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Eros - Clube Dos Cretinos - Jussara Manoel
Eros - Clube Dos Cretinos - Jussara Manoel
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Sinopse
Aviso
Playlist
Prólogo
FASE UM
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
FASE DOIS
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
FASE TRÊS
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Epílogo
Agradecimento
vidas.
Seus cabelos loiros escuros estão mais curtos e ela já não
Mas não é isso que faz uma pressão acertar minha cabeça e
sorriso que costumava aparecer somente para mim. Essa cena faz a
casa dos bad boys mais cobiçados de Bento Gonçalves, mas posso
pegam.
direção à sala.
longas.
balançar o corpo.
no Edifício Universitário.
Ela chama atenção deles quando paramos a alguns passos
estava sentado, levanta e a puxa para mais perto dele para beijá-la
travesso. Para quem observar bem os dois, vai ser fácil diferenciá-
los, Gabriel é o que tem menos tatuagens e o que mais dialoga, está
cretino lindo de morrer, com seu corpo todo tatuado com o mesmo
reservado e silencioso.
cabelos castanhos de seu estilo dark. Posso dizer que, dos seis, ele
é o mais descontraído e piadista.
mais rico, sério e frio. Acho que eu nunca o vi sorrindo antes, assim
como Dimitri. Tenho uma leve impressão de que Eros seja do signo
quer dizer que ele não seja atraente. Esse é só um detalhe a mais
ao falar coisas no seu ouvido, mas não é nela que Eros presta
atenção. Seu olhar intenso está em mim, sua expressão se torna
séria e fria à medida que retribuo o olhar, mas meu eu apenas sorrio
largo.
dela na saia jeans. Acho que assim como eu, ela não liga muito para
ranço de mim.
abraçado a Charlotte.
— Obrigada, Oiapoque.
ganhei logo que entrei na Universidade. Talvez teria sido outro pior
isso o apelido.
frente.
imagino que até mesmo Artho, que é amigo dele há anos, ficou
importância.
assentindo.
de cada um.
atenção deles.
— Mas infelizmente hoje ele está pior, não é nada com você
discreto.
Dou de ombros quando Charlotte tenta esconder o riso, mas
Nem sequer me dirigi a ele alguma vez, e Eros também não me deu
afete. A pessoa que perde toda diversão é ele, não eu. Vim aqui
companhias.
para mim.
Deixamos Charlotte e Artho no sofá, Dimitri logo sai da sala
Com a rapidez que ele passa pelas pessoas, parece até que
fugir de tudo que me indica perigo, mas não tenho culpa se tenho
mais. Ele está com os cotovelos apoiados nos joelhos, fixando seus
rouca.
escorregando para fora de sua gola, e isso me faz olhar para seu
talvez por curiosidade ou... não sei, a única coisa que sei é que vim
e torço para não me arrepender disso. Só quero entender o porquê
presença.
— Ou você veio até aqui porque quer saber como é ficar com
todas vocês.
Deveria ter esperado isso dele somente pelas coisas que ouvi falar
a seu respeito, afinal, não o conheço. E pela forma que ele agiu
só para subir seu ego ridículo. Eu nem deveria ter vindo aqui, só
atrás de mim. Quando me viro, vejo Lion parado logo atrás da gente.
esconder o sorriso.
outro — empino meu queixo para ele, demonstrando que não estou
nem um pouco afetada com a sua acusação, mas ele está muito
irritado pelo que eu disse, só pela forma que ele aperta seu maxilar.
— Se me dão licença.
— Cala a boca.
Deixo de escutá-los quando estou bem distante, já entrando
com Artho.
vontade.
Lion logo atrás sorrindo, quando ele me vê, seu sorriso parece
Eros resmunga alguma coisa, e pela forma que reage, ele não
gostou nada da novidade, mas não vai perder seu tempo retrucando
o convite do amigo.
sorrimos sem entender nada, mas algo me diz que tudo isso é
provocação de amigos.
— O que aconteceu? Ele parece estar pior que da última vez
causa do vento, está com os fios fora do lugar, do que explicar que
bem curiosa.
Começo abrindo a primeira gaveta de três do armário debaixo
bolsinha preta sem logo nenhum que mostre do que se trata. A pego
devido lugar.
metodicamente organizado.
bem colocadas.
eu sei que tem mais toalhas, só que dessa vez maiores. Foi nela
que encontrei uma para me secar.
uma preta. Ao lado vejo seu perfume Paco Rabanne 1 Million. Não
encontro outros ao redor, e imagino que esse seja o único que ele
usa.
moderna.
três horas da manhã. Os garotos sabem dar uma boa festa. Não vi
Eros depois que Artho informou a ele que eu dormiria no seu quarto,
suponho que ele deva ter encontrado outra mulher e saído com ela
cedo?
— Você é louca.
extremamente gratificante.
damos risada.
— Vim verificar se está tudo bem você dormir no quarto de
dormimos no quarto dele, mas vejo que você está bem acomodada
— debocha brincando.
— Tem certeza?
quarto.
porta de vidro que dão acesso para a varanda, são da cor creme
escuro.
vou até ela, passando o dedo pelos títulos de livros que meu um e
Giordano não só pela família bem sucedida, mas também por causa
Sei que as únicas pessoas que Eros tem são seus amigos e
aberto somente com seus amigos. Claro que sua ação me faz ter
para o relógio digital da mesinha e vejo que adormeci por uma hora
apenas. Através das cortinas, consigo ver que ainda está escuro.
de que é Eros, mas logo fico tensa novamente. Se é Eros que está
no quarto, o que ele está fazendo?
Ele deve estar me odiando ainda mais por estar no seu quarto
alimentação saudável.
Tento focar em desvendar a tatuagem que ele tem abaixo da
Essa é a única tatuagem que eu consigo ver que ele tem nas
costas.
deitar.
ele voltou para deixá-los no quarto novamente. Ele deve ter dormido
algo fora do lugar, deixando somente o lençol que ele usou para
na cozinha.
Dimitri em mim, nem preciso olhar para o lado para encontrar Artho
boca.
Dou de ombros. Pelo jeito isso é épico para eles, mas faz
sentido, uma garota que ele nem conhece, dormindo em sua cama.
Eros.
corpo para trás, tentando ver se ele tem uma tatuagem parecida
também.
assustador que me faz arrepiar pela forma que me olha. Ele vira a
presença por perto, bom, isso até eu aparecer junto com Charlotte
sendo legal, e depois do que ele disse, prefiro deixar que ele lide
RU. Não acontece com muita frequência, pois nossas aulas nem
meninas.
Dou de ombros.
sala, claro que me dou bem com todos, mas são pessoas com
seis horas.
Ela ri.
— Sim, ela é uma fofa. Tenho sorte de não ter uma chefe
caminhar tanto até lá. No que resta das horas, estudo também, é
entregamos, cada uma, o tíquete para poder seguir para a área dos
com eles.
para mim.
prepotente.
cabeça.
pergunto sarcástica.
dirigir a Eros. Nem assim ele vira a cabeça para mim, Eros cutuca
Olho para Dimitri, que está com um sorriso de lado. Tento não
Pior coisa é ser ignorada, minha raiva por ele ser um idiota
está aumentando.
Olho para minha amiga, que está com a testa franzida, uma
jogo perdido. Fixo meus olhos bem nos seus, pronta para ganhar a
batalha.
incomodada?
— E você é insuportável.
Toda essa agitação fez com que meu apetite fosse embora,
mas me esforço para comer, porque não sei quando será minha
restaurante.
importo.
Gabriel declara. — Mas você também não deixa escapar uma farpa.
mim.
— Não sei por que parecem surpresos, o amigo de vocês
sempre age como... — corto a fala quando Charlotte olha para mim,
exclusivamente a Eros.
feito algo a ele, o único contato que tive com Eros desde que entrei
nenhuma reação.
Ele ri.
— Você faz parecer que somos deuses pela maneira que fala,
vocês.
pareçam charmosas.
como eu.
— Estão vendo?
Não disse sim e nem não. Pensaria sobre isso mais tarde com
Artho.
Charlotte.
antes da saída. Sigo direto para a loja onde faço estágio, não seria
Nos quase trinta minutos que passo andando até lá, vou
tamanhos.
clientes, mas sei que isso é por pouco tempo. Passo em frente ao
mas pela sua expressão tensa, nossa gerente já deve ter pegado no
não trabalha.
Graças a Deus!
tirar um pouco o peso dos meus pais terem sempre que mandar
dinheiro para mim. Quero muito poder não depender deles, ser
deram.
Não faz muito tempo que estou trabalhando nesta loja, mas a
lugar para sentar, e sou presenteada com uma bolsada na cara que
segundo piso. Não é uma maravilha ter que dividir uma cozinha e
ao sexto piso são apenas quartos com duas camas de solteiro, além
mais populares.
Sigo direto para o elevador, que, por sorte está aberto, porque
que tomo banho, escolhendo vestir uma roupa quente pelo frio que
gorducho de Ayla.
mas, por causa da longitude, não consigo ter certeza. Isso me faz
acertar seu carro, que grita dinheiro, mas a única coisa que tenho é
junto com seu casaco, franzo a testa, provocando uma careta logo
em seguida.
Charlotte vendo isso, se abaixa, pegando a bolsa, pendura
satisfeita?”
— resmungo.
lado.
Ela cora, e sei o quanto minha amiga tem sentimentos por ele
e vice-versa, porém ainda não entendi por que os dois não têm nada
sério ainda.
