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TRABALHO DA 1ª REGIÃO
EMENTA
RELATÓRIO
Éo relatório.
VOTO
ADMISSIBILIDADE
FUNDAMENTAÇÃO
RECURSO DO RECLAMANTE
A reclamada alega que a PANSERV tinha outros clientes além do Banco Pactual.
Nos termos de contrato entre a PANSERV com a OMNI S/A e com a PORTOCRED
faltam a data de celebração (fls. 957).
Pelo mesmo fundamento, o reclamante não pode ser tido como financiário,
posto que a PANSERV não tinha registro como financeira. Trata-se de uma
malabarismo lógico: caso as atividades exercidas mediante contrato para a cliente
não possam ser classificadas como bancárias (objetivo social da cliente) que sejam
como financeiras, desta vez com base numa suposta atividade sem registro da
própria empregadora formal.
"(...); que na primeira reclamada, até janeiro de 2012, ficava na agência de Volta
Redonda e fazia o acompanhamento da comercialização dos produtos do Banco -
crédito consignado, crédito pessoal, financiamento de veículos, seguros,
refinanciamento de veículos e cartão de crédito; que era gerente de filial de Volta
Redonda; (...); que estava subordinado ao gerente regional, que nessa época ficava
na Cidade do Rio de Janeiro; (...); que a partir de janeiro de 2012, quando o vínculo
passou para a segunda ré, foi para o Rio de Janeiro; que sua base era a agência
da Barra da Tijuca; que seu cargo era gerente de rede; que acompanhava a
produtividade de todas as agências da Cidade do Rio de Janeiro -
aproximadamente cinco agências; que o reclamante não era responsável por outros
estados; (...); que o processo de captação era terceirizado; que era uma agência do
Banco Pan; (...); que o gerente regional passou a se chamar superintendente; que
esse reportava a eles; que os gerentes de filial estavam subordinados ao gerente
regional/superintendente; que o depoente recebia os relatórios do superintendente,
que repassava os relatórios para o gerente de filial; (...); que na época do autor não
havia convênios com outros empresas, como Omni, Banco Cacique e Portocred;
que não tinha alçada; que não tinha assinatura autorizada; que como gerente
regional de rede, não tinha subordinados; que nunca trabalhou para a BTG; que o
BTG é um banco de investimento que comprou 51% do Grupo Sílvio Santos e tem
51% do Banco Pan; que não sabe dizer qual é o perfil do Banco BTG."
(fls.1246/1247)
"(...); que trabalhou para a Panserv e atualmente trabalha para o Banco Pan;
que entrou para a Panserv em maio de 2014; que passou para o Banco Pan
em outubro de 2015, salvo engano; que é gerente de filial; que sua filial é o
Centro, Rio, Rua do Rosário; que trabalhou com o reclamante; que o
reclamante era gerente regional; que o reclamante era o gestor direto do
depoente; que o reclamante administrava as filiais, os gestores das filiais; que
o depoente prestava conta de seu serviço para ele; que o reclamante, como gestor
direto, cobrava ao depoente o cumprimento das metas e o depoente, como gestor
da loja, cobrava dos funcionários; (...); que as lojas vendiam produtos que eram
da Portocred, Omni e Cacique; que a Portocred e a Cacique o produto era ep-
cheque e da Omni eram veículos; (...)." (fl.1248)
(...)
(...)
Com razão.
(...)
Sem razão.
Por sua vez, o Banco BTG Pactual S/A sustentou que cumpria ao
reclamante comprovar as comissões eventualmente recebidas e demonstrar as diferenças
pleiteadas.
Por outro lado, não há nos autos prova capaz de elidir o valor
probandi da referida documentação, nem de formar o convencimento deste Juízo no sentido de
que havia um desdobramento dos valores pagos a título de comissões nas rubricas "comissões" e
"DSR s/comissões", não incidindo aquelas sobre o repouso semanal remunerado.
Nego provimento.
HORAS EXTRAS
"Cargo de confiança
(...)
O reclamante sempre ocupou cargos gerenciais e não há notícia de
gratificação. A remuneração diferenciada não depende necessariamente do
pagamento da comissão, mas também não pode ser presumida com base na
afirmação que os subordinados recebiam menos.
