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AULA 3: DOENÇA ORIFICIAL 1

DOENÇA CRIPTO-GLANDULAR
Ana Beatriz Galgaro 2023/2

Abscesso anorretal
Gênese na cripta - glândula de Brenner - (de certa forma desprezível pois não
lubrifica como seria o ideal da glândula) Ela continua produzir e infecta.
Deve-se realizar a drenagem
Calor local - não é indicado, pois faz o abscesso estourar sozinho e nesse local é a
pior conduta - 80% desses vai virar fístula. Gelado diminui a inflamação mas não
resolve de fato, pois já existe pus no local.
Antibioticoterapia oral não chega dentro do abscesso pois não há vascularização
dentro da coleção - por isso a conduta é a drenagem, sem necessidade de
antibioticoterapia na maioria das pessoas
Principal característica é a dor
A fistula é a fase cronica da doença - pois a glandula continua produzindo pus, e não
desobstrui só acha um outro caminhos para se alojar.

Infecção piogênica coletada pelos tecidos moles perianais com origem nas criptas.
Submucosos - abscessos pequenos e delorosos, mas varios locais podem surgir
abscesso.
DRENAGEM
Geralmente no meio em outras flutuações - que o local está menos espesso
Abscesso anal não drena no meio, sim mais perto possível do anus caso tenha um
abscesso a fistula será mais curta que se fosse drenar no meio.
Não se usa anestesia local - ideal usar uma raqui (é uma boa analgesia e com o reto
relaxado).
Pode-se fazer um destelhamento do abscesso
Podem evoluir para sindrome de fournier (que é mais agressivo, e nesses casos
deve-se debridar todo tecido)
FÍSTULA PERIANAL

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A fístula é oligossintomática - com o tempo enche, estoura, doi e depois melhora.
DESCRIÇÃO
Como um relógio, 6 horas no coccix e 12h no saco escrotal ou vagina no e a
distancia da borda do reto

Fistula se faz cirurgia, não existe tratamento efetivo para fístula

PROPEDEUTICA

Drenagem purulenta recorrente

inspeção dg

toque - demonstra trajeto fibroso

Anuscopia - geralmente não consegue ver a glandula obstruida, pacientes com


dor geralmente não é necessário.

Componentes da fistula

Trajeto

Orifício externo

Orifício interno

Geralmente os trajetos passam pelos esfincteres - risco de incontinência

Fistulotomia e fistulectomia

Na operação, faz-se a abertura (fistulotomia) ou a ressecção (fistulectomia) do


trajeto fistuloso, incluindo o orifício externo e o interno com a cripta

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comprometida

A ferida é deixada aberta até sua completa cicatrização -> segunda intenção

Localiza orifício externo, passa um estilete do orifício interno ao externo ->


desobstruir a glândula

Avaliar o quanto de comprometimento muscular que tem

CLASSIFICAÇÃO DE PARK’S
Auxilia na decisão cirúrgica

Parks C que pega grande porção do esfincter externo, tem que se tomar
cuidado para não cortar o músculo; as D são complexas que podem ter varios
trajetos

A maioria é A e B - cerca de 90%

REGRA DE SALMON-GOODSAL

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Auxilia na passagem do estilete -
fistulas com orificio externo anterior
costumam ter trajeto linear com orifício
interno anterior; Enquanto na região
posterior são mais curvos e tender a ter
orifícios internos as 6h.

exceto: fistula anal em ferradura - bem


rara, uma anterior que se comporta
como fistula da região posterior.

AVALIAÇÃO

Para identificar o trajeto - peróxido de


hidrogenio - não funciona na prática,
pois o orificio está entupido, de nada
adianta.

US endorretal - o mais eficaz para


identificar o esfincter (SC nao tem)
O que se usa:

RM mostra a anatomia da região -


(chron ou recidiva, geralmente
quando única)

Relação da fistula com o


diafragma pelvico e a fossa
isquiorretal

A RNM é superior para a detecção de focos infecciosos na região perianal -


Reduz taxa de recorrência em 75% em pacientes com doença complexa

TERAPÊUTICA

Fístula superficias tem 10% de chance de cicatrizar espontaneamente.

A maioria necessita de cirurgia

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a maioria se estiver fibrosada não fecha sozinha

Princípios:

Nao permitir a formação de ponte tecidual é o essencial - no buraco em que se


faz na cirugia, para que ele nao feche de fora pra dentro, por isso se usa gaze
dentro da abertura. É essencial apra retardar a cicatrização.

Fistulotomia (abertura) e curetagem - menos incontinencia que a fistulectomia,


pois o trajeto que era retirado é musculatura.

Fistulectomia - retirada da fistula; lesa bem mais o musculo principalmente com


alto comprometimento muscular.

Definir o trajeto claramente, excisar o orifício interno, abrir o trajeto para o


converter numa ferida aberta.

OUTROS TRATAMENTO

Cola de fibrina após curetagem do local - mais da metade vai rescidivar; um


custo elevado

Plug anal - esponja que insere no local por meio do uso do estilete; O problema
é a perda do plug e o preço

Colocação de Sedenho (seton) - o ostio da glandula fibrosa aberto e o caminho


de fora fecha - oferecido no SUS. O tratamento é longo, 6 a 8 semanas, até ficar
aberto e fibrosa

Avanço de retalho mucoso - queima a glandula e proporciona um retalho


mucoso em cima. O problema é a falta de estudos a longo prazo.

Lift - muda o trajeto da glandula, por dissecção intramuscular (tecnica dificil mas
é poupadora de esfíncter)

O principal ponto é a identificação do trajeto da fístula dentro do sulco


interesfincteriano e sua ligadura sem nenhuma divisão do músculo
esfincteriano

A incisão e dissecação é feita no espaço interesfincteriano

O trajeto fistuloso é cortado seguido de sutura com fio absorvível para vedar
os dois lados, ou seja, na sua entrada no esfíncter externo e interno de cada
lado do espaço interesfincteriano

VAAFT - videoassistida

PROGNÓSTICO

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Cura total se todas as regras cumpridas; apesar disso, existe um numero
significativo de recidiva

ausência de excisão do orifico externo

ausencia de identifcação de todos os trajetos

fistulotomia completa - so corta se tiver certeza do trajeto

cuidados pós inadequados

COMPLICAÇÃO

Incontinência

Hidradenite é na nadega.

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