— Você sabe que sempre senti que ele nunca foi com a
minha cara e agora que estou mais presente, ele demonstra que
— Artho falou para não ligar para ele, Eros é daquele jeito o
tempo todo.
cantinho do quarto.
Aquiesço.
É até engraçado ver que Charlotte não perde mais nenhuma
aula durante esses três meses. No primeiro dia ela queria desistir,
conseguimos lidar.
juntas?
será da cor preta, feito com seda com a saia rodada em cima da
comer.
cara boa e cheiro também, nem espero muito tempo para comer.
dividirmos.
nosso andar é clara, quem suja, lava. Assim não causa muito
problemas entre os estudantes.
lá.
médio.
entrarmos em seguida.
sinal, e por ser feriado, o bar está cheio como imaginei, mas isso
não impede de localizarmos a mesa em que Artho, Dimitri e Natan
estão sentados.
próximo ao seu rosto, por conta do som alto da banda ao vivo que
está tocando.
dele, coberto apenas com uma regata branca, que contrasta com a
enquanto bebe a cerveja do seu copo, denota que ele está com os
Bufo.
— Não entendo o que vocês veem nele. — Olho para Eros
novamente. — Ele não é nem tudo isso que vocês dizem, como se
fosse um deus.
cabelos desse mesmo jeitinho que fez enquanto o encarava, ele vai
te dar a chance de passar a tão sonhada noite que você quer com
ele.
apelido me irrita.
— Jamais.
resmungo.
de ombros.
bochecha dela.
tão... Eros.
ficou interessada.
Desvio o meu olhar de Eros para encarar Charlotte.
— Uhum.
seu nome.
conheceu você.
Ele ri, passando o braço pelos ombros dela.
disso.
Dou risada.
Ela deve estar se sentindo como um pinto no lixo por ter sido
economias agradecem.
A banda começa a tocar a música Cedo ou Tarde do Nx Zero
que vi Eros entrando, sozinho. E quando penso que ele vai vir direto
banquinhos do balcão.
falou comigo mais cedo. Pelo jeito não era só eu monitorando Eros.
— Vai lá, tenho certeza de que Eros vai deixar a sem graça da
provocação.
próxima.
tenho uma leve impressão que é por causa de Dimitri e o quanto ele
parece assustador.
— Por que recusou?
tempo que não temos saído juntas por conta das nossas aulas, do
estágio.
claro que ela tem chances de ficar com ele, é estudante de Medicina
conversa que está tendo, observa tudo calado, volta e meia fazendo
sobre eles, acho que não só em mim, mas todas as mulheres que
conhecem os cretinos.
quase assassina.
Foco meu olhar em outro ponto para fugir do dele, e para o
agora está saindo com a ruiva ao seu lado. Não consigo entender
por que isso me incomoda, Eros está agindo como o cretino que ele
presença dele.
rouca de Dimitri.
apertada.
— Você percebeu o quanto Dimitri é assustador? — comento
cabine do banheiro.
Damos risada.
tatuagens, então...
— Uma vez, perguntei a Artho sobre Dimitri, mas ele não quis
espelho.
falado em Chuí.
antes de sairmos.
inquieta, chateada.
— Mas estou bem — afirmo.
teria feito.
normal. Nos sentamos para curtir mais um pouco, pois logo mais
também.
todo até o Edifício, a imagem dele e olhar intenso que me deu, vindo
encerrar uma reunião que tivemos com alguns sócios por vídeo-
novembro.
— Sem previsão até o momento, Miguel. Acabei de entrar nas
revisões finais das matérias antes das provas e não vejo como
problema.
para mim.
palavras o afetando.
expressão de desgosto.
— O senhor também.
o rosto da minha mãe, o sorriso dela ou meu pai com o seu jeito
comigo...
arrumamos.
para casa.
metros até a garagem, que são rodeados pelo jardim bem cuidado.
Cretinos”.
dando certo para nós, quero dizer, quase todos, já que Artho está
bem laçado.
dela.
Havia entregado meu coração a uma mulher que o arruinou.
casaco no chão.
Reviro os olhos.
quando chego.
Dou risada.
dias.
provocantes.
que fazia meu coração acelerar, depois de eu ter pensado que ele
tinha visto andar com a turma dela algumas vezes. Ele me disse que
dela.
Quando ela voltou das férias do meio do ano, foi Artho que
dois ficaram, não posso aceitar que um dia já tive algum interesse
nela.
— Raquel é irritante, não entendo por que está sempre junto
pacote de salgadinho.
— Lion disse que foi uma conversa calorosa, que achou até
que rolaria uns tapas da parte dela, que estava bem furiosa com
você.
desnecessária.
alcance.
— E por quê?
uma de suas ficantes deu a ele, e que sei como ele odeia, isso bem
xingando.
Viro para o corredor, onde fica meu quarto, e dou de cara com
única garota com quem ele se envolveu na vida, antes daquele mês
patamar da escada.
recordar aquilo.
bem, ainda sou pego de surpresa quando ele me lança um olhar tão
congelante.
Faz parecer que há um abismo entre nós, que foi construído
Ele sempre foi o mais sério e intimidador dos seis, mas não
com os amigos. Ele olhava com frieza para as pessoas de fora, mas
depois que ele foi solto, alguma coisa mudou dentro dele.
reunião. Mas não consigo negar nada a Dimitri ou Artho, por isso o
praticidade.
erro de perguntar.
— Foi mal, eu não sabia que ela ainda era tão importante
tremor tomar conta dos meus membros e a raiva fazer o sangue nas
daquela insuportável?
discutir.
— Ela é tão insignificante que você passa o almoço inteiro
partida.
tivesse deixado claro que estava a fim dela, tenho certeza de que
Artho não teria...
até um drive thru para comprar um lanche. — Não fui e não sou a
mim.
motor ligado.
garota que ele não poderia sequer olhar na direção. É arriscar muito
semestre.
aparece sem que eu precise digitar uma única letra, odeio que seu
ali.
gostinho de olhar suas fotos só mais essa vez, e juro que vou
like.
É uma merda que eu não possa clicar nos seus stories. Não
é ele.
do passageiro.
feira.
qualquer, mas os dos meus pais quando ainda estavam vivos. Não
lembro a última vez que entrei nele e não faço ideia de como as
— Entlá.
vez.
tento lembrá-la.
quarto, e sei que ele fez isso por mim, mas Ayla é uma criança, não
do pedido. Porém Ayla, sendo tão teimosa como Artho, não desiste.
— Ok, apressadinha.
coloco Ayla no chão para que ela possa correr para dentro.
Sou tomado por uma enxurrada de emoções, enquanto Ayla
Obrigo meus pés a correrem até ela para alcançar o objeto antes
gentil com ela, mas minha voz sai mais rouca que o normal.
Solto um pigarro e ela grita, indo para o outro lado do quarto.
Eles foram os melhores pais do mundo, mas não foi isso que
eles fossem entrar pela porta e minha mãe estaria com seus braços
mais novo.
para a porta do closet. Dou uma risada esquisita ao ver como ela
que estive aqui. Nada foi mexido, nem mesmo tirado do lugar, não
calçados. Nada.
que eu não daria para sentir esse cheiro ao abraçá-la mais uma
vez...
Ayla me distrai dos pensamentos, quando vai em direção a
baixa que a outra. Assim que ela consegue abrir, vejo que se trata
das joias da minha mãe, e isso parece interessar Ayla, que puxa de
um fecho em ouro.
Ela senta no chão e me sento à sua frente para ajudar a abrir,
Dou risada.
muitas joias da minha mãe, como também relógio caros do meu pai.
Quando Ayla tem ele na sua visão, ela sorri, amolecendo meu
amigo.
sua bochecha.
Olhando para meu amigo com sua filha nos braços, eu sei o
quanto ele a ama e faz tudo por ela, para que esteja bem o tempo
todo, mas isso não apaga o fato de que Artho foi descuidado o
organizado no lugar, vejo que ficou um dos anéis com Ayla, que
vendo-a tirar mais uma vez para me ver repetir o processo. É tão
distração para não precisar encarar Artho. Ele sorri para ela e beija
seu rosto.
padrasto.
Ele estreita os olhos.
quarto.
— Isso não interessa, Raquel não faz meu tipo. Ela é tão
isso ainda.
que escuta.
diz e abro um sorriso. — Vai mesmo sair com ela? Não quero te
atrapalhar, posso deixar para estudar amanhã, já que hoje tem festa
aqui.
que devo levar para a casa de Celso, vou deixá-la na casa dele na
volta.
questionar mesmo.
escadas.
meu colo.
culpa para ele também, que bufa, sorrindo. — Ayla, dá tchau para
lado da porta de saída, com sua bolsa com pertences para deixar na
casa do Celso.
Dimitri acena pelo vidro para Ayla, que faz o mesmo, toda
empolgada.
— Cuida bem da minha filha, Eros — ele diz baixo, para que
bem dela.
— Chegamos.
Saio do carro, indo para o outro lado para pegar Ayla, junto
isso, a mulher parece ficar sem graça, mas não deixa de tentar
conversar comigo.
meu pedido.
— Não, obrigado.
ditado?
lado da nossa.
boca.
— Ai, meu Deus! Quem foi o sem noção que deixou ela aos
seus cuidados?
