Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CARTA DE APRESENTAÇÃO
Servimo-nos desta para apresentar o (a) Sr (a). Adriana Pereira dos Santos
Andrade, aluno (a) do (a) Curso de Licenciatura em Pedagogia.
2
FICHA DE OFICIALIZAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
(01 FICHA PARA CADA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA)
Identificação:
Nome do (a) estagiário (a): Adriana Pereira dos Santos Andrade
Curso: Licenciatura em Pedagogia RG: MG 12349112
Residência: Rua João Joaquim dos Reis nº 193
Complemento: Casa Bairro: Goiabal Cidade: Governador Valadares
Telefone (s): 33-99980-1914 E-mail: santtosppereira@gmail.com
_______________________________
Assinatura do (a) estagiário (a)
AUTORIZO:
3
FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
Educação Infantil ( X )
Ensino Fundamental I ( X )
Ensino Fundamental II ( X )
Ensino Médio ( )
E.J.A. ( )
4
3. Da Estrutura Física
3.1. Prédio:
Número de andares: 01
Número de salas de aula: 08
Sala ambiente: 01
Dependência para apoio-pedagógico: 01
Laboratório de Ciências: ----
Laboratório de Informática: 01
Salas para Orientação Educacional: ----
Salas para Coordenação Pedagógica: ----
Biblioteca: 01
Dependências Sanitárias:
Masculino: 01
Feminino: 01
Filtros de água e bebedouros: 01
Áreas disponíveis:
Pátio ( X) Quadra descoberta ( ) Quadra coberta ( )
Piscina ( ) Campo de Futebol ( ) Tanque de areia ( )
Playground ( X )
Outros ______________________________________________
5
3.2. Equipamentos
Outros equipamentos:
___________________________________________________________________
Recursos audiovisuais:
Possui uma sala com lousa interativa com acesso direto a internet. A escola possui
WIFI.
4.1. Diretor
( ) Sim ( x ) Não
Principais atividades:
___________________________________________________________________
6
4.5. Outros (psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo etc.):
Os alunos da escola possuem assistência do psicólogo através do NASF e possuem
atendimento também no CRAEDI de acordo com a necessidade individual de cada
aluno.
4.6. Bibliotecário
( X ) Sim ( ) Não
Principais Atividades: Projetos de leitura, empréstimos de livros e contação de
histórias e atendimento com leitura.
7
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
8
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Objetivos:
Trabalhar a percepção do ambiente, expressar desejos, necessidades, sentimentos,
pensamentos por meio da fala; Coordenação e raciocínio. Ouvir, com interesse, a
leitura de histórias. Familiarizar−se aos poucos com a escrita, mediante o
contato com diversos tipos de texto (livros, revistas, histórias em quadrinhos...).
Recursos Materiais: Xerox, tesoura, lápis de cor, borracha, cola, cones, bambolês,
colchonetes e cordas.
________________________________ ______________________________
Estagiário Supervisor de Estágio
9
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Observações:
A pedagoga seguiu à risca seu planejamento, havendo poucas alterações de acordo
com a necessidades dos alunos.
________________________________ ______________________________
Estagiário Supervisor de Estágio
10
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Estratégias de Ensino
Cantigas de roda, pesquisa em grupo, exercícios para resolução, vídeos e roda
debate papo.
Recursos Materiais
Uso do quadro branco e pincel, Livro didático, atividades impressas.
Avaliação
O período de regência foi essencial para análise reflexiva da prática docente e
experimentação de métodos diversificados.
Observações:
Houve diversos reajustes devido a fragilidade de alguns alunos, mas no final ocorreu
tudo bem.
________________________________ ______________________________
Estagiário Supervisor de Estágio
11
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Objetivos:
Participar dos momentos do coordenador junto com os professores e conhecer a
prática vivenciada pela gestão escolar.
Observações:
Na gestão escolar mesmo possuindo uma rotina, existe uma quantidade grande de
adversidades no dia a dia que impede cumprir a meta proposta sendo necessária
muita organização para cumprir as tarefas propostas.
