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03/05/2021

Bioquímica Estrutural e
Metabólica
Metabolismo do Glicogênio
Introdução
Existem órgãos e células que dependem
continuamente de glicose, e que estão
diretamente ligadas com seu metabolismo.
Essa síntese de glicogênio ocorre por uma via
chamada de gliconeogênese, uma via que
sintetiza glicose e que eventualmente irá
formar o glicogênio e outros carboidratos. glicogênio não é todo utilizado, por que depois
de nos alimentarmos a gente irá precisar dessa
Estrutura do Glicogênio “reserva” de glicogênio para assim, gerar mais
glicogênio.
O glicogênio é um importante reserva
energética em tecido muscular esquelético * O glicogênio que não foi utilizado fica
(produção de ATP) e no fígado (manutenção armazenado no arcabouço.
da glicemia). O glicogênio é extremamente
Já no fígado, de 150g de glicogênio, nos
ramificado, tendo ligações lineares alfa 1-4 e
metabolizamos quase tudo, sobrando apenas
ligação ramificada alfa 1-6.
1g.
* Isso é uma função vital, ou seja,
disponibilizar o máximo possível.

Unidade
* Por ser ramificado, o glicogênio tem várias
áreas de acesso, por tanto tem um processo + Energeticamente Ativas
rápido. Ele tem que ser ramificado para fazer
bem o seu trabalho. O processo para a construção de glicogênio é
chamado de biosintético. Quando sintetizamos
Metabolismo do o glicogênio, precisamos de uma glicose
ativada chamada UDP-glicose (uridina
Glicogênio difosfato).
* O UTP também é um grupo de energia, igual
A quantidade de glicogênio é a mesma, tanto
o ATP.
para o fígado, quanto para os músculos. No
fígado só gera glicose com o glicogênio
hepático (glicogenina), pois o fígado possui
uma enzima exclusiva (glicose-6-fosfatase),
como o músculo não possui essa enzima, ele
não consegue fazer isso.
No musculo é disponibilizado apenas 100g de
glicogênio de 300g, isso acontece por que o
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Começa quando o UTP libera duas moléculas em formato 1-fosfato e a mutase transforma
de fosfato (pirofosfato), se transformando em em 6-fosfato, quebrando a ligação α 1-4.
2 fosfato. Essa ligação é quebrada por uma
Quando chegamos a 4 unidades ramificadas, o
enzima chamada pirofosfatase, mas para que
glicogênio não consegue mais agir, então a
essa ligação seja quebra, usasse 2 moléculas
partir dai os auxiliares entram em ação.
ATP (-2).
4-alfa-glucanotransferase: pega as unidades
* Isso ocorre por sinalização de insulina, ou
ramificadas pequenas e os transferem para o
seja, logo depois de comer, então é normal
braço longo, apenas 3 unidades das 4;
gastar 2 moléculas de ATP no metabolismo.
Amilo-1,6-glicosidade: quebra a ligação α 1-6
Etapas do Metabolismo da unidade ramificada restante. Ele só age
quando sobra apenas uma unidade ramificada.
de Glicogênio
A primeira reação do metabolismo de
Via das Pentoses
glicogênio consiste na transformação do A via das pentoses se inicia a partir da insulina
glicose-6-fosfato em glicose-1-fosfato, ou seja, e é uma via preparatória para os processos
glicose ativa, feita por uma enzima chamada biossintéticos (colesterol, ácidos graxos, ...).
mutase. Esse glicose-1-fosfato vira UDP Essa via possui duas funções:
glicose, pois o metabolismo só começa com
essa forma de glicose.
* Essa é uma reação reversível. Produção de NADPH: é um poder redutor
para processos biossintéticos (ácidos graxos,
Depois de começar o metabolismo o colesterol, proteínas, DNA, etc,) e tem um
glicogênio sintase começa a fazer ligações α 1- papel antioxidante para GSH/GSSG;
4. Quando o glicogênio está ficando muito
linear (6 a 7 reziduos), a enzima ramificada Síntese de Riboses: produz ácidos nucleicos e
reconhece o braço e quebra a ligação α 1-4 e nucleotídeos.
* A glicose pode
seguir 3 rotas.
* NAPH ≠NADH
* O NADPH é um cofator/coenzima muito
importante
A distribuição tissular ocorre nos tecidos e
depende da demanda de qual processo será
utilizado.
Vias Biosintéticas: síntese de ácidos graxos
(fígado, adipócitos, glândulas mamárias),
síntese de colesterol (fígado) e síntese de
hormônios esteróides (córtex adrenal, ovários,
testículos);
cria a ligação α 1-6. Detoxificação (Cytochrome P450 hepático);
Cada bolinha roxa é uma glicose. Redução de GSSG para GSH (antioxidante
Em azul é a biosintése (insulina). em hemácia/eritrócitos);
Em vermelho é a degradação (glucagon).
Produção de radicais superóxido no burst
Na parte de degradação do glicogênio, o respiratório de células imune (neutrófilos).
glicogênio fosforilase vai tirando as glicoses
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1ª Estágio: Mesmo quando estamos
Reação Oxidativa inconscientes durante o sono, o cérebro não
Nessa reação ocorre a produção de NADPH, pode ficar sem glicose. O hormônio que
sendo ela uma reação irreversível. Essa reação prevalece no jejum noturno é o glucagon,
é constituída por 3 etapas: resultando em altos níveis de AMP e baixos
níveis de ATP.
1ª Etapa: A desidrogenase (reação óxido
redução) transforma a glicose-6-fosfatse em 6- As células ficam desesperadas por energia e
fosfoglicono-lactona, produzindo NADPH; por causa dos altos níveis de AMP, a PFK-1 é
ativada, resultando com que a glicose vá para a
2ª Etapa: A lactonase quebra a ligação da via glicolítica, para depois ir para o ciclo de
lactona, transformando em 6-fosfogliconato. Krebs, para gerar ATP.
Essa etapa não produz NADPH;
2ª Estágio: Nesse estágio os níveis de AMP e
3ª Etapa: O 6-fosfogliconato é oxidado e de ATP estão intermediários (a PFK-1 é
descarboxilado pela 6PGD (6-fosfogliconato inibida pelo ATP). Como os níveis estão
desidrogenase) liberando CO 2, formando a intermediários, nem todas as glicoses vão para
ribulose 5-fosfato (possui 5C e cetona). Essa a via glicolítica, sendo que metade vá para o
reação produz NADPH. metabolismo de glicogênio (metade/metade).
* A partir da 3ª 3ª Estágio: Nesse estágio os níveis de AMP
etapa, estão baixos e os de ATP estão altos,
começamos a recuperando toda a energia. Aqui nos não
interconversão de temos mais a ação da PFK-1, pois temos uma
açúcares. forte inibição do ATP.

