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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAS E HUMANAS

CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PUBLICA


DISCIPLINA: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Investigação como forma de conhecimento e a investigação/acção perspectivada como


forma de resolver problemas.

Helder José Augusto Joaquim


Código: 61240285

Tete, Março de 2024


FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAS E HUMANAS

CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

DISCIPLINA: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Investigação como forma de conhecimento e a investigação/acção perspectivada como


forma de resolver problemas.

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Administração Pulica da UnISCED

Tutor:

Helder José Augusto Joaquim


Código: 61240285

Tete, Março de 2024


Índice
1. Introdução...........................................................................................................................1

1.1.Objectivos.........................................................................................................................1

1.1.1. Geral..............................................................................................................................1

1.1.2. Específicos....................................................................................................................1

1.2. Metodologia.....................................................................................................................2

2. Revisão Bibliográfica..........................................................................................................3

2.1. Conceito...........................................................................................................................3

2.2. Tipos de paradigma e o seu enquadramento....................................................................3

2.2.1. Paradigma Tradicional/Padrão......................................................................................3

2.2.2. Paradigma Construtivista/reflexivo...............................................................................4

2.3. Estrutura de um trabalho científico..................................................................................5

2.3.1. Elementos Pré-Textuais:...............................................................................................5

2.3.2. Elementos Textuais.......................................................................................................6

2.3.3. Elementos pós-textuais.................................................................................................6

3. Conclusão............................................................................................................................8

4. Referências Bibliográficas..................................................................................................9
1. Introdução

Conforme Gomes (2005) no contexto académico, “a produção científica é


fundamental para o avanço do conhecimento em diversas áreas do saber”. Para garantir a
qualidade e a eficácia desses trabalhos, é essencial compreender tanto os paradigmas que
norteiam o processo educativo quanto a estruturação lógica de um trabalho científico.

Os paradigmas do processo educativo representam as diferentes abordagens e


concepções sobre como ocorre a aprendizagem e o ensino. Desde o paradigma tradicional,
que valoriza a transmissão de conhecimento pelo professor, até o construtivismo, que
enfatiza a construção activa do conhecimento pelo aluno, esses paradigmas influenciam
directamente as práticas pedagógicas adoptadas em instituições de ensino, inclusive no
ambiente universitário (Gomes, 2005).

Por outro lado, a estrutura do trabalho científico estabelece uma organização


padronizada que permite a apresentação clara e objectiva dos resultados de uma pesquisa.
Essa estrutura, que inclui elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, proporciona uma
sequência lógica que facilita a compreensão e a avaliação do trabalho pelos leitores(Lakatos
& Marconi, 2010). Sendo assim o presente trabalho tem como objectivo abordar sobre os
paradigmas do processo educativo e a estrutura de um trabalho científico.

Estruturalmente o presente trabalho está organizado em três principais sessões: em


primeiro lugar encontramos a introdução, do qual constam os objectivos e a metodologia;
na segunda sessão encontramos a apresentação e discussão dos resultados e por fim as
conclusões e referencias bibliográficas.

1.1.Objectivos

1.1.1. Geral

 Estudar sobre o processo de investigação como forma de conhecimento e a


investigação/acção perspectivada como forma de resolver problemas.

1.1.2. Específicos

 Conceituar o paradigma e sua importância.

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 Apresentar a discussão sobre os paradigmas do processo educativo e seu
enquadramento no ensino Universitário;
 Descrever a estruturação lógica de um trabalho de pesquisa científica de forma clara
e objectiva desenvolvendo a descrição dos elementos de carácter obrigatório;

1.2. Metodologia

O presente trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica, com
base em artigos científicos, livros e sites especializados. A pesquisa foi realizada em
bibliotecas virtuais, como o Google Scholar, Scribd, e Docero.

Segundo Marconi & Lakatos (2010), a pesquisa bibliográfica é um tipo de pesquisa


que se baseia na análise de documentos já publicados, como livros, artigos científicos,
teses, dissertações, relatórios, entre outros. O objectivo da pesquisa bibliográfica é reunir e
analisar informações sobre um determinado tema, a fim de obter um conhecimento mais
aprofundado sobre o assunto.

