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INSTITUTO PROMINAS

CRISTINA PEREIRA DE MELO SANTOS

A ATUAÇÃO E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

BARÃO DE COCAIS - MG

2019
INSTITUTO PROMINAS

CRISTINA PEREIRA DE MELO SANTOS

A ATUAÇÃO E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Projeto Integrador apresentado ao


INSTITUTO PROMINAS, como requisito
parcial para a obtenção do título de
LICENCIADO EM EDUCAÇÃO
ESPECIAL.

BARÃO DE COCAIS - MG

2019
SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO........................................................................4
1.1 ÁREA QUE APLICARÁ O PROJETO.................................................................4
1.2 TÍTULO................................................................................................................4
1.3 NOME DO SEU IDEALIZADOR..........................................................................4

2 SITUAÇÃO GERADORA E JUSTIFICATIVAS..................................................4

3 OBJETIVOS........................................................................................................5
3.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................. 5
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................5

4 ABRANGÊNCIA E CONTEXTO.........................................................................6

5 PLANO DE AÇÃO, CRONOGRAMA E DESDOBRAMENTO DAS AÇÕES.....6

6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO..................................................................8

7 RESULTADOS....................................................................................................9

8 CONCLUSÃO................................................................................................... 11

REFERENCIAS.................................................................................................12
1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

1.1 Área que aplicará o Projeto


Educação Especial

1.2 Título do Projeto


A atuação e a formação de professores na educação inclusiva

1.3 Nome do seu Idealizador


Cristina Pereira de Melo Santos

2 SITUAÇÃO GERADORA E JUSTIFICATIVAS

Sabe-se que o desafio dos professores ao enfrentar o cotidiano da sala de


aula com a educação especial não é uma tarefa muito fácil, porém não é impossível
e, para o bom desenvolvimento da classe e dos alunos de forma individual, é
necessária uma formação contínua para se pensar a prática inclusiva e propostas de
intervenção que promoverão mudanças significativas na vida escolar.
Nesta concepção este projeto baseou-se em questões como, por exemplo,
“Qual a importância da formação adequada para um professor que trabalha com
educação inclusiva?” e “Como se comportar frente a situações que exigem maior
atenção e cuidado com alunos especiais?”.
O presente projeto apresenta como foco principal o papel e a formação do
professor para a educação inclusiva salientando, principalmente, a capacitação e o
cuidado necessário que esses profissionais da educação devem ter ao lidarem com
alunos com necessidades educacionais especiais.
Conforme afirmam Arruda e Silva,

Em relação à formação, fica cada vez mais difícil a situação do professor,


porque as universidades pouco os preparam para lidar com alunos com
necessidades educacionais especiais (NEE), saem despreparados, já que
na sua formação não tem um curso específico para lidar com eles. Muitos
professores ainda reclamam que falta, também, o suporte de profissionais
da área da especificidade para trabalhar com essas crianças, já que as
mesmas necessitam de uma atenção especial, um trabalho diferenciado
(ARRUDA; SILVA, 2014).
Visto que este público tão carente de preparação tem sido esquecido de
diversas maneiras, é necessário conscientizar que o processo de formação dos
professores da educação especial deve ser encarado em toda e qualquer
circunstância com sabedoria e conhecimento suficiente para facilitar a prática
pedagógica dentro da sala de aula.
É um tanto quanto desafiador abordar este tema, mas é importante que o
professor repense sua atuação de maneira cuidadosa, que se atenha àquilo que ele
pode oferecer aos seus alunos e à escola, não se movendo apenas e
exclusivamente pelo salário, mas pelo motor que o impulsiona a trabalhar com os
alunos considerados “diferentes”.
Conforme Rocha,

Atualmente, para construir uma escola que atenda adequadamente a alunos


com características, potencialidades e ritmos diferentes de aprendizagem,
não basta apenas que tenham professores e demais profissionais que uma
escola normal apresenta. Faz-se necessário que os profissionais e
principalmente os professores estejam capacitados para exercer essa
função, atendendo a real necessidade de cada educando (ROCHA, 2017).

