Você está na página 1de 18

1

1.INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico constitui um documento norteador das ações da escola, uma vez que
nele irá conter a filosofia, as concepções, as metas e os objetivos que a instituição se propõe a
buscar. Assim é impreterivelmente necessário que seja construído em conformidade com as leis em
vigor, teóricos da educação, políticas educacionais e etc. Neste ínterim o P.P.P em questão teve
como base a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) – Lei 9394/96, Referencial Curricular
para a educação Infantil - RCNEI, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil,
leituras e pesquisas de teóricos da educação, participação da comunidade, professores, apoio,
Associação de Pais e Mestres, direção e gestão, dentre outros documentos que fomentaram a
discussão.
Dessa forma, a Escola Municipal de Educação Infantil “Criança Esperança”, concebe o PPP, como
uma matriz necessária para conduzir todos os trabalhos desenvolvidos no cerne escolar,
significando assim suas ações nos diferentes âmbitos. Vale ressaltar que este documento nunca
estará pronto e acabado, precisando passar sempre por avaliações e adaptações, conforme as
necessidades e mudanças decorrentes neste espaço, estando aberto a modificações.
A partir das discussões e estudos a equipe escolar decidiu por uma tendência pedagógica que
favoreça um acompanhamento e desenvolvimento do aluno nos diferentes aspectos cognitivo, sócio
afetivo e motor, de forma que seja possível considerar suas particularidades e a fase de
desenvolvimento que se encontra.
Diante disso, o presente PPP define as concepções, as necessidades da escola, apontando
simultaneamente estratégias e metas, de forma que alcance seus objetivos, para melhoria do
processo ensino aprendizagem da comunidade atendida. No entanto, enfatiza-se que somente
poderá ser efetivado se houver parceria entre a comunidade escolar e compromisso dos
profissionais.
2

1. APRESENTAÇÃO DA E.M.E.I. “CRIANÇA ESPERANÇA”

1. IDENTIFICAÇÃO:

Nome: Escola Municipal de Educação Infantil “Criança Esperança”

Lei: Nº 8.396, de 12 de dezembro de 2013.

Decreto Nº 257 de 23 de Dezembro de 2013

Código: 15553370

Localização/Zona: Na área periférica da zona urbana

Endereço: Rua Marechal Castelo Branco, Nº3882.

Perímetro: Entre a Travessa Manoel Afonso e Armando Gato

Bairro: Cidade Nova

Município: Oriximiná UF: Pará

Entidade Mantedora: Município (Prefeitura)

Unidade Executora: CNPJ: 11.242.965/0001-07

Terreno: 48m: 50 cm

Níveis de Ensino: Educação Infantil.


3

2.2. UM POUCO DE NOSSSA HISTÓRIA


Segundo pesquisas em documentos escolares, com ex-funcionários e com aqueles que trabalham há
mais tempo na escola, revelam que já existia desde 1997 em uma sede localizada à Viela Ayrton
Senna, no Bairro de Santa Terezinha, nº 123, sendo fundada pelo Exmº. Prefeito Antônio Calderaro
Filho, com o título de “Escola Municipal de 1º Grau “Criança Esperança”, onde funcionou
precariamente até o ano de 1998. Seu funcionamento com discente ocorreu no mesmo para atender
uma clientela de 77Alunos do 1º Grau e tendo como primeira Coordenadora a Srª Lucilene Oliveira
Martins, auxiliada por uma equipe de 15 servidores, assim distribuídos:

supervisora

Lucinéa Guimarães Oliveira.

Professores:

Edna Borges Perdigão

Elvira dos Santos Souza

Maria Rita Farias

Rosivete Corrêa Cardoso

Zelza da Costa Lopes

Manoel José Gemaque

Pessoal de Apoio:

Cyra Gomes Pereira

Cristiano Barros Narciso

Deuzanita Andrade dos Santos

Marinete do Socorro Tavares Elói

Raimunda Barros da Silva


4

Rosinda Maria Corrêa Cardoso

Desde seu funcionamento até os dias atuais estiveram a frente de sua administração as professoras
Lucilene Oliveira Martins (1997-1998),Ana Rosa Silva Ferreira (1999- 2003),Valdeana
Maximiliano de Jesus, Maryane Félix de Sousa Canto (2004), Valdileide Sobral de Brito (2005-
2008), Anita de Figueiredo Picanço (2009- 2014) e Denise Bentes Vinente (2015) até os dias
atuais.

