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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E DAS

RELAÇÕES DE CONSUMO DA COMARCA DE LIMOEIRO-PE

Processo nº 0000114-26.26.2020.8.17.8234

HOSANGELA ROCHA DA SILVA, amplamente qualificada


nos autos da presente ação de conhecimento, sob o número em
epígrafe, vem, por intermédio de sua advogada já constituída,
conforme procuração inclusa, respeitosamente, perante V. Exa., nos
termos do artigo 52, IV, da Lei 9.099/95 e artigo 523 do CPC/2015
pleitear:

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Em face da TIM S.A., já qualificada nos autos do processo


em epígrafe, pelas razões a seguir aduzidas.

I – DO CABIMENTO

O pedido de cumprimento de sentença possui amparo


no artigo 52, inciso IV, da Lei 9.099/95, que preconiza:

Art. 52. A execução da sentença processar-se-


á no próprio Juizado, aplicando-se, no que
couber, o disposto no Código de Processo Civil,
com as seguintes alterações:(...)

IV - não cumprida voluntariamente a sentença


transitada em julgado, e tendo havido
solicitação do interessado, que poderá ser
verbal, proceder-se-á desde logo à execução,
dispensada nova citação

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Vislumbra-se que se trata de ação em que a sentença
julgou procedente em parte o pedido autoral, conforme ID91820828,
reconhecendo a necessidade de desbloqueio do número / contato
telefônico da autora bem como fixando multa diária no valor de R$ 200,00
pelo descumprimento da obrigação de fazer. Vejamos:

“À vista das razões declinadas, extingo o


processo, com resolução de mérito nos termos
do art. 487, inciso “I”, do CPC e julgo:

1 - procedentes os pedidos para que


desbloqueio do seu número/chip telefônico
(81)99807-6691 e obrigar a parte ré compelida
a corrigir o valor das faturas para do plano pós-
pago; com valor mensal de R$ 28,28 ( vinte e
oito reais e vinte e oito centavos), fixando-se
desde logo multa diária pelo eventual
descumprimento, no valor de R$ 200,00
(duzentos reais), limitada ao teto dos Juizados,
sendo esta a decisão até ulterior
determinação;

Defiro a tutela provisória face à


fundamentação desta sentença demonstrar a
probidade do direito, o perigo de dano de
difícil reparação está caracterizado pela
indisponibilidade do serviço e perito de
cobranças indevidas e a irreversibilidade resta
descaracterizada pela ausência da parte ré e
demais elementos demonstrem ser
desproporcional nega a tutela provisória
gavendo o perigo de dano ao demandado ser
inferior. Fixo desde logo multa diária pelo
eventual descumprimento, no valor de R$
200,00 (duzentos reais), limitada ao teto dos
Juizados, sendo esta a decisão até ulterior
determinação.

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A parte Requerida, não satisfeita, interpôs Recurso
Inominado, o qual foi improvido. A parte autora também interpôs
recurso inominado, o qual foi provido em parte de modo a ter
reconhecido o direito a indenização por danos morais no importe de R$
2.000,00 com as devidas atualizações. Vejamos:

EMENTA: JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - TELEFONIA


MÓVEL - RESPONSABILIDADE CIVIL – TELEFONIA
MÓVEL – EQUÍVOCOS QUANTO À FATURA –
BLOQUEIO DO TELEFONE INDEVIDO – DANOS MORAIS
CONFIGURADOS.

O fundamento apresentado para se reconhecer a


falha do serviço está pautado na gravação da
ligação constante nos autos sob ID 24010872. Na
ligação consta claramente o atendente
oferecendo abatimento do preço do plano para
R$ 28,28, corroborando com a alegação da
autora.

O ato ilícito de bloquear uma linha telefônica sem


notificação prévia resulta na necessidade de
reparação por dano moral devido aos impactos
negativos que a falta de serviços de internet e
telefonia causa ao consumidor, afetando suas
relações pessoais e profissionais na sociedade
moderna. A falta de notificação prévia e o
descumprimento contratual da operadora de
telefonia, que suspende os serviços
injustificadamente, geram transtornos, danos e
aborrecimentos que vão além do simples dissabor
cotidiano, já que serviços de internet e telefonia
são considerados fundamentais para o
desenvolvimento da vida social e profissional
atualmente. Ver Acórdão 1308901,
07115186720208070003, Relator: JOÃO LUÍS FISCHER
DIAS, Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais do Distrito Federal, data de julgamento:
9/12/2020, publicado no PJe: 23/12/2020.