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral


Este projeto tem por objetivo identificar o papel do professor dentro da
educação especial e a capacitação necessária para lidar com estudantes com
necessidades educacionais especiais ao se deparar com situações desconfortáveis
dentro da sala de aula.

3.2 Objetivos Específicos


Identificar o processo de formação dos professores da educação especial.
Compreender a importância da qualificação do professor frente à demanda
apresentada pelos alunos considerados deficientes.
Evidenciar a cautela que se deve ter em relação aos alunos com
necessidades educacionais especiais.
4 ABRANGÊNCIA E CONTEXTO

O referido projeto fora aplicado na Escola Estadual José Maria de Morais,


localizada na Rua Dr. Euclides Gualberto Souza, nº 85, Leão XIII, na cidade de
Barão de Cocais/MG, no período vespertino na Sala de Recursos AEE (Atendimento
Educacional Especializado), apenas com alunos do Ensino Fundamental, num total
de 6 estudantes, tendo como ponto central a conscientização da capacitação dos
professores de educação especial para exercer sua função de acordo com a
necessidade de cada educando.

5 PLANO DE AÇÃO, CRONOGRAMA E DESDOBRAMENTO DAS AÇÕES

O referente projeto fora programado para ser trabalhado por seis meses, se
tratando de algo novo para a escola, optou-se por realizá-lo apenas em três meses,
ou seja, fevereiro, março e abril.
Em janeiro, iniciou-se o planejamento de possíveis atividades a serem
implementadas durante projeto.
No mês de fevereiro, logo após o início das aulas, marcou-se uma reunião
com a vice-diretora e pedagoga para explicar a ideia do projeto. Com a aprovação
das duas, a primeira atividade foi uma roda de conversa com os professores, um
momento de compartilhamento de pensamentos, exposição dos perfis de alguns
alunos, sugestões para melhoria do ensino e conscientização sobre a importância de
se ter um olhar cuidadoso voltado para cada necessidade dos estudantes.
Em março, foram feitas duas reuniões para discussão das capacitações de
cada professor ali presente, explanaram as dificuldades em lidar com este público,
adaptações que são feitas para atender de forma eficaz cada um dos alunos e a
necessidade da disponibilização de cursos complementares para voltados à
inclusão.
No mês de abril, realizou-se uma dinâmica com os professores
interessados no projeto visando o trabalho em equipe. Foi um momento bem
produtivo e oportuno para explicitar a importância do bom funcionamento de um
grupo.
Dessa forma, foram três meses de muito aprendizado e troca de
experiências, todo o corpo docente se mostrou interessado no projeto e predispostos
a levá-lo adiante em oportunidades vindouras.

Tabela 1 – Plano de Ação/Desdobramento

Ações Atividade Responsável

Percepção Perceber as necessidades educacionais Cristina Pereira de


dos alunos Melo Santos

Competência Discussão sobre a formação de cada Cristina Pereira de


professor Melo Santos

Capacitação Complementação dos estudos a respeito Cristina Pereira de


da educação especial Melo Santos

Trabalho em Atuar em equipe com o professor Cristina Pereira de


equipe especializado Melo Santos

Fonte: Cristina Pereira de Melo Santos, 2019

Tabela 2 – Cronograma de Atividades

2019
Fevereiro

ATIVIDADE
Janeiro

Março

Abril

Montagem do cronograma para iniciar as


atividades no mês seguinte, ou seja, fevereiro/ X
2019

Roda de conversa com professores do ensino


regular e especial para explanação do perfil
dos alunos aos quais são responsáveis e X
verificar a percepção quanto às necessidades
desses alunos.

