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1.2. Geral.............................................................................................................................3
1.3. Específicos...................................................................................................................3
2. Metodologia.....................................................................................................................3
4. Conclusão............................................................................................................................9
5. Bibliografia........................................................................................................................10
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1. Introdução
A pedagogia estuda o fenómeno educação e suas particularidades. Intelectuais ligados a
algumas disciplinas especializadas insistem em negar a identidade científica da pedagogia,
mesmo desconhecendo seu campo teórico e sua problemática, outros julgam que somente sua
área pode postular um discurso científico sobre a educação.
É verdade que as ciências da educação trazem, cada uma em seu campo, a colheita de fatos
verificáveis. Mas a pedagogia não é, exactamente, a ciência da educação. Ela é uma prática da
decisão concernente a esta última.
À medida que a pedagogia foi sendo vista como organizadora do fazer docente, dos manuais,
dos planos articulados, feito com uma intencionalidade não explicita, ela foi se distanciando
de sua identidade epistemológica, qual seja, de ser articuladora de um projecto de sociedade.
Pode-se hoje observar um grande distanciamento entre a esfera das acções educativas e a
esfera do exercício pedagógico. Outras ciências, distante da óptica do pedagógico, foram
assumindo o papel que lhe deveria ser destinado.
1.1. Objectivos
1.2. Geral
Reflectir sobre contribuição da educação para a formação da personalidade do aluno e
desenvolvimento das práticas pedagógicas em Moçambique
1.3. Específicos
Compreender o processo educativo e sua evolução;
2. Metodologia
A metodologia usada para elaboração do presente trabalho foi do tipo de revisão
bibliográficas, que culminou com na revisão do módulo e também teve a busca de artigos
científicos que foram buscados pela internet.
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Pimenta (1997) afirma que: a actividade docente é sempre prática e essa acção necessita de
um estabelecimento, de uma intencionalidade que dirige e dá sentido a acção, onde o
conhecimento faz parte da natureza da prática docente, a indagação, a busca, a pesquisa. O
que se precisa é que em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, como
professor, como pesquisador.”
Unicidade das ciências pedagógicas- A pedagogia seria a única ciência da educação, todas as
demais ciências chamadas auxiliares seriam ramos da pedagogia, ou seja, ciências
pedagógicas. Falar de pedagogia geral é uma posição criticada por pretender exclusividade no
tratamento científico da educação. A realidade educativa é pluridimensional. (STRECK,
2008, p.312).
A despeito do facto de que tal denominação venha se impondo nos últimos anos, é criticada
por provocar dispersão no estudo da problemática educativa, levando a uma postura
pluridisciplinar ao invés de interdisciplinar. Ou seja, a autonomia dada a cada uma das
ciências da educação leva a enfoques parciais da realidade educativa, comprometendo a
unicidade temática e abrindo espaço para os vários reducionismos. (LIBANEO, 2006, p83).
A quarta concepção adere à denominação “ciências da educação”, em que cada uma toma o
fenômeno educativo sob um ponto de vista especifico, mantendo-se, todavia, a pedagogia
como uma dessas ciências. Nessa concepção, a pedagogia promove uma síntese integradora
dos diferentes processos analíticos ou correspondem a cada uma das ciências da educação em
seu objecto específico de estudo. (STRECK, 2008, p.312).
A pedagogia apoia-se nas outras ciências de educação sem perder sua autonomia
epistemológica, e sem reduzir-se a uma outra, ou ao conjunto dessas ciências.
Entretanto cada uma dessas ciências aborda o fenómeno educativo sob perspectiva de seus
métodos seus métodos de investigação. Normalmente seus diagnósticos são seguros, as
hipóteses emitidas são fecundas. No entanto, o valor dessas ciências na área da pedagogia
para o professor ou para o investigador pedagógico é, quase sempre, diminuto ou mesmo
nulo. (LIBÂNEO, 2007. p.19-22)
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Já a pedagogia sim essa pode postular o educativo propriamente dito e ser ciência integradora
das demais ciências tendo por isso um lugar diferenciado.
A pedagogia por sua vez relaciona-se com as outras ciências ao aplicar conceitos e métodos
de sua ciência a um dos diversos campos da actividade humana, o da Educação. Os resultados
são, pois, de ordem psicológica, como seria se o psicólogo exercesse sua acção no campo do
trabalho, da clínica ou outro. O mesmo, evidentemente, se poderá dizer de outras ciências.
Para reorganizar as possibilidades da Pedagogia como ciência da educação deverá ser levada
em consideração as seguintes perspectivas:
Dominar suas exigências é estar preparado para percebê-las e agir a partir delas. Dominar as
situações educativas significa que o professor precisa estar criticamente avaliando e
transformando os movimentos dialécticos da práxis.
A teoria procede da prática, pois “enquanto a teoria precisa garantir seu espaço, a práxis já
está realizando”. Portanto, acredita-se que teoria alguma é capaz de transformar a prática, ela
pode apenas, mediatizada pelos homens na prática, actuar através destes na configuração e na
avaliação. (FRANCO,2003.p12-18).
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4. Conclusão
Desta feita conclui-se que, a educação, objecto de investigação da Ciência da Educação
(Pedagogia), é um objecto inconcluso, histórico, que constitui o sujeito que o investiga e é por
ele constituído. Por isso, não será captado na sua integralidade, mas o será na sua
dialeticidade: no seu movimento, nas suas diferentes manifestações enquanto prática social,
nas suas contradições, nos seus diferentes significados, nas suas diferentes direcções, usos e
finalidades. Será captado por diferentes mediações que revelam diferentes representações
construídas sobre si.
A prática educativa é a dimensão privilegiada da educação, cujo objecto de estudo será a
práxis, definindo-a da seguinte forma: “ práxis é activa, é vida, dá movimento à realidade,
transforma-a e é por ela transformada”. A práxis deve ser entendida em uma perspectiva
dialéctica entre teoria e prática, na qual uma vai “fertilizando” a outra. A referida autora
propõe “ adentrar no sentido da práxis em processo, apreender a dinâmica colectiva desse
processo e transformar as compreensões decorrentes, para criar possibilidades de
transformações na práxis”.
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5. Bibliografia
1. FRANCO, M. A. S. Pedagogia como ciência da educação. Campinas: Papirus
Editora, 2003.
2. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1996.
3. LIBÂNEO, José Carlos. Educação, Pedagogia e Didáctica; in Pimenta, Selma
Garrido (org) Didáctica e formação de professores: percursos e perspectivas na Brasil
e em Portugal. Ed Cortez, 2006.
4. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? 9.ed. São Paulo: Cortez,
2007.
5. SCHIMIED-KOWARZIK,W. Pedagogia dialéctica. São Paulo , brasil 1983
6. LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreria de; TOSCHI, Mirza Seabra.
Educação Escolar:políticas, estrutura e organização. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2011
7. PIMENTA, S.G. Formação de Professores: identidade e saberes da docência. In
PIMENTA, S. G. Saberes pedagógicos e actividade docente. São Paulo: Cortez
Editora, 1999.
8. STRECK. Danilo Romeu. Pedagogia(s). In: STRECK, D.R; REDIN, E.; (Orgs.).
2002.