Ah não!
jeans justa, que deixa sua bunda redonda e empinada, com uma
cerrados.
falo:
— Vou junto.
fez isso. Eros me olha com uma expressão nem um pouco amigável
Ayla.
pa mim?
— Carro?
minha bunda. Ele vira o rosto rápido, mas sabe que foi pego no
flagra.
para minha bunda, não sou tão invisível assim para ele, pelo jeito.
Mordo o lábio, querendo olhar mais uma vez para trás e ter
a creche onde estuda, os amiguinhos que ela tem, até mesmo sobre
sussurro para mim mesmo, mas pelo som que Eros faz atrás de
rir.
— Cócegas, titia.
— Agora sim, está limpa.
pegar Ayla no colo. Ele me olha quando a tem nos braços, e espero
acontece.
Bufo.
Eros sorri para Ayla e fico surpresa, pois é a primeira vez que
— Não, Batatinha.
sacolas estão pesadas por causa dos tecidos novos que precisei
Observo Ayla nos braços dele e como ele parece ficar ainda
mais atraente. E, pelo jeito, não sou a única a prestar atenção nisso,
la.
Reviro os olhos.
Seguro o riso quando ele nega com a cabeça, encarando
Ayla, que continua a pedir para andar em um. É até cômico ver a
insensível que é.
nos meus, o movimento que faço com os braços para trazer Ayla
sentir como é ser beijada por eles me deixa afetada. Minhas mãos
dou risada.
— Foi legal, tio Elo. Vai com a titia Laquel agola — dou risada
dessa criança fofa, o que não entendo é por que ele decidiu se
pintadinha.
sem crer que ele está falando sério. — Eros Giordano fazendo
caridade?
Ele bufa, e o repuxar que ele faz com a boca, me diz que ele
chiques.
motorista. Ele não fala nada no momento que entra e muito menos
— Obrigada — digo.
ao mundo.
— Obrigada, Charlotte.
que vêm me apoiando muito, além dos meus pais, mesmo eles não
que fiz para ela e para mim. — Vou com o Gael, ele me convidou
— O próprio.
detalhe.
ele.
atenção direito.
fazendo antes.
o quanto ele ama aquela garotinha, a forma que reage quando está
próximas a ele.
— Oiapoque.
de ele ter me chamado pelo apelido. Não vou me estressar com isso
agora.
vestir o casaco.
brinco.
o mal-entendido.
ele não contaria, por ser algo do seu amigo e não dele para contar.
brinca, e pela forma que ele fala, eu sei que não é uma simples
manga e gola alta, com minha meia calça 7/8 e bota de salto cano
alto.
entrar.
juntos.
Artho
animada com Lion. Ainda não entendi o motivo de Raquel não ter
suficiente para não ter a atenção das meninas para mim. Daqui eu
Raquel aparecer.
chama atenção para o seu batom vermelho, que hoje parece estar
Caralho!
também não. Assim como eu fiz, eu vejo seus olhos descerem pelo
Mas estou contente por ver que não sou o único que tem uma
atração aqui.
me perguntando.
— Não sei, mas pode ter certeza de que não estou feliz —
seu sorriso nojento na sua cara, ele com certeza iria embora.
Das outras vezes que De Luca estava por perto, nunca o vi reagir
como agora.
Ela sabe então que Gael e eu não nos damos bem e mesmo
certeza que para pegar algo para beber. Entrego o copo vazio a
alguma coisa que não consigo entender por causa do volume alto
da música.
cozinha.
que vai do chão ao teto preso na parede. — Ele não foi convidado.
Estou inclinado, meu rosto a centímetros do seu, minha
raiva.
— Foi o Gael que me convidou para vir com ele, não que eu
— Porra nenhuma que vou deixar você sair daqui com ele.
meus olhos desceram para sua boca, faz o mesmo, olhando para a
consequências depois.
narizes se tocando.
Estou quase perdendo completamente o juízo.
enquanto intercalo meu olhar entre sua boca e seus olhos azuis. —
sentir sua pele macia. Mas não pararia aí, eu subiria mais um
pouco...
sorriso de lado.
— E por que não faz isso? — pergunta, sua voz rouca pelo
meu corpo por ela é inevitável, e agora que tenho ela ao meu
controle.
Não a respondo. Raquel está sendo a minha perdição, minha
loucura diária. Toda vez que a vejo, sei que quando ficarmos uma
língua pelo seu lábio inferior, que jogo tudo pelos ares e prendo
Puxo seu corpo ainda mais para o meu, e logo Raquel está com as
contato.
em direção à porta.
— Porra!
borrado.
cara com Dimitri furioso e com o taco nas mãos, observando meu
— ele sorri.
— Você é um estraga prazeres, porra — acuso, irritado.
Fico irado com a palavra que ele usa para chamar Raquel, e
apenas brincando.
afastando dele.
quente que tivemos, e o sorriso enorme nos lábios, que não quer
sumir.
Quando é que imaginaria ficar com Eros Giordano? Nunca!
precisaria apenas estar com o Gael, teria feito isso antes. O que não
sumida, e retoco o batom para voltar à sala. Só não sei como agir
por Gael pela demora e tento preparar uma resposta, uma boa que
não faça ele perceber que não estou com bebida nenhuma, como
convidado para vir com ele e agora foi embora sem dizer nada.
não tivesse valido de nada. Claro que não valeu, ele é um cretino.
Com um copo cheio vou para a sala de festa, onde está a pista de
deitar.
— Uhum. — Fecho os olhos, imaginando a ressaca que
estarei amanhã. — Estou muito brava com Eros, ele que me beijou
e sumiu.
tem algumas imagens que carregam e logo vejo que são fotos
mensagem?
Não farei isso, ele que aceite ser ignorado.
sono, mas não consigo, porque só sei lembrar do beijo que tivemos
ele.
entrada.
Saio da Universidade, descendo as escadas correndo e estou
direção ao meu braço, dando indicativo para ele me soltar, o que ele
mentindo.
conversando.
— Tudo bem!
voltar a dirigir.
com Gael, ainda mais se eu soubesse que ele tem problemas com o
Eros.
— Me expulsaram da casa.
— O quê?
serviço.
o próprio Gael.
não aceitou muito bem. Não tive culpa, ela que deu em cima de mim
arrependimento.
único, ela ficou com o colégio todo praticamente, só Eros que não
via isso.
Ele diz contando vantagem, se sentindo orgulhoso. Como
Não entendo como ela pôde ter feito isso com Eros, mesmo
para Gael.
para ele, e pela expressão que ele apresenta, está achando que
Bato a porta do carro dele, com muita raiva, não só por mim,
desprotegida.
acostumado a observá-la.
faz lembrar do meu pai, e a paixão que peguei dele em ficar sentado
da noite com meu pai no quintal quando ele não estava viajando,
dos Cretinos.
com a Ayla. E isso faz dias. Penso em mandar boa noite, até digito,
fosse uma foto nova dela de perfil que me fez parar para admirá-la.
É uma foto tirada em frente ao espelho e tenho certeza de
que é da noite da festa. Sei disso pela forma que seu cabelo está
mensagem para ela. Penso que fiz o certo aquela noite em sumir
ter tido ela em meus braços, ter sentido o quanto ela me desejava
me enlouquece.
ninguém perceber e fiquei muito puto quando Artho ficou com ela.
Tive vontade de socá-lo. E foi assim que meu amigo descobriu meu
querer brigar com ela, ao mesmo tempo que tenho desejo de fazê-la
resmungo.
Bufo.
Ele dá risada.
torcer.
ela sendo errada e ter sido uma das causadoras pela infância
interessado.
— O que a Charlotte tem a ver? — Estreita os olhos para mim
Gargalho.
— Quando você vai contar para ela que Ayla é sua filha? —
Ele suspira.
que estou bem com isso. Está corrido por conta das provas finais, a
Caralho, Eros, você nunca foi tão lento assim, não entendi ainda por
que não ficou com a garota. Está na cara que os dois estão a fim um
— Artho...
— Nem me mande calar a boca. — Se levanta, dando risada,
que as coisas com Raquel atravessem o outro lado, terei que lidar
mais do que apenas sexo. E essas férias sem vê-la vão ser boas
semestre.
Raquel
beijando meu rosto algumas vezes, solto risada quando sua barba
mesma coisa que a comida da minha mãe. Seu Davi Mendes coloca
entrar no carro.
— Como anda a oficina? — pergunto quando já estamos
saindo da rodoviária.
feliz por ele e sua paixão pelos carros. — Está precisando de mais
dinheiro?
da universidade.
andar.
aqui.
mesma coisa.
chegar.
coisa.
O cheirinho do feijão preto, arroz soltinhos, camarão e salada.
com fios brancos a mais nos cabelos. Sou a cópia da minha mãe,
com seus cabelos loiro escuro, olhos azuis e o sorriso largo e com o
que ele quer saber, mesmo sabendo que, na minha idade, eu vou
desenhos que fiz na época que fui descobrindo o amor pela moda.
Dou risada.
— E onde está a de solteiro?
Assinto.
Eros não é assim. Não faço o tipo das populares que ele fica.
incomodou por alguns dias. Doida para descobrir quem era sua
Eros. Posso até mesmo ter falado com ela, mas nunca saberei.
Quando saio da foto de perfil de Eros, vejo que ele está on-
line e até penso em mandar uma mensagem para ele, mas por qual
motivo faria isso, além de procurar chifre em cabeça de cavalo?
pessoas que discutem por qualquer coisa, isso inclui meu pai
também.