Reuniões feitas para discussão das X


competências de cada professor para
executar atividades diretamente relacionadas
aos alunos considerados deficientes e
ouviram-se sugestões de práticas alternativas
para aprimoramento curricular

Dinâmicas voltadas para a aprendizagem do


trabalho em equipe, utilizando-se de todos os
X
recursos pedagógicos possíveis para a
promoção da inclusão
Fonte: Cristina Pereira de Melo Santos, 2019

6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Desde as primeiras conversas com o corpo docente a respeito deste projeto,


foi nítida a animação e expectativa para se trabalhar o tema, assim como na maioria
das vezes, nem todos se dispuseram a participar, mas os interessados abraçaram a
causa e se sentiram parte de tudo o que estava sendo proposto.
Percebeu-se que, no contato inicial, alguns professores estavam receosos
quanto ao planejamento, talvez um pouco inseguros, pois, afinal de contas, era algo
muito inovador para a escola. Mas isso não afetou em nada no decorrer da
execução do projeto.
Pode-se destacar alguns pontos relevantes por parte dos professores nestes
três meses como, comprometimento em aprender mais sobre a própria profissão,
envolvimento, participação ativa e colaboração no sentido de trazer para as reuniões
vivências de sala de aula.
Foram momentos totalmente estratégicos e pensados com todo cuidado
para que o conhecimento fosse ampliado e mais pessoas passassem a entender
que a formação continuada do professor é diretamente proporcional à profissão,
principalmente no que se refere à educação especial.
Foi um período de muito aprendizado e expansão da visão quanto à
individualidade de cada aluno, focando sempre que existirão dificuldades dentro de
sala de aula, que é preciso ter um olhar diferenciado para as famílias que agem de
formas variadas com seus filhos, que se leva tempo para uma adaptação sólida
tanto do aluno deficiente quanto da escola como um todo e que o planejamento do
professor deve atender a todos, sem distinção.
7 RESULTADOS

7.1 Resultados Esperados


Com a proposta da educação inclusiva, entende-se que o professor atuará
com um olhar diferente para os alunos com necessidades especiais e que isto
acarretará em grandes mudanças tanto na escola como na comunidade em geral,
visto que este modelo de educação acolherá àqueles historicamente excluídos.
O projeto buscou exatamente mostrar o grande desafio do sucesso da
educação inclusiva no Brasil é justamente a escola. Se tratando da esfera municipal
e estadual, não há recursos e subsídios suficientes para que os profissionais
trabalhem com os alunos especiais e suas particularidades, falta incentivo,
reconhecimento e, nada mais, que a capacitação formal para que os professores
possam desempenhar o seu papel de maneira consciente, satisfatória e com
qualidade.
Uma das ideias iniciais deste projeto é dar voz aos professores levando-se
em conta que o processo de inclusão ainda é precário e um fator que precisa ser
considerado quando se fala em formação de professores é a acessibilidade do
preparo, do conhecimento necessário para auxiliar no desenvolvimento e na
aprendizagem desses alunos.
Portanto, é importante pensar no professor como agente transmissor de
conhecimento, capacitado para atender cada aluno e que respeita as diferenças,
para que a inclusão aconteça de forma eficaz, satisfazendo as propostas iniciais,
repensando as práticas pedagógicas, aliando-se aos parceiros de assistência da
escola e recebendo apoio da comunidade e da instituição.
Desse modo, também é interessante pontuar que essa formação não seja
voltada apenas para os professores, como também para todos os profissionais da
área da educação na escola, disponibilizando profissionais especialistas, como
fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogo, psicólogo, entre outros.

