Você está na página 1de 13

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

As Virtudes Na Construção Da Personalide Humana E

A Humildade Nas Relações Interpessoais, Sociais E Laborais

Nome do estudante: Nelson Roma Manjate

Código de Estudante: 708202820

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática

Ano de frequência: 3º ano

Universidade Católica

Maputo

2023
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

As Virtudes Na Construção Da Personalide Humana E


A Humildade Nas Relações Interpessoais, Sociais E Laborais"

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática

Trabalho da cadeira de Etica Social, a ser


entregue no departamento de ciências Naturais
e Exactas para efeitos avaliativos.

Docente: Pe. Gonçalves Domingos Melo Nova.

Universidade Católica

Maputo

2023
Folha de feedback

Classificação

Nota
Pontuação do Subtota
Categoria s Indicadores Padrões
máxima tuto l

r
0.5
 Capa
0.5
Aspectos  Índice
Estrutura organizacionais 0.5
 Introdução
0.5
 Actividades

Actividades2 17.01

Conteúdo

 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento

entre linhas
1
A cotação pode ser distribuída de acordo com o peso da actividade

2. O número das actividades pode variar em função ao docente


Índice pág.

1.Introdução..................................................................................................................................4

2.DESENVOLVIMENTO................................................................................................................5

2.1.Virtude........................................................................................................................................5

2.2. Personalidade.............................................................................................................................6

2.3.Humildade..................................................................................................................................7

3.CONCLUSÃO.............................................................................................................................10

4.BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................11
4

1.Introdução

Virtude é uma disposição estável em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples
potencialidade ou uma aptidão para uma determinada ação boa: trata-se de uma verdadeira
inclinação. Para o Espírito Emmanuel, a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do
Espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo
trabalho no esforço próprio.

Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que possuímos,
recorremos a pesquisa bibliográfica que consistiu nas interpretações sólidas e fundamentadas por
diferentes autores de destaque que debruçaram-se sobre o tema em alusão e também recorremos a
pesquisa documental, para recolher informações em diversos relatórios, monografias e teses de
doutoramento.

.No que toca à mancha gráfica, o nosso trabalho obedece a seguinte estrutura: a introdução, onde
de forma objectiva apresentaremos o que pretendemos investigar, a parte de apresentação
responsável confrontação de teorias e resumo da matéria em estudo, a conclusão, onde de forma
mais sintética traremos as ideias inessenciais da nossa investigação e referências bibliográficas,
para alistamento das obras usadas na produção do trabalho.
5

2.DESENVOLVIMENTO

2.1.Virtude

No sentido comum, entende-se por virtude a disposicao reflectida e voluntaria que tem em vista
praticar o bem e evitar o mal.

A virtude pode ser entendida como a disposicao ou a aptidão que se adquire na prática da vida e
se torna habitual para um bom comportamento moral. Virtude e, portanto, habilidade ou
capacidade de dominar situações da vida e os problemas que provem da acção; ela não pode ser
aprendida e nem transmitida teoricamente, mas adquirida na prática da vida. No entanto, essa
prática deve-se reflectir na perspectiva da exigência moral. Virtude e, então, uma qualidade
adquirida da razão prática para o hábito comportamental moral.

Nas Virtudes Cardinais (cardeais) do modelo clássico da ética, a prudência figura no primeiro
plano. A justiça ganha primazia em relação a coragem (fortaleza) e a temperança. Mas nem todos
os filósofos estão de acordo quanto as questões ligadas ao tema da virtude. Só para exemplificar,
vejamos as concepções de Platão e Aristóteles sobre a virtude.

Para Platão, a virtude e o conjunto de disposições que contribuem para uma vida boa: a
sabedoria, a coragem, a temperança e a justiça. Platão identifica a virtude com a sabedoria, isto e,
para aquele filósofo, a virtude e o mesmo que sabedoria. Neste sentido, a virtude não e uma
inclinação natural da pessoa ou um hábito adquirido péla repetição dos actos sem intervenção da
inteligência, ou seja, sem reflexão. Platão defende que só há uma virtude, a sabedoria, embora
susceptível a vários derivados. Para ele, são quatro derivados da virtude (sabedoria): a justiça, a
coragem, a temperança (moderação, sobriedade) e a piedade.

