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OBJETIVOS:
1 – Estudar síndrome nefrótica;
2 – Discutir sobre diagnóstico diferencial de síndrome nefrítica;
3 – Abordar sobre relação médico-paciente do caso.
MORFOFISIOLOGIA RENAL:
• DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA SÍNDROME NEFRÓTICA: a síndrome nefrótica pode ser primária (idiopática) ou
secundária a doenças extrarrenais, como infecções, medicamentos, neoplasias, doenças multissistêmicas
(glomeruloesclerose diabética e glomerulopatia amiloide) e distúrbios hereditários. A síndrome nefrótica primária tem
5 padrões morfológicos observados pela biópsia renal com base na análise por Microscopia Óptica, Micoscopia Por
Imunofluorescência (IFI) e Microscopia Eletrônica (ME). 90% dos pacientes com síndrome nefrótica apresentam como
causa: doença de lesão mínima, glomeruloesclerose segmentar e focal, glomerulopatia membranosa,
glomerulonefrite membranoproliferativa e glomerulonefrite proliferativa mesangial.
A biópsia renal, em adultos, define diagnóstico, terapêutica e prognóstico. Já em crianças, ela é de indicação
excepcional diante da grande incidência da doença de lesão mínima, que tem boa resposta terapêutica a corticoide.
ESTUDANTE: MAURÍCIO NOVAIS BASTOS
CURSO: MEDICINA
UESC
▪ PODOCITOPATIAS: inclui a DOENÇA DE LESÃO MÍNIMA e
a GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR E FOCAL. Há
simplificação ou retração dos processos podocitários
secundários a alterações de proteínas estruturais da célula
podocitária ou da membrana de fenda.
Os processos podocitários, a membrana basal
glomerular e as células endoteliais compõem os
elementos da filtração glomerular. As podocitopatias são
as doenças que acometem o complexo
podócito·membrana de fenda. Que também pode
acometer a matriz mesangial ou sinéquias.
Agressões ao podócito podem ser de origem genética
(disfunções gênicas), ambiental ou idiopática, e seus fenótipos clínicos variam em razão da agressividade, do tempo e
do tipo de doença.
Podócitos são células altamente diferenciadas, terminais, de morfologia e função complexas e que fazem parte
da estrutura do capilar glomerular. Estão situados na camada mais externa, e suas pedicelas (processos podocitários)
estão ancoradas à membrana basal glomerular por meio de proteínas, como alfa-3 e beta-1-integrinas e alfa e
betadistroglicanas. As pedicelas estão conectadas entre si por meio de estruturas especializadas de junção célula-
célula {diafragma de fenda}, das quais fazem parte as seguintes proteínas: nefrina, podocina, Neph 1 e P-caderina.
Essas proteínas estão intimamente relacionadas a proteínas do citoesqueleto da célula podocitária (actina, alfa-actina
e sinaptopodina), permitindo que quaisquer alterações na membrana de fenda possam resultar em modificações
fenotípicas da célula podocitária.
▪ DOENÇA DE LESÃO MÍNIMA (DLM): responsável por 80% das síndromes nefróticas em menores de 16 anos, sendo o
pico de incidência entre 2 e 6 anos, e 20% em adultos.
Apresenta-se como síndrome nefrótica pura, e em adultos, a hipertensão e a hematúria microscópica podem
estar presentes em 30% dos casos. O achado de hipovolemia com insuficiência renal leve ou moderada é muito
relacionado à hipoalbuminemia.
A etiologia é desconhecida (doença idiopática), porém é comum sua instalação após infecções de trato
respiratório, manifestações atópicas ou imunizações. Alguns medicamentos, como AINEs e doenças linfoproliferativas
estão associados à doença. A remissão da síndrome nefrótica com a retirada desses medicamentos ou com o
tratamento da doença de base faz sugerir fortemente
essa relação patogênica.
▪ GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR E FOCAL (GESF): 40% das causas de síndrome nefrótica em pacientes entre 20
e 40 anos. Ocorre 30% em adultos, sendo a forma + comum
de glomerulopatia, no Brasil.
A lesão focal caracteriza pelo surgimento de esclerose
com colapso capilar e a lesão segmentar devido ao
acometimento das alças de cada glomérulo. Assim como
DLM, há distúrbios dos linfócitos T que secreta citocina que
causa uma lesão pocitária mais graves, alterando a barreira
de tamanho, o que determina proteinúria não seletiva.