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S Í N D R O MAGUDA

E AÓRTICA Helena Rodrigues - ATM 25/2

DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICO
- Condições médicas com mecanismo fisiopatológico semelhante - Conduta na emergência: primeiro pedir rx de tórax e ECG
- Mecanismo: ruptura e descontinuidade das camadas íntima e/ou média da aorta - ECG: pode ser normal, com alterações inespecíficas na onda T e seg ST ou hipertrofia
*enfraquecimento da média após desintegração da íntima ventricular esquerda (relacionada a HAS de longo prazo); exclusão de IAM
- Entidades clínicas: dissecção aórtica, hematoma intramural e úlcera penetrada exames de imagem
fisiopatologia - Rx de tórax: pode apresentar alargamento de mediastino, hemotórax, desvio do contorno da
- Condições genéticas + adquiridas = desintegração da íntima aorta
- Fraqueza da parede: da camada íntima (processo inflamatório, aterosclerose) ou da camada - Eco transesofágica: muito utilizado em emergências; realização de diagnósticos rápidos à
média (necrose cística hereditária) beira do leito sem o uso de contraste de rádio de comorbidades letais como tamponamento
- Alta força de cisalhamento do sangue ejetado: relacionado à HAS cardíaco, derrame pericárdico, regurgitação aórtica
fatores de risco *sensibilidade baixa para o tipo B
- Associados ao estresse e anormalidades na parede aórtica - Angiotomografia e TC de tórax: fornece imagens excelentes para o planejamento
- Estresse: condições associadas ao aumento do estresse vascular terapêutico; melhor opção para avaliar pacientes com suspeita da SAA e comorbidades
*HAS: leva a espessamento intimal relacionadas (derrame pericárdico e/ou pleural) e em suspeita de lesão traumática de aorta
*outros: uso de cocaína, feocromocitoma, levantamento de peso ou outra manobra de Valsalva, torácica
trauma, coarctação da aorta, dislipidemia, tabagismo - Aortografia: exame invasivo, demorado e de alto custo, mas altamente sensível e específico;
- Anormalidades: doenças genéticas e adquiridas que gerem alterações na camada média pode localizar o ponto de entrada, avaliar a competência da valva aórtica e o diagnosticar a
*genéticas: síndrome de Marfan, síndrome de Ehlers-Danlos, válvula aorta bicúspide, síndrome de dupla luz
Turner, síndrome de Loeys-Diez, HF de aneurisma de aorta exames laboratoriais
*outras: aterosclerose, gravidez, doença renal policística, uso crônico de corticoide, infecção - Hemograma: detectar perda de sangue, hemorragia, anemia
envolvendo a parede aórtica - Leucograma: sinais de infecção ou inflamação
- Marcadores bioquímicos: d-dímeros, cadeias pesadas de miosina, fragmentos solúveis de
CLASSIFICAÇÃO DE SVENSSON elastina
Svensson
- Classifica quanto ao tipo de ruptura TRATAMENTO
- Classe I: dissecção clássica com lúmen falso ou verdadeira - Internar pct imediatamente após diagnóstico
- Classe II: hemorragia ou hematoma intramural - Avaliar: perda sanguínea e perfusão de órgãos internos, medula, membros inferiores,...
- Classe III: dissecção sutil sem hematoma - Realização de exames de imagem: para confirmar diagnóstico e auxiliar no planejamento
- Classe IV: úlcera aórtica aterosclerótica penetrante terapêutico
- Classe V: dissecção iatrogênica ou traumática tto clínico
- Indicação: dissecção tipo B não complicada
DISSECÇÃO AÓRTICA AGUDA - Controle da dor: morfina
- Controle de PA e FC: BB, BCC ou nitruprussiato
- Intubação e ventilação mecânica: para pacientes hemodinamicamente instáveis
DEFINIÇÃO
tto cirúrgico
- Forma mais grave e mais comum (80%) de SAA
- Indicação: dissecção do tipo A e dissecção do tipo B complicada
- Súbita ruptura da camada média da artéria, dissecando a camada média da íntima, produzindo
- Cirurgia aberta: dissecção tipo A (emergência cirúrgica), com colocação de endoprótese e uso
lúmen falso e alterando os vetores sanguíneos
de circulação extracorpórea
*desenvolvimento de um flap intimal que separa o lúmen falso do verdadeiro
- Cirurgia endovascular: dissecção tipo B complicada (maior risco de formação de aneurisma e
- Melhor prognóstico: trombose do falso lúmen
rompimento do vaso)
- Pior prognóstico: evidência de comunicação persistente e/ou manutenção do falso lúmen