A partir do ano de 1999, a unidade escolar passou a atender alunos da Educação Infantil, em outra
sede, situada à Rua Marechal Castelo Branco, nº 3882, no bairro da Cidade Nova,

Em 30 de abril de 2004, sob o Decreto de Lei nº 038/2004, a escola foi intitulada de “Creche
Criança Esperança, constituindo assim uma oportunidade do povo oriximinaense homenagear as
crianças que residem no bairro. Nesse mesmo ano, em 18 de setembro de 2004, descerra-se a placa
inaugural da Creche Municipal “Criança Esperança”, marco histórico para o nosso município, pois
a comunidade local foi agraciada com uma unidade escolar com sede própria. A partir daí, a
comunidade do bairro Cidade Nova possui uma Escola de Educação Infantil que busca qualidade
em seus trabalhos.
Cabe ressaltar que o Exmo. Senhor Luiz Gonzaga Viana Filho, Prefeito Municipal e a Senhora
Professora Hilda Maria Viana da Silva, Secretária Municipal de Educação propiciaram um espaço
físico estruturado sendo composto de:
04(quatros) salas de aula;
01 (uma) diretoria;
01 (uma) sala para os professores;
01 (uma) copa, cozinha
01 (uma) área coberta;
01 (um) depósito de merenda
04(quatro) banheiros, 02 (dois) masculinos e 02 (dois) femininos.
No ano de sua inauguração, a Escola atendeu 186 alunos devidamente matriculados, com uma faixa
etária de04 a 06 anos. Contava com um quadro de profissionais, assim distribuídos:
Coordenadora: Maryane Félix de Sousa Canto
5

Professores:
Delcilena dos Santos Gato
Jacilane Souza Vinente
Maria Luciana Souza Gualberto
Raimunda Melo Cardoso
Monitores:
Arlete Santos de Souza
Alessandra Farias Borges
Ana Maria Pereira da Silva
Gilmara Pereira Duarte
Auxiliares de Serviços Gerais:
Doracy Trindade
Glauceane dos Santos Oliveira
Maria Arlete Lopes de Brito
Maria Enedina Franco de Souza
Maria Ilce Ferreira dos Santos
A partir do ano de 2005, passou a ser intitulada de “Escola Municipal de Educação Infantil Criança
Esperança”, atendendo uma clientela de 161 alunos, com faixa etária de 4 a 6 anos. Em 2006, a
escola atendeu 170 e em 2007 atendeu 157 alunos. Em 2009, a Professora Lucinete Farias de
Andrade inicia seus trabalhos profissionais na escola como coordenadora Pedagógica. Nesse ano
contava com 194 alunos de 04 a 06 anos de idade devidamente matriculados.
Nos anosseguintes foi oferecido ensino às crianças de 03 a 05 anos de idade econtavacom 530
alunos matriculados, assim distribuídos:142 (2010), (2011) e 224(2012)
Em 2011, a Escola incluiu no seu quadro funcional a coordenadora pedagógica, a professora
Shelzya Tallita Alves Bentes que atuou na função até 2014.
Fundamentando sob o Decreto Nº 257 de 23 de Dezembro de 2013 a creche denomina-se Escola
Municipal de Educação Infantil “Criança Esperança”
Atualmente, a escola possui 01 (uma) Diretora Educacional, 01 (uma) Coordenadora Pedagógica,
01 (uma) Secretária Educacional, 10 (dez) Professores, 03(três) Agentes de Zeladoria, 03(três)
Agentes de Alimentação, 02(dois) Vigias), perfazum total de 21(vinte e um) servidores e 196 (cento
6

e noventa e seis) alunos regularmente matriculados, funcionaem 2 (dois) turnos e contem 11


