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Gestão 

Democrática e Participativa e as 
relações internas e com a comunidade 
escolar

Conhecimentos Específicos ‐ Especialista: 
Educação Básica 
Prof Osvaldo

Com ênfase na LDB, percebe-se que, legalmente, existe um espaço para


uma maior autonomia na gestão escolar, reforçado também ao estabelecer
atribuições para os estabelecimentos de ensino, que, segundo o Artigo 3, tem
as seguintes incumbências (BRASIL, 1996):

I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;


II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V - prover meios para recuperação de alunos de menor rendimento;
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a Escola;
VII - informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos
alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.

Em se tratando da questão legal da gestão democrática, o Plano Nacional da


Educação Lei nº 10127, de 9 de janeiro de 2001, expressa seu posicionamento
favorável à gestão democrática, quando:

[...] encomenda Conselhos de Educação revestidos de competência técnica e


representatividade, conselhos escolares e formas de escolha de direção escolar
que associem a garantia da competência ao compromisso com a proposta
pedagógica emanada dos conselhos escolares e a representatividade e
liderança dos gestores escolares” (CURY, 2002, p. 170).

A LDB 9394/96, em seu artigo 12, institui para os estabelecimentos de


ensino algumas incumbências, entre elas:
VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a Escola;
VII – informar os pais, responsáveis sobre a frequência e rendimento dos
alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
Em seu artigo 131, estabelece que os docentes têm a responsabilidade de
“colaborar com as atividades de articulação da Escola com as famílias e com
a comunidade”.

Art. 13º - Os docentes incumbir-se-ão de:


I- participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino;
II- elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;

III- zelar pela aprendizagem dos alunos,


IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento;
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e
ao desenvolvimento profissional;
VI- colaborar com as atividades de articulação da Escola com as famílias e
a comunidade;

Ao se propor esta participação efetiva dos usuários na gestão da Escola,


deve-se considerar que uma Escola que realmente se preocupa com a
formação de um aluno crítico e consciente deve buscar uma relação de
continuidade entre a educação familiar e escolar, e para tal, criar formas
de obter a adesão da família e da comunidade.

Esta participação deve se dar pela avaliação ativa e constante dos


usuários acerca do processo escolar como um todo, não se limitando ao
mero acompanhamento das atividades propostas aos alunos.
Dentre os caminhos possíveis para que realmente ocorra à democratização
da gestão da Escola e do ensino público, um aspecto que vem sendo
considerado com muita ênfase inclusive na questão legal, é, sem dúvida, o
envolvimento dos setores mais amplos e vinculados à Escola - pais,
moradores da comunidade, movimentos populares e sindicais.

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