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Os principais transtornos mentais em idosos

Elodie BERTRAND
Psicóloga (CRP 05/ 4712)
Mestre em Neuropsicologia cognitiva e clínica (Université de Strasbourg - França)
Doutora em Psicologia clínica e neurociência (PUC-Rio)
Pós-doutoranda e Professora Substituta (PUC-Rio) elodie.bertrand1@gmail.com
Depressão na velhice

• Quadros depressivos muito comuns na população geriátrica


à 5% de depressão e até 38% de sintomas depressivos clinicamente
significativos
• Associado a um sofrimento e um deterioração da qualidade de vida
• Fatores de risco
– Isolamento social, menor rede de suporte social, mudança de
função social e familiar, eventos vitais, maior incidência de
doenças clínicas...
– Menor associação com histórico familiar em relação a adultos
jovens
• Pode acarretar declínio cognitivo à pseudo-demência
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Depressão na velhice

• Características clínicas
– Mais heterogênea do que em indivíduos jovens
– Mais sintomas somáticos (dor crônica, alteração de sono e
de apetite) em relação aos sintomas psíquicos (tristeza e
anedonia)
– Todavia, mesmo critérios diagnósticos (DSM-5 e CID-10) para
todas as faixas etárias
à Diagnostico difícil

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Depressão na velhice

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Depressão na velhice

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Depressão na velhice

• Avaliação
– Multidisciplinar
àExames laboratoriais para identificar comorbidades e quadros
que podem causar depressão (ex: hipotireoisidmo)
àEletrocardiograma para avaliar os possíveis risco dos
antidepressivos
àAvaliação neuropsicológica para diagnostico diferencial e linha
de base
àExames de neuroimagem para identificar comorbidades
neurológicas

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Depressão na velhice

• Tratamentos
– Farmacológico (antidepressivos tricíclicos, inibidores de
monoamina-oxidase, inibidores de recaptura da serotonina,
inibidores de recaptação da serotonina e noradrenalina...)
– Psicoterápico
àAs técnicas mais comumente utilizadas são: psicoterapia
interpessoal, terapia cognitivo-comportamental e terapia
psicodinâmica.
àTem eficácia similar a terapia farmacológica, especialmente na
fase aguda e com quadros leves.
àImportância na fase de manutenção
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O envelhecimento cerebral patológico
As doenças neurodegenerativas

•Demência à grupo de sintomas caracterizado por um declínio


progressivo das funções intelectuais, severo o bastante para interferir
com as atividades sociais e do cotidiano.

• Doença de Alzheimer (DA)

• Demência vascular, frontotemporal, com corpos de Lewy, na


Doença de Parkinson...
Doença de Alzheimer (DA)
• 1906 à primeira descrição da doença pelo médico alemão
Alois Alzheimer

• Forma mais comum de demência


– 70% dos casos de demência

– No Brasil, 1 milhão e 200 mil pessoas sofrem da DA

• Doença neurodegenerativa à destruição progressiva e


irreversível de células nervosas em certas regiões do cérebro.

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Doença de Alzheimer
• Inicialmente marcada por déficit de memória
episódica à amnesia anterógrada

• Tipos de amnesia
– Anterógrada à Perda da memória para os fatos ocorridos após
a lesão do SN.
– Retrógrada à Perda da memória para os fatos ocorridos antes
da lesão do SN.
Doença de Alzheimer
• Critérios diagnósticos da DA (DSM-IV-TR)

– Déficits cognitivos múltiplos à memória e uma (ou mais) outra


função cognitiva (afasia; apraxia; agnosia; disfunção executiva)

– Alteração das capacidades ocupacionais e sociais

– Início gradual e declínio cognitivo contínuo

– Déficits não devidos a: outras condições do sistema nervoso


central; condição sistêmica podendo gerir um quadro
demencial; condição induzida por substâncias

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Doença de Alzheimer
• 2 processos fisiopatológicos
paralelos

– Placas amiloides (ou senis)

à acumulação da proteína beta-


amilóide (Aβ)

– Novelos (ou emaranhados)


neurofibrilares

à a proteína Tau sofre uma


mutação (hiperfosforilação) e não
pode mais cumprir a sua função de
estabilizar os microtúbulos dos
axônios que se desintegram. 12
Doença de Alzheimer
• Não existe uma causa específica à doença
multifatorial

• Diversos fatores de risco:

– Genéticos à alguns genes já identificados:


apolipoproteína E, gene da proteína TAU
(MAPT)...

– Ambientais e hábitos de vida à baixa


escolaridade, dieta não balanceada, não
realização de exercícios físicos, hipertensão,
colesterol alto, diabetes, depressão...
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Doença de Alzheimer

Jack et al., 2010 14


Diagnostico da DA
• Feito por exclusão, a DA só pode ser diagnosticada com certeza
através do exame microscópico do tecido cerebral por biópsia ou
necropsia.

• Entrevista

• Exame neurológico

• Testes laboratoriais (para rastrear doenças sistêmicas) à sangue,


urina, líquido cefalorraquidiano

• Exames de imagens à tomografia computadorizada, ressonância nuclear


magnética, SPECT e PET

• Avaliação neuropsicológica 15
Diagnostico da DA
• Feito por exclusão, a DA só pode ser diagnosticada com certeza
através do exame microscópico do tecido cerebral por biópsia ou
necropsia.

• Entrevista

• Exame neurológico

• Testes laboratoriais (para rastrear doenças sistêmicas) à sangue,


urina, líquido cefalorraquidiano

• Exames de imagens à tomografia computadorizada, ressonância nuclear


magnética, SPECT e PET

• Avaliação neuropsicológica 16
Avaliação na DA
• Porque avaliar os sintomas depressivos em idosos?
• Fator de risco para demência

• Alta prevalência na DA à Sintomas depressivos são observados em


até 40-50% dos pacientes

• Pode causar déficits

cognitivos parecidos com a DA

à“pseudodemência”

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Os principais transtornos
mentais em idosos

QUESTÕES?

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