Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
REsp PEDRO VS SANTANDER
REsp PEDRO VS SANTANDER
RECURSO ESPECIAL
RECORRIDA:
BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A., pessoa jurídica inscrita no CNPJ sob nº 90.400.888/0001-42, com
domicílio situado a Avenida Presidente J. Kubitschek, nº 2041 e 2235 – Bloco A, CEP: 04543-011, Bairro Vila
Olímpia, São Paulo/SP, endereço eletrônico supimpostosissqn@santander.com.br. representada pelo seu
Procurador, DAVID SOMBRA PEIXOTO, OAB/DF nº 52.043.
DO PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE
A) Tempestivo, quando o foi ajuizado dentro do prazo previsto na legislação processual civil (art.
1.003, § 5º);
C) O Recorrente tem Legitimidade para interpor o presente recurso, nos termos do art. 996, do CPC;
F) Do Preparo Recursal, foi devidamente recolhido, realizado, nos termos do art. 1.007 do CPC C,
conforme comprovantes, anexo, (doc.01).
Diga-se, mais, a decisão apresentada a esse Superior Tribunal foi proferida por colegiado em
última instância, no Tribunal “a quo”, não cabendo mais nenhum outro recurso, na instância
originária.
AO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 105, §2º, da Constituição Federal: No recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das
questões de direito federal infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a admissão do
recurso seja examinada pelo Tribunal, o qual somente pode dele não conhecer com base nesse motivo pela
manifestação de 2/3 (dois terços) dos membros do órgão competente para o julgamento.
Tem-se que, dentre as diversas relações de consumo, muito provavelmente aquelas cujo ajuizamento se fez
necessário são as que têm em um dos polos uma Instituição Bancária, e a outro polo o consumidor/cliente.
O forte poderio de instituições financeiras em face da fragilidade (processual) do consumidor é motivo para
que este reclame seja apreciado.
Espera-se que essa egrégia instância se posicione acerca de direitos consumeristas como inversão do ônus
da prova, inadmissibilidade de ter o Recorrente de fazer prova negativa, ter contra si a expedição de mandado de
pagamento, sobre cuja soma se refere a ilações unilaterais, afastamento de sorte numerosa de dispositivos de leis
federais, dentre outros.
E, recorrentemente, instituições financeiras ajuízam demandas, nas quais, ainda que instadas a fazer prova
de suas alegações (apresentação de comprovante de avença), ou nem sequer instadas, o que é mais grave e
corriqueiro, essas instituições amealham vitórias judiciais aos montes, sem ao mínimo provar seu direito.
Trata-se de direito que transcende a esfera de necessidade das partes, reclamando formação de precedente,
tese, repercussão geral, em Corte Superior.
DA RETROSPECTIVA PARA O MELHOR ENTENDIMENTO DAS ILEGALIDADES HAVIDAS
De plano, verificou-se o não atendimento da Súmula 247, editada por essa Corte Superior.
Em momento primeiro, houve a negação da ação monitória. Em momento segundo, e sem trazer nada para
complementar o corpo processual, obteve juízo procedente, sem ter ao menos apresentado comprovante de
contratação.
Àquele momento, e durante toda a marcha processual, a instituição fora desafiada a apresentar contrato
escrito (ainda que houvesse cópia digital, com assinatura eletrônica do Recorrente, conforme a Recorrida afirma ter
se dado). Atente-se: em dissonância de leis, resoluções, e até de seu normativo interno, a Recorrida jamais
apresentou comprovante de contratação, mesmo sendo desafiada durante todo o processo, e, desafiada agora, se
houver momento processual para tanto.
Mesmo se omitindo do início ao presente, e, ainda, afirmando por diversas vezes que havia uma contratação,
seja mencionando contrato qualquer, ou contrato feito por internet banking, jamais conseguiu provar a avença, do
que, municiada somente de documentos produzidos de forma unilateral, conseguir atingir seu objetivo.
Em resposta aos Embargos, o juízo não atacou os prequestionamentos apresentados, e aplicou multa ao
Recorrente, afirmando haver dolo de protelação. O que, absolutamente não se deu (Fls. 716 a 731).