Desço do carro com meus pais e seguro a travessa de um
doce que minha mãe fez para trazer. O portão da casa do meu tio
está aberto e, pelo lado de fora, escuto toda a algazarra das vozes
altas e gritaria.
puxei isso da família, e isso mais uma vez me faz lembrar de Eros e
Problema dele!
resto.
ideia.
— É legal, tia. Acho que não tenho muito o que contar. — Dou
ano.
deferir a ela, mas minha mãe, do outro lado da mesa, cutuca meu
sei que minha família ama criticar, mas eles pegam pesado quando
a sonhar alto.
me defendendo.
sua irmã.
depois reclamar da vida tediosa que tem? Quero que entenda que a
para ela, louca para ela continuar a falar mais alguma coisa, para
ligação.
importância — declaro.
até lá para ficar com ela. Eu sabia que Artho daria o braço a torcer
em algum momento.
Dou risada pela sua ousadia, e fico feliz por ela sempre me
incluir nos planos, está sempre pensando em mim. Não poderia ter
largo com esse convite, irei passar o ano novo na praia, na região
que foi graças aos comentários ridículos deles, que me deram ainda
para voltar para Bento Gonçalves. Pelo fato de não ter conseguido
negociar com Emília uns dias a mais para ficar com meus pais,
trabalhando.
frente deles.
Meu pai abraça minha mãe para consolá-la, que chora. Seco
infernizar Eros.
Começo a abrir a boca para avisar que tem mais uma mala
para ser colocada dentro, quando o escuto xingar, olhando para trás
de mim.
— ele diz baixinho, mas escuto, com uma voz irritante de quando se
outra mala.
testa.
cheio.
— Biga não, tio Elo. Nenê fica tisti — a voz da pequena Ayla é
carro.
tenso de novo.
resmungando.
buzinando.
búfalo.
— Sim — Lion pega a mala pelo apoio, para poder puxar até
explode e procuro por Ayla, que por sorte já está dentro do carro
carro.
amigo.
entre esses vários minutos, não sei como ele ainda está de pé.
fora.
motorista.
Durante essa viagem, consigo lidar com Eros, torço para não
chutá-lo.
Mentiroso desgraçado.
Ayla não tem enjoo nenhum, e ele inventou isso para poder
banheiro.
fios de cabelo caindo pelo seu rosto e pescoço. Sua pele macia e
exposta.
cabeça virada para o meu lado. A claridade das luzes dos postes
desde que cheguei para buscar Charlotte e ela, mas não vale a
pena.
sugere.
Aquiesço.
provocar um ao outro.
mão suar.
também, do lugar onde estou, vejo que o movimento que ela fez de
erguer seus braços para cima, mostra um pouco sua barriga ereta.
está, entro na sua frente. Eu ainda não esqueci o jeito que agiu com
acompanhar Raquel.
eu falei, mas ignoro ele, andando com passos largos para alcançar
Raquel.
Raquel
com sono.
enorme que tem nos fundos da casa, com uma vista de morrer.
Aproveitei para tirar várias fotos e postar nas minhas redes
sociais.
à casa que ele tem em Bento Gonçalves, por ser mais antiga,
passada de gerações.
e eu fiquei de babá.
para ela. Verifico se ela está bem embrulhada, assim que a vejo
— Merda! Por que não avisou que estava aí? — falo irritada
Olho para ele chocada com sua confissão. Com certeza, ele
Dou risada.
e decidido.
enquanto observo todo o caminho que ele faz, uma espera dolorosa
Ele nega.
totalmente diferentes.
carnuda.
trás, mas sou segurada por ele, que gruda nossos corpos.
nossa aproximação.
Ele manda, sua voz ficando mais grave. Um arrepio toma todo
chão.
dentro de mim.
foda, e dessa vez não será diferente. Quem me garante que não vai
com as coisas, ao mesmo tempo que quero que dure e ele faça
mais, eu gemo quando ele desce a língua para tocá-lo por cima da
seus cabelos firmemente. Eros faz a mesma coisa com o outro seio,
pela minha barriga, parando por cima do meu umbigo, para lambê-
lo, e enfiar a língua dentro, dando toda atenção a ele, até que estou
gemendo, desesperada.
na minha boca para que possa passar a noite toda com o seu gosto,
molhada.
quando ele primeiro chupa, para depois usar sua língua em um vai e
para ele.
Começo a tremer, mexendo o quadril, sentindo o orgasmo
Eros tira a cueca, seu pênis pula para fora, ereto, grande, as
boca saliva, quando ele aperta sua base, sua mão subindo e
e lambuzá-lo.
olha orgulhoso, seu ego saindo pelos seus poros por ter me
pressionado. Minha boceta pulsa, imaginando seu caralho dentro de
com força. — Quer sentir como é ter meu pau na sua boca?
língua passa pelos meus lábios, quase posso sentir o metal frio
garganta.
para você lembrar do meu pau toda vez que pensar em ser
lamber.
minha boca, até bater no fundo, onde ele mete com força, me
língua tocá-la.
seus testículos. Vejo Eros jogar sua cabeça para trás, gemendo.
boca, a chupando.
sofá.
Sinto minha pele arder ao receber um tapa leve em um lado
mais, parando na minha outra entrada, que pulsa, antes de ele baixa
Está me escutando?
de como sua boceta fica linda com meu pau. Consegue sentir,
puxando para perto, e tudo impulsiona ainda mais quando ele desce
a mão que estava na minha cintura para apertar o bico delicado do
meu peito.
Eros ruge, e quando começa a gozar, ele desce sua boca até
meu ombro e me morde, e sinto todo o seu prazer vir com tudo e
gemo junto com ele. Ele solta minhas mãos, beija o local que
que alguém chegue, mas não tenho forças para isso, o cansaço
banheiro.
chuveiro, é ele que pega a toalha para mim, secando meu corpo e
depois enrolando ela em mim, a prendendo em seguida, acima do
meu peito.
ver seu pau, semi ereto antes da toalha ser enrolada em sua cintura.
Nunca iria cogitar que Eros tem um piercing no pau, não é a cara
dele.
Escuto o som que ele faz e subo meus olhos para o seu rosto,
ver a tatuagem que tem na costela. São traços de uma frase, com
Não entendo o que ele ainda está fazendo aqui, agindo como
se fôssemos continuar com isso, quando ele deixou bem claro que
seria somente uma vez. Mas não é isso que Eros faz, ele deita ao
de ele ainda estar aqui, mas não quero, está tão gostoso desse
me odiando por ter perdido o controle com ela. Era para ser
esforçar em nada.
E porra, foi tão bom, não consegui resistir a ela, não quando a
novamente.
Meu desejo é ficar aqui, dormir com ela abraçadinho, e depois
consolar que não vai acontecer mais nada entre nós dois.
Raquel
à noite dobrado na cama, Eros deve ter descido para buscá-lo. Não
da manhã.
da manhã.
semicerrado do amigo.
cara de sono.
me deixando curiosa.
Dimitri fala, enquanto come, mas seus olhos pousam em mim, e fujo
Eros apertar minha coxa. O desejo por ele voltando com força, como
se agora que experimentamos e sabemos como é o nosso sexo,
ciente de Eros ao meu lado, sua mão em minha pele, que arde.
escadas serena.
existiu.
força, causando uma dor misturada com o prazer com a sua dureza.
Ele me abre mais, segurando minhas coxas para ter mais acesso e
Jogo minha cabeça para trás, mas os sons que faço são
bons juntos.
meus olhos longe dela essa noite, desde que entramos no barco.
estado normal.
costas para a direção que Raquel está, e olho para a cidade que se
— Eros, você não precisa mentir para mim, percebi que está
todos.
incluindo Dimitri. Artho está com Ayla no colo, que tem uma taça
— Tim tim, tio Elo — dou risada, não sabendo lidar com a sua
taça de suco.
— Palabéns, tio Elo — ela declara, toda animada.
agradecimento.
altura dos joelhos, deixando suas pernas lindas de fora, isso me faz
vou beber do champanhe, mais uma vez olho para ela, que não
Mas lembro das palavras que eu disse para ela mais cedo,
olhando.
fez.
de repetir, não tem por que tentar manter um contato, é isso que
deles.
namorada, e como sempre a vejo ficar sem graça com toda atenção.
a cumprimentam simpáticos.
— Prazer, somos Miguel e Luísa Santos, fomos amigos dos
pergunta.
movimentação.
— Eu sei.
duas meninas, quase da mesma idade que eu. Eles não conseguem
retruco.
dizer. — E não foi isso que vi nos olhares que deu a ela enquanto
Bufo.
ter alguém para amar e ser feliz é melhor que se sentir solitário.
mim.
— O plano ainda é você ir para São Paulo assim que se
cumprir.
dele. — Não vou voltar a repetir o que é melhor para você, garoto,
mas tenho certeza de que lidaria melhor com seus traumas se
tivesse ajuda.
Não respondo.
pertences espalhados.
eufórico, e apressado.
Com sorte não virei o meu pé com a queda com meu coturno
de salto.
ele se vira para correr pelo corredor novamente, o vejo ser puxado
um arrepio em mim.
celular.
resmungando.
Eros, mas ele parece querer ficar longe de mim o quanto antes.
esse gesto dele, que não consigo questioná-lo por alguns segundos.
agora ele está aqui, sentando ao meu lado, agindo como o oposto
minutos.
como a matéria que ele estará nos dando esse semestre, mas meus
meu rosto. Ele desvia sua cabeça para perto da minha orelha, e me
conversar sobre o que quiser, se isso significa que no final você vai
Porra!
transarmos.
sua presença.