________________________________ ______________________________
Estagiário Supervisor de Estágio
12
ATIVIDADES ESPECÍFICAS DA GESTÃO ESCOLAR
1 – ANÁLISE DE DOCUMENTOS
Históricos escolares - Histórico Escolar contém todas as informações da vida
acadêmica do aluno, notas e faltas em todos os anos escolares estudados e todas
as escolas que o aluno tenha estudado.
Prontuários de alunos - Contém a documentação do aluno. Ficha de matrícula,
documentos pessoais, atestados médicos.
Prontuários de funcionários - Nos prontuários dos funcionários tem
envelopes individuais etiquetados, ficha cadastral com foto, atestado médico,
ficha com dados pessoais, diplomas. Certificados e comprovantes de cursos,
portarias e acúmulos de cargos, contagem de pontos para promoção avaliações (da
equipe de direção).
Conclusão - Por mais que a Unidade Escolar seja de pequeno porte, há uma
grande rotação de afazeres/serviços de secretaria. Mesmo com todas essas
demandas, a secretaria se manter organizada e os funcionários demonstraram muita
eficiência
15
Tempo de Exercício: 18 meses
Tempo de Experiência como Coordenador de Escola: 18 meses
Número de alunos que coordena: 63
Número de professores que coordena: 18
Quais os objetivos gerais da Escola - Promover o desenvolvimento do aluno como
um todo, garantindo assim, de forma sistemática a apropriação do
conhecimento da criança de maneira ampla, desenvolvendo diversas
habilidades, para que a criança tenha visão de mundo.
Qual o organograma da Escola? - Escola é de tempo integral e atende as crianças
das 7h da manhã às 15h da tarde de segunda a sexta-feira. São atendidas crianças
de educação infantil I e II e Ensino Fundamental I e II até o 9º ano.
Qual o papel do Coordenador de Escola? Intermediar e gerenciar as atividades da
escola à direção, além de supervisionar as atividades relacionadas ao processo
de ensino aprendizagem junto ao corpo docente, com objetivo principal da
permanência do aluno no ambiente escolar.
Como é a participação do Coordenador nas atividades administrativas e
pedagógicas da Escola? Há a necessidade de uma gestão democrática explicita,
com uma boa comunicação escolar entre todos no mesmo ambiente de
trabalho, tomando por base uma perspectiva cidadã da democracia, onde o
trabalho do coordenador pedagógico seja um papel político, pedagógico e de
liderança no espaço escolar.
Quais são os problemas gerais da Escola? A secretaria da educação do
município permite que os gestores tenham controle sobre todas as interações que
ocorrem dentro da escola, trocando com os pais e todos os envolvidos, podendo
assim identificar indícios de problemas escolares já no início e resolvê-los quando
ainda estão incipientes.
Como é o relacionamento do Coordenador com o corpo docente? Lidar
diretamente com os docentes é sempre um desafio, ele se ocupa
principalmente em formações docentes, encaminhamento da prática pedagógica,
orientações no planejamento, entre outros. O relacionamento deve e tem que ser
estritamente profissional e com muito respeito entre as partes.
16
Como é o relacionamento do Coordenador com os funcionários? Ser
coordenador é se colocar em um relacionamento profissional responsável e de muito
entendimento, respeito e parcerias.
Quais os materiais didático-pedagógicos oferecidos pela escola aos
professores? Há um planejamento das atividades pelos professores, diante
disso são feitas requisições para que o almoxarifado da prefeitura nos
envie os materiais disponíveis. Estamos sempre trocando informações do que
temos disponibilidades de acesso e consumo coletivo.
Conclusão: Constatei que a equipe gestora é muito ativa, principalmente
o coordenador pedagógico. Ele é atuante, sempre se faz presente nos ambientes
escolares, sendo para acompanhar as aulas ou mesmo para dar suporte e todos os
aspectos. A relação com as funcionárias aparentemente é tranquila e saudável, há
colaboração e respeito de ambas as partes e todas trabalham para ofertar o melhor
para crianças.