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2. Revisão Bibliográfica

2.1. Conceito

O termo paradigma é uma palavra de origem grega: paradigma, que tem seu
significado naquilo que conhecemos por modelo. Thomas Kuhn (1998, p. 29), ao cunhar o
termo afirma que o mesmo diz respeito a um “conjunto de crenças, valores e técnicas
comuns a um grupo que prática um mesmo tipo de conhecimento”.

“Um paradigma é uma estrutura conceitual que define como percebemos e


interpretamos o mundo ao nosso redor” (Lakatos & Marconi, 2010). Os paradigmas do
processo educativo são fundamentais para entendermos como o ensino universitário é
moldado e conduzido. No contexto educativo, os paradigmas moldam nossas crenças,
valores e práticas em relação ao ensino e à aprendizagem.

2.2. Tipos de paradigma e o seu enquadramento

2.2.1. Paradigma Tradicional/Padrão

Segundo Gomes (2005), o “paradigma tradicional no processo educativo é


fortemente baseado na ideia de transmissão de conhecimento do professor para o aluno de
forma passiva”. O autor apresenta alguns aspectos importantes desse paradigma:

 Ênfase na autoridade do professor: o professor é visto como a autoridade central


do conhecimento. Ele detém o conhecimento e é responsável por transmiti-lo aos
alunos. O papel do aluno é passivo, limitado principalmente a ouvir e absorver o
que o professor ensina.
 Aula expositiva: a principal forma de ensino no paradigma tradicional é a aula
expositiva, na qual o professor faz apresentações para os alunos, geralmente usando
slides, quadro-negro ou outros recursos visuais. Os alunos são expectados a
absorver o conteúdo apresentado pelo professor sem muita interacção activa.
 Ênfase na memorização: o foco principal no paradigma tradicional é muitas vezes
na memorização de fatos e informações fornecidas pelo professor. Os alunos são
frequentemente avaliados por meio de testes de múltipla escolha ou perguntas de
resposta curta que requerem a memorização de informações específicas.

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 Hierarquia na sala de aula: a sala de aula no paradigma tradicional muitas vezes
reflecte uma estrutura hierárquica, com o professor no topo e os alunos abaixo. A
interacção entre o professor e os alunos é geralmente limitada, com os alunos
falando apenas quando convidados ou autorizados pelo professor.
 Pouca ênfase na aplicação prática: o paradigma tradicional geralmente coloca
pouca ênfase na aplicação prática do conhecimento adquirido. O foco está mais na
transmissão de informações do que na sua aplicação em situações do mundo real.

Lakatos & Marconi (2007), sustentam que apesar de suas críticas, é importante
reconhecer que o paradigma tradicional tem sido historicamente dominante em muitos
sistemas educacionais ao redor do mundo. Ele oferece uma estrutura clara e familiar para
professores e alunos, e pode ser eficaz para transmitir certos tipos de conhecimento,
especialmente em disciplinas onde os conceitos são mais estáveis e bem definidos.

No entanto, muitas críticas surgiram em relação ao paradigma tradicional, incluindo


a falta de engajamento dos alunos, a ênfase excessiva na memorização em detrimento da
compreensão profunda e da aplicação prática do conhecimento, e a reprodução de
desigualdades sociais e de poder na sala de aula. Por isso, muitos educadores têm buscado
abordagens mais progressistas e centradas no aluno para o ensino universitário (Severino,
2007).

2.2.2. Paradigma Construtivista/reflexivo

O paradigma construtivista/reflexivo no processo educativo destaca a importância


da construção activa do conhecimento pelo aluno, através da interacção com o conteúdo,
com os colegas e com o ambiente. Aqui estão alguns aspectos importantes desse
paradigma:

 Construção activa do conhecimento: os alunos não são vistos como receptores


passivos de conhecimento, mas sim como construtores activos do seu próprio
entendimento. O conhecimento é construído pelo aluno através da interacção com
experiências, informações, ideias e conceitos apresentados em diferentes contextos.
 Aprendizagem centrada no aluno: a aprendizagem centrada no aluno, onde os
alunos são encorajados a explorar, questionar, reflectir e construir significados a