Meu celular com a tela trincada pela queda acende em cima
celular que seja com um preço razoável para meu bolso. Como se
somente a tela, ainda dê para usar ele por um tempo, até poder
comprar um novo.
com o celular e bufa quando percebe que ele não está funcionando
levanto.
iludindo.
Esbarro nele para sair da sala, e nem olho para trás para
disse a ele.
andar, onde sei que ficam os livros que preciso para estudar a
matéria.
fico surpresa quando vejo Eros, parado, nem um pouco afetado com
o esbarrão.
encostam.
— Você se tornou meu vício, Raquel, não consigo ficar longe
de você — Eros diz, com aquele jeito intenso dele, com seus olhos
— Não foi você que me disse que entre a gente nada mais se
impede.
pé. Eros sobe as mãos pelo meu rosto, roubando tudo de mim, até
mãos pelo meu corpo e subindo pelas minhas coxas, por dentro do
chupando.
expectativa.
meu clitóris, causando uma pressão forte, que foi capaz de tirar de
Ele é delicado com sua língua ao mesmo tempo que exerce força
meu gosto.
Estou perdida.
por ele.
Raquel
Caminho até sua cama para me sentar ao seu lado, ela não
me esperando — digo.
que venho sentindo por ele e talvez seja arriscado demais não me
impressionada.
Estou indignado com ela por não ter me contado que hoje é
descia as escadas.
azul com a logo da loja onde ela faz estágio e calça jeans, ela
consegue ficar ainda mais linda, mesmo com sua carinha de
cansada.
contrariado.
fazer algo legal para Raquel, ela não colabora, sempre implicando
descer. Bato na sua bunda, para que ela se aquiete, ouvindo seu
engasgo de surpresa.
— Eros, não acredito que fez isso — ela ruge, e bato na sua
irritada. — Foi você que não colaborou comigo, poderia ter vindo
andando.
— Filho da puta.
nossa direção.
Como notícias correm por aqui.
Raquel.
me entregar.
escutando suspirar.
É possível sentir falta de alguém em menos de vinte e quatro
horas? Nos vimos na aula mais cedo e parece que foi há dias.
Necessito ser firme para manter os planos que fiz para essa noite.
de dentro dele. Meu pau reage e sinto quando ele começa a apertar
a calça jeans.
diabólico.
mestre.
Ando em volta do quarto, olhando para os dois lados, a parte
sua mesa de estudos. Os poucos livros que ela tem, estão bem
arrumados. Ao lado tem uma mesa menor, onde fica sua máquina
nela.
ama falar, e sempre a escuto, percebi que é uma das coisas que
para encarar seus intensos olhos azuis, e tiro do bolso com a outra
inferior.
— Para mim? — pergunta, mordendo os lábios ao olhar em
meus olhos.
pescoço. Ela coloca seus cabelos de lado ao se virar para mim. Vejo
Ela vai até o espelho para apreciar a peça, que combina com
seu vestido.
Eros.
braço pelas pela sua cintura, a trazendo mais para perto de mim.
para a direção onde tem alguns caras a olhando, ela solta uma
risadinha debochada.
minha garota.
facilitou.
Fico bravo com ela por isso, mas o sentimento some quando
tiro o cinto e olho para ela, que está sorrindo para mim, admirada.
pulinhos no banco.
dinheiro desde pequeno, mas sei como esse gesto faz diferença
para Raquel.
olhos.
carro e sair, mas a impeço. Dou a volta depois que saio dele, e abro
a porta para ela, que segura minha mão, não escondendo o êxtase
saber o que ela está pensando. E sei que neste exato instante, deve
estar aqui.
mim a tarefa, e não foi difícil, escolhi tudo com base do que conheço
e já vi.
Foi tudo tão agradável, percebo que fazia tempo que não me
recebendo olhares.
encarar Lívia com curiosidade, ela deve ter percebido alguma coisa,
Raquel.
Lívia, que achei que nunca mais seria capaz de me curar e olhar
ela me fez sentir, mas incapaz de ver o que todos viam ela fazer
meus próprios olhos que ela não me amava e só estava comigo pelo
dinheiro.
muito certo, Raquel não é o tipo de mulher que guarda o que pensa,
do infeliz que ela foi junto para a festa na minha casa, só de pensar
Ela dá risada.
pontos.
amenizar os tremores.
risada.
Peguei Lívia e Gael juntos um dia, e foi assim que a ficha caiu, ela
horrível.
odeio recordar isso. Fiquei tão mal, e mais uma vez eu tive meus
amigos.
— Por parte sim, e outra é que não sei lidar com elas — digo,
com isso.
única mulher por quem sinto algo é ela, algo que toma meu corpo e
quando está por perto, é muito maior do que já senti por outra.
fora da cidade.
só minha, Raquel.
Raquel
Achei que o clima que ficou antes teria acabado com tudo o
quanto ela foi uma vaca egoísta e idiota, agora eu tenho um rosto
para odiar.
Eu percebi pela forma que Lívia olhou para Eros, que parecia
mesmo tempo.
e sensual.
Ele grunhe.
Só percebo que paramos quando ele abre a porta do carro,
para seu rosto, marcado por uma expressão ansiosa e rude. — Saia
da porra do carro.
Sorrio.
no colo. Eros não anda muito, ele só faz o caminho até a frente do
mas seus planos sãos outros, ele me penetra, dobrando seus dois
Eros desce sua boca pelo meu queixo, fazendo uma trilha de beijos
corredor.
— Sim.
bem rústico.
tempo, ao que me diz que alguém já deve ter cuidado disso antes
felpudo em seguida.
os olhos quando ele entra mais fundo dessa vez, e ele morde meu
queixo.
que você sente — exige e abro os olhos quando ele aperta o bico do
pau.
língua pelos meus lábios. — Me deixa beijar você do jeito que amo,
Assinto.
dois.
Estou apaixonada por ele e agora é tarde para voltar atrás.
embalagem.
Encontro um roupão felpudo, dobrado na parte de baixo do
pescoço.
pedindo desculpas por ter sido Eros a sair comigo e não ela, como
combinado.
namoro”
foi”
bem nelas, Eros parece ter pensado em tudo. O chão está bastante
frio para eu sair andando pela casa, e a opção seria o salto alto que
sugere.
pensando se foi tudo feito por Eros, e forma que ele trabalha em
encarando.
ego grande.
comento.
quem gosta de vir para cá é Artho, ele já trouxe Charlotte aqui várias
respeito isso, por tudo o que ele já me mostrou ser, a dor da morte
dos pais tão precoce foi algo que mexeu muito com ele.
cabeça.
minha bunda.
Passo as mãos pela pele do seu peito, enquanto o beijo, e
costela.
fazendo arrepiar.
em fazer mais?
que o possa apoiar minha cabeça em seu peito, ele abre uma
sobre Eros.
— E qual é a dessas?
meus amigos sempre gostaram do meu pai. A forma que ele tratava
nós todos por igual, mesmo eles não sendo seus filhos. Eu via o
amor que Gustavo tinha por eles e era recíproco — Eros pausa.
— Essa frase é a declaração que ela fazia para mim toda vez
que ele quis usar essa forma para eternizar o amor de mãe e filho.
Jota Quest.
sorrindo com a sensação feliz que tenho sentido desde que Eros e
eu começamos a ficar.
fazermos um piquenique.
Depois de alguns quilômetros, chegamos. Na entrada tem
vinhos.
Andamos por entre os pés de uvas, de vez em quando
lugar, que não hesita em nenhum momento para levar para cada
lugar.
perto, com gramas bem cortadas, perfeito lugar para fazer várias
coisas de lazer.
Tiro alguns potes como frutas, frios, bolos. Eros abre uma das
delegacia.
Lembro que os meninos ficaram furiosos, principalmente o
com uma garota e o pai dela o odeia, por alguma coisa no passado.
preocupada.
contei aos meus pais. Eros ainda não perguntou o motivo, sei que
Mesmo com o nosso namoro indo tão bem, está tão precoce ainda e
gesto com a cabeça para que ela a faça. — Por que você me odiou
tocar no assunto.
meu rosto e isso facilita as coisas, mas sei que ela está com a testa
franzida.
Não suportava lembrar que Artho ficou com a garota que eu
inexplicáveis.
indignada.
por ela sumindo. E quando ela foi apresentada para mim, por Artho,
colega do meu curso que andava com a sua turma na época, ele
via nas aulas. Ele se gabando por estar ficando com a caloura
naquela boate?
Bufo.
por saber disso. — Por que você mesmo não foi falar comigo?
ela não esperava que eu fosse tão sincero. Pelo canto de olho não
passava perto da mesa que estava sentada, mas nunca tive sua
cada detalhe seu quando não tinha ninguém me olhando, isso tudo
mesmo não focando direito em seu rosto por causa das sombras
vestido, enquanto ela mexe seu quadril por cima da minha calça.
excitado.
nossas bocas.
Suas mãos estão no botão da minha calça, ela abre e desce o
roupa.
controle, puxando seu quadril para perto do meu, louco para estar
dentro dela.
entrada.
raiva em cada descida que ela faz no meu pau, e nas mordidas que
levá-la para o edifício, e sim para minha casa, onde eu posso dormir
com ela na minha cama, sem tirar minhas mãos dela uma única vez.