17
A escola possui algumas ferramentas de gestão, como agenda escolar, guias e
planos/projetos da equipe gestora. O plano da escola é bem elaborado, leva em
consideração a característica da comunidade, com objetivos realistas e divisão das
ações entre todo corpo docente. O Plano de Ensino é desenvolvido por cada
docente, onde eles esboçaram o que seria desenvolvido e como seria abordado
cada conteúdo. Todos os professores utilizam como referência
10 – REGIMENTO ESCOLAR - O Regimento da escola é baseado nas Políticas
Publica de Educação, utiliza-se da caracterização da comunidade e dos estudantes.
11 – SISTEMA DISCIPLINAR DA ESCOLA - É baseado no contrato pedagógico
com os alunos e opinião do corpo docente (gestão democrática).
12 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO, PROMOÇÃO E RECUPERAÇÃO DA ESCOLA
Avaliação contínua e formativa, a promoção se dá através dos rendimentos dos
alunos, sempre priorizando os aspectos qualitativos e em caso de necessidade
haverá momentos de recuperação contínua.
13 – PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA - Nesse documento
contém os dados e característica da escola colocados deforma explícita e detalhada.
Todas as informações com grau maior de importância se encontram em destaque e
com algum tipo de justificativa
14 – ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS - Os eventos são planejados com
antecedência e previstos na agenda escolar. Geralmente os grandes protagonistas
dessa organização são os próprios docentes da Unidade Escolar.
15 – ANÁLISE DO CALENDÁRIO ESCOLAR - O calendário é organizado do macro
ao micro, separado bimestralmente e com legendas de cada evento a ser realizado.
CONCLUSÃO
Fazer análise do estágio, pontos positivos e negativos. Acredita-se que, o estágio foi
de suma importância, pois proporcionou experiências nunca vividas ainda mais
no meio dessa pandemia, somando para meus conhecimentos como futura
pedagoga. A participação foi positiva, uma vez que, adquiriu novas práticas
pedagógicas. Observei ainda que, é fundamental o professor planejar as aulas e
conhecer os conteúdos. A apostila oferecida, é um dos pontos positivos; Foi um
estágio de muitas dificuldades, mais também de muito aprendizados
18
19
DECLARAÇÃO DE INÍCIO DO ESTÁGIO
__________________________________________________
Supervisor do Estágio
(Carimbo Oficial da Instituição)
20
(Obs: Deverá conter o número de CNPJ, Portaria/Lei/Decreto ou Código do INEP)
CONTROLE DE PRESENÇA – ESTÁGIO OBRIGATÓRIO
DADOS DO ESTÁGIÁRIO (A)
Nome Completo: Adriana Pereira dos Santos Andrade
Modalidade de realização do Curso: Licenciatura Período: 03/05/2023 a Ano:2023
Estágio: Gestão Escolar em Pedagogia 31/05/2023
Local de realização do Estágio: Escola Municipal Araripe Júnior
30 hs
Total de Horas:
Assinatura do Estagiário
Obs: Este anexo deverá ser preenchido diariamente a cada ETAPA do Estágio.
21
(Obs: Deverá conter o número de CNPJ, Portaria/Lei/Decreto ou Código do INEP)
CONTROLE DE PRESENÇA – ESTÁGIO OBRIGATÓRIO
DADOS DO
ESTÁGIÁRIO (A)
Nome Completo: Adriana Pereira dos Santos Andrade
Modalidade de realização do Curso: Licenciatura Período: 14/06/2023 a Ano:2023
Estágio: Educação Infantil em Pedagogia 12/07/2023
Local de realização do Estágio: Escola Municipal Araripe Júnior
Assinatura do Estagiário
Obs: Este anexo deverá ser preenchido diariamente a cada ETAPA do Estágio.
22
(Obs: Deverá conter o número de CNPJ, Portaria/Lei/Decreto ou Código do INEP)
CONTROLE DE PRESENÇA – ESTÁGIO OBRIGATÓRIO
DADOS DO
ESTÁGIÁRIO (A)
Nome Completo: Adriana Pereira dos Santos Andrade
Modalidade de realização do Curso: Licenciatura Período: 02/08/2023 a Ano:2023
Estágio: Ensino Fundamental em Pedagogia 27/09/2023
Local de realização do Estágio: Escola Municipal Araripe Júnior
Assinatura do Estagiário
Obs: Este anexo deverá ser preenchido diariamente a cada ETAPA do Estágio.
