A eletroforese de hemoglobina é uma técnica utilizada para separar os diferentes tipos

de hemoglobina presentes em uma amostra de sangue. Essa técnica é importante para o

diagnóstico de distúrbios relacionados à hemoglobina, como as hemoglobinopatias.
Aqui estão seis passos básicos para realizar a eletroforese de hemoglobina:

1. Preparação da amostra: Coleta-se uma amostra de sangue do paciente e

adiciona-se um anticoagulante para evitar a coagulação. Em seguida, a amostra é
centrifugada para separar os componentes do sangue, sendo o plasma e as
células vermelhas do sangue separados.
2. Preparação do gel de agarose: O gel de agarose é usado como matriz para
separar as diferentes formas de hemoglobina. Prepara-se uma solução de
agarose, que é aquecida até dissolver completamente. Em seguida, o gel de
agarose é derramado em uma placa de eletroforese e deixado solidificar.
3. Preparação dos controles: São preparadas amostras de controle contendo
diferentes tipos de hemoglobina para serem usadas como referência durante a
eletroforese. Esses controles incluem a hemoglobina A, a hemoglobina F, a
hemoglobina S e outros tipos de hemoglobina que podem ser relevantes para o
diagnóstico.
4. Carregamento das amostras: As amostras de sangue do paciente e os controles
são diluídos em um tampão eletroforético adequado. Em seguida, pequenas
quantidades dessas amostras são aplicadas em poços na placa de eletroforese, ao
lado dos controles. Os poços são pequenas depressões no gel onde as amostras
são inseridas.
5. Eletroforese: A placa de eletroforese é colocada em uma cuba com tampão
eletroforético. Eletrodos são inseridos na cuba, sendo um eletrodo negativo
(cátodo) e outro eletrodo positivo (ânodo). A eletricidade é aplicada, criando um
campo elétrico que faz com que as moléculas de hemoglobina migrem através
do gel de agarose. As diferentes formas de hemoglobina se separam de acordo
com suas cargas elétricas e tamanhos moleculares.
6. Visualização dos resultados: Após a eletroforese, a placa de gel é retirada da
cuba e corada com um reagente específico para hemoglobina, geralmente um
corante. As diferentes formas de hemoglobina aparecem como bandas separadas
no gel. A posição e a intensidade das bandas ajudam a identificar os diferentes
tipos de hemoglobina presentes na amostra do paciente, comparando-se com os
controles.

Esses são os passos gerais envolvidos na realização da eletroforese de hemoglobina. É

importante ressaltar que os protocolos e os reagentes específicos podem variar
dependendo do laboratório e do equipamento utilizado. É sempre recomendado seguir
as instruções do fabricante e as diretrizes de boas práticas laboratoriais.
A hidroxiureia é um medicamento frequentemente utilizado no tratamento da anemia
falciforme devido aos seguintes benefícios:

1. Aumento dos níveis de hemoglobina fetal: A hidroxiureia estimula a produção

de hemoglobina fetal, que possui uma estrutura diferente da hemoglobina S
presente na anemia falciforme. A presença de hemoglobina fetal reduz a
formação de hemoglobina S defeituosa, diminuindo a ocorrência de crises
falcêmicas.
2. Melhora da deformabilidade das hemácias: A hidroxiureia ajuda a tornar as
hemácias menos rígidas e mais flexíveis. Isso é importante porque as hemácias
falciformes são mais propensas a se deformarem e a obstruírem os vasos
sanguíneos, causando dor e danos aos órgãos. A maior deformabilidade das
hemácias ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo e reduzir complicações.
3. Redução da inflamação e do estresse oxidativo: A hidroxiureia tem propriedades
anti-inflamatórias e antioxidantes. Ela reduz a produção de moléculas
inflamatórias e o estresse oxidativo, que contribuem para os danos causados
pelas hemácias falciformes. Ao reduzir a inflamação e o estresse oxidativo, a
hidroxiureia ajuda a prevenir complicações vasculares e reduzir a frequência das
crises de dor.
4. Prevenção de complicações: O uso prolongado de hidroxiureia tem sido
associado a uma redução nas complicações graves da anemia falciforme, como
síndrome torácica aguda, acidente vascular cerebral e necessidade de transfusões
sanguíneas. Além disso, o medicamento também pode ajudar a preservar a
função renal em pacientes com anemia falciforme.

É importante ressaltar que o uso da hidroxiureia para o tratamento da anemia falciforme

deve ser feito sob supervisão médica, pois cada caso é único e os benefícios e riscos
devem ser cuidadosamente avaliados.