Você está na página 1de 15

CASO CLÍNICO

Cirrose hepática
Cirrose
 Processo difuso de fibrose e
formação de nódulos,
acompanhando-se freqüentemente
de necrose hepatocelular.
Caso Clínico
O paciente C.A., 64 anos, pedreiro, cuiabano, foi encontrado
inconsciente, caído no chão. Admitido na emergência do hospital com:

T=37ºC ; FC=128 ; FR=32ir/m ; PA=85x50mmHg

Laceração de 12 cm no couro cabeludo da região retroauricular


esquerda até região frontal direita + lesões abrasivas na testa e braços.

Ao exame físico apresenta-se com elevada perda de panículo adiposo


subcutâneo, desnutrido, desidratado, torporoso, afásico, acamado,
ictérico ++, descorado +, pele seca, com ascite volumosa e edema de
MMII.
Glicemia de 40 mg/dl
Varizes de esôfago grau III. Ingestão abusiva de álcool
Baixa ingestão de calorias
Caso Clínico
Após a avaliação do caso interna na enfermaria
ainda torporoso, em respiração ambiente,
confuso, desorientado e em dieta zero.
 Paciente interna com diagnóstico de Cirrose

hepática + ascite volumosa.


 História de alcoolismo e HA.

 Peso atual de 45 kg; 167 cm;

 Perda de 14kg do seu peso habitual em 6m

CB: 18 (< p5)


PCT: 3 (< p5)
CMB: 17,06 (< p5)
Ascite – acúmulo de líquido na
cavidade abdominal.
Evolução
 Instalado SG com glicose hipertônica
para melhorar a hipoglicemia
 Feito higiene corporal

 Cateter de O2

Melhora do nível de consciência


Acordado ainda confuso e pouco
comunicativo
De acordo com a ASG qual o
estado nutricional do paciente?

A- Paciente desnutrido grave


B- Paciente eutrófico
C- Paciente de risco nutricional ou
desnutrido moderado
Diante deste caso qual a sua
conduta?

A- Manter em dieta zero?


B- Manter em dieta zero com SG 10%?
C- Iniciar com terapia nutricional
precoce?
Qual o melhor método para nutrir
este paciente?

A- Dieta parenteral com fórmula 3/1.


B- Dieta enteral via sonda
nasogástrica.
C- Dieta enteral via sonda pós-pilórica.
Conduta – 2º DI e 1º dia de NE
 Iniciado dieta enteral com sonda
nasogástrica

 Quantas calorias?
 E proteínas?

 Calcule o volume
Conduta 3º DI e 2º dia de NE
 Paciente mais acordado e comunicativo,
pouco confuso, evacuação ausente, diurese
reduzida e com ascite volumosa mesmo
após paracentese.
Conduta:
1- Liberado dieta líquida VO em pequena
quantidade com boa aceitabilidade
2- Mantido TNE
Varizes Esofágicas

No período da tarde o paciente


evoluiu com rompimento das
varizes de esôfago.

Dieta enteral e VO suspensas


SNE – aberta

Realizado procedimento para


controle do sangramento:
insuflado balonete e rafia.
Prescrito lactulona para causar
diarréia.
Piora do nível de consciência
precisando de VM.

Encaminhado para UTI.


Conduta 4º DI
 A equipe decidiu manter o paciente
em dieta zero por mais 24 horas.
Hb: 6,0 (12-18 g/dL) Plaquetas: 50000 (140-400
mil/mm3)
Ht:19,3 (37-52%) T. de pro.trob 21 (70-100%)

Albumina: 0,9 ( 3,5-5,2 mg/dl) Bilirrub T: 4,2 (até 1,2 mg/dl)


Prot tt: 1,5 (6,4-8,3 g/dL) leuc. :15,8 (4,5-11 mil/mm3)
TGO 93 (11-39 U/L) Paciente grave, com piora do estado
TGP 78 (11-39 U/L) geral, em encefalopatia hepática grave
Uréia: 130 (10-45 mg/dl) necessitando de cuidados intensivos.
Transfundido.
Creatinina: 3,2 (0,6-1,2)

Potássio: 5,3 (3,6-5,0 mEq/L)

Sódio 151 (137-145 mEq/L)


Encefalopatia
Hepática
Conduta 5º DI – Retorno da NE
 Paciente com NE liberada

O que fazer??

Você também pode gostar