23
FICHA DE AVALIAÇÃO FINAL DO ESTAGIÁRIO NA ESCOLA
24
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVENI
ADRIANA PEREIRA DOS SANTOS ANDRADE
GOVERNADOR VALADARES
2023
25
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVENI
ADRIANA PEREIRA DOS SANTOS ANDRADE
GOVERNADOR VALADARES
2023
26
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
No contexto institucional das escolas, muitas vezes, a Filosofia esteve reduzida a uma
fragmentação disciplinar, se distanciando da sua real função que é a busca do saber inteiro.
Diante desta realidade, a Filosofia precisa ser compreendida como uma forma de pensar e
atuar na sociedade, fazendo parte da formação contínua dos graduandos e podendo ser
considerada uma atividade interminável na vida, no trabalho e do desenvolvimento
profissional docente.
A respeito das características da Filosofia, Rios nos ensina que:
A Filosofia se caracteriza como busca amorosa de um saber inteiro. Ver com clareza.
abrangência e profundidade a realidade, assumindo diante dela uma atitude crítica, é a tarefa
constante do filósofo, que além do mais, orienta-se num esforço de compreensão, isto é, de
desvelamento da significação, do sentido, do valor dos objetos sobre os quais se volta (grifos
nossos) (RIOS, 2006, p. 44),
É no cotidiano das aulas de Filosofia que os educandos vão descobrindo a dimensão
intelectual do saber filosófico. Entretanto, a dificuldade de reconhecimento da Filosofia como
prática educativa de um caráter questionador da realidade decorre de outra dificuldade que é a
verticalidade das relações entre os sujeitos no contexto escolar. O receio de promoverem aulas
que realizem debates filosóficos sobre assuntos que são vistos pela sociedade como tabus
pode promover certo cuidado por parte de gestores e um consequente distanciamento da
realidade por parte dos professores. Enquanto isso, na maioria das vezes, os debates passam
por outros caminhos que não são os da análise crítica e significativa acerca dos problemas
sociais e existenciais.
28
Diante dessas afirmações e comparações, queremos enfatizar que a realidade prática
parece muitas vezes distante da teoria, uma vez que constantemente utiliza-se de termos
distorcidos para legitimar a disciplina, o controle e a hierarquia. Nesse sentido, faz-se
necessário conhecer a realidade de perto, ou seja, é preciso estar na escola, vivenciar o
cotidiano de professores e alunos. para que assim, possamos modificar e transformar a prática
docente em uma prática de qualidade.
O saber filosófico é um direito de todos, mas para garantir tal direito é preciso
conhecê-lo. Não amamos ou gostamos do desconhecido. É necessário que a educação
brasileira dê aos jovens o direito de filosofar, mas um filosofar repleto de conceitos e
esclarecimentos sobre as condições do ser no seu devir.
Kant (1983) lembrava que não é possível ensinar a Filosofia, mas sim a filosofar.
Assim, indagamos até que ponto os formadores dos futuros professores de Filosofia estão
filosofando com os seus alunos estagiários sobre ser e estar educador no Contexto social em
que estão inseridos. Acreditamos que é no filosofar em sala de aula, na problematização das
questões tratadas pela Filosofia, no direito à dúvida, nas perguntas que -surgem em meio a
debates em sala de aula sobre questões sociais, históricas que docentes e discentes tecem sua
aprendizagem e sua identidade professoral.
Essa questão sobre ensino da Filosofia ou filosofar traz consigo o viés dialético, no
sentido de que ao falarmos e discutirmos sobre Filosofia ou o seu ensino já estamos
filosofando debatendo, ou seja. estamos construindo um filosofar a respeito de algo, no caso
em questão sobre o ensino de Filosofia. Sobre tal debate, Ghedin (2009, p. 57) afirma que
filosofar pode ser compreendido como ato de retomada de dados disponíveis, na constante
busca de significado: "É uma espécie de entrega interpretativa que teoriza a prática e pratica a
teorização como possibilidade de compreensão e superação dos limites de nosso ser, lançado
no horizonte de sentido"
O principal instrumento de conhecimento utilizado pela Filosofia da Educação é a
prática docente. Contudo, nos questionamos quais as condições e possibilidades viabilizam o
exercício de uma prática docente de qualidade? Nessa direção, enfatizamos a prática, na
tentativa de demonstrar o outro lado da Filosofia que não seja somente o teórico.