Segundo Platão, a virtude, sendo sabedoria, e acessível a todos os que procuram o verdadeiro
conhecimento e atingível pela educação que se aprofunda pela reflexão. E daqui o postulado
segundo o qual aquele que conhece o bem fara o bem; o vício e uma forma de ignorância. A
virtude, para Platão, não se transmite, não se ensina; ela e descoberta pela reflexão.
6

Para Aristóteles a virtude e aquilo que completa de forma excelente a natureza de um ser. Se a
virtude do cavalo e correr bem, a do homem e agir conforme a razão, ou seja segundo o Meio
Justo entre duas atitudes ou comportamentos extremos. Assim, a coragem e o meio justo entre o
medo e a temeridade; a temperança, entre o desregramento e a insensibilidade; a calma
(mansidão) e o justo meio entre a cólera e a apatia; a liberdade, entre a prodigalidade e a avareza;
a magnificência e um justo meio entre a falta de gosto e a mesquinhez; a magnanimidade, entre a
vaidade e a humildade; a afabilidade, entre obsequiosidade e o espírito conflituoso; a reserva e o
justo meio entre a timidez e o descaradamente; a justa indignação e o justo meio entre a inveja e a
maledicência; a justiça, entre a injustiça por defeito e a injustiça por excesso (Marques, 1998: 50-
67). A pratica moral e, neste caso, a permanente tentativa de encontrar o equilíbrio entre duas
atitudes ou comportamentos exagerados por defeito ou por excesso.

Aristóteles defende, contrariamente a Platão, que a virtude pode ser ensinada; no entanto, ela e
mais produto do habito que do ensino.

2.2. Personalidade

A personalidade é aquilo que dá ordem e congruência a todos os comportamentos diferentes


apresentados pelo indivíduo. Alguns teóricos enfatizam a função da personalidade na mediação
do ajustamento do indivíduo. A personalidade consiste nos esforços de ajustamento variados e,
no entanto, típicos, realizados pelo indivíduo. Em outras definições, a personalidade é igualada
aos aspectos únicos ou individuais do comportamento. Nesse caso, o termo designa aquilo que é
distintivo no indivíduo e o diferencia de todas as outras pessoas. Finalmente, alguns teóricos
consideram que a personalidade representa a essência da condição humana. Essas definições
sugerem que a personalidade se refere àquela parte do indivíduo que é mais representativa da
pessoa, não apenas porque a diferencia dos outros, mas principalmente porque é aquilo que a
pessoa realmente é. A sugestão de Allport de que “a personalidade é o que um homem realmente
é” ilustra esse tipo de definição.

A implicação aqui é que a personalidade consiste naquilo que é, na análise final, mais típico e
característico da pessoa.
7

Poderíamos passar muito mais tempo tratando do problema de definir a personalidade, mas o
leitor encontrará muitas definições detalhadas de personalidade nos capítulos seguintes. Além
disso, estamos convencidos de que nenhuma definição substantiva depersonalidade pode ser
generalizada. Com isso, queremos dizer que a maneira pela qual determinadas pessoas definem a
personalidade dependerá inteiramente de sua preferência teórica. Assim, se a teoria enfatiza a
singularidade e as qualidades organizadas e unificadas do comportamento, é natural que a
definição de personalidade inclua a singularidade e a organização como atributos importantes da
personalidade.

Uma vez que o indivíduo tenha criado ou adoptado uma dada teoria da personalidade, a definição
de personalidade será claramente indicada pela teoria. Assim, acreditamos que a personalidade é
definida pelos conceitos empíricos específicos que fazem parte da teoria da personalidade
empregada pelo observador. A personalidade consiste concretamente em uma série de valores ou
termos descritivos que descrevem o indivíduo que está sendo estudado em termos das variáveis
ou de dimensões que ocupam uma posição central dentro de uma teoria específica.

2.3.Humildade

A humildade tem sido, ao longo do tempo, um conceito pouco compreendido e muitas vezes
associado a um significado de fraqueza, subserviência, pobreza ou a uma aparência descuidada e
despojada.

No entanto, se formos à origem etimológica da palavra humildade, vamos descobrir que ela é
derivada no latim, de “humus” que designa terra. A palavra homem, derivada do latim “homo”,
curiosamente também tem a sua origem no termo “humus”.

Assim sendo, a humildade pode ser entendida como um processo psicológico a partir do qual o
indivíduo se relaciona consigo e com os outros de forma realista, mantendo “os pés assentes na
terra” e reconhecendo as suas limitações e fragilidades, na medida em que fazem parte da sua
verdade e da sua natureza.

Esta capacidade de aceitação e de tolerância dos aspectos mais vulneráveis e dolorosos da nossa
personalidade, sem os afastarmos por recurso à repressão, dissociação ou projeção, implica a
existência de algum grau de maturidade psicológica que também nos vai permitir estabelecer
8

relações interpessoais sustentadas sobretudo na compreensão em vez de ser no julgamento e na


crítica.