Raquel
meu quarto.
de estudos. Eros fecha seu Macbook e alguns livros e vem até mim,
cafuné nele.
noites aqui, quando meus fins de semana não são aqui, estamos na
casa do sítio.
Estamos tão envolvidos, que sempre temo que esse amor possa me
machucar.
Assinto.
gorducho.
dos meninos.
para São Paulo, como o combinado que fez com seus amigos. Por
esse motivo, sigo ainda sem falar com meus pais sobre Eros,
para ele.
Natan e eu, sorri. Dimitri e Gabriel estão do outro lado da mesa, mas
atenção de Eros.
soco.
socorro com o olhar para o amigo, que está o fuzilando com o olhar.
— Bibi?
Todos à mesa começam a rir, Eros aliviado, solta uma risada
nervosa, por ter escapado de ter que explicar a Ayla outro tipo de
palavra.
Gabriel tem agora na cara. Ayla se referindo a ele o tempo todo pelo
apelido.
vejo que são quase quatro horas da manhã e sem sinal dele no
quarto.
pois ele deve ter ido até a cozinha, mas nada de Eros aparecer.
Me levanto para ir atrás dele, passando uma manta pelos
que leve ao closet, está ligada, e caminho com passos lentos até lá,
— Tem uma coisa que eu não te contei — Eros diz, seu tom
desespera, pois ela está presenciando uma parte minha que não
deixo ninguém ver. Estendo a mão para ela, para que ela possa se
meus ombros, embrulhando nós dois. Ela deve ter percebido que
estou tremendo, mas isso não é pelo frio, é pelo que as lembranças
um toque apenas para sentir que ela está aqui comigo, e quero
subindo e descendo.
Ora ou outra vejo ela olhar para cada detalhe do closet dos
soubesse que aquele seria o último momento com eles, eu teria feito
machucando.
— Não tinha como você saber, Eros — Raquel diz, ainda com
sorriso dela.
— Eu fiquei bravo porque eles não queriam nos ouvir, nos
pergunta e aquiesço.
Paulo. Nessa época, Dimitri estava ficando na minha casa por uns
meus pais.
“Eu fiquei com tanta raiva, que lembro de ter pedido para eles
egoísta o que causou uma discursão mais calorosa entre nós dois,
ir embora com eles, uma parte de mim morreu junto, até mesmo a
esperança de viver o amor que eles tiveram. Não consegui lidar com
a perda deles, e não sei se serei capaz. Vivo até hoje com a dor.
Minha garota chora, e me abraça, quando desaba ainda mais
tem sido a pessoa que tem me trazido de volta, até mesmo o amor
que eu achei que nunca viveria um dia, mesmo que eu ainda tivesse
Ela está certa, não precisa existir essa culpa. A forma que
mim, me sinto aliviado em ter contado tudo para ela, me aberto com
ela como nunca fiz com ninguém antes, despindo para ela o Eros
castigando.
isso.
Raquel
fase na vida dele. Ele não sorri em nenhum momento para a foto,
coração acelera e minhas mãos suam, ao passo que ele pousa sua
vestido longo da cor vinho. Ele tem uma abertura lateral, que sobe
até a coxa, e por cima um tule da mesma cor. A parte superior tem
vestida com ele, toda arrumada, fez valer a pena cada furada de
Eros e Charlotte.
Me afasto, para deixar que ele tenha sua entrada junto com
rosto.
— Você também, depois me passa o numero da sua estilista
olhos.
formar também, sendo assim todos iriam ter suas festas, em datas
amigo da vez.
outros.
cintura.
quando Eros subiu para fazer o discurso por toda a sua classe,
isso.
Meu coração acelera só em pensar que sua mudança para
São Paulo está perto, e que a gente ainda não conversou sobre
presas em minha garganta para declarar o meu amor para ele. Com
presentear com alguma coisa por ser um dia especial para você.
surpreso, porque não esperava algo assim, vejo uma certa emoção
em seus olhos.
profissão.
— Ela é linda, obrigado — pronuncia, verificando como ela
novamente.
Pela forma que ele me olha, percebo que algo não parece
— Eu sei que não faz muito tempo que não estamos juntos,
pudesse sentir algo tão forte por uma mulher um dia. Você com seu
você, acordar e não pensar em você, dormir sem te ter ao meu lado,
com a certeza que no dia seguinte você vai estar acordando com
explicar como duas pessoas tão diferentes, como nós dois, entraram
no caminho um do outro.
sua mão, onde contém uma caixinha de veludo, quando ele abre a
ao seu lado — declara, e sinto como se meu coração fosse sair pela
boca.
Coloco a mão na minha boca, em choque, emocionada com
São Paulo, começaremos nossa vida juntos lá, você pode transferir
si. Seus olhos castanhos claros mudando para algo tão intenso. E
— Eros, por favor — nem sei o que estou pedindo para ele,
— Eros! — grito mais uma vez antes de ver seu carro sair
ele vai voltar. Encontro Darth Vader me olhando com uma carinha
descer as escadas, ao mesmo tempo que tento ligar para Eros, com
Vader me seguindo.
respirar.
em frente.
tudo que possa aliviar a dor que estou sentindo agora. Que me
rasga e me destrói. Tudo em mim está sendo dilacerado e cortado
— Por que, porra? Por que você fez isso comigo? — grito, e
só dirijo para longe dela e dessa maldita cidade e tudo que me faz
mão a puxo com força o suficiente para cortar minha pele, até
dentro do carro.
Como dói amá-la e não a ter ao meu lado, mas dói mais ainda
a perda.
que vivemos e deixar tudo para trás como estou fazendo agora.
Agora estou perdido na distância
malas e me seguro para não rir da força que ele coloca para
levantá-la.
pergunta para puxar assunto, já que a nossa viagem vai ser longa
janela.
com ela e meus pais, mas sempre estávamos em contato, foi com a
tornando realidade.
depois de tudo, e não sei como será estar com ele no mesmo
ambiente. A única coisa que eu tive dele durante esses anos, foram
viver com o que ele fez e a forma egoísta que ele tratou tudo, mas
chorar e sofrer.
O amor que eu sinto por mim era bem maior do que qualquer
da casa por se parecer tanto com eles. Minha amiga merece, enfim
minha mala.
o apoio da mala.
minha amiga e louca para pegar Nicolas no colo, mas não são eles
que encontro.
barriga.
olhar.
vidas.
Mas não é isso que faz uma pressão acertar minha cabeça e
sorriso que costumava aparecer somente para mim. Essa cena faz a
raiva crescer em minhas veias, e me pego ficando bravo comigo
não vejo mais ninguém e desço os olhos para seu dedo anelar, me
um bom tempo.
paciência, e bufo.
Mas ele entende assim que olha para a entrada da sala e vê Raquel
Raquel. Em nenhum momento ele disse que ela viria, nem me deu
Nicolas no colo.
de abraçá-la também.
ele.
Nicolas do colo de Charlotte, que sorri toda babona para seu bebê,
do que pergunta e olha para Charlotte que está ao seu lado. — Você
cabeça da filha.
Filho da puta, estou com muita raiva dele agora, mas com ele
resolvo depois.
mim.
dia.
E está noiva.
Porra de mulher que não deixa minha mente, estava indo tudo
bem com ela longe do Brasil, vivendo a vida dela, e não infernizando
a minha.
Aperto o copo de uísque entre os dedos, focando na cor
âmbar da bebida.
Escolhi vir direto para o Clube dos Cretinos, boate que Natan
minha boca.
meu lado. Olho em volta, querendo tudo, menos encarar ele neste
momento.
solteiros mesmo, seria bom sair daqui essa noite acompanhado das
duas.
e maliciosos.
Meu outro lado sentiu orgulho por ela ter ido tão longe,
com isso.
mim.
copo novamente.
batizado do Nicolas.
olhar.
— Não sei por que está chateado, você não me contou sobre
comigo.
Bufo.
meninos.
lugar.
brigas, vocês estão aqui para celebrar e prometer guiar essa criança
Padre fala, olhando para mim e Eros, nos dando sermão por ter
olhar, é tudo culpa dele. Artho tenta segurar o riso, mas os demais
presentes na celebração não disfarçam muito. Charlotte olha para o
com a cabeça.
aproximo do padre com ele no colo. Ele dorme sereno, sem saber
que esse é um dia especial para todos. Me esforço muito para tirar
Santo.
dele, porque eu sabia que ele cresceria numa família cheia de amor.
Ao dar um passo para entregar ele aos seus pais, Eros me para,
dele.
sem jeito, já fazia muito tempo desde que Ayla era pequena e eles
cuidavam dela.
assim.
um almoço de comemoração.
sorrindo para mim, seus olhos brilhando quando olha para o filho.
com determinação.
dias e aceitei, mas não esperava dar de cara justamente com Eros.
que ser forte para não deixar elas me afetarem, mesmo eu achando
Assente.
estou no país.
— Ainda não cogitei aceitar, preciso dá uma resposta para
ombros.
quarto. Ela sorri para mim e Charlotte, que faz um gesto com a
cabeça para que ela entre. Fico impressionada com como ela
anos.
a cabeça freneticamente.
Olho para a Charlotte, que demonstra o quanto está
que minha amiga tem por ela, e como recebeu ela de braços
Depois que ela garante que posso ir com Ayla, saio do quarto,
segurando a mão dela para seguir até o seu. Sua mesa de estudos
impressionada.