(onze ) turmas.
Desde de 2010 a Escola de Educação Infantil “Criança Esperança” possui Associação de Pais e
Mestres, formada por representantes dos segmentos da comunidade escolar com mandato de 2
(dois) anos, na primeira gestão exercia a função de coordenadora a professora Arlete Santos de
Souza. Atualmente está na coordenação dessa Associação a Professora Maryane Félix de Sousa
Canto. Vale ressaltar que durante seu mandato demonstrou muita responsabilidade ao conduzir os
trabalhos nessa Associação. Neste ano, um dos pontos positivos de grande importância para a
Associação foi a participação dos seus membros na Formação de Conselheiros - onde tiveram a
oportunidade de saber o que é um Conselho Escolar, como funciona, a importância do conselheiro
no Conselho Escolar - que foi realizada no dia 22 de maio de 2015, uma das ações do Conselho
Municipal de Educação de Oriximiná – COMEO.
Em 04 Novembro de 2015, a Escola deu início ao processo eleitoral com a escolha de
representantes por segmentos: funcionários e pais para a eleição, implementação e posse do 1º
Conselho Escolar. A referida escola possui um complexo estrutural em alvenaria, coberto com
telha ecológica e manta acrílica que objetiva diminuir o calor e favorecer a todos os que nela se
abrigam o bem estar.

1. DESCRIÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR E DA EQUIPE DE TRABALHO

2.3.1. Espaço Físico:

06 – Salas de aula
01-Sala / secretaria
01- Sala coordenação pedagógica
01 – Sala / diretoria
01 – Sala de Brinquedoteca
01 – Sala de professores
01 – Pátio coberto
01 – Copa/ cozinha (com despensa e área de serviço)
01 – Área externa coberta
01 – Banheiro de funcionários Banheiro misto

2.3.2. Estrutura Funcional Pessoal

01 – Diretora Educacional.
7

01 – Coordenadora Pedagógica
11 – Docentes (profissional escolar em sala de aula)
196 – Alunos
02 – Vigias
03 – Agentes de Alimentação
1. – Agentes de zeladoria

2.3.3. Equipamento em uso na Escola

01 – Aparelho de televisão
01 – Retroprojetor
14 – Ventiladores
01 – Microfone
01 – Copiadora
02 – Caixas Amplificadas
01 – Câmera Fotográfica
01 – Computador
01 – Estabilizador

2.3.4. Utensílios de cozinha

01 – Fogão comum
01 – Fogão industrial
02 – Freezer
01 – Liquidificador industrial
1. – Liquidificador comum
01– Batedeira
02- Garrafa térmica
01- Geladeira
01– Caixa térmica

2.3.5 .Abastecimento de Energia

Rede .pública: 110 volts

2.3.6. Abastecimento de água:

Poço artesiano comunitário

2..2.7. . Destinação do lixo:

Coleta pública
8

2.3.8. Quadro Funcional( em anexo)

2.4. PROJETOS
O trabalho com projetos é importante tanto para o aluno quanto para o professor. Ganha o
professor, que se sente mais realizado com o envolvimento dos alunos e com os resultados obtidos; ganha
o aluno, que aprende mais do que aprenderia na situação de simples receptor de informações. Assim a
informação passa a ser tratada de forma construtiva e proveitosa e o estudante desenvolve a capacidade
de trabalhar em conjunto, selecionar e organizar.

Mais importante no trabalho com projetos não é a origem do tema, mas o tratamento dispensado a
ele, pois é preciso saber estimular o trabalho a fim de que se torne interesse do grupo e não de
alguns alunos ou do professor, só assim o estudo envolverá a todos de maneira ativa e participativa
nas diferentes etapas.

O projeto deve ser considerado como um recurso, uma ajuda, uma metodologia de
trabalho destinada a dar vida ao conteúdo tornando a escola mais atraente. É nesse sentido que a
escola possui alguns projetos de curta e longa duração. Eis alguns descrito

Projeto de Leitura
Título: “Descobrindo novas palavras no mundo da leitura”
Período: Março a Junho
Objetivo: Proporcionar aquisição da leitura através de desenhos e palavras oportunizando as
crianças expressar-se livremente.
Justificativa: A eficácia do seu Trabalho está na diversificação dos matérias utilizados em sala de
aula. Os materiais didáticos são ótimos recursos para incentivar a leitura de forma que os alunos
possam-se expressar. Observa-se que “a brincadeira possibilita a criança vivenciar novas
experiência, estimulando, entre outras habilidades como a capacidade de questionar e experimentar
o desenvolvimento da capacidade de pensamento”.

