nos universitários...................................................................6
2.4. Formas de ajudar os estudantes universitários a manterem motivados...............................6
2.4.1. Aulas práticas....................................................................................................................7
2.4.2. Seminários.........................................................................................................................7
2.4.3. Utilização de TICs............................................................................................................8
2.5. Importancia da motivacao nos estudantes universitarios.....................................................8
Capítulo III................................................................................................................................10
3.1. Conclusão...........................................................................................................................10
4.Bibliografia............................................................................................................................11
3

Capítulo I
1.1. Introdução
O objetivo do presente trabalho é apresentar uma revisão da literatura sobre variáveis que
influenciam a motivação para aprender de estudantes universitários, utilizando o modelo de
Pintrich, que incorpora quatro componentes principais: contexto sociocultural, fatores
relacionados ao ambiente de sala de aula, fatores internos e comportamento motivado.
O trabalho está estruturado em três capítulos, onde no primeiro capítulo estarão definido os
objetivos e a metodologia, no segundo capítulo abordaremos a fundamentação teórica, na qual
descreveremos cada conceito, e por fim o último capítulo, que contém as conclusões deste
trabalho e a respetiva bibliográfia consultada ao longo da realização do trabalho..
1.2. Objectivos
Com a finalidade de delimitar-se o campo de estudo, foram traçados objectivos para nortear a
elaboração deste trabalho.
Segundo Reis (2014), o objectivo geral busca responder à pesquisa como um todo, e os
objectivos específicos respondem partes da pesquisa que, juntos, irão responder ao tema
apresentado no estudo.
1.2.1. Objetivo geral
 Compreender como podemos ajudar os estudantes dos outros cursos da universitarios
a estarem motivados paras suas aulas.
1.2.2. Objetivos específicos
 De finir o conceito da motivação ;
 Especificar as ideias básicas entorno do tema .
4

1.3. Metodologia
A metodologia visa indicar os caminhos utilizados para abordagem de certa tarefa ou recolha
de uma dada informaçao.
Para a realização da pesquisa atendemos o procedimento metodológico segundo Menezes &
Silva (2001) que a configurou como uma Pesquisa Aplicada pelo fato desta ter a finalidade de
gerar novos conhecimentos para aplicação prática e com a possibilidade de solucionar
problemas específicos no ensino da matemática. Para este efeito usou-se consultas
bibliográficas conforme a lista bibliográfica indicada na última página do trabalho.

1.4. Importância do tema


De salientar que o tema por nos desenvolvido tem uma ampla importância, pois é a partir do
mesmo, que se desenvolve coerentemente o domínio intelectual do ponto de vista no que
tange aos conteúdos referentes a noção básica como podemos ajudar os estudantes dos outros
cursos da universitarios a estarem motivados paras suas aulas
5

Capítulo II
2.1. Revisão literária
A motivação é encarada como uma espécie de força interna que emerge, regula e sustenta
todas as nossas ações mais importantes. Con-tudo, é evidente que motivação é uma
experiência interna que não pode ser estudada diretamente”.(Vernon, 1973, p.11).

2.2. Tipos de motivação


2.2.1. Motivação intrínseca
A motivação intrínseca para o saber ocorre quando um indivíduo desempenha uma tarefa pela
satisfação e prazer. A motivação para a realização é quando alguém realiza determinada
atividade pela satisfação e prazer experienciado durante a própria realização dessa atividade.
A motivação intrínseca para experiências estimulantes ocorre quando alguém desempenha
uma atividade com o objetivo de obter uma sensação estimulante (Lavery 1999; Vallerand et
al. 1992).

2.2.2. Motivação extrínseca


A motivação extrínseca acontece quando as recompensas são tangíveis (ordenado, promoções,
boa nota numa frequência), sendo que o objetivo é atingir fins (Lavery, 1999; Oliveira, Dias,
Martins e Valim s.d.; Vallerand et al. 1992). Por outro lado, existem igualmente três tipos de
motivação extrínseca: a regulação externa, a introspeção e a identificação. A regulação
externa surge quando um determinado comportamento é regulado por fatores externos. Por
sua vez, a introspeção consiste na interiorização das razões que levam à realização de um
determinado comportamento, sendo que esta interiorização é influenciada por experiências
anteriores. Por fim, a identificação corresponde à importância que o indivíduo atribui a
determinado comportamento, sendo que a interiorização dos motivos extrínsecos é regulada
pela identificação (Lavery 1999; Vallerand et al. 1992). De acordo com Brophy (1999), é
necessária uma distinção entre a motivação para aprender e motivação para o desempenho
(performance): a primeira envolve o processamento da informação e a compreensão de algo,
fase de aquisição de conhecimentos, enquanto a segunda corresponde à demonstração desses
conhecimentos adquiridos. A motivação é, por isso, fundamental para a eficácia do processo
de ensino e de aprendizagem, uma vez que são os comportamentos motivados que levam os
alunos a se interessarem pelas atividades académicas, facultando uma aquisição de novos
conhecimentos (Guimarães 2004). Em qualquer caso, o autoconceito e a autoestima
6

relacionam-se significativamente com o sucesso académico, sendo duas variáveis


motivacionais muito importantes para uma boa adaptação ao ensino superior (Azevedo e
Faria, 2006). As teorias da motivação, para além de caracterizarem o indivíduo como único,
procuram estudar o fenómeno motivacional na sua ori gem, evolução e direção. Estas teorias
foram classificadas em teorias de satisfação e de progresso (Grade, 2003).