— Ayla, você fez tudo isso? — pergunto, e ela anui, com seus
la.
teimoso.
Eros
Porra.
— Tem certeza de que foi uma boa ideia você ter vindo? —
predadora.
É por isso que eu não deveria mesmo estar aqui. Raquel está
Natan, e tenho vontade de socar sua cara por ter sido ele o motivo
enlouquecendo.
Lion... Bom, Lion eu não sabia onde tinha se metido dessa vez.
relaxado no sofá.
Mas que diabos ela fazia com aquela aliança em seu dedo?
Foda-se, não quero saber. Mas só de saber que ela não tem
quero sentir nada por ela. Raquel foi a porra da mulher que me
rasgou por dentro, me fez sentir a mesma dor de quando perdi meus
pais, uma dor crucial que me faz perder o ar, não se comparando
nem mesmo com a desilusão que tive quando descobri a traição de
Lívia.
com a ideia de levar Raquel para o quarto que tem o pole dance.
sua bunda empinada para mim, passando suas pernas pela barra
para ter apoio enquanto subia por ela, inclinando seu tronco para
alguém.
sensual.
controle até ver um idiota para por trás de Raquel sussurrar algo no
ouvido dela.
punho.
— Prevejo um desastre — ouço Natan murmurar, e não
Raquel.
quando procuro Raquel com os olhos, e vejo o cara com suas mãos
nervosinho.
mim.
tempo, Eros.
que eu possa me afastar dela, eu não faço, não consigo a deixar ir,
para poder beijá-la pelo menos mais uma vez. Seu gosto ainda
minha língua.
gemido, enquanto desço meus dedos para subir por dentro do seu
vestido e entrar na sua calcinha para sentir sua boceta molhada e
sensível.
tenho de sentir ela toda de novo, quanto mais uma vez Raquel me
bolsa dela.
olhos para a pergunta, sua bolsa era mais importante do que deixar
não encontramos, que o que tinha dentro dela era bem importante
pior, como vou voltar para Paris sem meu passaporte? — pergunto
neste momento.
casa dos meus pais sem documento nenhum, isso será impossível.
raiva por ele aumentando de novo, a única coisa capaz que ele faz,
Lion que está sentado na ponta do sofá, me olha com pena e lança
um sorriso simpático.
minha mãe aparecer, com seu sorriso animado, ela nem imagina
— É por isso que liguei para vocês, acho que não vou
mim, me olhando.
descontar nele.
— Eram seus pais? — ele faz uma pergunta óbvia, pois sabe
direção à entrada.
toque.
questiono entredentes.
frente para mim, seus olhos intensos o tempo todo. — Já que sou
eu o causador de tudo isso, vou te levar para Chuí, não quero que
de carro, e eu não vou com você a lugar algum, a última coisa que
Passar horas dentro do carro com Eros não vai ser uma boa
ideia, e eu não quero ter que está revivendo tudo o que já vivemos
um dia.
com seus pais, e prefere ser teimosa ao ponto de não aceitar que eu
que estar perto dele, quando foi ele que foi embora e me deixou
para trás para cuidar da ferida que me deixou. Foi fácil para Eros ser
acontecido.
argumentar com ele, e Eros sabe que vai me ganhar pelo cansaço.
— Está tudo decidido, resolvemos as pendências dos
carro.
novamente.
saber que eu tinha aceitado viajar com Eros para Chuí, como se ele
eu estava fazendo a coisa certa, foi culpa dele e sua crise de ciúmes
— não vejo outro nome para a forma que ele reagiu — e toda a
periférica.
Vejo ele se afastar para entrar na loja e fico olhando como sua
bunda fica bem dentro da calça jeans que escolheu, assim como
longa.
Eros nem demora mais que dez minutos, e quando volta para
refrigerante.
— Você não comeu nada desde que saímos — responde meu
voltar a dirigir, algo que ele sempre está acostumado a fazer, e vejo
resmunga.
dirigir, como amava fazer antes, prefiro ficar com atenção totalmente
nossa trilha sonora. Eros não troca a música como achei que faria,
Charlotte.
ignoro.
até Chuí”
ficar.
escuto sua voz rouca, me dizendo e viro minha cabeça para ele.
não consigo dirigir mais, Raquel — ele fala com tom irônico, como
se fosse o óbvio, e é, mas a única coisa que pensei foi no fato de ter
placa, que logo fica visível pelo letreiro chamativo em luzes led.
— Eros? — leio em voz alta, e tenho vontade de rir pela ironia
do destino.
estacionamento.
com o fato de que ele não responde minha pergunta, e sua covinha
— Eros é decidido.
pergunto.
check-in. Quando Eros diz seu nome, vejo ela olhar para ele, com
com sua conversinha mole, e volto para o carro para buscar a minha
Eros no apoio dela, tirando ela da minha mão, para ele mesmo a
levar, assim como sua mala ainda menor que a minha. Até nisso ele
mil e dezessete, ele coloca sua mala no chão para poder abrir a
para o hóspede.
não presto atenção, meus olhos estão nele e a forma que ele me faz
sentir.
depois do que foram quase meia hora. Ele para ao meu lado, para
para ir até o banheiro para tentar diminuir o calor que estou sentindo
sem camisa, com sua pele nua à mostra, usando apenas uma cueca
por ele.
contato da sua mão gelada com a minha pele quente. Ele está
nervoso, é por isso que subo as mãos para tocar seu rosto, a
novo, a ansiedade de saber como vai ser depois de anos. Mas Eros
não espera mais, ele junta nossos lábios, sua língua em contato
minha pele quando não estou com o tecido no meu corpo. Ele puxa
meu short para baixo, junto com a minha calcinha, tudo isso ainda
me beijando, até que não sinto mais o tecido da sua cueca no seu
corpo.
Estamos pele com pele, e a sensação de sentir isso de novo
minha coxa, Eros avança mais com o nosso beijo, seu corpo entre
eu gemo.
sua voz rouca, cheia de tesão, e ele me beija por mais alguns
possa colocar.
dentro de mim.
quando o aperto.
Ele aperta minha cintura com força, e logo penso que amanhã
para tirar a camisinha, mas ele não fica longe por muito tempo. Seu
beijando, todo esse desejo e fogo nos levando a outro sexo quente
novamente.
Eros
sabor na minha boca, não consegui manter minhas mãos longe dela
carrinho com a nossa janta de ontem que ficou intocada, para que
possam levar.
uma rosa vermelha ao lado do seu prato. Decido não estar presente
Meu celular, que quase não tive tempo de mexer ontem, tem
mulher?
mais acontecer.
tocar que não adiantaria eu tentar ficar longe dela, Raquel sempre
dela, do mesmo jeito que não consegui jogar fora a pulseira que ela
boca, não pelo que suas redes sociais me mostram, mas eu tenho
medo. Medo de que saber de tudo me mostre o que eu perdi por ter
ido embora.
ela que eu queria passar o resto da minha vida junto. Eu sei que
mim, e hoje entendo o motivo por trás, nossos futuros sempre foram
planejado.
rosas.
agora vamos nos separar e só nos veremos daqui a quatro dias, que
é quando voltamos.
Abro a minha boca para negar, não quero ter que estar perto
dela sabendo que não posso me apegar de novo, agora mais que
nunca as coisas entre a gente não dariam certo, estamos com vidas
hoje em dia eles envelheceram um pouco mais por conta dos anos,
aproveitar a deixa e ir embora, mas não seria bem visto por ele,
mulher linda.
estar com uma expressão assustadora no rosto, pois Davi solta uma
chamou de herói, Raquel deve ter deixado de fora a parte que foi
vilão.
para ir embora.
— Você vai para onde? Achei que ficaria com a gente, é tudo
hóspedes para você, quando ficamos sabendo que viria junto com a
Raquel.
Fico com vergonha por ser tratado tão bem, quando sou o
recebido pelos dois e fico até sem jeito. Marta me mostra a casa, o
conversar com sua mãe e seu pai que apareceu logo em seguida,
alguma coisa.
Gonçalves.
me questionando sobre.
sem jeito.
Mas não precisa ir se não quiser, vai ter alguns parentes chatos
também.
coisas neste momento, assim como eu, que quero estar perto dela
neste dia. Seus pais não entendem a nossa troca de olhares, e pelo
jeito que sorriem, acham que isso significa outra coisa, e não o
insuportável da Vitoria, melhor que ter que lidar com o irmão dela
junto. Ainda não entendo por que meus pais fizeram questão de que
estivessem presentes.
tem seus olhos em Eros, que a ignora, conversando com meus pais
Eros.
Vitoria.
me olha com seu jeito ridículo de sempre querer estar acima de mim
em tudo.
Eu espero Eros dar a resposta a Vitoria, ao ponto de ela virar
sua cara esnobe para o outro lado e calar a boca, mas a resposta
vontade, até mesmo citando algumas coisas que ele aprendeu com
que você cuida da vida dos outros para ter o que fazer? — pergunto,
— Juro que achei que você não iria conseguir nada nessa sua
teve sorte, foi seu namoradinho que conseguiu tudo isso para você?
— fala, sugerindo que Eros me ajudou com tudo o que tenho hoje, e
para Raquel, sugiro que vá embora, é o dia dela e a única coisa que
— A única coisa que fez desde que chegou, foi tentar colocar
nem imaginava que ele tinha percebido que desde que chegamos,
ela mereceu.
da mesa.
forma, se você não tivesse falado nada, seria eu, e como sempre,
clima.