Projeto da Higiene Corporal


Título: Cuidando da nossa saúde
Período: Uma semana
9

Objetivo: Conhecer o conceito de Saúde, adotar a prática preventiva e colaborar com a saúde
coletiva.
Justificativa: A escola de educação infantil constitui um espaço voltado para o desenvolvimento da
criança na sua totalidade, como tal precisa também está com seus conteúdos voltados para a
qualidade da saúde dos alunos, contextualizando-os com a vivência dos mesmos. O Projeto visa à
necessidade de obter orientações sobre a higienização, usando vários objetos para fazer a higiene
corporal de acordo com as necessidades.

Projeto do dia das Crianças


Título: Brincando e aprendendo na semana das crianças
Período: Outubro
Objetivo: Promover atividades variadas e divertidas oportunizando a confraternização, a
socialização e o desenvolvimento da oralidade, da expressão corporal, da coordenação motora entre
outras capacidades.
Justificativa: O espaço de educação infantil deve ser fonte de conhecimento em todas as suas
ações, para que o ensino assuma um valor significativo no processo de desenvolvimento das
crianças. O Projeto do dia das Crianças vem interagir com os alunos, com várias brincadeiras, aula
passeio, historias e outros. A interação que se estabelece entre as crianças que resulta no
aprendizado coletivo, onde o lúdico faz parte do dia-a-dia das crianças.

Projeto Meio Ambiente


Título: “O lixo que é meu, é seu, é de todos nós.”
Período: 8 a 29 de maio
Objetivo: Proporcionar a comunidade escolar a oportunidade de tentar resolver falhas no que tange
ao lixo doméstico, tornando o meio ambiente de convívio agradável para todos.
Justificativa: Torna-se necessária a conscientização de todos os envolvidos para que se encontre
solução para o lixo, grande problema em nossa cidade, município de Oriximiná-Pará. Tal solução se
pauta nos cuidados que devemos ter com o descarte do lixo doméstico, fazendo-se a separação
adequada evitando assim, o descarte a céu aberto para decomposição deste lixo não contamine o
solo, prejudicando a sua qualidade, a redução do consumo que gera o lixo, seria daquilo que
10

realmente necessitamos, mais sobretudo torna necessária a participação conjunta e ativa da


comunidade como um todo em função desse bem comum.

Projeto da Semana da Pátria


Título: “Semana da Pátria”
Período: 01 a 05/ 09/2015
Objetivo: Incentivar os educandos a valorizar o patriotismo, estimulando-lhe o interesse em manter
essa visão pra vida toda.
Justificativa: A Escola Municipal de Educação Infantil constitui um espaço voltado para o
desenvolvimento da criança na sua totalidade, como tal precisa também estar com seus conteúdos
voltados para a qualidade de ensino dos alunos, contextualizando-os com a vivência dos mesmos.
Observando o espaço escolar, notou-se que os alunos, apresentam a necessidade de obter
orientações quanto à conscientização da Semana da Pátria, de forma que eles entendam o que
realmente é ser Patriótico.
Visando a Conscientização e a valorização do patriotismo, começando já na educação Infantil onde
se mostra uma maior capacidade de absorção de informações, são propostas às crianças, neste
trabalho, ações educativas e preventivas para que possam incorporar em seus hábitos de vida.
O Projeto será desenvolvido no decorrer da semana tendo como linguagens: oral. E escrita, da
natureza, Plástica, Visual e Musica

Projeto da Consciência Negra


Título: Direito à Igualdade sem distinção de Raça.
Período: 09 a 19/11/2015
Objetivo: valorizar a cultura afrodescendente, bem como costumes, valores, lutas e seus
ensinamentos, transmitidos a sociedade.
Justificativa: Por haver necessidade de conscientizar desde a mais tenra idade deve-se trabalhar o
assunto, privilegiando a questão da identidade, do respeito à diversidade e da auto aceitação. Toda a
comunidade escolar deve estar inserida no projeto e não apenas os afrodescendente, de forma que
fique claro que conhecer as variadas culturas é essencial, despertando na criança o respeito pelas
outras pessoas independente da raça. Para tal, é fundamental divulgar o lado positivo da história
negra, não apenas as questões de escravidão, miséria e sofrimento, proporcionando situações
11

didáticas centradas em dinâmicas, vivências, ações e reflexões, no estímulo a criticidade e na


resolução de problemas que possibilitem aos alunos a pensarem na questão de forma ética.