*pcts com síndrome de Marfan ou síndrome de Ehlers-Danlos, extensão retrógrada para a aorta
- Mortalidade: 60% na 1ª semana s/ tto
ascendente, rápida expansão da dissecção (>1cm/ano), diâmetro crítico do vaso (>5,5cm), dor
refratária, síndrome da má perfusão, dissecções por trauma
CLASSIFICAÇÃO
deBakey
- Caracteriza as dissecções com base no local da origem da ruptura e na extensão da dissecção HEMATOMA INTRAMURAL
- Categoria I: na aorta ascendente que se estende até pelo menos o arco aórtico e comumente
à aorta ascendente, 70% DEFINIÇÃO
- Categoria II: se restringe à aorta ascendente, 5% - 15% dos casos de SAA
- Categoria III: se inicia na aorta descendente e se propaga - Hemorragia dentro da parede aórtica na ausência de um retalho da íntima ou lúmen falso
para porção distal, 20% - Ruptura espontânea da vasa vasorum que produz um coágulo na parede do vaso, protraindo
*categoria IIIa: sem invadir o diafragma a íntima
*categoria IIIb: invade e pode ultrapassar o diafragma - FR: idade avançada, aterosclerose, HAS de longa data
stanford - Localização: maior incidência na aorta descendente (60-70%)
- Caracteriza as dissecções de acordo com o acometimento quadro clínico
da aorta ascendente - Sintomas: semelhantes aos da DAA, mas com menos risco de complicações
- Tipo A: envolvimento da aorta ascendente - Evolução: dissecção aórtica (28- 47%), ruptura aórtica (20-45%), regressão (10%)
- Tipo B: sem envolvimento da parte ascendente da aorta - Diagnóstico: RM é o exame de escolha por ser capaz de detectar sangramento agudo ou
crônico
QUADRO CLÍNICO
tratamento
- Apresentação mais comum: homem, 70 anos, com história de HAS, apresentando forte dor - Observação: pct hemodinamicamente estável, diâmetro aórtico ≤ 5cm, hematoma ≤1cm, sem
torácica de início súbito complicações
dor torácica - Intervenção cirúrgica: dor, úlcera, progressão para dissecção, hematoma crescente, diâmetro
- Sintoma mais marcante aórtico crescente, complicação pulmonar/cardíaca
- Características: início súbito, alta intensidade e do tipo lacerante ou cortante
- Irradiação: região anterior do tórax e pescoço (tipo a) região toracolombar (tipo B)
tipo A ÚLCERA AÓRTICA PENETRANTE
- Clínica: dor torácica anterior (85%) e/ou posterior (46%), dor abdominal (22%), síncope (13%),
choque (6%), isquemia visceral/de membros, morte súbita DEFINIÇÃO
- Tamponamento cardíaco: <20%, cursa com hipotensão severa - 5% dos casos de SAA
- AVE: pode ocorrer por interrupção do suprimento sanguíneo aos troncos supra-aórticos - Ulceração de uma placa aterosclerótica aórtica que penetra a lâmina elástica interna na média
tipo B - Úlcera aterosclerótica: normalmente assintomática, benigna; pode evoluir para úlcera
- Clínica: dor torácica posterior (64%), dor abdominal (43%) acidentes cérebro-vasculares e penetrante
síncopes são mais raros - Úlcera aórtica penetrante: risco semelhante à DAA ou HIM; pode evoluir para ruptura
- Hipertensão renovascular severa: se dissecção se entende ao nível das artérias renais aórtica ou aneurisma sacular/fusiforme
- Dissecção não complicada: 10% de mortalidade em 30 dias - Localização: mais frequente na parte inferior e média da aorta descendente
- Isquemia visceral, renal e/ou membros: 30% de mortalidade e necessita correção urgente quadro clínico
exame físico - Sintomas: semelhantes aos da DAA
- HAS - Evolução: hematoma medial, dissecção clássica e/ou falso-aneurisma adventício e ruptura
- Hipotensão: choque hemorrágico por dissecção de tamanho expressivo ou ruptura transmural (40%)
- Déficit/diferença de pulsos em MMSS - Diagnóstico: angio-TC é o exame com maior sensibilidade; ideal fazer eco transesofágica +
- Sopro sistodiastólico: dissecção dos folhetos valvares aórticos angio
- Sinais neurológicos: déficit neurológico, síncope, paraplegia - Tratamento: para os pacientes que progridem para dissecção clássica ou que apresentam
- Turgência jugular: compressão do mediastino, mais comum no tipo B ruptura contida durante os primeiros dias de evolução
- Dispneia: derrame pleural ou hemotórax
- Macicez nos flancos: hemoperitônio/ascite em casos mais graves do tipo B

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