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No tocante ao quantum da indenização, em se
tratando de dano moral, a reparação tem por
objetivo punir o agente, amenizar o mal causado e
prevenir que novos ilícitos ocorram. É importante no
caso concreto a insistência da fornecedora em
manter uma relação que a justiça refutou
anteriormente, justificando uma postura mais firme
quanto ao valor indenizatório. O valor da
indenização deve ser fixado em consonância com
o princípio da razoabilidade, atendidas as
condições do ofensor, do ofendido e do bem
jurídico lesado. Em vista destes critérios, sem perder
de mira a natureza da infração, a capacidade
econômica das partes, a extensão causada pelo
fato lesivo e, ainda, o escopo de tornar efetiva a
reparação.

Ante os fatos narrados condeno a ré TIM S/A


ao pagamento da quantia de R$ 2.000,00 a título
de indenização por danos morais (corrigida
monetariamente pela tabela ENCOGE e acrescida
de juros moratórios de 1% ao mês).

Repisa-se que a sentença foi confirmada em seus


próprios fundamentos, tendo apenas acréscimo e reforma do direito
autoral quanto ao reconhecimento e fixação de indenização por
danos morais, conforme Acórdão de ID138222826, e fixação dos
honorários advocatícios de sucumbência em 10% (Dez por cento) sobre
o valor da condenação.

A decisão (acórdão) transitou em julgado, sem


interposição de qualquer recurso, como se verifica da certidão de ID
138222831, constante dos autos.

Desta feita, verifica-se que a condenação da


requerida ao cumprimento das obrigações se manteve, ocasião em
vem acostar planilha com demonstrativo do valor da condenação
corrigido nos termos avençados na sentença e no acórdão
vergastados. Vejamos:

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Dano moral R$ 2.000,00 Juros Correção Valor total de
1% a monetária da indenização
partir data do por dano
do dano – moral: R$
dano – 01/07/2019 4.569,92
01/07/2
019
Obrigação de Desbloqueio Corrigir o Obrigação de
fazer do valor das fazer não
número/chip faturas cumprida
telefonico para o
plano
pós-
pago
constand
o valor
mensal
de R$
28,28
Multa diária R$ 200,00 Valor total
pelo multa diaria: R$
descumpriment 170.000,00 –
o da obrigação Adequação
de fazer - a para o teto dos
partir da data juizados
da intimação especiais: R$
da sentença- 84.720,00
limitada ao teto
dos juizados
(05/11/2021)
Honorários de 10% do valor R$ 8.929,00
sucumbência da
condenação

Valor final total a R$ 98.218,92


ser pago pela
requerida:

Tem-se, pois, com o trânsito em julgado, o exaurimento da


presente demanda no tocante à fase de conhecimento.

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II – DOS PEDIDOS

Assim, diante de todo o exposto, requer a Vossa Excelência


que tenha início a fase de Cumprimento de Sentença, para que proceda:

1- Com a intimação da Requerida, para que em quinze dias pague o


valor de R$ 98.218,92 (Noventa e oito mil duzentos e dezoito reais e
noventa e dois centavos), com as atualizações pertinentes na forma da
condenação. Em favor da parte autora e honorários de sucumbência
causídica.

2- Ainda, se não ocorrer o pagamento voluntário no prazo de 15 dias,


deverá ser acrescida multa de 10% e, também, de honorários de
advogado de dez por cento, nos termos do art. 523, § 1º do NCPC,
devendo Vossa Excelência proceder com a penhora online do valor
devido a ser atualizado até o momento do bloqueio, nos termos do
artigo 835, I e 854 ambos do NCPC de 2015;

3- Caso não sendo possível nenhuma das hipóteses acima


mencionadas, a desconsideração da personalidade jurídica dos sócios
para eventual cumprimento da obrigação;

4- Desde já requer que se houver bloqueio de valores SISBAJUD, seja


expedido o competente alvará judicial para levantamento do valor, em
nome da parte autora e da causídica, conforme poderes específicos
constantes no instrumento procuratório dos autos.

Nestes Termos,
Espera Deferimento.

Limoeiro-PE, 04 de Março de 2024.

Milena Patrícia S. de Moura

OAB/PE 47.489

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