2.5.-DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE
É sabido que para a escola cumprir o seu papel precisa considerar as práticas da
sociedade, sejam de natureza econômica, política, social ou cultural. Para tanto é fundamental
conhecer as expectativas da comunidade, suas necessidades, formas de sobrevivência, valores,
costumes e etc. Em face disto, por meio de reunião e aplicação de questionário com os pais e/ou
responsáveis, foi possível traçar o perfil da comunidade que a escola está inserida.

Foi aplicado nos dois turnos um questionário sócio econômico para os pais e/ ou
responsáveis. De acordo com as informações obtidas através dos dados registrados chegou-se ao
seguinte diagnóstico da comunidade escolar:

1. A comunidade atendida pela escola reside no bairro (68%);


2. Nível de escolaridade dos pais: ensino fundamental completo (39%);
3. A maior parcela das mães tem como ocupação: do lar (60 %), uma pequena parcela
dedica-se a agricultura (5%);
4. Religião: católicos (69%) e (31 %) evangélicos;
5. Não possui emprego fixo (60%).
6. A renda mensal familiar para a maioria (62%)é menos de um salário mínimo;
7. Residem com mais de 5 pessoas na mesma casa (51%);
8. Notou-se ainda que 71% recebem bolsa família;
9. (34%) fazem uso contínuo de medicamentos;
10. 48% possuem casa própria, 59% são construídas em alvenaria e 41% são de madeira;
11. 79% não possui transporte.
3.MARCO REFERENCIAL

3.1. MARCO SITUACIONAL


12

A sociedade vivencia um novo tempo, marcado por inúmeras transformações que por
sua vez, exige um novo perfil de trabalhador e consequentemente de organizações. Nesse ínterim, a
escola como uma organização, tem de se adaptar a nova realidade - realidade esta marcada por
transformações no nível econômico e tecnológico - com uma gestão educacional que seja capaz de
visualizar a dinamicidade do ambiente escolar, a partir da realidade macroestrutural.

Percebe-se assim que o espaço escolar constitui organização complexa, em cujo


interior se dão relações que ultrapassam, em muito, o mero contexto das situações básicas de ensino
aprendizagem, a escola possui condicionamentos sócio-políticos delineadores de diferentes
concepções de homem e sociedade, bem como dos pressupostos que definem seu papel, ou seja,
suas funções políticas e sociais perpassam pelos interesses das classes sociais.
A escola, por sua vez, constitui um espaço legítimo das ações educacionais e, portanto
possui autonomia na elaboração do seu próprio projeto institucional e pedagógico que perpassam
pela organização interna, formas de gestão, currículo, métodos de ensino, relacionamento professor
aluno, á participação da comunidade.
Tendo como base essas mudanças, não cabe mais a escola ser “descolada” da vida dos indivíduos,
se faz necessário que ele tenha real significado para a vida em comunidade. Sendo assim, é preciso
conhecer a realidade da comunidade atendida pela escola, suas necessidades, seu perfil sócio
econômico e etc. Por fazer parte deste cenário e ser consciente de tal situação que a escola se coloca
como ambiente propício, para o desenvolvimento da criança, constituindo-se como um espaço que
busca e acredita numa sociedade mais justa e solidária.

2.2. MARCO DOUTRINAL

A escola, unidade básica do sistema de ensino historicamente construída, entende-se o


espaço de realização de metas do sistema escolar. Representando, por isso, o ponto de encontro
entre as políticas e as diretrizes do sistema e o trabalho em sala de aula.

Como espaço específico reservado pela sociedade com a finalidade de veicular o


conhecimento acumulado ao longo do tempo pela humanidade, ela institui a cidadania, pois integra
alunos numa sociedade mais ampla possibilitando a socialização por meio da convivência social
promovendo a cidadania e a aquisição de normas sociais. Assim, pode-se afirmar que:
13

Em nossa sociedade, a escola pública, em


todos os níveis e modalidades da Educação
Básica (Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio), tem como
função social formar o cidadão, isto é,
construir conhecimentos, atitudes e valores
que tornem o estudante solidário, crítico,
Ético e participativo (NAVARRO, 2004, p.
19).