Eros não consegue nem olhar para os meus pais, meu pai e
aconteceu.
diverte, mesmo não sendo tão aberto nas suas expressões, mas só
destino quer.
Raquel
dormir. Saber que Eros está no quarto ao lado, poucos passos nos
sussurra, descendo sua mão pela minha lateral, para subir minha
camisola transparente.
minha calcinha.
— Lembra de quando fodíamos em lugares inapropriados, e
minha boceta, sua demora é tortuosa, mas vale a pena quando sinto
sua língua.
A angústia misturada com a culpa que sinto toda vez que olho
Penso se será melhor ele saber, já faz tanto tempo, e não fará
diferença de qualquer forma. Contar a Eros que não foi só ele que
minha vida.
de tudo que eu sofri, eu ainda amo ele, e vou embora, e vai ficar
Eros tem se dado tão bem com meus pais, se abriu de uma
maneira com eles, que achei ser impossível. Nestes dois dias que
momento algum ele foi embora da minha vida, não houve distância,
entrando, ele sempre espera meus pais irem dormir para se arrastar
até meu quarto. Quando Eros se vira para mim depois de ter
trancado a porta, ele sabe que aconteceu alguma coisa pela minha
cara.
ainda mais pela forma que Eros me olha, seus olhos aflitos e
escondendo meu rosto em seu peito, deixando o choro vir com tudo.
carinho me quebra ainda mais quando ele deixa beijos nos meus
expondo meu coração a ele, ao homem que eu jurei odiar pelo resto
da minha vida.
afasta. — Aconteceu depois que você foi embora. Para ser sincera,
eu não pretendia contar isso a você nunca, não depois desses dias.
mostrar que está ali, e isso me deixa fraca, querendo fugir dele para
bem longe.
Eros nada diz, mas não precisa, eu consigo sentir tudo pelas
no meu ouvido.
seria ficar com meus pais nas férias, talvez outros ares me
ajudassem, mas tudo pareceu ficar pior, porque o tempo todo ficam
quase inaudível.
escolha de não ter contado aos meus pais sobre Eros, nem mesmo
meu corpo treme pelas próximas palavras que preciso dizer a ele.
me abraça ainda mais forte, e vejo isso com um ato de que ele
tinha.
devastada.
de conchinha.
depressão — declaro.
— Você não tinha como saber, não foi sua culpa — Eros diz,
ficado juntos? Ou ele seria egoísta ao ponto de não olhar para trás e
seguir com a sua vida? Essa última pergunta não faz o tipo dele,
porque eu vi e sei como ele é com seus sobrinhos, o amor que vi ele
maioria das noites quando eu acordava sem ter Eros ao meu lado,
achei que iriam embora juntos — o alívio toma meu corpo, depois de
Aquiesço.
dois têm afinal, porque eu vi mais cedo ele saindo do seu quarto. —
deu certo porque ele foi embora para São Paulo depois que se
agora, não daria certo e Eros não lida muito bem com a distância —
coração muito bom — minha mãe elogia Eros, e vejo que ele está
pessoas têm sorte de ter Eros na vida delas — digo, evitando olhar
delas, querida. Se for para ser, vai ser — ele diz, entendendo que eu
meu pai fez, suas mãos sujas de graxas, assim como sua calça, os
rosto.
oficina.
ele ainda não viu — meu pai diz, e dá batidinhas nas costas de
mal, eu fiz isso por nós dois, contei por envolver você — explico a
futuro — digo, minha voz alertando a ele minha mágoa, ele franze a
testa.
pedido de casamento.
— Você não tem como ter certeza, porque você foi egoísta e
momento.
capaz, Eros — grito, explodindo tudo o que eu queria falar com ele.
pelos meus poros. Tudo culpa do homem que eu amava e achei que
congelada com sua confissão, era esse Eros que eu queria que ele
entendê-lo.
quando foi embora, e decidiu não lutar pela gente, teríamos feito dar
certo, seu idiota — repito a última frase, pois eu sei que teríamos
feita dar certo, eu teria feito de tudo para manter nosso namoro.
capaz de sentir por nenhum homem o que senti por você — pauso,
a raiva borbulhando por dentro. — Para você foi mais fácil, seguiu
fui capaz para tirar você da minha mente, caralho — rosna, voltando
esqueci.
Ele volta a se afastar, e eu fico em choque com as suas
tento raciocinar.
tinha que ser, Eros — sussurro, e viro o meu rosto para ele, que me
encara.
redor de novo.
Paris
quanto ele era bem vindo, e no fundo eu senti o quanto minha mãe
estavam prontos.
proposta que me fizeram foi algo que eu teria esperado a vida toda
Tive que pesar na balança o que valia mais a pena: minha tão
meu próprio nome, sendo lançada por essa marca grande e famosa,
minha vida, e brava, muito brava comigo mesma por ter cedido aos
a minha mão.
desesperador.
— Tem alguém batendo na porta, preciso atender antes que
engraçada, olhando para algo que chama sua atenção à sua frente.
mas fico estática, nada me preparando para ver Eros com a mão em
que um desafio para mim, foi enfim lidar com a minha culpa, e saber
propósitos da vida.
boca.
Mas eu sei que seria capaz de fazer tudo isso para ir atrás da
fechar a porta logo depois. Ela se vira para mim, sua imagem me
boca e fazer amor com ela, e nunca mais a soltar. Mas aguardo,
esse ainda não é o momento, sei que vai valer a pena a espera, se
nem sei como explicar para ela que vim porque eu a quero na minha
sair.
para a sua carreira, isso implicaria em ela se mudar para São Paulo
conseguir me despedir dela, eu não tive mais paz, tendo que lidar
com todo sentimento que sinto por ela, e o amor que nunca se
lágrimas, e toco seu rosto com meus dedos, acariciando sua pele.
suas vontades.
lábios, louco para poder a beijar, e quando me inclino para fazer, ela
boca.
Raquel se levanta para escovar os dentes, e eu fico o tempo
chama atenção.
cabeça.
o resultado.
Vou ser pai e nem sei como reagir a isso e Raquel vai ser
mãe, ela é a única mulher com quem pensei ter uma família um dia.
porta depois de tudo, ser capaz de enfrentar seus traumas para vir
sentíamos.
primeira vez que te vi, nunca seria capaz de superar o que tivemos
preparado.
e eu seria uma idiota se eu não desse uma chance a nós dois — ela
assim como os meus pais fizeram, darei todo o meu amor ao bebê e
São Paulo
Dezembro de 2029
como casal apaixonado que somos. Levei ela para jantar, tiramos
fechar um trabalho bem bacana com ela e no final deu tudo certo,
porque a linha de roupas que Raquel criou com o seu nome, fez
muito sucesso.
Artho.
Os pais de Raquel vieram visitar a gente, Davi e eu tivemos
ano de idade.
no mesmo lugar que Angel tem a dela na mão direita também para
Bananinha, de início fiquei bem bravo, mas levei numa boa depois
pequena.
vida.
— Ela se comportou?
nossa filha, seu sorriso lindo no rosto, vestida como uma mulher de
negócios.
me inclinar para ficar por cima dela. — Sabe que dia é hoje?
rosto de Angel.
dedo pela pulseira de Macramê que Raquel fez e deu para mim na
original, não levo muito jeito para a coisa. Enchi toda a sala com
pelo chão.
mesmo vestido preto que ela usava quando a levei para jantar em
fundo Still Falling For You de Ellie Goulding toca, e vejo a emoção
nos seus olhos, quando ela tem uns dois passos ainda longe de
aliança, mas com a certeza de que agora ela dirá sim para mim.
sei que também me ama, temos uma filha incrível juntos, uma vida
ainda mais perfeita do que sempre imaginei e sinto que só falta esse
que eu aceito!
Um ano depois
sorrindo para Angel que está no meu colo, precisei pegar ela, pois
dela.
Gabriel me entrega a taça e pega minha filha no colo, ela
perto.
tenta soltar a mão do pai para correr por entre as pessoas. Lion vem
logo atrás, com seu bebê dormindo em seu colo, ao seu lado Natan,
está no meu.
primogênita.
Agora você vai saber exatamente como é ter uma filha nessa fase
Fim.
Quero agradecer primeiramente a Deus e minha família por
todo apoio.
Você é incrível.
Obrigada, obrigada!
As parceiras por terem apoiado esse projeto, e compreendido
SIL ZAFIA
PRÓLOGO
Dimitri
GIULIA RICCI
Não pode ser ela, a voz da razão grita. Deve ter milhares de
outras Giulias Ricci no mundo. Isso é só uma maldita coincidência.
Mas ela queria ser escritora, a voz esganiçada na minha
mente rebate.
Giulia
— Não gosto deles aqui. Tolero Ícaro, mas não vou tolerar
mais um garoto Romano. Você sabe o tipo de pai que eles têm. E
quanto ao outro, a mãe dele é uma puta, viciada e ladra — meu pai
contou, e dessa vez não resisti em me encolher com suas palavras
duras. — Ela trabalhou algumas semanas aqui, como faxineira, mas
a pegamos roubando. É isso que ela faz, rouba para comprar
drogas. O filho deve estar indo no mesmo caminho. Se encontrar
algum dos dois na minha fazenda outra vez, não vou ser educado.
Pensei em dizer que nem Dimitri nem Artho tinham culpa dos
seus pais, mas não adiantava, meu pai não era aberto a debates.