7.2 Resultados Obtidos


Nos resultados observou-se que a formação continuada e a preparação dos
professores em atender alunos especiais são de extrema relevância para o bom
desenvolvimento da escola e dos estudantes. Dessa forma, concluiu-se que cabe ao
professor se especializar na área desejada, receber apoio da instituição e entender
que este novo modelo educacional é um processo, cumprindo seu papel como
mediador do conhecimento.
Outro ponto importantíssimo que fora levantado nos encontros é que, no dia
a dia, a falta de formação adequada para lidar com os alunos especiais pode gerar
algumas situações desconfortáveis dentro da sala de aula. Além de conhecer os
tipos de deficiências de cada um dos alunos, o professor precisa usar toda sua
criatividade para planejar as aulas buscando a interação de todos, criar estratégias
que explorem as habilidades e potencialidades para que consiga atender todas as
necessidades.
Por isso, a maioria concordou em vários momentos que muitos professores
que lecionam, especificamente em escolas públicas, não procuram se aperfeiçoar
nem estudar com mais profundidade a respeito deste novo público.
As evidências foram e são claras quanto às dificuldades que o professor
encontra em trabalhar com a pluralidade, pois não existe um método certo para
ensinar perante as capacidades e habilidades de cada aluno, mas, sim, uma
formação precisa na adoção de uma nova postura para com esses alunos que
demandam mais atenção, cuidado, paciência, delicadeza, e isso, segundo os
professores participantes, é extremamente difícil.
A função de acolher os alunos com deficiência não se restringe apenas ao
professor responsável pela classe, mas se estende a toda comunidade escolar,
atendendo as dificuldades de cada um em ambientes integrados.
Para um ensino com mais qualidade e desenvolvimento, faz-se importante
contextualizar a educação inclusiva a realidade da escola e das famílias, para que
ocorra uma troca de informações que proporcionará aprendizado, treinamento e
formação mantendo o bom funcionamento do tripé escola-família-comunidade.
Diante dos impasses existentes tanto no ensino regular quanto no ensino
especial, é necessária a reestruturação de muitas escolas, atualização dos
profissionais, ampliação dos projetos educacionais, suporte financeiro, apoio
pedagógico, flexibilização para implantar novas propostas e acessibilidade
comunicacional.
Por fim, é importante mencionar que este projeto apresentou-se como uma
abertura de fala para os professores, escutando o que cada um tinha a dizer sobre
sua prática pedagógica, foram momentos de exposição das dificuldades enfrentadas
e como é possível mudar a situação da educação especial na referida escola. Sabe-
se que os resultados aparecerão a longo prazo, mas pôde-se ter uma noção do
quanto é necessário abordar mais o tema e permitir que muito mais pessoas falem e
entendam a pertinência do assunto.

8 CONCLUSÃO

Em virtude do que foi mencionado, conclui-se que o professor da educação


especial depende da recorrente atualização curricular para realizar seu trabalho com
êxito. Cabe ao professor buscar novas formas de ensino, promovendo a inclusão, a
independência e a autonomia dos alunos com deficiência.
Entende-se que o processo de inclusão é gradativo e exige muita
persistência, afinal, formar uma nova modalidade de ensino um tanto quanto
diferente do já proposto faz com que o empenho seja o grande protagonista da
trajetória escolar.
A inclusão acarreta uma série de mudanças na vida de todos os envolvidos.
Isso assusta e muitos profissionais da educação se sentem inseguros para assumir
tão grande tarefa, por isso a importância de estarem sempre cercados de outros
profissionais que contribuirão para que de fato a inclusão aconteça.
O projeto preocupou-se em explicar que uma capacitação séria refletirá nas
práticas pedagógicas a serem implementadas dentro da sala de aula e, com certeza,
o professor ficará menos preocupado quanto a sua atuação no enfrentamento dos
desafios e contratempos que surgirão durante o processo.
Portanto, cabe ao professor de educação especial compreender o novo
modo de educar. É essencial respeitar a diversidade das pessoas, não permitir que
haja discriminações, oportunizar a aprendizagem desses alunos independentemente
de suas capacidades e abrir a porta para que todos os alunos, principalmente os que
possuem necessidades especiais, possam ser inseridos em uma sociedade menos
preconceituosa e que exerçam sua cidadania como qualquer outra pessoa.
Por fim, é imprescindível a presença do professor nesse processo,
cumprindo seu papel de mediador do conhecimento e das relações estabelecidas,
sendo mais sensível à necessidade de cada indivíduo, garantir a qualidade de vida
dos educandos e oportunizar um ambiente inclusivo.
REFERENCIAS

ARRUDA, Aparecida Luvyzotto Medina Martins; SILVA, Ana Paula Mesquita da. “O
papel do professor diante da inclusão escolar”. Disponível em:
http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes_pdf/educacao/v5_n1_2014/
Ana_Paula.pdf. Acesso em: 24 abr. 2019.

ROCHA, Artur Batista de Oliveira. “O papel do professor na educação inclusiva”.


Disponível em: http://www.opet.com.br/faculdade/revista-pedagogia/pdf/n14/n14-
artigo-1-O-PAPEL-DO-PROFESSOR-NA-EDUCACAO-INCLUSIVA.pdf. Acesso em:
24 abr. 2019.

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