2.3. Motivacao como peça chave nos universitários


Autores como Fialho (2007, p. 16), afirmam que “a falta de motivação é a principal causa do
desinteresse dos alunos”, o que leva a um baixo desempenho de estudantes ao longo da sua
Graduação, constituindo esta um fator determinante da qualidade do ensino e da
aprendizagem. Considerando a falta de motivação um fator agravante na qualidade da
aprendizagem, ao longo de vários estudos, tentou-se traçar alguns dos principais fatores que
contribuem com a falta de motivação em alunos no Ensino Superior como, por exemplo: 1) A
falta de interesse pelo aprendizado do curso, objetivando apenas a obtenção de um diploma;
2) O descobrimento tardio de que o curso escolhido não é a profissão que o indivíduo quer
seguir futuramente; 3) O estudo é realizado apenas por fatores extrínsecos: provas e trabalhos
e o almejo apenas da nota; E, um dos fatores mais comuns e que ocorre principalmente com
graduandos de cursos noturnos: 4) O fato de o aluno trabalhar e não ter tempo de dedicar-se
totalmente aos estudos. “A motivação no contexto escolar tem sido avaliada como um
determinante crítico do nível e da qualidade da aprendizagem e do desempenho escolar”
(GUIMARÃES; BORUCHOVITCH, 2004, p. 143). Pela motivação o professor pode
influenciar a maneira como o aluno utiliza suas potencialidades, além de afetar positivamente
a forma como esse aluno pensa e se desenvolve. Então, é necessário que esse professor
consiga estabelecer estratégias de ensino para acadêmicos de Ensino Superior que atendam à
demanda necessária para o seu aprendizado.

2.4. Formas de ajudar os estudantes universitários a manterem motivados


De acordo com Davis (Tools For Teaching de Barbara Gross Davis, Jossey-Bass Publishers:
San Francisco, 1993), os estudantes devem ser encorajados para tornarem-se independentes e
para sentirem-se motivados por si próprios. Como professores, podemos ajudar nesse
processo: fornecendo feedback positivo, oportuno e frequente que apoie as crenças dos alunos
de que eles podem fazer tudo certo. Também podemos garantir oportunidades para o sucesso
dos estudantes atribuindo tarefas que não são nem muito fáceis nem muito difíceis. Procure
7

estabelecer expectativas altas, mas não irrealistas nas avaliações e interações. Evite o trabalho
intenso tanto quanto seja possível. Eles já tiveram suficiente disso na secundária. Evitar o
trabalho excessivo e manter os estudantes focados é chave para manter seus estudantes
motivados.

2.4.1. Aulas práticas


As aulas práticas são excelentes condutoras da aprendizagem. Pela prática o professor
consegue aproximar o conteúdo da vivência do aluno e fazer com que este visualize aquilo
que está sendo estudado. Além disso, com as práticas os alunos deparam-se com resultados
imprevistos e são desafiados a questioná-los, o que instiga sua imaginação e raciocínio.

As possibilidades de aprendizagem proporcionadas pelas atividades práticas dependem de


como estas são propostas e desenvolvidas com os alunos. Atividades práticas que investiguem
e questionem as idéias prévias dos educandos sobre determinados conceitos científicos podem
favorecer a mudança conceitual, contribuindo para a construção de conceitos, embora este
processo de mudança nem sempre ocorra no sujeito e existam diferentes acepções sobre a
gênese e desenvolvimento conceitual (ANDRADE; MASSABNI, 2011, p. 841).

Embora aulas práticas sejam consideradas uma boa estratégia para a efetivação da
aprendizagem, elas necessitam estar diretamente relacionadas com os conteúdos que estão
sendo trabalhados, para que assim possam auxiliar num melhor entendimento da parte teórica
e tenham um resultado eficaz no conhecimento.

2.4.2. Seminários
Os seminários podem ser desenvolvidos individualmente ou em grupos e constituem uma
estratégia de ensino e aprendizagem que possibilita uma boa aquisição de conhecimento.

A estratégia de apresentação por seminários pode ser utilizada para diferentes propósitos, entre
eles a identificação de problemas; a análise de diferentes aspectos; a apresentação de
informações relevantes; a recomendação de pesquisas essenciais para resolução de problemas;
o acompanhamento do avanço das pesquisas; a apresentação de resultados aos membros do
grupo; os comentários, críticas e sugestões dos colegas e do professor (UNIVERSIDADE...,
2013).

Por intermédio das pesquisas para a elaboração do seminário os alunos estimulam sua
autonomia e se deparam com diversas informações que necessitam sintetizar e organizar.
8

Desta forma, é possível que aprendam mais realizando a busca pelas informações e expondo-
as posteriormente para os demais colegas e para o professor.