Dessa forma, a escola tem buscado consolidar-se em espaços democráticos que venha
cumpri sua função. Para tanto, acredita-se que para termos uma sociedade justa, onde todos possam
gozar de seus direitos, a escola enquanto espaço formador precisa em suas ações buscar formar
sujeitos conscientes de seus direitos e deveres, de forma que não se detenha meramente em seus
conteúdos curriculares, mas que, sobretudo, estes saberes tenham significado, levando-os a ter uma
visão crítica de mundo. E isso pode-se começar a ser trabalhado desde a educação infantil, levando-
os a desenvolverem-se em seus diferentes aspectos.

Em suas ações a escola aspira contribuir com a concretização de uma sociedade justa, como espaço
formador de sujeitos conscientes de seus direitos e deveres, onde possam usufruir de uma educação
de qualidade. Frente a isto, abaixo se encontra respectivamente as concepções da escola acerca de:
educação, infância e criança.

3.2.1 – Educação

O processo pelo qual o indivíduo apreende a cultura, valores, conhecimentos e


saberem sociais e científicos. A escola, por sua vez, acredita que a educação deve propiciar um
desenvolvimento amplo à criança, dispondo possibilidades e condições que a conduzam a
questionar, a experimentar, para que a partir de suas observações e interações construa o seu
conhecimento.

3.2.2 – Infância

Constitui momento da vida do indivíduo, onde o sonho, a fantasia, a brincadeira devem ser
elementos inerentes dessa fase. Entende-se que nesse aspecto a brincadeira possui um papel fundamental,
14

pois é brincando que a criança conhece a si e ao mundo. (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil e Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil - RCNEI).

3.2.3– Criança

Sujeito histórico social que nas interações com o outro e com o meio é capaz de
construir sua identidade. Possui sua maneira peculiar de pensar e agir no mundo, precisando ser
respeitada em suas singularidades (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e
Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil - RCNEI).

1. MARCO OPERATIVO

A proposta pedagógica da E.M.E. I “Criança Esperança”, está pautada na Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96, nos Referenciais Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil – RCNEI e Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação Infantil.
Tendo como tendência a liberal renovada fundamentação pedagógica a proposta sócio
construtivista, de Vygotsky e Piaget. Concebendo da seguinte maneira, segundo (MOITA,
QUEIROZ, 2007).

PAPEL DA ESCOLA: Adequar necessidades individuais ao meio, propiciar experiências, cujo


centro é o aluno;
PAPEL DO ALUNO: Buscar, conhecer, experimentar;
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: Clima democrático, o professor é um auxiliar na realização
das experiências;
CONHECIMENTO: Algo inacabado, a ser descoberto e reinventado, baseado em experiências
cognitivas de modo progressivo em consideração ao interesse;
METODOLOGIA: Aprender experimentando, aprender a aprender.
CONTEÚDOS: Estabelecidos pela experiência;
AVALIAÇÃO: Foco na qualidade e não na quantidade, no processo e não no produto (p. 16).
Nesta perspectiva o professor deve acompanhar a criança levando em consideração o
seu desenvolvimento. A criança, por sua vez, trás a escola conhecimentos que precisam ser
considerados, onde constituirá referência para os docentes para a introdução de novos conteúdos e
saberes, pois estes terão que levar em consideração a realidade social e cultural a qual estão
inseridos. Nesse sentido, o professor não se porta como o detentor máximo do conhecimento e a
sala de aula torna-se então local de relações de conhecimentos.
15

Por considerar os estágios de desenvolvimento da criança, ensinar o conteúdo de


forma lúdica é essencial. Considerando Piaget a aprendizagem é um processo interno que depende
do estágio de desenvolvimento da criança, sendo a interação social fator favorecedora de tal
aprendizagem. Desta forma, vale enfatizar que devem ser respeitadas as condições intelectuais da
criança.

Tem-se ainda que considerar, segundo Vygotsky que é no meio social a qual o sujeito
faz parte que ocorre as trocas simbólicas, com os demais sujeitos ali presentes, aprendendo e
construindo suas representações sobre o mundo e de si mesmo. Assim a relação existente em sala de
aula, se dá professor-aluno; aluno-aluno e outros.

