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Disciplina: Direito Administrativo

Professor: Celso Spitzcovsky


Aula: 21| Data: 16/09/2020
| Data: 02/09/2020
/03/2018
ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

SERVIÇOS PÚBLICOS
5. Formas de Execução
5.1. Concessão e Permissão
5.1.1. Legislação
5.1.2. Definições
5.1.3. Serviço Adequado

SERVIÇOS PÚBLICOS (continuação)

5. Formas de execução dos serviços públicos

Art. 175, “caput”, da CF: “incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”.

Os trechos em negrito provam que titularidade é do Poder Público (incumbe ao Poder Público a prestação de
serviços públicos), enquanto a forma de prestação é indicada no restante do dispositivo (diretamente ou por
concessão ou permissão, sempre precedida de licitação).

5.1. Concessões e Permissões

5.1.1. Legislação

São regidas pela Lei nº. 8.987/95, que regulamenta o art. 175 da CF e traz normas gerais sobre concessões e
permissões. Por serem gerais, cada um dos Estados e o DF, assim como cada um dos Municípios terá legitimidade
para editar sua própria lei sobre concessões e permissões. Ao editar suas próprias, delas não poderão constar as
normas gerais, somente normas específicas.

5.1.2. Definições

Aparecem ao longo do art. 2º, incisos II e IV, da Lei nº. 8.987/95.

“Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:


II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação,
feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de
concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e
por prazo determinado;
IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário,
mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para
seu desempenho, por sua conta e risco.”

PROCURADORIAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS


CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
- Concessão é espécie de contrato e, ao ser celebrado, deve ter prazo determinado. Por consequência, a concessão
não pode ser extinta a qualquer momento sem pagamento de indenização.

- Concessão deve ser precedida de licitação e a única modalidade de licitação prevista na lei é a concorrência
pública.

- Concessão pode ser celebrada somente por pessoa jurídica, que pode participar de forma isolada (sozinha) ou
consorciada com outra ou outras.

- A única fonte de cobrança do concessionário é a tarifa.

- O concessionário responde objetivamente pelos danos eventualmente causados, porque é quem executa o serviço
público.

- Permissão não é contrato, é ato administrativo precário. Se é precária, não tem prazo determinado. E, se não tem
prazo determinado, por comparação, a permissão pode ser desfeita a qualquer momento, sem pagamento de
indenização. Por isso, conclui-se que a concessão traz mais segurança para o particular.

- Na permissão, pode ser utilizada qualquer modalidade de licitação.

- Permissão pode ser celebrada por pessoa física ou jurídica, mas poderão participar apenas de forma isolada.

- A concessão regida pela Lei nº. 8.987/95, que prevê como única fonte de arrecadação a cobrança de tarifa dos
usuários, é conhecida por concessão comum.

Quadro sinótico:

CONCESSÃO PERMISSÃO

NATUREZA Contrato Ato (precário)

PRAZO Sim Não

LICITAÇÃO Sim Sim


Apenas na modalidade Qualquer modalidade
concorrência

DESTINATÁRIOS Pessoas Jurídicas, Pessoas Jurídicas ou


isoladamente ou em consórcio Pessoas Físicas,
isoladamente
FONTES Tarifa Tarifa

RESPONSABILIDADE Sim Sim


Objetiva Objetiva

Atenção!

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O art. 40, da Lei nº. 8.987/95, redefine permissão como contrato de adesão precário:

“Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante


contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais
normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à
precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder
concedente.
Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei.”

Aparentemente, o legislador cometeu equívoco, pois se permissão também é contrato, não haveria diferença rem
relação à concessão. Ademais, “contrato de adesão” representa pleonasmo, já que qualquer contrato
administrativo é contrato de adesão (os particulares apenas aderem a cláusulas elaboradas prévia e
unilateralmente pelo Poder Público). Outrossim, qualquer contrato administrativo deve ser dotado de prazo, de
modo que a precariedade lhe é incompatível.

Quem adota a definição do art. 40, denomina a permissão excepcionalmente dotada de prazo como permissão
qualificada.

5.1.3. Serviço Adequado

Previsão legal – art. 6º, §1º, da Lei 8.987/95:

“§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade,


continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia
na sua prestação e modicidade das tarifas.”

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