2.4.3. Utilização de TICs


Consideramos a utilização das TICs como uma das mais importantes estratégias de ensino.
Quando o aluno visualiza e interage com o que está estudando, torna-se mais fácil o
entendimento daquilo com o que se está interagindo. O uso das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) vem ocupando cada vez mais espaço entre as metodologias utilizadas
em sala de aula. O uso dessas ferramentas torna as aulas mais atrativas, apoiando professores
e alunos na construção do conhecimento.
As TICs apresentam-se sob diversas formas: Internet, softwares, jogos electrónicos, blogs,
recursos audiovisuais (RAVs), entre tantos outros. Com toda a tecnologia disponibilizada na
actualidade é necessário que o docente a leve para dentro da sala de aula. Esses recursos
diferenciados propiciam o acesso a diferentes informações que contribuem para o aprendizado
dos educandos. Quando o aluno se sente motivado e atraído pela aula que o professor está
ministrando, a aprendizagem acontecerá quase que instantaneamente e será incorporada ao
indivíduo, por isso há a necessidade de o docente variar as suas metodologias

2.5. Importancia da motivacao nos estudantes universitarios


A motivação exerce um papel fundamental na aprendizagem e no desempenho em sala de
aula. A motivação pode afetar tanto a nova aprendizagem quanto o desempenho de
habilidades, estratégias e comportamentos previamente aprendidos. A motivação pode
influenciar o que, quando e como aprendemos em todas as fases do desenvolvimento humano.
Os professores se deparam constantemente com grandes desafios na educação. A criança e o
jovem atualmente vivem em um mundo tecnológico repleto de atrações interessantes, quando
se deparam com a escola, que muitas vezes não oferece os mesmos atrativos gerando
desinteresse e falta de motivação dos alunos. (KNUPPE, 2006). A motivação do aluno para os
estudos é considerada um fator muito importante para o êxito escolar. Podemos definir
motivação como uma força interior que estimula, dirige, mobiliza a pessoa para uma ação
com entusiasmo. A motivação para a aprendizagem tornou-se uma chave para a educação, a
sua ausência representa queda de qualidade na aprendizagem. Alunos motivados a aprender
estão aptos a se engajar em atividades que acreditam que os ajudarão a aprender, como
acompanhar cuidadosamente a instrução, organizar mentalmente e ensaiar o material a ser
9

material a ser aprendido. Um dos objetivos de ensino para os professores é inspirar os alunos
e incentivar e estimulá-los a engajar-se no processo de aprendizagem de tal forma que eles
comecem a gerar sua própria motivação.
A motivação tem uma relação recíproca com a aprendizagem e o desempenho; isto é, a
motivação influencia a aprendizagem e o desempenho, e o que os alunos fazem e aprendem
influencia sua motivação. Quando os alunos atingem as metas de aprendizado, a realização
das metas transmite a eles que possuem as capacidades necessárias para o aprendizado. Essas
crenças os motivam a estabelecer novos objetivos desafiadores. Os alunos que são motivados
a aprender frequentemente descobrem que, quando o fazem, estão intrinsecamente motivados
a continuar seu aprendizado.
No aspecto motivacional, o papel dos professores é fundamental, pois a criação de uma
atitude positiva incentiva a aprendizagem. O professor motivador é um facilitador da
aprendizagem, ao traçar estratégias de ensino facilita o desenvolvimento de seus alunos,
proporcionando um ambiente de respeito e estimulando as habilidades e peculiaridades de
cada um.
10

Capítulo III
3.1. Conclusão
Neste trabalho abordámos o o tema como motivar os estudantes universitários, e chegou-se a
conclusão que a motivação tem uma relação recíproca com a aprendizagem e o desempenho;
isto é, a motivação influencia a aprendizagem e o desempenho, e o que os alunos fazem e
aprendem influencia sua motivação. Quando os alunos atingem as metas de aprendizado, a
realização das metas transmite a eles que possuem as capacidades necessárias para o
aprendizado. Essas crenças os motivam a estabelecer novos objetivos desafiadores. Os alunos
que são motivados a aprender frequentemente descobrem que, quando o fazem, estão
intrinsecamente motivados a continuar seu aprendizado. E ainda, afere-se que para evitar o
trabalho excessivo, deve-se manter os estudantes focados e motivados, sendo uma outra
abordagem para isso, é ajudar os alunos a estabelecer metas alcançáveis durante o curso.
11

4.Bibliografia
ANDRADE, M. L. F.; MASSABNI, V. G. O desenvolvimento de atividades práticas na
escola: um desafio para os professores de ciências. Ciência e Educação, Bauru, v. 17, n. 4, p.
835-854, 2011.
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA. Estratégias pedagógicas. Lisboa: Cadernos da
Nova; Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino; Núcleo de Inovação Pedagógica e de
Desenvolvimento Profissional dos Docentes, 2013.
Vernon, M. D. (1973). Motivação humana. Tradução de L. C. Lucchetti. Petrópolis: Vozes.
(trabalho original publicado em 1969

Você também pode gostar