1. AVALIAÇÃO

Conforme a LDB 9.394/ 96, em seu Art. 31. Seção II, ao que concerne a Educação
Infantil “a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”. Assim a avaliação é inerente
ao processo educativo, sendo necessário o registro, por meio das observações. Na escola o professor
terá um caderno onde fará seus registros, acerca dos avanços e das dificuldades da criança,
observados em sala de aula e nos momentos de interação na escola como um todo. E no final de
cada semestre é feito um parecer quanto ao desenvolvimento do aluno, considerando três aspectos:
cognitivo, motor e sócio afetivo, tendo cada um suas respectivas linguagens.
1. Aspecto cognitivo: Linguagem oral e escrita, matemática, musical e plástica e visual.
2. Aspecto motor: corporal, do jogo, do faz de conta e do teatro.
3. Aspecto sócio afetivo: do cuidado, sentimento e afeto, da higiene e da natureza.

1. CURRÍCULO

As Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil fundamenta a educação


infantil. Com base nisto, o currículo desta etapa, consiste em “articular as experiências e os saberes
que as crianças possuem com os conhecimentos componentes do patrimônio cultural, artístico,
ambiental, cientifico e tecnológico”.
16

A escola, portanto, busca desenvolver na criança de forma integral observando os


aspectos sócios afetivos, psicomotores e cognitivos, tendo os professores o papel de observar e
buscar formas de desenvolver as crianças (identidade, autonomia, movimento, linguagem oral e
escrita, matemática, artes visuais, música, natureza e sociedade), tendo como base o Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil.

2. ROTINA

O ambiente escolar propiciará momentos diversificados às crianças, focalizando o


tripé da educação infantil, segundo o Referencial curricular para educação infantil que consiste em:
“educar, cuidar e brincar”. Sabendo que cada momento é primordial para o desenvolvimento dos
mesmos. Abaixo, tem-se a rotina da escola:

4. Acolhida: guarda de material, saudação, oração, músicas, etc.


5. Quadro de rotina
6. Rodinha (conversa sobre como eles estão, hora da novidade, etc.)
7. Calendário (dia, mês, ano, aniversariantes, etc.) e tempo; Chamada interativa ou
“Quantos somos?”
8. Escolha do ajudante do dia
9. Higienização das mãos
10. Lanche
11. Escovação
12. Atividade de sala (individual, grupo, desenho, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura,
modelagem, etc.
13. Atividade de casa
14. História
15. Recreação.
Por meio desses momentos, procura-se potencializar o desenvolvimento de nossas
crianças, favorecendo experiências e propiciando novas modalidades de encontro, com o outro e
com espaço.

4.META, VISÃO E VALORES.


17

4.1. MISSÃO

Garantir um ensino de qualidade, buscando assegurar um ensino e aprendizagem que


favoreça a formação integral da criança, valorizando o envolvimento participativo e ético da
comunidade escolar.

4.2.VISÃO

“Ser reconhecida como Instituição de Educação Infantil que concretiza o processo


ensino-aprendizagem, com qualidade, ética, compromisso e que valoriza o trabalho de todos os
colaboradores”.

1. .VALORES

1. Responsabilidade
2. Respeito
3. Ética
4. Humildade
5. Sinceridade
6. Cooperação
7. Honestidade
8. Dignidade
9. Paz
10. Solidariedade
11. Amor.

5. PLANO DE AÇÃO (Ações Administrativas e Pedagógicas)

O plano de ação foi elaborado, a partir de um encontro com todos os servidores


lotados na escola com objetivo de apontar os pontos positivos e negativos existente no ambiente
escolar. Após o analise de cada ação foi feito as readaptações necessárias; na busca de estratégias
para sanar as dificuldades.
18

AÇÕES ADMINISTRATIIVAS E PEDAGÓGICAS SO ANO LETIVO DE 2015


PROBLEMAS OBJETIVOS MERAS AÇÕES PARCERIAS RESPONSÁVEIS PERIODO

Controlar registro Diminuir Conversa, notifica e


Funcionários e Durante o ano
Funcionários faltosos de frequência 95% a falta se reicindir, informar Direção
Direção letivo
diariamente de docentes a falta para SEMD.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação


Nacional.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares Nacionais


para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial


curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de
Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.

Fundamentos sócio-filosóficos da educação/ Cecília Telma Alves Pontes de Queiroz, Filomena


Maria Gonçalves da Silva Cordeiro Moita – Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN, 2007.

NAVARRO, Ignez et all. Conselhos escolares: democratização da escola e construção da


cidadania. MEC/SEB, 2004. [Caderno 1 do Programa Nacional “Conselhos escolares: uma
estratégia de gestão democrática da educação pública”

ANEXOS

Você também pode gostar