Reação Não Oxidativa ou A glicose não vai nem para a via glicolítica e
nem pro ciclo de Krebs, nesse estágio a glicose
Interconversão de vai para a via das pentoses para a duplicação
celular.
Açúcares Como o ciclo de Krebs não está funcionando,
por causa dos altos níveis de ATP, o citrato se
Esta fase ocorre em tecidos que requerem
encontra e alta concentração, e esse citrato será
fundamentalmente de NADPH, que
transportado para o citosol e lá ele terá duas
resumidamente consiste em 1 açúcar se
transformando em outro.
Essa reação partir de 6 moléculas de
ribuloses (30C), que no final será
transformada em frutose-6-fosfato e em
gliceraldeído-3-fosfato, que fazem parte da
via glicolítica.
Duas enzimas importantes para essas reações
são:
Transcetolase: transfere grupos cetonas
(depende de uma coenzima/cofator chamada
TPP-vit. B1); funções: inibidor e será usado na síntese de
lipídios.
Transaldolase: transfere grupos aldeídos.
* O funcionamento do ciclo de Krebs é
Rotas Metabólicas QUASE nulo, funcionando como um
gotejamento.
A glicose pode ser metabolizada em 3 estágios
diferentes.
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A interconversão de açúcares gera F6P e G3P,
o G3P é o que faz com que o ciclo de Krebs
não para completamente, como um ciclo.

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