É o suficiente.
A trama processual gira em torno, também, do enunciado da Súmula 247, do STJ, o que impõe a apresentação
de comprovante da contratação, qualquer que o seja.
Seja por meio físico, seja através de internet banking, o que pode ser provado de forma simples, eis que a
legislação vigente determina que a instituição financeira faça a guarda dos arquivos eletrônicos por 05 (cinco) anos.
A instituição vai empilhando vitórias nos foros, sem fazer prova do que alega, mesmo densamente desafiada
a fazê-lo. Nunca pelo juízo, sempre pelo Recorrente.
DA AFRONTA AOS ARTS. 489, § 1º, IV ; VI, e art. 1.022, II, TODOS DO CPC
O acórdão, ora guerreado, violou os dispositivos de lei federal, qual seja: art. 489, § 1º, IV e VI, e art. 1.022,
II, do CPC, visto que o Tribunal, a quo, (TJDFT), não apreciou as teses levantadas pelo Recorrente, as quais teriam
o condão e capacidade de infirmar o julgado. Mesmo após prequestionamento exposto, houve o afastamento da lei
federal.
O art. 489, § 1º, VI, do CPC, foi violado, porque o tribunal “a quo” não seguiu o precedente invocado pela
parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento, ao qual
tinha o condão de infirmar o acordão recorrido.
O art. 1.022, inciso II, do CPC, foi violado, porque, o tribunal “a quo”, foi omisso, deixou de suprir omissão
de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento. O tribunal, não analisou a
fundamentação apresentada pelo Recorrente, ao qual tinha o condão de infirmar o acordão recorrido.
Somente para fins de demonstração de o quão enorme é a insegurança jurídica vivenciada por consumidores,
e o quão maior ela fica quando se fere o 489, § 1º, VI (deixar de seguir precedente invocado pela parte) apresenta-
se acórdão proferido pela mesma Turma Cível, em caso absolutamente idêntico, decisão essa diametralmente
oposta.
Atente-se que há similitude fática impressionante, do que, fazer julgado processual sem que manifeste o juízo
o motivo concreto do afastamento de precedente dessa ordem, há afronta a lei federal (Art. 489, IV, CPC)
A ocorrência de dissonância dessa ordem, julgados casos impressionantemente idênticos, e cada qual com
seu decisum, diametralmente opostos um do outro, reclama a intervenção dessa Corte Superior haja vista a
segurança jurídica abalada, tornando enevoadas as pretensões judiciárias de sorte milionária de cidadãos.
Ao apresentar seu próprio julgado ao tribunal a quo, este quedou-se silente ao acórdão.
DO PREQUESTIONAMENTO
Encontra-se o Tribunal a quo prequestionado acerca do tema em lide. Quedou-se inerte aquele colegiado
sobre o enfrentamento dos itens prequestionados, conforme reprodução a seguir (fls. 716 a 731):
DA VIOLAÇÃO DE NORMA FEDERAL
O art. 40º caput, e §3, inciso I, do CDC, foi violado, pelo motivo de o tribunal “a quo” , não ter enfrentado e
observado a vulnerabilidade do consumidor e por negligenciar a apresentação de um termo contratual, creditando
que é dever do consumidor fazer prova negativa, provar o que não foi, quando quem deveria fazer prova de seu
direito é aquele que o alega.
O Art. 46, do CDC, foi violado em razão de não ter ocorrido uma contratação, de não haver prova alguma,
embora desafiada a Recorrida a fazê-lo, provar ter concebido avença bilateral. O Tribunal a quo pronunciou-se,
inclusive à ementa do Acórdão ter sido suficientemente bem provada a contratação por meio eletrônico, o que fere,
não somente Lei federal, mas fere também o direito do Recorrente, e fere, inclusive, a realidade a realidade (Fls.
682 e outras).
O art. 51, §1, I e II do CDC, foi violado, haja vista nem mesmo um termo contratual tenha sido apresentado,
mesmo após ter sido a recorrida desafiada durante todo o processo. O Tribunal a quo quedou-se inerte a respeito
do mandamento legal supra.