A PANSERV não tinha (ou não mencionou) plano de cargos e nem foram
apresentadas tabelas salariais nos autos capazes de um juízo abrangente da
realidade salarial da ex-empregadora.
(...)
Kleiton Lucena nada soube dizer sobre a rotina do reclamante, declinou a sua.
Por outro lado, não se justifica nos autos que a jornada do reclamante fosse
superior ao de seus subordinados. Tal fato é possível, mas não encontra
justificativa na narrativa ou nos demais elementos de prova.
Não há prova e nem alegação de labor aos domingos e feriados. Sábado é dia
útil. Como nem há pedido de domingos e feriados, inexplicável a referência ao
adicional de 100% nos pedidos do reclamante.
(...)
(...)."
Pois bem.
"o autor, como gerente de rede, fazia supervisão e fiscalização das lojas
vinculadas, nos estados do Rio de Janeiro,MG e ES; que eram 16 lojas; que acima
dele ficava o superintendente Adecil Brasil". (fl.1247)
"(...); que era responsável pela animação comercial de todas essas unidades;
que acompanhava a produção da matriz; que a matriz fornecia as metas; que
acompanhavam as produções das filiais das agências; que tinha cinco
subordinados diretos, que eram o reclamante, Tamires e outros três; que
cabia a eles fazer animação comercial dos gerentes das agências; que o
reclamante acompanhava oito agências; que a matriz dava as metas e ele
acompanhava as metas; que não cabia ao reclamante cobrar as metas, e sim
ao depoente, isso no Centro Oeste e no Sudeste, exceto São Paulo; que o
reclamante visitava as agências, acompanhava as metas, eventualmente dava
treinamento; que ele não participava do processo de admissão e demissão;
que o gerente da filial fazia a indicação e entrevistava; (...); que na hierarquia da
empresa, o cargo do reclamante estava acima do gerente de loja, mas sem
subordinação; (...); que o reclamante não tinha poder para dispensar ninguém;
que quem indicava a dispensa era o gerente das lojas; que quem dispensava era o
depoente, que os encaminhava ao departamento de recursos humanos; (...)."
(fls.1247/1248)
"(...); que trabalhou com o reclamante; que o reclamante era gerente regional;
que o reclamante era o gestor direto do depoente; que o reclamante
administrava as filiais, os gestores das filiais; que o depoente prestava conta
de seu serviço para ele; que o reclamante, como gestor direto, cobrava ao
depoente o cumprimento das metas e o depoente, como gestor da loja, cobrava
dos funcionários; que sabe que o reclamante gerenciava mais de um estado, mas
não sabe dizer exatamente; que eram 12 ou 13 lojas; que o reclamante também
subordinava promotoras e correspondentes que não estavam vinculados à loja; que
na loja do depoente havia umas 10, 11 pessoas, talvez chegando a 15; (...); que
dividia decisões com o reclamante; que na empresa a rotina de admissão mudou,
não foi sempre a mesma; que atualmente depende do departamento de recursos
humanos, tem provas; que não se lembra da época do reclamante; que na
época que trabalhou com o reclamante, dividia essa tarefa com ele, no que diz
respeito à admissão, mas não tem como afirmar se o reclamante tinha a
palavra final, se dividia isso com alguém; que o mesmo se pode dizer da
demissão; que encaminhava para o reclamante, que isso era dividido com ele, mas
não sabe dizer o que se dava daí para a frente; que não sabe dizer se o
reclamante já admitiu ou demitiu alguém sem precisar dividir isso com
alguém; que o reclamante, como regional, estava acima do depoente, mas
acima do reclamante havia o superintendente; que não tem menor condição
de dizer o horário de trabalho do reclamante; que o depoente trabalhava de
segunda à sexta-feira, de 9 às 18 horas; que nunca trabalhou sábados; que aos
sábados chegou a trabalhar pontualmente em eventos, mas nunca como rotina;
(...)." (fl.1248)
O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso remunerado.
Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua
remuneração."
Portanto, a CCT fixa apenas que as horas extras refletem nos dias de
sábado, preservando o teor do Enunciado acima transcrito, ou seja, não implica em admitir o dia
de sábado como repouso semanal remunerado, razão pela qual não há que se falar em adicional
de 100% aos sábados.
Conclusão do recurso
alvp