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partir das suas próprias experiências e interacções. O papel do professor é mais de
facilitador do que de detentor do conhecimento, ajudando os alunos a fazerem
conexões e a construírem o seu próprio entendimento.
 Abordagens activas de ensino: utilizadas abordagens activas de ensino, que
envolvem os alunos de forma mais participativa e engajada na construção do
conhecimento. Isso pode incluir métodos como aprendizagem baseada em
problemas, aprendizagem colaborativa, projectos de investigação, discussões em
grupo e actividades práticas.
 Ênfase na compreensão profunda: em vez de apenas memorizar fatos e
informações, o paradigma construtivista valoriza a compreensão profunda e
significativa do conteúdo. Os alunos são incentivados a fazerem conexões entre
conceitos, a aplicarem o conhecimento em situações do mundo real e a reflectirem
sobre o processo de aprendizagem.
 Valorização da diversidade de perspectivas: o paradigma reconhece a
importância da diversidade de perspectivas e experiências na construção do
conhecimento. Os alunos são incentivados a compartilharem suas próprias ideias,
experiências e pontos de vista, contribuindo para um ambiente de aprendizagem rico
e colaborativo.

2.3. Estrutura de um trabalho científico

De acordo Severino (2007) a estrutura de um trabalho científico em geral segue uma


organização padronizada, que inclui elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Aqui
está a descrição detalhada de cada parte:

2.3.1. Elementos Pré-Textuais:

 Capa: a capa é a primeira página do trabalho e geralmente contém informações


como título do trabalho, nome do autor, nome da instituição, local e data de
publicação. É importante seguir as normas específicas da instituição ou da revista
para a formatação da capa.

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 Folha de Rosto: a folha de rosto vem logo após a capa e inclui informações
adicionais, como o tipo de trabalho (tese, dissertação, monografia, etc.), nome do
orientador e co-orientador, nome da instituição e data de defesa ou publicação.

2.3.2. Elementos Textuais

I. Introdução
 Apresentação do tema e do problema de pesquisa.
 Justificativa da relevância e importância do estudo.
 Formulação de objectivos e questões de pesquisa.
II. Metodologia
 Descrição detalhada dos métodos e técnicas utilizados na pesquisa.
 Justificativa das escolhas metodológicas.
 Descrição da amostra, procedimentos de colecta e análise de dados.
III. Revisão da Literatura
 Contextualização teórica do problema de pesquisa.
 Revisão crítica das principais contribuições científicas relacionadas ao tema.
 Identificação de lacunas na literatura e justificativa da necessidade do estudo.
IV. Resultados
 Apresentação objectiva e clara dos resultados da pesquisa.
 Utilização de tabelas, gráficos e figuras, quando apropriado.
 Discussão dos achados em relação aos objectivos e à literatura existente.
V. Discussão
 Análise crítica dos resultados em relação às hipóteses e objectivos do estudo.
 Exploração das implicações teóricas e práticas dos achados.
 Sugestões para pesquisas futuras e limitações do estudo.

2.3.3. Elementos pós-textuais

 Referências bibliográficas (obrigatória) - listagem de todas as fontes citadas ao


longo do trabalho, seguindo um padrão de formatação específico (por exemplo,
APA, MLA, ABNT).

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 Apêndices (opcional): Seções adicionais que complementam o texto principal,
como questionários, tabelas de dados adicionais, cálculos detalhados, entre outros.
 Anexos (opcional): Documentos adicionais que não foram produzidos pelo autor,
mas que são relevantes para o trabalho, como legislação, normas técnicas, relatórios
de pesquisa, entre outros.

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3. Conclusão

Em suma, a compreensão dos paradigmas do processo educativo e a familiarização


com a estrutura do trabalho científico são fundamentais para os estudantes e pesquisadores
que desejam produzir conhecimento de forma eficaz e significativa. Ao compreender os
diferentes paradigmas educacionais, é possível adoptar abordagens pedagógicas mais
adequadas às necessidades dos alunos e aos objectivos de aprendizagem.

Além disso, ao seguir uma estrutura lógica e organizada na elaboração de um


trabalho científico, os pesquisadores garantem a clareza na apresentação dos resultados e
contribuem para a disseminação do conhecimento científico.

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4. Referências Bibliográficas

1. Gomes, L.C. (2005). Paradigmas educacionais: da educação bancária à educação


problematizadora. Revista de Educação PUC-Campinas, 10(1), 45-52.
2. Gil, A.C. (2007). Como elaborar projectos de pesquisa. Atlas.
3. Lakatos, E.M., & Marconi, M.A. (2010). Fundamentos de metodologia científica.
Atlas.
4. Severino, A.J. (2007). Metodologia do trabalho científico. Cortez.

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