A tranquilidade que a humildade proporciona ao assegurar o indivíduo da sua identidade, na qual


estão integradas as suas forças e as suas limitações, incrementa definitivamente a qualidade dos
seus relacionamentos.

O indivíduo com humildade consegue aceitar que, em certos momentos da sua vida, necessita de
ser cuidado e é capaz solicitar e de receber esse cuidado por parte do outro sem se sentir
rebaixado e humilhado.

Em contrapartida, as pessoas que durante o seu processo de crescimento vivenciaram situações de


carência e de dependência em que se sentiram humilhadas e desconsideradas, poderão ter mais
dificuldade em aceitar o receber do outro na medida que a sua auto-estima está sustentada na
capacidade de completa auto-suficiência e de independência. E é aqui que humildade e
humilhação se confundem, impedindo o processo de troca, fundamental à vida, através do dar e
receber.

Transformar humilhação em humildade é o caminho que permite resgatar o prazer não só de dar
mas também de receber, enriquecendo as trocas humanas e permitindo o acesso a um sentimento
essencial: a gratidão. Gratidão, não só por estas trocas relacionais que nos permitem sair de uma
posição de “orgulhosamente sós” para uma vivência de colaboração, solidariedade e afetos mas
também por tudo aquilo que a vida nos pode proporcionar em termos de prazer e de
aprendizagem.

Na humildade está inerente a consciência da limitação do nosso saber e a disponibilidade


permanente para aprender, com todas as pessoas, independentemente do seu grau de instrução,
idade, profissão ou extrato social, respeitando diferentes pontos de vista.

Na humildade existe a consciência da finitude e de como tudo é efémero e transitório, pelo que as
conquistas e os sucessos não passam de situações momentâneas e as condições de superioridade
9

(instrução, conhecimento, extrato social) não devem ser usadas com arrogância para rebaixar o
outro ou para gerar uma atitude de autoengrandecimento.

Pessoas que se classificam pretensiosamente humildes através de manifestações


anti-beleza/sucesso/dinheiro não são genuinamente humildes porque aquilo que verdadeiramente
as move e sustenta é uma necessidade de enaltecimento ou um desejo de superioridade. Quem
quer mostrar que é humilde não é realmente humilde.

Quando é genuína, a humildade pode estar presente em qualquer contexto ou condição de vida,
não é exclusiva de nenhum extrato sócio-económico e acima de tudo é uma expressão de
maturidade psicológica e saúde mental.
10

3.CONCLUSÃO

A virtude e o conjunto de disposições que contribuem para uma vida boa: a sabedoria, a coragem,
a temperança e a justiça. Platão identifica a virtude com a sabedoria, isto e, para aquele filósofo, a
virtude e o mesmo que sabedoria. Neste sentido, a virtude não e uma inclinação natural da pessoa
ou um hábito adquirido pela repetição dos actos sem intervenção da inteligência, ou seja, sem
reflexão.

A personalidade representa a essência da condição humana. Essas definições sugerem que a


personalidade se refere àquela parte do indivíduo que é mais representativa da pessoa, não apenas
porque a diferencia dos outros, mas principalmente porque é aquilo que a pessoa realmente é. A
sugestão de Allport de que “a personalidade é o que um homem realmente é” ilustra esse tipo de
definição.

A humildade tem sido, ao longo do tempo, um conceito pouco compreendido e muitas vezes
associado a um significado de fraqueza, subserviência, pobreza ou a uma aparência descuidada e
despojada.

No entanto, se formos à origem etimológica da palavra humildade, vamos descobrir que ela é
derivada no latim, de “humus” que designa terra. A palavra homem, derivada do latim “homo”,
curiosamente também tem a sua origem no termo “humus”.
11

4.BIBLIOGRAFIA

 ARCHER, Luis (coord.). Bioética. Sao Paulo, Editorial Verbo, 1996.


 ARISTOTELES. Ética a Nicômaco. 2a ed.. Lisboa, Quetzal Editores, 2006.
 BORGES, Maria de Lurdes e outros. Ética. Rio de Janeiro, DP & A, Editora Ltda, 2003.
 CONSELHO DE MINISTROS. Estratégia Anti-corrupção em Moçambique. Maputo,
Governo de Mocambique, 2006.
 CORTINA, A. e MARTINEZ, E.. Ética. Sao Paulo, Edicoes Loyola, 2005.
 DALBOSCO, Claudio Almir. Pedagogia Filosófica: cercanias de um diálogo. 1a ed.. Sao
Paulo, Paulinas, 2007.

Você também pode gostar