Por outro lado, é preciso que os licenciandos em Filosofia compreendam que o melhor.
filósofo não será necessariamente o bom de Filosofia, no sentido de que é fundamental que
esse futuro professor tenha clareza da relevância do seu trabalho docente para o
29
desenvolvimento educacional e social dos seus alunos, bem como conhecer o valor da prática
procedente de uma teoria pautada na Filosofia da Educação.
Sabemos que o curso de licenciatura em Filosofia tem em seu projeto pedagógico o
objetivo maior voltado para a formação do professor. Entretanto, há uma tendência ao que se
chama "licenciatura com características de bacharelado". Visto dessa forma, o aluno prende-
se à ideia de que o filósofo é somente um pensador e não um educador. No entanto, com a
obrigatoriedade da Filosofia como disciplina do Ensino Médio e dos concursos públicos para
tal fim, estes conceitos começam a ser repensados por alunos que pretendem ingressar na
profissão docente na Básica ou na universidade.
Contrapondo-se a essa ideia de filósofo da educação puramente teórico, Gallo (2007,
p. 281) afirma que: "O filósofo da Educação, portanto, não é um filósofo qualquer, mas
alguém, que habita o território educacional, que experimenta e vive seus problemas, e cria
conceitos para enfrentá-los".
A Filosofia da Educação se constitui como um ramo do pensamento que se dedica a
refletir acerca dos processos educativos, ou seja, direciona-se à análise dos sistemas
educativos. Em suma, o processo reflexivo sobre a prática docente é fundamental para a
compreensão da identidade do professor, pois observamos que cada vez mais essa identidade
se fragmenta frente às transformações e reformas educacionais. Em consequência disso, a
participação da Filosofia da Educação nos processos educativos está na tentativa de
compreender as relações entre o fenômeno educação e as esferas da sociedade, bem como a
relação entre ser existencial e ser social.
O plano normativo e prescritivo que rege o ensino-aprendizagem tem características
complexas e marcantes, pois o ensinar está ligado a uma prática social repleta de propósitos e
valores que envolvem todos os sujeitos que aceitam este desafio, buscando assim a sua
autonomia intelectual dentro da docência, bem como a capacidade individual de criar e recriar
ações educativas.
Antes de falarmos na formação do professor de Filosofia é preciso que saibamos a
importância dela no currículo escolar, ou seja, qual a justificativa da obrigatoriedade da
disciplina no Ensino Médio. Contudo, sobre essa justificativa, Gallo comenta que:
Ora, nossos currículos de ensino médio são absolutamente científicos. 'Na mesma
medida em que possibilitam o exercício dessa potência (quando o possibilitam, pois na
maioria das vezes temos um ensino instrumentalizado e conteudista da ciência) acabam por
desprezar as potências da arte e da filosofia. Penso que esta seja uma justificativa pertinente
30
para a presença da filosofia nos currículos da educação média como expressão de um
equilíbrio entre as potências da arte, da ciência, da filosofia, de modo que os jovens possam
ter acesso a essas várias possibilidades de exercício do pensamento criativo, aprendendo a
pensar por funções (ciência), mas também por perceptos e afectos (Arte) e por conceitos
(Filosofia) (GALLO, 2007, p. 21).
Todavia, nos últimos anos, tem se intensificado as reflexões sobre a avaliação
curricular, pois esta tem recebido críticas devido a sua natureza classificatória e excludente.
As críticas, porém, têm sido acompanhadas de propostas que dizem respeito às mudanças nos
currículos escolares e transformações no sistema avaliativo.
Diante disso, podemos dizer que o homem sempre busca a concretização de suas ações
através de ações movidas pelo pensamento. pela necessidade de algo, pela ideia, e é nesse
contexto que Marx afirma que:
Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha supera mais de
um arquiteto ao construir sua colmeia. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor abelha
é que ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim do
processo do trabalho aparece um resultado que existia antes idealmente na imaginação do
trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o qual opera: ele imprime ao material
o projeto que tinha conscientemente em mira, o qual constitui a lei determinante do seu modo
de operar e ao qual tem de subordinar sua vontade. E essa subordinação não é um ato fortuito.