O art. 54-B, §1º, 54-D §1º, Incs. I, II, III. Nem ao menos um termo de contratação eles querem apresentar, o
que dirá balizar-se conforme aponta a legislação.
Todos os Arts. Supracitados envolvem a omissão de termo contratual, de forma que se viola lei federal ao
ignorá-los e, ignorar a condição de supremacia do instituto bancário, ignorar a proteção ampla a qual deve o juízo
conceder ao Consumidor.
Em vez disso, ignora-se essa proteção jurídica, e permitem o início e fim da marcha processual sem que uma
instituição financeira com milhões de clientes apresente uma comprovação de contratação reclamada.
Como se não fosse o bastante, o Tribunal a quo reconheceu a existência de uma contratação por meio
eletrônico, o que absolutamente não ocorreu. Nem por meio eletrônico, nem por canal algum. Frisa-se a repercussão
geral que deve ter o julgado dessa Colenda Corte pois ao serem decididos casos em prol de instituição financeira,
sem que haja comprovação de contratação, é medida que enfrenta toda a estrutura basilar do direito protetor do
Consumidor frente ao poderio financeiro de um banco.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Recorrente afirma que, para fins judiciais, é pobre, na acepção jurídica do termo, ou seja: ao se defrontar
despesas recorrentes, e receitas mensais, não se lhe sobra quantia para custear demandas judiciais, e ônus de
sucumbência. O Recorrente mantém com este procurador contrato de natureza pro bono, e apresenta ao Anexo I
compilado de custas mensais, e seus contracheques dos últimos meses apurados.
DOS PEDIDOS
a) Com fulcro no Art. 105, Art. III, alíneas a) e c); Art. 170, Inc. V, da Constituição Federal de 1988, o Art. 40,
caput, e §3º, Art. 46, Art. 51, §1º, Inc. II, II, Art. 51, §2º, Art. 52, Incs. I, II, III, IV, V, Art. 54, §3º, Art. 54-b, §1º,
54-d,§, Incs. I, II, III, todos do Código de Defesa do Consumidor; Art. 1º, §2, Art 2º, Art. 3º, II, Art. 4 e Incs. I, II,
III, IV, alínea a), Art. 6, §1º, Inc. VII; Art. 7º, e §§ 1º e 2º, e Art. 8º, todos constantes da Resolução No 4.949/Conselho
Monetário Nacional; invoca-se o enunciado da Súmula 247 editada pelo Superior Tribunal de Justiça; Art. 932, inc.
V, alínea a), Art. 321, e P.U., do Código de Processo Civil; ainda que verse sobre documento particular, cita-se a
Politica Institucional do Banco santander foi editado por determinação da Autoridade Monetária Nacional, motivo
pelo qual também consubstanciam direito do Apelante os tópicos 1.4, 3.2, 3.2.3 e 5.4 do documento, e, por fim,
evidenciam-se julgados que, dada a similitude com a presente moção, ao primeiro julgado relação de identidade;
a) Seja conhecido, admitido e provido o presente Recurso Especial, ante as veementes afrontas aos mencionados
dispositivos de lei federal, devidamente demonstradas e fundamentadas nos termos das razões recursais, para o fim
de reconhecer e anular o v. acórdão recorrido;
b) No mérito, com a devida venia, Excelência, requer o provimento do Recurso Especial, reformando o Acórdão
recorrido, e julgue o processo. Em outras palavras, examine e julgue a causa, aplicando o direito à espécie, nos termos
do art. 1.034 do CPC, combinado, por analogia à Súmula 456 do STF, em consonância, com o art. 255, § 1o , do
Regimento Interno do STJ, provisionado no art. 105, inc. III, alínea a da CFRB/88;
c) Por derradeiro, requer a condenação da Recorrida ao pagamento das custas processuais e honorários
sucumbenciais, recursais, à luz dos critérios estabelecidos nos § 2º e § 6º, do art. 85, do Código de Processo Civil;
f) Seja concedido o benefício legal da Justiça Gratuita, após análise do Anexo I a este Recurso;
OAB/RJ 162.045