Além do esforço dos órgãos que trabalham, é mister a vontade adequada que se manifesta
através da atenção durante todo o curso do trabalho. E isto é tanto mais necessário quanto
menos se sinta o trabalhador atraído pelo conteúdo e pelo método de execução de sua tarefa,
que lhe oferece por isso menos possibilidade de fluir da aplicação das suas próprias forças
físicas e espirituais (MARX, 1985, p. 202).
Nesta passagem, Marx elabora de uma maneira primorosa a ideia de que o homem só
consegue se realizar enquanto humano quando antecipa seus atos pelo pensamento. Ou seja, o
homem precisa exteriorizar a sua subjetividade objetivamente. Assim, o homem produz uma
cultura e uma história genuinamente humanas. Ou ainda, como diria Vúsquez (1968), a
objetivação aparece como uma necessidade para que o homem se realize e se autoproduza
pelo trabalho e pela arte.
31
3. CONCLUSÃO
O contexto teórico e prático em que a pesquisa foi realizada nos possibilitou a
concretização dos objetivos que compuseram nosso estudo, que consistia em analisar a
compreensão dos alunos acerca do estágio no decorrer do curso de licenciatura. Para isso
contamos com as pesquisas teóricas e empíricas efetivadas.
Concluir esta pesquisa significou um maior aprendizado sobre a profissão do filósofo
educador e dos princípios que direcionam as atividades desenvolvidas nesta profissão, bem
como o referencial teórico que serve de base para os estudos nesta área. Trata-se de um
processo de construção identitária, que é capaz de superar e ressignificar as lacunas de
formação acumuladas no decorrer do nosso processo formativo. A pesquisa, como parte da
nossa formação, nos legitima na condição de intelectuais e abre espaço para novas buscas e
investigações. Com estas reflexões chegamos aos principais achados da presente pesquisa:
A análise dos dados nos leva a crer que a pesquisa estágio apresenta a
sistematização da prática docente e o valor dessa contribuição que vai para o
estagiário, que a desvela na aprendizagem da profissão, na compreensão da
realidade, na relação teoria e prática, na observação do cotidiano escolar, nas
vivências de mundo. Essa conjuntura de aprendizagens contribui na construção da
identidade docente;
Os graduandos compreenderam o estágio de diversas maneiras, ou seja, para eles há
uma multiplicidade de conceitos que definem as experiências vivenciadas no
estágio, essa diversidade nos permitiu o enriquecimento avaliativo;
Em decorrência das informações analisadas apontamos o estágio em Filosofia
como o momento decisivo para a escolha da carreira docente. Portanto, é no cenário
da escolar e na problemática das particularidades do cotidiano dos alunos que o
graduando sai do mundo filosófico puramente subjetivo para o objetivo.
32
profissional. A terceira dimensão centra-se na responsabilidade ética com a profissão docente
e com o devido compromisso com o pensar filosófico-teórico e prático, diante dos
acontecimentos que fazem parte do cotidiano dos alunos, da escola e do desempenho
profissional.
REFERÊNCIAS
FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa Tradução de Joice Elias Costa. 3. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2009.
GHEI)IN, Evandro. Ensino de Filose/ia no Ensino Médio São Paulo: Cortez, 2009. KANT,
Immanuel. Crítica da Razão Pura 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. Col. Os Pensadores.
LIMA, Maria S. L, Estágio e Aprendizagem da pre/issão docente Brasília: Liber Livro, 2012.
MARX, Karl. O capital: Crítica da economia p ulo: Abril Cultural, 1985. Col. Os Pensadores.
PIMENTA, Selma Garrido. Estágio na Formação de Professores: Unidade Teoria e Prática?
7ed. - São Paulo: Cortez, 2006.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA: Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência São Paulo:
Cortez, 2004.
TONET, Ivo. Educação, Cidadania e Emancipação Humana Rio Grande do Sul: Unijuí, 2005.
34